Make You Feel My Love escrita por I m a Allen u3u


Capítulo 1
First Love


Notas iniciais do capítulo

Seguinte, essa história é basicamente um Romance, misturado com drama, não sei se os personagens são totalmente agradaveis, mas nunca se consegue fazer algo totalmente perfeito. Então, ai está o primeiro capitulo, espero que gostem, boa leitura !



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" Não sei como foi, ou como aconteceu, eu só sei que quando acordei, eu não via mais nada, eu sabia que eu chorava, mas não sabia o porque, eu ouvia, ouvia tudo que eles diziam, de bem e de mal, e então finalmente, depois de um tempo que para mim pareceu ser segundos, abri os olhos e vi tudo a minha volta, mas  a primeira coisa com que me deparei, foi com os seus lindos e pequenos olhos cor de mel, e seu sorriso, que iluminou minha obscura e condenada alma.

- Mamãe ! – ele disse com um enorme sorriso – você acordou !
- Petric, meu anjo – eu disse correspondendo seu sorriso – onde está o papai ?
- Papai está ali – ele apontou, para um homem de feição atordoada, mas feliz que estava parado olhando pela janela. – Papai, mamãe está chamando.
- Ah, Elissabeth ! – um outro homem acabará de entrar no quarto.
- Pethrus ...- ele era e sempre será o amor da minha vida.
- Papai, o amigo da mamãe....
- Ah claro Petric, o amigo da mamãe. Olá Pethrus
- Olá Daniel, espero não estar atrapalhando.
- Atrapalhando ?! Imagine, você nunca atrapalha.- Daniel, meu marido, sorriu com sarcasmo.
- Agora... eu lhe trouxe flores Elissa.
- Ah... Rosas vermelhas.
- Sua flor favorita certo ?
- Certo. – Pethrus e Daniel, eram de aparências totalmente diferentes. Daniel, tinha os cabelos castanho chocolate, e os olhos extremamente verdes, e era Britânico. Pethrus, tinha os cabelos loiros palha, mas na minha lembrança, seu penteado era diferente, ele abandonará o arrepiado, e agora seus cabelos estavam retos, lisos e bem comportados, os olhos numa mescla de azul e verde, e assim como eu, era Russo – Mudou o penteado ?
- Acho que arrepiado não é um bom penteado para quem está...Noivo da Srta. Black. – ele sorriu, mas pude ver a agonia em seus olhos.
- Noivo ?! – eu arfei. Noivo. Noivo. Não, por favor não tudo menos NOIVO ! –Noivo de Cloe Black ?
- Pois é...
- Desde quando ?
- Foi no dia em que você sofreu o...acidente – ele engoliu seco.
- Esperou eu ficar imobilizada para correr para ela não é ?
- NÃO. E eu não quero falar sobre isso.

Ficamos em silencio por longos minutos, o único som existente, vinha do lugar onde Petric estava sentado, brincando com dois soldadinhos de madeira. O silencio foi interrompido, pela entrada de um jovem senhor grisalho, Rodolfo Black, meu tio, pai de Cloe, futuro sogro de Pethrus.

- Elissabeth, querida como está ?
- Bem melhor agora que posso ver e ouvir as pessoas com clareza.
- Ah claro, lhe trouxe flores. – ele sorriu amarelo, e me entregou um buque ridículo de cravos e margaridas, acho que a floricultura não quis trocar o buque fúnebre.
- Eu não morri Rodolfo querido, para você trazer cravos. A tentativa de Cloe, infelizmente não deu certo – sorri sarcasticamente para ele , que ficou sem ter o que falar, gesticulando mudamente com as mãos.
- Mamãe, a tia Cloe fez isso com você ?
- A tia Cloe não fez nada disso com a sua mãe Petric – ele se aproxima da cama e sussurra em meu ouvido – Será que você poderia ser mais cuidadosa com sua palavras perto do seu filho ?
- Ué, ele tem que saber que a titia Cloe, que o papai tanto ama, é uma vaca que tentou matar a mamãe dele.
- Por favor, Elissabeth! Por Petric!
- Ok, ok, eu vou me controlar, mas porque não vai passear com ele, clima de hospital não é muito bom para uma criança de dois anos, não acha ?
- Concordo – ele se virou e pegou Petric no colo – Vamos, dar um passeio?
- Vamos! – o lindo sorriso do meu pequenino voltará aparecer.
- Eu vou acompanhar você Daniel, tenho assuntos a tratar com você. E Pethrus, não demore, Cloe está te esperando.
- Sim senhor.

Daniel, Petric e Rodolfo se foram, e o silencio voltou, eu e Pethrus nos olhamos por longos instantes, até que ele se pronunciou.

- Cloe e eu, gostaríamos da sua presença no nosso casamento, por isso marcamos para o mês que vem...
- Ótimo, muito bom. – eu olhava agora, vagamente para o chão, não conseguia olhar para aqueles olhos, que um dia foram totalmente voltados para mim.
- Está brava comigo ?
- E por que eu estaria?
- Você está com cara de brava.
- Não estou brava, estou só pensando – respirei fundo, ergui a cabeça e olhei para ele – Pensando, como eu fui capaz de deixar tudo por você! Abandonar meu filho por você ! Tentar suicídio por você...! E agora você vai correndo para ela...
- Elissabeth eu...
- Nunca me amou não é mesmo? – ele abaixou a cabeça e ficou em silencio – Vou tomar isso como um sim.
- Elissabeth, eu não...
- Fora daqui.
- Por favor, me escute.
- Fora daqui, por favor – eu voltei a olhar para chão, não podia deixar que ele visse as lágrimas que saiam pelo meu rosto.
- Me deixe explicar, por favor, Elissabeth eu ainda te...
- EU DISSE FORA! – me sentei na cama, e peguei o buque de rosas no criado mudo, atirei o mesmo para ele, quando o olhei pude ver, uma ou duas lágrimas falsas, saindo de seus olhos. – E leve suas malditas flores junto!

Ele saiu, e o silencio foi Absoluto. Estou sozinha agora – eu pensei. A pasta com o laudo da minha internação estava no criado mudo, peguei-o e comecei a ler. Não tinha nada que eu não esperasse, fui classificada como suicida rebelde, com múltiplas fraturas, quase todas as costelas quebradas, pernas e braços quebrados, e pela data fazia nove meses que eu estava ali. Aquilo era patético, eles tinham medo do que? Deu tentar me matar de novo? Bom isso eu poderia fazer no hospital mesmo. Você que lê, esse tediante relato, deve estar se perguntado por que diabos eu estou numa cama de hospital agora. Nesse caso, vou contar a vocês como tudo começou, então sente-se, aperte os cintos e seja bem –vindo a mente de Elissabeth Djokovic.

Moscou, Rússia 1927

Me recordo muito bem desse dia. A neve caia vagarosamente do lado de fora da Mansão Djokovic, eu estava debruçada no para peito da janela observando a neve cair, era de manhã o jornal ainda não havido sido entregue, meus pais ainda dormiam, apenas estava acordada, minha respiração era capaz de causar eco, se estivesse um pouco mais forte. Eu era, e sempre fui uma garota bem magrela, meus pais chegaram a achar que eu era doente, mas era apenas imaginação deles, naquela época, diferente de hoje, meus cabelos castanho chocolate ondulado, eram longos, hoje eles são curtos, meus olhos não mudaram, continuam o mesmo castanho mel de sempre, minha pele também continua extremamente branca, o meu sorriso irônico, também continua o mesmo.
Por volta das 9:00 meus pais acordaram, desci com eles ainda de pijama para tomarmos o café da manhã, depois subi com a minha mãe, para poder me trocar pois, iriamos a casa de minha vó Caterina, mãe de minha mãe, hoje e passaríamos o dia lá. Mamãe me obrigou a por um vestido reto e muito longo azul marinho, juntamente com a grossa capa, era inverno, nevava muito , e por isso fazia muito frio e sem a capa grossa provavelmente não o suportaria. Tudo estava pronto,  saímos então em direção de Koloma, uma pequena cidade a qual minha avó morava, a viagem não foi muito longa, mas acabei adormecendo, quando acordei estava no quarto de minha vó, me levantei, e enquanto descia a escada para a sala pude ouvir  vozes que vinham do escritório de meu falecido avô, entrei silenciosamente na sala, e fui diretamente para perto de minha mãe.
Sentados em circulo, eu pude ver quatro familias distintas: a minha, os meus adorados tios Black, os sócios de meu pai Slovak e uma quarta que eu até então não conhecia. Meu tio logo tratou de me cumprimentar e apresentar os visitantes.

- Elissabeth, que bom que você acordou, como vai ?
- Muito bem tio, obrigada.
- Já conhece os Donson ?
- Não tio.
- Pois então eu quero apresentar a você o seus futuros familiares, a Sr. Joanne , o Sr. Alexander e o pequeno Pethrus, seu primo. Eles vieram de São Petesburgo.
- Papai, temos primos em Petesburgo ?.
- Não filha, o garoto é o futuro noivo de sua prima.
-  Eu sou o que ?! – o garoto de quem nós falavamos, até então estava sentado olhando para o teto, mas agora ele se pronunciara, ele era encantador, os cabelos lisos de um loiro opaco que me deixou maravilhada.
- Noivo de minha filha pequeno Pethrus – meu tio responderá a sua pergunta.
- Não vou me casar com essa mostrenga ! – ele apontou para Cloe e fez uma careta.
- Pethrus tenha modos ! – a mãe dele o censurará.
- Mas mãe ! Não quero me casar com ela ! – e apontou novamente para Cloe, que agora fazia cara de choro ao lado da mãe. – Não posso escolher a minha noiva ?
- Pethrus querido, você é muito novo para isso, deixe que os mais velhos escolham por você – o pai de Cloe se pronunciará de novo.
- E se eu não quiser ela, o que vocês vão fazer ?
- Você ainda é uma criança, vai gostar de Cloe um dia, você vai ver, vocês foram feitos um para o outro.
- Assim como Elissabeth – meu pai começará a falar- e Daniel... – eu soltei um pequeno grito ao ouvir aquele nome.

Daniel era filho de Peter Slovak, o principal sócio de meu pai, e eu o odiava com todas as minhas forças, nunca me dei bem com ele, pois como todos os outros ele era um machista.

- Como assim Rupert, como pretende casar a minha Elissabeth com Daniel, e não me comunicou nada ?! – minha mãe odiava ser passada para tras, e ser a ultima a saber das coisas.
- Eu iria te contar, quando Elissa fosse maior, e estivesse na idade de namorar.
- Até lá eu tenho que aguentá-lo ? – eu olhei para meu pai suplicante.
- Você quis dizer conviver com ele não é ?
- Não, eu quis dizer suportá-lo mesmo papai, eu não suporto Daniel, o senhor sabe disso .
- Elissabeth ! Onde está a sua educação ?
- Acho que a deixei em casa. – eu sorri, irônica como sempre.
- Isso é jeito de me responder menina ! – minha mãe abafava risinhos, ela olhou para mim e me lançou uma piscadela.
- Venha Elissabeth, vamos até a cozinha falar com sua avó.
- Sra. Djokovic !
- Sim ? – Pethrus se levantará e andará em direção a mim e a minha mãe.
- Veja só, pelo que eu sei, Daniel e seu pai idolatram a mostrenga, digo a Srta. Black, eu não gosto dela, e sua filha não suporta o Daniel, não seria mais justo se trocássemos de pares?
- Não, de jeito nenhum ! Vocês são apenas crianças, não sabem o que querem ! –Meu pai Se levantou afastou eu e minha mãe de Pethrus, que nos sentamos. – Agora vamos mudar de assunto por favor.
- Concordo com você Rupert, vamos falar sobre as nossa meninas o que acham ? – George, pai de Daniel se manifestou.
- Ótimo. A minha Cloe é um anjo, sabe cozinhar magnificamente, sorte do rapaz que se casar com ela – ele olhou diretamente para Pethrus – E a sua Elissabeth, Rupert , o que ela já aprendeu com a mãe ?
- Bem é....muitas coisas – meu pai mentia muito mal, isso era evidente, pois eu não aprenderá nada, á não ser que se divertir tacando pedras com o estilingue na casa da vizinha contasse.
- Elissabeth sabe fazer diversas sobremesas – interrompeu minha mãe, ela sim mentia bem – Ela é uma menina de ouro, e vai aprender tudo o que precisar no tempo certo, no momento ela é uma criança e tem que agir como tal. – minha mãe assim como eu, adorava ver qualquer um dos Black constrangido ou sem o que dizer.
- Bem Jéssica querida, - Lucia, mãe de Cloe entrará na conversa, já questionando minha mãe – o que acha de eu, você e Joanne nos juntarmos a Catarina na cozinha ?
- Claro. Crianças, vão brincar, creio que seus pais querem conversas sobre negócios.

Nós saímos, eu fui para a sala de música, Pethrus me seguiu , Daniel sentou-se na varanda da casa e Cloe foi fazer papel de boa menina na cozinha.
Estava sentada de frente ao piano, quando ele chegou e se sentou ao meu lado, tocou quatro ou cinco notas.

- Você toca ?
- Minha mãe me ensina nas horas vagas, Srta. Slovak.
- Não sou uma Slovak, e Deus queira que não me torne uma ! – silencio.
- Pethrus Donson
- Elissabeth Djokovic.
- É um prazer conhece-la – ele era extremamente educado, pelo menos comigo.
- Você é russo de nascença ou veio morar aqui ?
- Sou russo de nascença, nasci em São Petesburgo e moro lá até hoje. A sua prima, Cloe, é de onde ?
- Ela mora em Moscou, mas no mesmo bairro que eu.
- Como consegue suportá-la ?
- Ela vai pouco a minha casa, e eu vou bem menos a casa dela.
- Entendo. Agora o que acha de darmos uma volta, eu gosto de brincar na neve....
- Ótimo, vou chamar os outros...
- Elissa espere – ele me segurou pelo braço – vai mesmo chamar a sua prima ?
- Pensando bem...não vou chamar não, vamos.

Saímos para frente da casa, a rua estava deserta, eu procurava alguém quando fui atingida nas costas por uma bola de neve, em seguida foi atingida por outra, na cabeça, essa veio com um pouco de lama. Quando olhei para trás Pethrus estava caído no chão rindo da minha cara, aproveitei sua distração e lhe acertei uma bola de neve na cara, depois saí correndo. Passamos uma meia hora brincando disso, depois ele começou a correr e tacar a neve a distância, eu fui atrás dele, e quando me dei conta estávamos em uma praça a duas quadras da casa da minha vó, o chão era escorregadio por causa da neve, as arvores estavam todas congeladas e seus galhos pareciam pingentes de diamante que pendiam de em alturas diferentes, andamos por lá observando as arvores, até cegarmos ao que devia ser o centro da praça, e lá havia um lago congelado.

- Vamos patinar ? – ele perguntou
- Acho que não é uma boa ideia, o gelo pode rachar....
- Vamos, não tem perigo.
- Melhor voltarmos.
- Ora Elissabeth, está com medo de um lago ?! Venha, eu ajudo você a se equilibrar.
- Ok, ok, mas só um pouco.
- Tá.

Entramos no rio, eu andava com a maior cautela possível, Pethrus andava normalmente, com o passar dos minutos peguei confiança no lago, e comecei a “patinar” normalmente, eu fazia giros, e por vezes trombava em Pethrus, em um momento trombei de frente com ele, o qual me segurou, naquele momento havia voltado a nevar, ele fica mais lindo visto a poucos centímetros com a neve caindo sobre si, ele sorriu para mim, eu sorri de volta como uma boba, na minha ingenuidade de criança ele era um amigo, que eu gostava muito, mesmo conhecendo-o a pouco tempo, ele deu um passo para frente em minha direção, nisso ouvi um barulho no gelo abaixo de nós, o gelo rachou, e Pethrus caiu na agua quase fui levada junto, mas apenas caí no gelo ao lado do buraco que havia sido aberto, eu o chamava desesperadamente.

- PETHRUS ! PETHRUS ! – ele estava agarrado a minha mão, eu tentava puxá-lo, mas não conseguia. – Pethrus me ajude, não consigo te puxar de volta....
- C-c-c-hame a minha m-m-mãe... – ele tremia, sua pele estava ficando azul, e sua mão dura como pedra.
- Não vou te deixar aqui !
- Pethrus ! Elissabeth ! – uma voz chamou ao longe.
- AQUI ! SOCORRO ! NO LAGO ! PETHRUS CAIU NO LAGO !

O dono da voz apareceu, era meu pai quando chegou ao lago, foi diretamente a Pethrus, o tirou da água e o levou imediatamente até os pais dele, depois voltou para me pegar.

- Você está bem ?
- Estou... papai não foi minha culpa, eu juro... eu não queria que isso acontecesse !
- Eu entendo criança, agora vamos, temos que conversar com os Donson.

Voltamos para a casa de minha vó, lá encontrei Pethrus enrolado em vários cobertores, bebendo chá que minha vó provavelmente preparará , quando me viu, ele sorriu , mas logo foi censurado por sua mãe, que quando me viu se levantou e foi até a sala de reuniões onde todos estavam me esperando pra me julgar como uma criminosa.

- O que essa garota tem na cabeça ?! Levar o meu menino para um lugar daquele ! – Joanne atacava minha mãe com as palavras – É esse o ensinamento que ela recebe em casa ?
- O garoto foi até por que quis ! Ela é só uma criança, não tem noção do perigo – minha mãe a fuzilava com os olhos.
- Ouça meu conselho Jessica – Rodolfo se meterá na conversa – Matricule essa menina no Colégio Santa Maria, acredite ela voltará de lá uma verdadeira dama.
- NÃO ! MAMÃE POR FAVOR, NÃO ! EU NÃO FIZ NADA ! 
- Eu não vou mandar a minha filha para aquela prisão !
- Então mantenha esse animal longe de nossos filhos ! – Lucia agora se pronunciará.
- Olha como faça da minha filha !
- Eu falo como bem entender desse projeto de insanidade !
- NÃO FALE ASSIM DELA ! –Pethrus entrará na sala. – A CULPA FOI MINHA, EU QUIS ENTAR NO LAGO, NÃO ELA !
- Pethrus meu amor, você não sabe o que está falando, está muito apavorado e...
- NÃO ESTOU NÃO ! ELISSABETH NÃO FEZ NADA, A CULPA É MINHA, EU DEVO SER PUNIDO E NÃO ELA !
- CALADO ! – o pai de Pethrus se levantará da cadeira e se direcionou a ele – você não opta em nada aqui, vamos para sala, e deixe que eles resolvam .
- Mas pai a culpa não foi dela !
- Ande Pethrus ! – os dois saíram, Pethrus antes de sair me olhou como quem diz “ eu vou resolver o problema “
- Agora, eu espero que vocês coloquem está assassina em um bom colégio interno !
- Assassina ?! Você não tem o direito de chamar a minha filha de assassina Lucia !
- Tenho sim e digo mais, essa louca deve ter puxado a insanidade da mãe !
- BASTA ! – eu venero a minha mãe até hoje por seu ato depois dessa frase. Ela juntou toda a força que tinha e deu um belo tapa na cara de Lucia Black, como eu já disse deixar os Black sem graça era um Hobby para mim e para minha mãe.

O silêncio e as caras de espanto tomaram conta da sala. Meus pais saíram em silêncio, e apesar deu ter implorado, e minha mãe ter ameaçado meu pai de divórcio, ele foi obrigado pelos Black a me colocar no Santa Maria. Aquele lugar era horrível, eu passei três anos lá, um dos três piores anos da minha vida. Tentei fugir de lá varias, e várias vezes e era castigada severamente. Saí de lá com 13 anos cheia de marcas físicas e psicológicas.

Colégio Santa Maria Estocolmo, Suécia- Final de 1927

“ Querida Elissa,

Eu estou te escrevendo escondido, com a ajuda da minha empregada, pois mamãe não quer que eu me fale com você, ela quer que eu a esqueça, mas isso é impossível. Espero que você esteja sendo bem tratada, não consigo suportar a ideia de você estar aí presa nessa prisão, se eu pudesse tirava você daí hoje mesmo. Sinto saudades suas, queria poder brincar outras vezes com você na neve, você é muito divertida, diferente de Cloe, que é muito chata, e meus pais me obrigam a brincar com ela. Acho melhor parar por aqui, não tenho muito dinheiro, por isso a carta não pode ser muito grande. Espero vê-la em breve. Sinto sua falta.

 
                                                              De seu amigo,
                                                             Pethrus. “

São Petesburgo, começo de 1928.

“ Pethrus,

Não devia escrever escondido, se sua mãe descobre, você pode se complicar muito, mas de qualquer modo, fico feliz por você não me esquecer. Não posso dizer que estou tento o tratamento de uma princesa, mas estou sendo muito bem tratada sim, no nível de rigorosidade do colégio. Não se preocupe comigo, aqui não é tão ruim quanto dizem, e nem pense em vir atrás de mim, primeiro porque seus pais te matariam, e segundo porque é meio impossível um garoto de onze anos e meio conseguir pegar um navio atravessando o mar Báltico para a Suécia sem ser questionado. Também sinto muito sua falta, não tenho com quem me divertir aqui, e sempre me lembro do dia em que fomos até a praça do lago, e sei que para você não deve ser fácil mesmo aturar a Cloe, ela é um pouco irritante, e raramente aceita perder quando brincamos de algo. Também espero não tardar a vê-lo, quero poder brincar na praça de novo, antes que eu não possa mais. Até breve.

                                                            Sua amiga,
                                                           Elissabeth Djokovic.

Colégio Santa Maria Estocolmo, Suécia – Abril de 1928

“ Elissa,

Fique tranquila, por favor, minha mãe nunca vai descobrir que eu estou escrevendo para você, as cartas da casa sou eu que pego, então, ela nunca vai saber de suas cartas para mim. Não me importo se seu colégio fica na Suécia, na França ou na Itália, eu iria atrás de você até o fim do mundo se fosse preciso, sou seu amigo, e nunca te deixaria sozinha. Fico feliz em saber que você está bem, soube que seus pais vão visitá-la no próximo mês, eu pretendo ir com eles, estou quase convencendo a minha mãe. Não consigo mias ficar perto de Cloe, ela me enjoa com aquele perfume forte, queria estar perto de você, lembro do seu perfume, era adocicado, uma mistura de baunilha, jasmins e violetas, o seu cheiro me traz calma, eu gosto disso, eu gosto de você, gosto mesmo. Aaaah...Bem até o próximo mês.


                                                      De seu amigo,
                                                     Pethrus Donson.

São Petesburgo – Final de Abril de 1928

Pethrus,

Fiquei surpresa com o que você disse na sua última carta, e também não entendi muito bem o sentido da palavra, poderia então por favor me explicar, qual é o sentido da frase : ‘’ Eu gosto muito de você, gosto mesmo’’ .Se for o que penso, por favor esqueça.

                                                       De sua confusa,      
                                                     Elissabeth Djokovic.


Colégio Santa Maria, Suécia – Maio de 1928

“ Elissabeth,

Não sei se vou conseguir explicar o verdadeiro sentido dessa frase, eu só sei que eu gosto de você de um jeito diferente, só não sei explicar, eu só sei que você é principal inspiração para os meus desenhos. A é, eu não te contei, eu descobri que desenho muito bem, pessoas locais, animais, e a maioria de meus desenhos são retratos de você, eu não sei por que, mas você é a única coisa que eu gosto de desenhar. Me desculpa mas eu não sei te dizer o que é o meu sentimento por você, a única coisa que sei é que é sincero.

                                                De seu desenhista indeciso.”
PS: Seus pais iram vê-la no fim do mês de Maio.

São Petesburgo – Meio do mês de Maio de 1928

Pethrus,

Também não faço ideia do que te dizer, eu também gosto de você, de estar com você, mas se você estiver sentindo o que eu penso, você deve esquecer esse sentimento, para que nenhum de nós sofra com isso, será melhor. Fico feliz de saber que eles vem me ver, e espero que você também venha.

                                                      Sem ideias,               

                                               Elissabeth Djokovic. “

Londres, Inglaterra – Meio do mês de Maio de 1928

“ Querida Elissabeth,

Seus pais me permitiram escrever para você. Eu sei que você e eu não nos damos muito bem mas, eu gostaria de dizer que eu a admiro muito, gosto de você, e espero que um dia você possa retribuir o mesmo carinho que sinto por você. Não sei muito bem o que falar, portanto, só escrevi para saber se você esta bem. Me responda por favor.

                                                   De seu futuro amigo,
                                                  Daniel Slovak.   


Só para ficar claro : eu nunca respondi nenhuma das outras tantas cartas que Daniel me enviou. No final de Maio, como prometido, meus pai vieram me ver, e Pethrus, como um milagre, veio junto, eu fiquei muito feliz em vê-lo, porém o pouco tempo que pudemos passar juntos, eu confirmei aquilo que eu já sabia, aquele sentimento que ele sentia por mim, era o mesmo que eu sentia por ele, eu adorava ouvir ele falar, ver seu sorriso, as vezes o encarava como uma boba, sorrindo, ele também em adorava, e fazia questão de que eu soubesse disso, minha mãe porém ouviu ele dizer que gostava de mim, e que fazia questão que todos soubessem, nessa hora ela o repreendeu, e disse para esquecer isso, que essa era uma ideia louca sem cabimento. Eles se foram e eu fiquei até dezembro sem me comunicar com Pethrus, até que no dia 24, eu recebi uma carta dele.

“ Elissabeth,

Me desculpe por não me comunicar mais com você, mas minha mãe acabou descobrindo, e eu receio que essa deve ser nossa ultima correspondência. Fiz mais alguns desenhos sobre você, a cozinheira de casa que me ajuda com as cartas de que está lindo, eu lhe mostro assim que nos virmos de novo. Sobre o que sinto por você, bem eu já descobri o que é, me desculpe, mas eu não posso esquece-lo, é esse sentimento que me mantem vivo, que me mantem alegre, posso ter apenas doze anos, mas sei que meus sentimentos por você são claros e sinceros. Lamento, mas não vamos poder mais nos comunicar, não me esqueça, que eu nunca te esquecerei. Me perdoe.


                                                             Para sempre seu,
                                                             Pethrus Donson.
PS:
YA lyublyu tebya* “


Aquela, foi a ultima carta que recebi de Pethrus, eu não respondi pois a mãe dele podia achar a carta, e isso iria encrenca-lo. O ano seguinte, foi o mais tedioso e triste da minha vida, sem as cartas dele, os meus meses não tinham cor, nem vida, eu era mais uma alma morta em meio as tantas outras.


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Notas finais do capítulo

YA lyublyu tebya* - eu te amo, em Russo.
Segundo o tradutor do Google u.u
HSUHASHASUAHSUASH' Mas enfim, oque acharam ? Gostaram da minha Elissa e sua trupe ?



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