Mais Que Uma Equipe escrita por Bê s2


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Mais uma fic simples que estou trabalhando há uns dias.
Espero que vocês gostem desta pequena história - que é mais amizade do que romance :)
Boa leitura!



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Depois de dois longos dias angustiantes, com o laboratório de perícia de Las Vegas focado apenas em uma vítima, a equipe de criminalística encontrara Sara Sidle no deserto. No decorrer de seu sumiço, seu chefe e namorado, Gilbert Grissom, revelara – num ato de desespero – sobre o relacionamento dos dois. E, a partir do momento que a morena fora resgatada, este se tornara o assunto mais comentado no laboratório.

Como não poderia ser diferente, a equipe se encontrava na sala de reuniões antes do turno começar. Greg, Nick e Warrick debatiam algo em tom baixo quando Catherine apareceu com um copo na mão.

--Boa noite, meninos. –Ela cumprimentou feliz.

Recebeu cumprimentos de volta, e se sentou defronte a eles com os papéis dos casos do dia nas mãos. Nick percebeu e perguntou:

--Grissom não vem?

Catherine sorveu um gole de seu café e respondeu:

--Ele está suspenso por uma semana, e pegou a outra de folga com Ecklie para cuidar da Sara. Até lá, a papelada é por minha conta. –Ela gemeu baixo. –Vocês viram a Sara hoje?

--Nick e eu fomos juntos. Logo cedo. –Warrick disse. –Ela parecia bem melhor, mas estava dormindo.

--Também tive essa impressão. –A loira falou. –Gil falou mais alguma coisa?

--Bom, ele não tem muito o que dizer, não é? --Greg comentou. –Está feito.

Eles passaram alguns segundos em silêncio, absortos em seus próprios pensamentos.

--Será que é sério? Digo, isso trará muitos prejuízos para eles aqui no lab. Será que vão continuar? --Nick indagou.

--Nem sabemos ainda se estão juntos de verdade... –Warrick começou.

--Estão sim, Rick. Há um bom tempo já.

Todos encararam Greg.

--Você sabia? --Catherine perguntou incrédula.

O perito mais novo assentiu com a cabeça, sorrindo de lado.

--Eu percebi algumas coisas, e Sara confirmou outras. Ela não disse muito, mas pelo que sei, eles realmente se entendem.

A equipe se olhava abismada com as novas informações.

--Sabem, há alguns anos o Gil foi dar uma de suas palestras em Harvard. Ele voltou com um sorriso novo no rosto, algo diferente. –Cath confidenciou – Eu perguntei, e ele deixou por alto, mas soou como se ele tivesse encontrado a pessoa. Mas depois com tudo o que aconteceu, ele se tornou supervisou e se fechou cada vez mais. E eu fico feliz que ele tenha se acertado novamente.

Warrick franziu o cenho para a informação, e perguntou com um sorriso de lado:

--Quando foi isso,  Cath?

--Faz tempo. Antes da Sara vir para o lab. Acho que uns nove anos atrás.

Os garotos se entreolharam, e Greg captou a informação:

--Sara cursava Harvard neste período, Cath.

Nick se endireitou na cadeira, com uma expressão inusitada de entendimento.

--Mas realmente faz sentido, se pararmos para pensar. Sara e Grissom sempre foram extremamente discretos sobre a vida pessoal. Eles se conheceram fora do lab... Ah, e uma vez ela mencionou ter ganhado um presente de natal dele. –Ele se lembrou. –Quem aqui já ganhou um presente de natal do Grissom?

Os demais acompanhavam a linha de pensamento de Nick, lembrando-se de mais fatores comprometedores a qual não tinham dado a devida importância antes.

--Eu a vi trocando farpas com Sofia e com a diretora daquela escola para surdos. Nem quero imaginar o que ela fez com ele quando Lady Heather apareceu. –Warrick riu.

A equipe o acompanhou, e Catherine deu um tapa em sua própria testa.

--Oh, eu falei algumas coisas indevidas sobre a Heather para ela. –Cath estava embaraçada. –Mas eu não fazia ideia de que eles tinham algo. Quero dizer, eles nunca demonstraram nada de diferente aqui.

--Eles são muito profissionais, isso não podemos negar. –Nick os defendeu.

--É, mas Ecklie não vai permitir isso. –Greg contou. –Conversei um pouco com Sara ontem, e ela me disse que um dos dois terá que mudar de turno.

 Os outros CSI protestaram incrédulos.

--Isso não pode acontecer! Temos que fazer algo... –Nick estava bravo. –Somos a melhor equipe deste laboratório por uma razão. Não podem nos separar!

--Será que se conversarmos com o Ecklie, ele faria alguma coisa? --Warrick sugeriu. –Nem ele percebeu o relacionamento dos dois!

--Não sei, mas temos que fazer alguma coisa, ou uma equipe e um relacionamento irão por água abaixo. –Greg disse firme.

Neste instante, o celular de Catherine indicou uma nova mensagem.

--Vamos nos organizar melhor. Podemos nos encontrar no Frank’s com o Jim e ir ao hospital quando o turno terminar. –Os demais concordaram. –Mas por hora, os três têm um 419 na Tropicana, e eu uma pilha de relatórios na mesa do Gil. Se precisarem de ajuda, chamem o Hodges.

Quando ouviu o barulho das cadeiras sendo arrastadas, Conrad Ecklie saiu andando pelo corredor do laboratório até sua sala. Ele fora checar a equipe e acabara ouvindo toda a conversa. E agora sua mente fervilhava, o certo e o errado pesavam de um lado, e a consciência de outro. Trancou-se em sua sala e passou a andar em círculos, massageando a têmpora.

Aquele era o seu laboratório, e aquela a melhor equipe. Seu status em Vegas era proporcional ao respeito dos outros por aqueles peritos; e aqueles peritos eram o reflexo de seu estranho supervisor – que por sinal, tinha um destaque ainda mais especial por sua formação em entomologia.

Aquela conversa da equipe martelou em sua cabeça careca por horas. Ele tinha que tomar uma decisão, ajustar a confusão, mas o que quer que ele fizesse acabaria sofrendo as consequências. “Maldito Gilbert Grissom” resmungou em algum momento, pouco antes de pegar seu telefone e marcar uma reunião urgente com o xerife.

Mesmo depois da reunião, ele ainda estava indeciso sobre o que fazer, pois sabia que a sua decisão afetaria o laboratório em vários momentos. Mas ainda assim, ele enviou um email para Grissom, que solicitava sua presença no laboratório o mais rápido possível.


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Notas finais do capítulo

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