Um Conto Escondido Na Sala Precisa. escrita por RockStar


Capítulo 2
Capítulo I - A mudança


Notas iniciais do capítulo

Demorei com o primeiro capítulo né? Peço desculpas por que estou sem computador, só deu pra postar hoje do computador da minha prima. xD Boa leitura ;*



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POV – Hermione


Ontem à noite, depois que saí do banheiro feminino e voltei para o dormitório, passei a noite pensando em como eu mudaria. E hoje, chorei a tarde toda me sentindo um lixo, só por ser mais esforçada nos estudos do que os outros, eles me enxergavam como um E.T.

As aulas hoje foram bem esquisitas, mas o porquê não é interessante eu dizer agora.

Suspirei enquanto girava o vira tempo para que o dia reiniciasse hoje, e enquanto o tempo voltava eu vi Draco espionando o dormitório feminino de Grifinória. Minha primeira reação foi abrir a boca e ficar paralisada com tudo isso. Como ele sabia chegar até aqui, e por que ele estaria aqui, eu não faço a mínima idéia, mas eu poderia descobrir uma outra hora.

Quando dei por mim, já eram 7 horas da manhã. Hora de sair escondidinha. De tanto andar pelo castelo atrás de aulas, livros, e etc., eu sabia bem qual era a melhor rota para sair do castelo sem que ninguém soubesse.

Peguei um casaco e saí sem problemas do castelo. Eu precisava ver uma velha amiga.


POV – Draco


Minha dor de cabeça só aumentou depois que Grab veio me encher o saco com aquele papo sobre garotas no dia anterior. Eu odeio falar com meus “amigos” sobre garotas, eles são muito imbecís.

Tem só um garoto, Pietro, que esse eu realmente gosto como um amigo, mais como um braço direito, mas nós não somos da mesma casa, então não andamos muito juntos. Também tinha aquela coisa de aparência certo? Ele realmente entendia bem a cabeça feminina, e me ajudava com outras coisas, por isso éramos amigos.

Eu levantei cedo hoje, e tomei um banho rápido, meus cabelos estavam molhados ainda depois de secá-los, mesmo assim eu vesti meu uniforme e segui para a aula. Já estava atrasado, então nem mesmo tive curiosidade em correr para pegar o início da aula, foi quando a vi.

Hermione estava saindo pelo portão sudeste, o qual eu passava para ir assistir a aula de Herbologia. Ela saiu do castelo e eu fiquei curioso com aquilo, talvez eu devesse visitar o dormitório feminino da Grifinória ainda hoje.

Segui para a aula, e assim que pisei na sala de aula, o professor explicava sobre uma planta rara. Nem pedi licença, apenas entrei, coloquei os fones de ouvido no pescoço e os óculos de sempre. O professor balançou a varinha e a planta começou a chorar uma água cor-de-rosa, era uma água com cheiro da flor que eu mais gostava, lírios.

– Essa planta se chama Ignário plantatio clamat. Foi descoberta no século X pelo bruxo cientista Ignário. A água que ela jorra quando as palavras “flos, clamore” são ditas enquanto se balança a varinha, tem o cheiro da preferência do espaço.

Bocejei quase fechando os olhos. A próxima aula seria de adivinhação , então eu poderia ir até o dormitório feminino colher... Informações.

– Nesse caso, a preferência da turma, são lírios vermelhos. Quem de vocês gosta de lírios vermelhos?

Levantei a mão e uma outra pessoa também. O professor bateu palmas e sorriu.

– Quem diria? Pessoas tão diferentes com um gosto parecido! Bem, continuemos a aula...

Ele voltou a falar e eu voltei meu rosto até a mão que prosseguia levantada. Fiquei boquiaberto ao perceber quem era a tal pessoa. A garota dos olhos cor de mel que sempre me chamaram a atenção e eu nunca admiti. Hermione Granger, Loira, 14 anos, Grifinoriana, e além de bonita, inteligente.

Sorri de lado e depois perdi o sorriso do rosto. Ela não tinha saído do castelo aquela hora?

O professor estava explicando mais sobre a planta e eu não mais prestava atenção. Fixei meus olhos em Granger tentando imaginar como ela poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo.

Duas horas depois eu ainda estava indignado. A aula de herbologia se estendeu e só agora fomos liberados. Como as turmas iriam assistir a aula de adivinhação juntos novamente, as casas estariam vazias. Era agora a hora certa para agir.

Eu havia estudado os mapas de Hogwarts para uma hora como essa, então sabia como entrar no dormitório feminino. Roubei um cachecol da Grifinória e coloquei uma touca como um garoto gripado. Seria o suficiente para chegar até o salão comunal.

Depois de falar a palavra secreta e passar para o salão comunal de Grifinória, subi as escadas do dormitório feminino do terceiro ano. Joguei o cachecol em uma cadeira qualquer e a touca coloquei no bolso.

Como imaginava, o dormitório estava às moscas. A cama de Hermione foi fácil de se reconhecer. Havia cinco livros aos pés da cama, cada um com um título diferente, e cada título mais grosso que o outro.

Suspirei sorrindo de lado enquanto imaginava-a lendo tais livros.

Procurei entre as coisas dela algo com a letra dela assinando o próprio nome. Procurei dentro dos livros e cadernos. Sapatos e em um baú. Numa escrivaninha, e finalmente, de baixo do travesseiro dela, havia uma caderneta: “ Diário de Hermione Granger”, era o que dizia a capa da caderneta.

Abri a caderneta, e ouvi um barulho vindo do salão comunal. Me joguei em baixo da cama dela e esperei. Gina Weasley entrou correndo no quarto seguida por Luna Lovegood.

– Pode falar agora?

– Agora posso. O que você acha que eu posso fazer pra ele me ver com olhos diferentes?

– Você fala do Harry?

– De quem mais Luna?

– Talvez de algum outro garoto...

– Não Luna... Eu gosto do Harry...

– Então arruma outro.

– Outro? Mas eu amo o Harry...

– É por isso que você deve encontrar outra pessoa.

– Quem você sugere então Luna?

– Dino Thomas.

– Dino?

– Ele vive te olhando. Eu já vi.

– Mas... Não sei Luna... Rony ficaria uma fera comigo... Seria divertido, rs...

– Rony é divertido.

– Não Luna, seria divertido fazê-lo ficar com ciúmes.

– Ele não é seu irmão?

– O irmão mais super protetor que já existiu.

– Entendi. Vamos comer alguma coisa?

– Vamos.

As duas saíram dalí às pressas, e assim que seus passos se afastaram, eu saí de baixo da cama, coloquei minha touca e me mandei da casa.

Estudaria um pouco mais a caderneta de Hermione, e depois... Dependendo do que eu descobrisse, eu falaria com ela.


POV – Hermione


Madame Levi era uma velha amiga. Ela me conhecia desde pequena, e sabia da minha vida inteira. Ao chegar lá, eu já era esperada. Madame Levi era uma exímia adivinhadora, tudo que acontecia com ela, ela previa.

Ao chegar lá, ela já começou a arrumar meu cabelo. Eu não sabia o que ela estava fazendo, e nem precisava, confiava nas mãos dela.

Ao sair de lá eu não havia olhado no espelho ainda. Já passava das 19:30 quando cheguei a Hogwarts, mais ou menos o horário que eu usei o vira tempo para ir até Madame Levi.

Entrei no castelo e evitei qualquer superfície espelhada, eu queria me surpreender com o novo visual que eu possuía. Foi quando aqueles cabelos loiros apareceram na minha frente.

– Boa noite Granger.

– O que você quer Malfoy?

– Você está bonita hoje, o que fez?

– Eu... Eu...

Ele me entregou um espelho e eu me surpreendi com o meu rosto. Meus cabelos estavam mais loiros que o normal e com cachos nas pontas, meus olhos bem delineados com o formato da sobrancelha, e meus lábios vermelhos como morangos. Ele sorriu sínico de lado e cruzou os braços.

– O que isso significa? – Ele perguntou mostrando aqueles caninos tão... Tão lindos.

– Isso o quê?

– Você estar assim tão bonita.

– O que isso te importa?

Ele se calou abaixando a cabeça, mas logo depois voltou a sorrir me encarando.

– Eu te vi saindo do castelo, e depois na aula de herbologia.

Meu sangue subiu me fazendo arrepiar completamente, ele me viu em dois lugares distintos, e agora?

– E daí?

– Hermione Granger, não sou idiota.

– Nunca disse isso, apesar de achar.

– Não banque a esperta comigo, eu descobri seus segredos.

– Há! Que segredos Malfoy?

– O primeiro, é que você está com um vira tempo, é a única resposta para estar em dois lugares ao mesmo tempo.

Eu fiquei calada e paralisada olhando para seu rosto branco.

– E... Eu sei seu outro segredo.

– Como você...

– Eu peguei sua caderneta.

– O QUÊ?

– Admita Granger, é melhor eu saber, do que seus amiguinhos.

– Por que seria melhor você saber?

– Por que você acaba de ficar mais bonita a meus olhos.

Ele segurou meu queixo e aproximou os lábios dos meus, eu conseguia sentir sua respiração. Minhas mãos começaram a suar e eu podia sentir nossos corpos muito pertos. Sua respiração ficou mais pesada, e seus olhos me encaravam com vontade. Ele sabia o meu segredo... Ou estava fingindo muito bem... E a minha maior vontade agora...



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Notas finais do capítulo

E aí? o que acharam? Reviews, críticas, sugestões e ameaças de morte são bem vindas. obrigado ;*