Capitulo Nove – Biblioteca e desculpas.

Assim que chegamos ao castelo, lavamos as mãos e nos sentamos a mesa para almoçarmos. Mamãe e Papai já estavam lá, isso significa que estamos atrasados.

_Então, como foi o passeio? – meu pai perguntou sorrindo.

_Muito bom Vossa Alteza. – Remus disse sorrindo.

_Sim, foi muito emocionante, as meninas até brigaram por mim não é mesmo? – Sirius falou se gabando. Remus lançou um olhar repreendedor para ele e o Potter falou para meu total espanto.

_Sirius, menos. – nós rimos.

_Tudo bem James. Não precisa se controlar Sirius, nós somos pessoas normais. – meu pai disse rindo, o que fez minha mãe concordar com a cabeça. Assim que o almoço foi servido, o silencio reinou na mesa, mas para a minha infelicidade não por muito tempo.

_Então James, seus pais nos mandaram uma carta perguntando como estão as coisas e se você está se comportando. – minha mãe disse sorrindo amavelmente. – Eles podiam ter vindo pessoalmente não?

_Ah, papai está tendo uns problemas com uns rebeldes então achou melhor não vir, mas eu fico feliz que eles estão mandando noticias. Quando vim para cá eles não estavam muito bem de saúde. – ele disse dando um sorriso de canto meio triste e eu até podia ter ficado com dó dele, mas ele é um tarado e eu como uma princesa esperta não posso ficar com dó de tarados maníacos que querem só brincar com amigas alheias.

_Sim, eles também perguntaram sobre você, Sirius. Perguntou se você estava controlando a sua língua. Segundo a carta, eles não queriam viajar para tentar salvar você de ser decapitado. – minha mãe falou rindo. E o mais engraçado foi que ele também riu.

_Ah, eles estão sempre preocupados comigo. Não sei pra que isso tudo. – todos riram da cara de tédio que ele fez. – E então o almoço correu normalmente, sem mais palavras. Assim que saímos da mesa, senti alguém segurar meu pulso.

_Encontre-me na biblioteca, precisamos conversar. – eu reconheci aquela voz que sussurrou no meu ouvido e depois saiu. James Potter. O que aquele ser que se acha o melhor quer comigo? Eu não quero conversar com ele. Ok Lily, você soou como uma garota mimada. As meninas me olharam e Lene falou:

_Vamos Lily. O que você está esperando?

_Nada, vamos. – eu falei e nos dirigimos a sala de estar. Os meninos também estavam lá, Potter me olhou e fez um sinal para a escada com os olhos. Eu suspirei. Não tem como escapar, eu vou ter que falar com esse energúmeno.

_Vou ao banheiro pessoal. – eu falei sorrindo e sai. Enquanto eu passava pelos corredores de pedra do castelo eu suspirei. O que é que você foi fazer não é mesmo Lily? Agora vai ser obrigada a ficar com o Potter, no mesmo ambiente e sozinha ainda por cima. Tudo isso porque você não controla suas ações sua burra. Entrei na biblioteca e sentei em uma das poltronas que tinham lá. Suspirei novamente. O que eu estou fazendo? O que eu e ele vamos fazer? E porque diabos meu coração está disparado por causa desse “encontro”? Assim que a porta foi aberta eu me endireitei na poltrona só para ver o Potter entrando e trancando a porta. Eu o olhei com as sobrancelhas arqueadas.

_Só para garantir que não seremos interrompidos. Temos muito que conversar Lily. – ele falou dando de ombros. Eu discordo, não tenho nada para falar com você seu imbecil.

_Como, por exemplo... – eu comecei, mas ele me interrompeu.

_O que aconteceu ontem entre a gente, na cozinha. – ele falou pegando uma cadeira e colocando ela de frente para mim. Olhos nos olhos. Ótimo, agora como eu vou mentir? - Como eu já sei a ideia que você tem sobre mim eu já sei o que você pensa por alto.

_Que você é um tarado. E eu não estou mentindo, eu tenho provas concretas sobre isso Potter. – eu falei bufando.

_Não Lily, eu não sou um tarado. Você tem que entender é isso, eu não sou nenhum maníaco louco para roubar a sua pureza não, pelo contrario. Eu não quero nada disso. – eu fiz uma careta.

_Potter, eu... – eu comecei, mas ele me interrompeu de novo. Ele tá achando o que? Eu também quero falar poxa.

_Não Lily, deixe-me falar. Eu não sou um tarado. O que aconteceu ontem foi... Errado. Eu agi por impulso, você ia gritar e eu tinha que te impedir que você fizesse o mesmo. Eu queria me desculpar. – Meu coração está apertado. Ok, que porcaria é essa? Foi um erro, então porque meu coração ficou apertado quando o Potter disse isso? Eu deveria ficar feliz poxa, afinal, ele admitiu que foi errado o que fizemos.

_Como sempre, você vive se desculpando Potter, mas parece que quanto mais eu te desculpo mais você erra. – eu falei fazendo birra. Eu não vou dar o braço a torcer, não para ele.

_Como assim Lily? Eu pedi desculpas porque eu sei que foi errado o que fizemos. – ele falou se irritando.

_É... Qual será a próxima desculpa que você irá me pedir... Desculpas por ter magoado Marlene? Ou você acha que eu vou cair nesse seu joguinho idiota Potter? – eu falei me levantando. – Pois saiba que eu sei quais são suas intenções com a minha amiga e eu não vou admitir que você a magoe entendeu? – eu praticamente berrei e sai as pressas daquela biblioteca. Idiota, você é uma idiota Lily. Ele simplesmente vai continuar a tentar investir com a Lene, e aquela burra vai cair direitinho no joguinho dele. Ouvi passos atrás de mim e senti segurarem meu pulso, olhei para trás e dei de cara com o Tarado Aproveitador de Amigas Inocentes. Ele me olhou, revirou os olhos e me puxou para dentro de algum lugar. Assim que ele fechou a porta me dei conta que estávamos dentro de um armário de vassouras. Estava escuro, senti-o encostar-se a meu ombro.

_Você é doido ou o quê? Se pegarem a gente aqui, dentro de um armário de vassouras vão querer nossas cabeças para o jantar. – eu sussurrei.

_Nós – precisamos – conversar. E se você não quer cooperar por bem, vai cooperar por mal. Você vai me ouvir Lily Evans, ou eu não me chamo James Potter.