Doce Amargo escrita por WaalPomps


Capítulo 6
Cap. 5 – Lembranças obscuras


Notas iniciais do capítulo

HAHAHAHAHAHAHA TOOOOOOOOOOOOOOOOOOOODAS CURIOSAS!!
Calma gente, tem muita água pra rolar ainda poxa! Claro que existe um sentimento estranho rolando, mas tem muito samba pra chegar.
Nesse capítulo, teremos algumas perguntas respondidas. E muitas mais feitas!! hihi'
Até lá embaixo ;@



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E as semanas correram soltas e logo já era outono. No tempo que se seguiu, Quinn e Beth se aproximaram rapidamente e logo se tornaram grandes amigas. Era manhã de sábado e a jovem dirigia para a casa dos Puckerman. Ian estava em Seattle (não que ela soubesse onde ficava isso) visitando uma filial da empresa e ela chamaria Quinn para fazer compras.

_ Oi B. – cumprimentou Peter, abrindo a porta – Mamãe tá na cozinha brigando com o papai.

_ Brigando? – estranhou a jovem – Então eu volto depois.

_ Que isso, entra lá... – disse o menino – Brigas deles não duram muito. Eles sempre resolvem na cama.

_ Na cama?

_ É... A Belle que diz. – explicou o menino – Não sei o que tem lá, mas ajuda eles a resolver as brigas.

A jovem riu, enquanto iam para a cozinha. Beth estava no balcão, comendo panquecas enquanto ria vendo os pais discutindo.

_ Mas Q, você sabe o quão difícil foi conseguir essas entradas? – choramingava o marido.

_ Não que nem saber Noah. Eu avisei que íamos visitar o Logan hoje. – bufou a esposa.

_ Quinn, o Logan tem três dias de vida! – gritou o homem – Se formou hoje ou semana que vem não fará diferença pra ele!

_ Mas pra Britt e Santana sim! – replicou a loira, batendo o pé no chão – Nós somos os padrinhos Noah, já deveríamos ter ido para lá no dia que ele nasceu, mas você tinha reunião.

_ Vai com as crianças então. – sugeriu ele – Eu vou ficar na sala vendo TV mesmo.

_ Eu não vou sozinha com eles até Nova Jersey, por Deus! – exclamou a esposa revirando os olhos.

_ A Beth vai com a gente! – gritou Peter. Só então o casal se deu conta da convidada assistindo a discussão corada.

_ Desculpa, o Peter me puxou para dentro. – explicou ela e o homem riu.

_ Adorável como sempre meu filho. – reclamou Quinn – Mas enfim, Beth, o que você acha de ir conosco a Nova Jersey?

_ Claro, sem problemas... – disse a menina – Ian está fora então tenho o dia vago.

_ E EU VOU PODER VER O JOGO DOS GIANTS! – gritou Puck, pulando no lugar – Obrigado Beth, salvou meu dia!

_ Depois a gente vai conversar ainda mocinho. – sentenciou a esposa, cruzando os braços.

_ NA CAMA! – gritou Peter e todos o olharam em choque – Que é gente?

_ É filho seu mesmo, não tenho dúvidas...

_ E algum dia teve Q? – questionou o homem, arqueando a sobrancelha.

_ Noah, vai buscar o Finn no aeroporto vai. – resmungou a mulher, dando um selinho no marido – E vocês crianças, trocar de roupa e pegar as mochilas porque temos mais de uma hora de viagem pela frente. Beth precisa pegar algo em casa ou que eu lhe empreste algo?

_ Não, tudo bem Quinn. Só preciso ir ao banheiro. Dá tempo?

_ Dá e sobra. A Belle leva uns 20 minutos para se arrumar. – disse Puck, pegando a chave do carro – Eu vou buscar o Finn no aeroporto, quer vir junto? Acho que chegamos a tempo de vocês saírem.

Depois de a menina usar o banheiro, ela e Puck saíram rumo ao aeroporto. No carro, ele pediu se podia ligar o radio e ela não se opôs.

_ Essa rádio de um amigo meu. – explicou ele sintonizando o aparelho – Rory. O pai da esposa, Sugar, era podre de rico e comprou a rádio para ele a pedido dela. Era uma radio decadente, mas ele é espero e fê-la prosperar. Aquele irlandês safado!

A menina riu enquanto o radialista falava com um sotaque irlandês forte:

E agora, a sessão New Directions do dia

_ Ótima hora para ter ligado! – comemorou o homem – New Directions era o nome do nosso coral no colégio... Todo dia ele toca duas ou três músicas que tenhamos apresentado na época de escola.

_ Bad Romance? – perguntou ela rindo e o homem deu de ombros.

_ Essa foi as meninas, numa semana em que nosso professor queria trabalhar nossa teatralidade. – explicou ele – Se você ouvir, não é a voz da Lady Gaga. Ele sempre toca a gravação da nossa voz.

A seguinte foi “Edge of Glory” e o homem desatou a rir.

_ Dia Lady Gaga? Sério Rory? – mas sua expressão se desfez quando começou a última música.

_ É você cantando não é? Beth? – perguntou ela e ele confirmou – A Quinn me contou que você escolheu o nome da filha de vocês por causa da música.

_ Eu cantava para ela sempre que a fazia dormir, nos dias que a mãe dela deixava-a em casa... – contou ele, olhando pela janela – Quinn sentava com ela no colo e eu sentava com o violão em frente a elas. As duas adormeciam.

_ Parece que vocês as amavam muito... – comentou ela, observando o homem a sua frente.

_ Não se pode explicar o amor de um pai por um filho, mesmo que não seja criado por você. – explicou Puck – Eu e Quinn amávamos Beth, mas não tínhamos como criá-la. Shelby era a diretora do coral adversário ao nosso e quando ficou sabendo que nossa filha tinha nascido, foi até o hospital. Foi no dia do campeonato Regional... Perdemos a competição, mas ganhamos nossa menina.

_ Como era o nome da mulher que adotou Beth? – perguntou a jovem.

_ Shelby, Shelby Corcoran. Ela tentou a Broadway, mas não deu certo. Ela dava aula em um colégio aqui em NY quando morreu. – contou ele, enquanto estacionavam – Quinn nunca superou a morte dela. Demorou anos até ela aceitar tentar outro filho. E quando Belle nasceu, bom, todos estavam com medo dela querer batizá-la de Beth.

_ E você? Superou a morte da Beth? – questionou a menina e o viu limpar os olhos discretamente.

_ Eu aprendi a esconder a dor, pela Quinn e pelas crianças. A memória de algo que aconteceu antes deles nascerem ainda os assusta. – finalizou ele, saindo do carro com ela atrás – Não dá pra viver no passado.

~*~

_ Quinn, vamos logo! – gritou o rapaz, impaciente. Já estavam quase 20 minutos atrasados e ele sabia que Shelby não podia perder o vôo. A noiva logo apareceu carregando o embrulho.

_ Eu estava arrumando o laço porque ALGUÉM quis dar uns malhos no carro e estragou. – bronqueou ela rindo. Ele sorriu e a abraçou pela cintura, beijando sua testa.

_ Você acha que agüentamos duas semanas com ela? – perguntou o badboy encarando a loira.

_ Ela é nossa filha Puck, claro que damos conta dela. Além do mais, Beth nos ama e ama ficar conosco. Agora vamos, não era você que estava com pressa?

Passaram na recepção do hotel e fizeram check-out. Colocaram as malas no carro e saíram rumo ao posto de gasolina na auto-estrada. Shelby os encontraria ali para entregar Beth e já iria para o aeroporto para viajar para Espanha, onde atuaria num musical por duas semanas.

No posto encontraram Rachel, Kurt e Santana. Os três moravam juntos e nos últimos tempos os dois haviam ajudado a judia a se reaproximar da mãe (fato que levou a aproximação de Quinn e Puck com Beth).

_ Minha mãe ligou que está chegando. – disse Rachel, enquanto abraçava Quinn.

E realmente, poucos segundos depois, viram o carro de Shelby entre dois caminhões. Ela tentava ultrapassá-los, mas o fluxo de carros na antemão estava intenso. Finalmente ela conseguiu uma brecha e desviou o primeiro caminhão. Foi quando o pneu deu um solavanco, estourando. Ela tentou controlar o volante, mas não conseguiu. Havia uma caminhonete indo de encontro com ela e tudo que ela pode fazer foi se virar para trás.

Quinn e Rachel gritaram em uníssono, a primeira sendo segurada pelo noivo, a segunda pelos amigos. O carro estourou a cerca que ladeava a estrada e rolou até bater em uma arvore. Num primeiro instante, nada aconteceu. Mas alguns segundos depois, o carro explodiu em chamas laranja.

Rachel desmaiou enquanto o casal corria até onde o carro havia atravessado. Olharam todo o perímetro, vendo se a cadeirinha da filha não havia soltado e rolado, ou ainda o corpo de Shelby. Mas nenhum sinal.

Logo os bombeiros chegaram e extinguiram o fogo. Não havia sobrado muito do carro. Dentro, encontraram dois corpos carbonizados. Mulher, na faixa dos 40 e poucos anos e uma menina, na faixa dos três.

Rachel caiu de joelhos, abraçada por Kurt, enquanto Quinn e Puck se abraçavam, num choro doloroso, ambos agarrados ao embrulho agora desfeito do ultimo presente da filha.

~*~

Ela o seguiu, ambos em silêncio e pararam no portão de desembarque. O vôo do Canadá já havia pousado e logo Finn e Nathan, seu filho mais velho, apareceriam.

_ Procure um homem de quase 2 metros e um garoto de 1,70... – disse Puck – Serão eles.

Não tardou muito e apareceram. Finn tinha cabelos curtos e castanhos, perfeitamente espetados no topete. Era alto e apesar de não ter físico definido, seus braços marcavam bem na camisa. Nathan devia ter pouco menos de 15 anos e ainda era relativamente desengonçado, com o corpo magrelo e as pernas longas.

_ Finnete! – saudou Puck, abraçando o melhor amigo.

_ Puckete! – riu o outro homem.

_ Fala tio P. – cumprimentou o menino, recebendo uma chave de braço do mais velho.

_ Mais respeito comigo moleque, sou seu padrinho. Pede benção e beija minha mão.

_ Eu não, e sujar minha boca! – brincou o menino e logo seus olhos caíram em Beth – A tia Quinn fez plástica e pintou o cabelo?

_ Não gafanhoto, essa é a Beth. – explicou o homem – Ela é noiva do meu sócio, Ian.

_ Como vai? – perguntou a jovem, forçando um pouco mais seu sotaque britânico. Sentia Finn agindo estranho e ficou envergonhada com o fato que sempre a confundiam com Quinn ou achavam que ela poderia ser a finada criança.

_ Você é gata. – disse o jovem e ela corou.

_ Nathan LeRoy Hudson, respeito menino. – bronqueou o pai em tom severo e o menino deu de ombros.

_ Hã, Noah, vamos? Quinn quer chegar na Brittany para o almoço. – pediu Beth e Finn deu um tapa na própria testa.

_ O presente do Logan. Nathan, você lembra onde eu pus? – perguntou o homem, revirando a mala ali no meio do desembarque.

_ Pai, a gente vê isso no carro. Senão todo mundo vai ver suas cuecas do Hulk. – observou o filho, enquanto Puck rolava de rir.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Muito fofa a capa né? *0*
Bejinhos ;@