Vais Ser a Minha Salvação? escrita por AnnieKazinsky


Capítulo 16
Noite




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Ele não sabia a o porque de ter ido para o apartamento dela.

Sabia que não se deveria ter se materializado.

 Mas ja que o tinha feito deveria ter ido directamente para o Caldeirão Escoante, Tom dar-lhe ia refugio sem grandes questões.

Era o que deveria ter feito.

Em vez disso estava a frente da porta dela...

Repentinamete sentiu-se inseguro.

Que diabos!

Nem se lembrava de ter decidido de ir para ali foi como se estivesse em piloto automatico!

Hesitou: era tão tarde.. ou melhor, era tao cedo tendo em conta que era duas da manha.

Levantou a mão para bater a porta, mas nao o fez.

Nao deveria estar ali. 

Mas não se sentia em condiçoes para mais nada.

Mais uma vez levantou a mao para bater, mas não o fez de novo.

Ela deveria estar a dormir.

Devia estar, era tão tarde...

Fechou os olhos por uns momentos, e deu por si com a testa encostada a porta.

Sabia bem, a madeira fresca na sua pele quente.

Ele precisava, queria.

Não deveria ter vindo, não devia ter –se materializado.

Hesitou.

Agarrou na varinha do auror, apontou-a aporta e com um feitiço silensioso, abriu-a. Entrou, sentindo uma pontada de dor, dobrou-se, fazendo uma careta.

Tentou ficar silencioso, não a queria acordar..

Fechou  a porta com cuidado.

Queria deitar-se, mas não devia.

Sentia-se nojento.

Precisava de uma duche.

Era isso que iria fazer, e so depois iria rastejar para a cama  e dormir o que merecia. Iria sentir-se melhor de manha,iria sentir-se melhor depois de dormir de certeza!

O mundo iria parar de rodar e não iria sentir-se tão enjoado.

Estava perto do quarto quando se lembrou que devia acorda-la.

Por mais cuidadoso que poderia ter sido, tinha de ser.

Ou entao iria assusta-la de morte se acordasse com ele a tomar banho, ou deitado na sua cama.

Precisava de acorda-la para que ela soubesse que ele estava ali.

- Granger? – murmurou avançando para a cama dela. Ela nao se moveu. Ele deu mais um passo olhando para a forma dela debaixo dos lençois.

- Granger? – tentou de novo. Ela moveu-se, mas ele nao teve a certeza se a acordara.

-Gran...?

- Humm?... – disse ensonada, virou a cabeça devagar para e direcçao dele.

- Sou eu... – disse suave – volta a dormir... era so para saberes que estou cá...

-  Mmmmmhummm....

Ele esboçou um sorriso, enquanto ela se aconchegava de novo no edredon.

Ele meia volta e foi para a casa de banho.

Despiu a roupa.

Precisava mesmo de um banho.

Fitou a banheira, deveria enche-la, mas estava tao cansado que provavelmente acabaria afogado acidentalmente.

Entrou e ligou o chuveiro.

Sentia-se muito zonzo, com dificuldade em manter o equilibrio.

Fria, agua demasiado fria, sentiu-se tremer.

Mudou para mais quente, encostou-se a parede  e deixou-se sentir a mudança de temperatura.

Agarrou no gel de banho.

Maçã?...

Estava elucidado sobre a origem do cheiro principal dela, so faltava saber de onde vem a canela.

Aquele cheiro era reconfortante, lavou-se, e deixou-se ficar uns largos momentos debaixo da agua do chuveiro deixando que a força do jacto lhe relaxasse os musculos dos ombros, estava demasiado tenso.

Puxou a toalha fofa do suporte, limpou-se devagar, e pendurou de novo a toalha, molhada, quase pingando, mas estava demasiado cansado para pensar....

Entrou de novo no quarto e deslizou para dentro dos lençoes. O corpo dela estava quente, ele hesitou, o seu coraçao batia muito forte ao aproximar-se dela, ele sabia que nao deveria estar ali, mas precisava de ali estar, ele queria.

 - Granger? – murmurou, a voz dele soou rouca.

A mao dele aproximou-se do rosto dela, acariciou-a, passando a mao  pelo cabelo suave.

Merlin como aquilo era errado!

Nao deveria mesmo estar ali, aproximou-se mais, metendo o rosto no pescoço dela e passando um braço sobre a cintura dela.

- Draco? - Ela estava confusa, tinha tomado um comprimido para dormir...

Nao...! Dois comprimidos, e acordava com ele deitado na sua cama. Estava alarmada, mas não conseguia reagir.

A boca dele pareceu secar repentinamente.

Nao conseguiu falar.

Rocou o nariz no pescoço dela.

- Draco... – disse ela mais suavente. Ele fez um som com a garganta, mas nada disse.

Ela começou a virar o corpo e afastou-se dele devagar. Um momento depois fitava-o com aqueles enormes olhos castanhos.

Oh Merlin.. ele estava... ele...

Ele nao estava em si, nao conseguia pensar com exactidao... nao deveria estar ali.

Deveria ter ido para casa.

Casa?

Que casa?...

Deveria ter ido para qualquer lugar excepto a casa dela... ele deveria...

Desviou o rosto.

Nao deveria mesmo ter vindo.

E entao sentiu o corpo dela contra o seu. Virou o rosto , fitou-a, a expressao dela nao era zangada mas preocupada.

Sentia o coraçao bater com força contra as costelas, tentou pedir desculpas mas as palavras nao sairam, apenas moveu os labios... a sua respiraçao acelerou, abanou a cabeça negativamente, tentando concentrar-se, engoliu em seco.

Fechou os olhos cinzentos,  e virou de novo o rosto, envergonhado.

- Shhhh... ok... ta tudo bem... – murmurou ela

Ele nao estava bem...

Hermione ainda estava muito dermente devido aos comprimidos.

Que situaçao! Havia umas  semanas que nao dormia decentemente e na noite em que decidira tomar quelquer coisa para ajudar, ele aparece na sua cama.

Sentou-se muito direita na cama.

Finalmente estava a pensar direito!

Mas...!!

Ele estava em coma!

Mas estava ali deitado a seu lado!

O que se passava?!

Entrou em parafuso.

Tocou-lhe na pele quente.

Demasiado quente.

Estava febril.

Passou a mao pela testa a ferver dele.

Nao estava a perceber nada.

Ele estava em St Mungus, de coma.

Entregue aos auroes.

E assim que acordasse iria recambiado para azkaban.

Mordeu o labio preocupada.

Em que enrascada se tinha ele metido de novo?

Pensou em Harry Potter.

Tinha de mandar uma coruja a Harry  e avisar da presença de Draco.

Olhou para ele, parecia adormecido.

Ia escrever a Harry.

O mais devagar possivel levantou-se da cama.

Dirijiu-se a casa de banho e ficou a porta fitando com horror o estado em que estava. Realmente tinha ouvido som de alguem a tomar um duche, mas pensou estar a sonhar.

Draco tinha usado a casa de banho.

Tinha deixado um rastro de sague por onde passara.

A toalha estava pendurada no suporte estava de tal modo manchada que era quase impossivel saber a cor original.

Deu meia volta em panico.

Entrou no quarto e afastou as mantas do corpo dele.

Merlin!!

 


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Notas finais do capítulo

Sei que esta curto... mas teve de ser... que me dizem? hem?
o que deve acontecer mais?



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