Eu fiquei obcecado por ela, eu precisava saber o nome dela, precisava conversar com ela, pra mim foi quase como uma paixão a primeira vista, eu sentia isso. Fiquei o dia todo pensando naquela garota linda que vi naquela manha.
Passei dias pensando nela, e toda vez que à via, sentia meu coração disparar e pensava comigo: “meu Deus, eu nunca tinha sentido isso por ninguém, como pode?” e a cada minuto do dia eu me pegava pensando nela. Eu queria falar com ela, mas ela vivia grudada com aquele garoto estranho, eu sentia ciúmes ao vê-la com ele. Resolvi falar com o tal garoto e tentar tirar alguma informação sobre ela. Vi que o garoto estava em um dos corredores do campus e o chamei:
- Ei garoto! – gritei
Ele parou e virou em minha direção.
- Falou comigo? – Perguntou.
- Sim, e então cara, como esta? – Tentei puxar assunto.
- Bem e você? – Ele disse, e ao mesmo tempo tinha uma expressão duvidosa.
- Bem sim. – Respondeu.
- Então, quem é a sua amiga? Aquela que vive junto de você? – Perguntei.
- Ué, por que não vai falar com ela, ao invés de estar aqui me enchendo. – Respondeu – E por favor, não me encha mais. – E foi embora.
Eu o olhava indo embora com uma raiva, naquele momento eu queria acabar com ele, mais deixei pra lá. Continuei caminhando no campus, olhando para o gramado, eu já não estava pensando em mais nada, somente nela. Ao mesmo tempo em que pensava nela eu soltava um sorriso bobo, como se ela estivesse ali para me ver. Continuei andando quando esbarro em alguém, e quando ia falar algo como: “você não olha por onde anda?”, eu meio que paralisei. Era ela, a garota linda das aulas de artes. Ela me olhava como se estivesse com medo ou confusa, o pior é que eu não conseguia falar, fiquei encantado com o rosto perfeito dela, com aquele olhar, seus olhos eram azuis como o mar, e era nesse mar que eu queria me afundar. Quando finalmente tomo coragem para falar ela diz:
- Você não esta me reconhecendo né? É claro que não, você esta com esse olhar bobo. – Ela disse com certa estupidez. Mas quando escutei aquela voz, era doce e meiga, mas familiar demais, comecei a puxar na memoria quem teria essa voz encantadora. Quando percebi fiquei pasmo, eu não sabia o que responder a ela, claro, era a Samantha, mas não era possível isso, Samantha não era feia, mas simplesmente havia se transformado em uma garota linda.
- Como pode? Samantha? – Foram às únicas palavras que saíram da minha boca, eu não conseguia acreditar naquilo.
- Claro que sou eu idiota, quem mais seria? E não fique com essa cara de bobo. – Respondeu.
- Mais como? Você não era... – Eu engasguei nas palavras, ela estava linda e eu apaixonado por ela, a garota da aposta.
- É Corey, eu mudei, e muito. Não pense mais que sou aquela garotinha sonhadora e estupida ao ponto de acreditar em você, eu mudei. – E saiu andando, como se não tivesse acontecido nada, e eu fiquei ali, parado feito uma estatua, eu não tinha mais reação.
Eu tinha que falar com alguém, automaticamente pensei no Scott, ele saberia o que fazer. Fui ao quarto para ver se ele estava lá, e para minha sorte ele estava. Contei a ele tudo que havia acontecido, ele ficou tão pasmo quanto eu ao saber que era Samantha, a tal garota. Ele não sabia nem o que falar pra mim, e nem eu sabia o que pensar, só sabia que a queria pra mim, e percebi o quanto eu a fiz sofrer, mesmo que não soubesse o quanto ao certo, mas a fiz sofrer e queria de alguma maneira me redimir com ela, e quem sabe fazer ela se apaixonar por mim. Eu estava perdidamente apaixonada por ela, e faria de tudo para tê-la de volta, faria tudo.

SAMANTHA NARRANDO.

Vi-me diante dele, e tão próximo que tive de me controlar para não beija-lo, apesar de tudo eu ainda o amava, e isso doía muito em mim, muito mesmo, eu tinha de me afastar dele, não queria ele perto de mim de novo, e eu já não sabia o que fazer. Ele me olhava como se eu fosse o amor dele, e eu sabia que não era. Eu tinha que falar algo naquele momento:
- Você não esta me reconhecendo né? É claro que não, você esta com esse olhar bobo. – Falei pra ele com um aperto no coração, mas continuei forte.
- Mais como? Você não era... – Ele engasgou nas palavras e me olhava confuso, mas com outro olhar.
- É Corey, eu mudei, e muito. Não pense mais que sou aquela garotinha sonhadora e estupida ao ponto de acreditar em você, eu mudei. – E sai andando sem olhar para trás, mas o aperto no peito aumentou que quando me vi já estava chorando, claro que estaria assim, eu não era tão forte como pensei, mas fui forte o suficiente pra falar com ele naquele momento, mas agora, eu precisava muito do Rapha, eu o queria aqui comigo, eu sabia que ele me daria forças, ele já havia se tornado meu melhor amigo.