Vais Ser a Minha Salvação? escrita por AnnieKazinsky


Capítulo 15
A fuga


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpa pela demora espero que gostem!!



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Lucius Malfoy era demasiado vaidoso.

Demasiado confiante.

Teve a sorte de nascer puro sangue, no seio de uma familia rica,

Gostava de estar rodeado de pessoas importantes e infulentes , amava o poder, dai escolher amigos poderosos.

Lord  Voldemort iria dar-lhe esse estatuto, so tinha de lhe ser o mais fiel.

Falhou.

Falhou em quase tudo na sua vida.

Talvez, excepto em Narcissa... Narcissa  era bela.

A mais bela em que tinha pousado os olhos.

Pele branca, nariz arrebitado, maçãs do rosto perfeitas e olhos cinzentos.

Maravilhosos olhos cinzentos... arrependera-se de todas as vezes que a traira em noites de loucura e bebedeira.

Ela era mulher perfeita para si, uma Black!... Matreira, vingativa, sarcastica... uma amante divina... e a mãe de seu filho...

Seu unico filho.

Aquele que o olhou nos olhos com todo o odio do mundo.

Aquele que foi a Azkaban uma unica vez para o olhar nos olhos e o informar que a Narcissa  se matara...

A bela Narcissa...

Não entendeu.

Bloqueou.

O que pretendia Draco?

Acabar com tudo o resto?

Tinha sido ridiculizado pelo Mestre das Trevas, traido por Snape e o seu proprio filho que o odiava, tinha tido coragem de ir a Azkaban com ar de acusaçao dizer-lhe que o seu  amor acabara com a vida pendurada no lustre da Malfoy Manor?

Como se a estadia em Azkaban pudesse ser facil!

Facil?           

Ok.

Não era a mesma coisa de alguns anos atraz...  so haviam tres Dementors na ilha, as celas eram realmente mais confortaveis e a comida mais agradavel, tudo graças ao Auror Chefe.

Mas olhar naqueles olhos cinzentos iguais aos de Narcissa, cheios de odio, desprezo, ver no rosto dele o desapontamento... aquele rosto com tantas feicoes de Narcissa.

Toda a gente  dizia que Draco era uma miniatura de si, mas com a idade, desenvolveu feicoes mais suaves, o nariz arrebitado...  e era sarcastico... oh... o sarcasmo! Ninguem o sabia usar tao bem como Narcissa! Ja Lucius nunca fora tao habil com as palavras...

Saber que o amor de sua vida se matara de forma cruel,  perdeu o apetite, ficou doente e perdeu o resto da esperança que tinha dentro de si...

Mas tudo mudou.

Tudo.

Na noite em que aquele auror entroncado bateu nas grades de forma rude.

- eh! Tu escumalha!... tenho uma noticia para ti... – fitou o auror desconfiado, mas que raios sabia conhecer uma maldiçao Imperius de longe.  Sorriu satisfeito.  Tudo  se iria resolver... Tudo iria mudar, e o filho que pensara que perdera... voltara... e em grande!

Afinal um Malfoy era sempre um Malfoy...

O ar frio parecia uma benção.

A briza suave era algo que nao queria esquecer tao cedo.

Afinal nao tinha passado assim tanto tempo em Azkaban como tinha pensado.

Agora que estava livre tinha de pensar num plano.

Primeiro para se esconder, e depois para se elevar ao mais alto nivel da magia negra e recomecar o que o seu mestre falhado tinha começado. Mas sem os erros dele.

Nao deveria ser assim tao dificil.

E tinha o seu filho do seu lado.

Nao iria ser dificil.

 

**

 

- Nem penses! – exclamou Kingsley na sua voz forte e grave. – sempre tive uma excelente relaçao contigo Harry, mas tu sabes que as vezes és demasiado impulsivo... não pensas... e o que me estas a pedir não é muito razoavel...

- Mas preciso que confies na minha intuiçao... – murmurou Harry. O ministro parecia pensativo, de vez em quando fitava-o de lado.

Harry sabia que tinha sido um pedido estranho. Mas a quem iria recorrer?

Tinha  de tentar por muito bizzaro que fosse.

So viu o ministro abanar negativamente a cabeça.

Ok, não o iria demover, tinha de tentar de outra maneira. Deu meia volta para sair do gabinete.

- Harry, tu sabes que o Draco pode estar  a mentir, e ter-se aproveitado do teu bom senso para te meter em apuros...

- Eu sei... mas ...

- Tu sabes... Julgar mal as pessoas é algo que acontece a qualquer um...mas cair na asneira de confiar em alguem que conheces desde sempre e que sabes que não vale nada... e burrice...

- Sim? – disse virando-se fitando Kingsley – e o que lhe contei do Ron?

O ministro abanou a cabeça.

- Improvavel que ele tenha mudado tanto Harry... ele é o teu amigo de infançia... não tem cabimento...

- Ele mudou... definitivamente...

- Claro pelo que me contaste ele sente que o Draco roubou-lhe a namorada!  E Harry so houve uma pessoa que fugiu de Azkaban na Historia da magia... tu sabes bem quem e como... e Lucius nao é nem metade do feitceiro que Sirius era...

-  Eu sei...– murmurou Harry triste.

Ainda hoje lhe custava falar de Sirius e sabia que fora por sua imprudencia que ele morrera que ele fora atraido para uma armadilha... Nao valia a pena.

Kingsley logo veria no fim quem é que teria razao.

 

**

 

- Claro... era obvio..-  disse Draco com um meio sorriso triste – não podia ser diferente... quer dizer... o Kingsley..

- Olha tem é que se resolver a situaçao de maneira diferente... fazer o que? – disse um Harry abatido

- Sim.. ok... mas Lucius não se vai deixar enganar... se eu não estiver naquele cais , assim que ele meter os pes em terra desaparece e voçes nunca mais o vão poder apanhar...

- Sim eu sei...

- E que ideias brilhantes saltam dessa cicatriz? – disse escarninho.

- E ela? – disse a voz hesitante de Harry Potter, mudando de assunto.

- Ela?... o que? ...

- Draco...vou  contar -lhe que acordaste...

Ele hesitou, olhou para Potter com ar duro.

- Não.  -  a voz não tremeu

- Não? - admirou-se o moreno  - Porque?

- Minha decisão Potter...

- Se é para a evitar, devias  deixar ela decidir isso... - disse Harry indeciso, concordava com ele, Hermione era demasiado boa para ele. Mas ela é que sabia. Draco sorriu triste adivinhando o pensamento de Harry.

- Eu sei eu sei... mas ela mereçe melhor.. muito melhor...

- Entao não conto a ela...

- Não...  – concordou.

- Mas ela era capaz de querer ajudar..

 -Acreditas em mim?

- Ainda nao sei... ha muitas coisas pendentes Malfoy... -  hesitou, tinha de ser... agora ou nunca  -  Preciso de uma memoria tua...

Draco tentou sentar-se na cama do hospital. Harry estava junto da janela, o luar batia-lhe no rosto, fitou Draco.

- Memoria? Que memoria...

- É algo que me tem dado a volta a cabeça... o dia em que Arthur Weasley morreu...

Harry viu Draco empalidecer.

- Porque?

- Porque preciso...

Draco revirou o olhar.

- Foi o weasel que te meteu isso na cabeça... eu nao matei o pai dele...

- Eu sei... mas... preciso dessa memoria...

- Eh pah nao sei...  nao me agrada isso... as minhas memorias por ai...

- É importante malfoy... nao tou a brincar...

- E tem de ser agora?

- Nao... pensa um pouco... agora tenho outra ideia em curso... quero ver como vou resolver... suspirou harry. - quando  a que horas ele chega ao cais?

- Noite... 23h

- Temos pouco tempo... muito pouco tempo... – disse Harry Potter estendendo um manto negro de viagem a Draco.

 

**

 

O Beco Zurzidor tinha o mesmo aspecto sujo e nojento de sempre. Saiu do barco com o  seu ar arrogante, varreu com o olhar o sitio.

Onde estava ele?

Olhou para o barqueiro que o tinha trazido de Azkaban, nao lhe vira o rosto mas sabia que nada sairia daquela boca. Se tivesse uma debaixo daqueles mantos.

Viu-o afastar-se devagar na nevoa.

Envolveu-se mais no seu manto.

E viu movimento junto aos predios degradados.

Os seus olhos habituados as escuridao devido a longa viagem que fizera nos mares, viram alguem mover-se nas sombras, e mais atentamente viu a fraca luz de uma ponta de cigarro.  A sombra moveu-se, e finalmente moveu-se para a luz fosca da lua.

O cabelo nao deixava enganar.

Draco estava ali como Mclaggen lhe dissera.

-Draco... – murmurou pomposo.

Draco aproximou-se lentamente.

Atirou o resto do cigarro para o chao.

E fitou o rosto do pai.

A sua vontade honesta era pregar-lhe um enorme murro.

- Fumas agora?...

- Desde o tempo de escola...  – murmurou Draco.

- Que pessimo habito Draco...

Raios! Que merda de conversa era aquela?

Fugira de azkaban, e estava tao calmo seguro de si e a primeira coisa que faz é dar-lhe nas orelhas por fumar!

- Planos? – disse Draco.

- De momento necessito de uma refeiçao decente e depois temos de nos meter a milhas daqui...

Draco fez um meio sorriso sarcastico

- Nao te questionas pela razao em que te meti fora dali?

Lucius hesitou.

Abanou a cabeça.

- Nao... porque?

- Nao te questionaste? Nao te perguntaste? – Draco estava incredulo. Se nunca tinha tido uma relaçao boa com ele, como poderia ser tao confiante?

- Es meu filho...

- Achas que isso é razao? Que so isso é razao?

- Eu sei que ficaste chateado quando a mae morreu...

- A mae?... – exclamou furioso. Aquele homem era completamente alienado. E achava que nao tinha culpa nenhuma na Historia!

Lucius fitava Draco com ar confuso.

- Sabes... – murmurou draco aproximando o rosto dele – Tu nao inaginas o feliz que eu estou ao ver-te aqui... fora daquela prizao...

Lucius nao sorriu.

Aquela afirmaçao tinha-lhe soado muito agressiva.

Hesitou.

- Estou felississimo... pois o que tu mereces nao é estar preso. Tu mereces algo pior que isso...

- Draco?

- Isso mesmo... mereces um cruciatos ate perderes a sanidade... ou um beijo meigo de um dementor...

- Mas foste tu que me tires-te de la...

- Eu?... eu nao movi um dedo...

- Mas o cormac esta em imperius!...

- Ah... boa... uma parte do plano que nem eu sabia! – exclamou Draco sarcastico. Os olhos de lucius estavam agora assustados. A mao de Draco agarrou-lhe o braço com força.

- Tu destruiste tudo... es a maior merda existente.. eu queria ver-te ca fora para ter o prazer de te lixar a vida! De  saberes bem o que sou, e o que fizeste...

- Mas eu sou teu... – nem teve hipotese de acabar, draco deu-lhe um murro valente, quase deslocando-lhe o maxilar.

- Draco! – exclamou Harry Potter saindo as sombras ao ver Draco com a varinha na mao apontada ao pai.

O momento seguinte foi uma confusao de movimentos. Uns quantos feiticos ecoaram no beco.

Draco não se desviou a tempo acabando por levar com o peso de Harry em cima.

- Tas bem? – peguntou harry ansioso quando o movimento acalmou.

- Não... tira o traseiro de cima de mim Potter! – exclamou empurrando-o.

Harry sacudiu a roupa e estendeu a mao para ajudar Draco a levantar, que o ignorou.

- Kingsley! – disse Harry – pensei que me tivesses ignorado...!

- Nao Harry tu é que me ignoraste... o que te passou pela cabeça? – disse o ministro numa voz calma, de desapontamento.

- Eu avisei-te  que isto ia acontecer... – voltou o rosto para Draco que olhava com um ar enigmatico para Lucius que estava deitado no chao, provavelmente um dos feitoços acertara nele. Estava incosciente. Virou os olhos para Harry Potter.

- Que se passa pah?... foda-se... ta aqui o ministerio em peso...

- Eu sei...

- Foste tu... que... – disse desconfiado. – Fizeste-me sair de S.mungus para...

- Nada disso.... – murmurou Harry

-Era este o teu plano?? - Exclamou malfoy furioso. -  Nao devia ter saido da cama do hospital!! Se eu soubese que...!

- Calma... nos tinhamos de arriscar!... não fazia ideia que o ministerio vinha eu não lhes dei a morada!!  E nao te armes em santinho malfoy!... – exclamou com furia.

Aurores agarraram Malfoy com força.

- É preciso dois? – disse fitando Kingsley – devo ser mesmo uma ameaça!

- Como é que souberam que estavamos aqui? –questionou Harry

Kingsley fitava Draco.

- Confidencial... -  disse no seu tom de voz rouco. – com que entao Draco... a ajudar o papa fugir de Azkaban...

- Filho de puta! Eu queria mata-lo! Com  as minhas maos.... nem precisava de magia! Que merda pah larguem-me!!  – gritou Malfoy tentando afastar as maos dos aurores

Um dos aurores que o agarrava apertou-lhe um dos braços com força.

- calate!... merdoso. – disse o auror

Malfoy deu-lhe uma cabeçada para se tentar libertar, mas o auror defendeu-se dando-lhe um murro de lado nas costelas.

O mundo de Draco girou.

A dor fora incrivel.

Com tanto sitio para ser atingido, tinha de ser logo na ferida.

Merda.

Merda.

Merda!!

Felizmente tinha movimentos rapidos, o outro mal viu a sua varinha ter saido de sua mao. So a viu apontada a si.

- Crucio! – exclamou draco sem misericordia.

- Draco naaaaoooo! – excalmou Harry sendo agarrado por outro colega auror, Draco deu um meio sorriso, o seu tipico, sarcastico.

E deu meia volta desmaterializando-se.

 - Bonito! – exclamou Kinsley. – o que foste fazer Potter... estas fora do grupo de Aurores ate que eu mude ideias...

Harry ficou mudo.

Boa.

Fantastico.

- Agora diz-me... como soubeste onde estavamos?

Kingsley hesitou.

- Ron Weasley. – disse – ele disse-me onde Draco ia buscar o pai fugido....

- Como é que achas que ele sabe? – questionou Harry

- Ele é o teu melhor amigo...

- Mas questionaste-o?

- Nao... ele disse que sabia do teu plano e resolveu avisar-me...

- Merda! O plano é dele!! –gritou Harry, Kingsley fitou-o com descrença.

Harry estava incredulo.

Estava tudo contra eles.

Tinha mesmo de voltar a agir debaixo dos narizes deles.

Outra vez.

Iria provar que tinha razao.

Mas depois do show do Malfoy iria ser dificil...

Para onde teria ido ele?


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Notas finais do capítulo

Quero comentarios!!! e sugestoes para o que deve acontecer! que me dizem hem?
bjs



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