Idas E Vindas De Salazar escrita por RockStar
Notas iniciais do capítulo
... :]
15/1
PPPRIIIIIIIIIIIII!!!! PPRRRIIIIIIIIII!!!!!!
Acordei com o apito soando mais alto que tudo, mas não fiz movimentos bruscos.
Devo ter pego no sono durante a melhor parte do livro, droga!
Enquanto mantinha os olhos fechados pude ouvir um sussurrado em Francês bem pronunciado, o que me surpreendeu. A melodia era calma e divertida, e a letra, era mais ou menos assim:
“ Il y va de la fille de cheveux longs
rouge et brun et blond faceiros
elle contient un gène de plus
peut-être un génie, est de savoir comment vous le faites!
Chaque fille nostalgique nuit
joue dans la lumière, avec les belles marguerites
la belle fille dans les bras d'acier
Danser dans la lumière à la recherche d'un câlin
danser fille! Danser!
Ses yeux brillent au soleil
et maintenant, ma fille, dis-moi est surréaliste ...”
Aquela doce voz pronunciando palavras tão doces e perdidas, como se ela fosse uma garota a procura de algo, me fez sorrir. Tentei traduzir o que ela dizia de uma forma próxima ao inglês convencional em voz baixa para poder assimilar melhor a letra, a fim de não perdê-la na memória.
“Lá vai a garota dos longos cabelos
vermelhos, bem loiro morenos e faceiros
ela contem um gene a mais
um gênio talves, é assim que se faz!
Todas as noites saudosa menina
brinca na luz, com as belas margaridas
a bela menina dos braços de aço
que dança na luz a procura de um abraço
dance menina! Dance!
Seu olhos reluzem o brilho do sol
e agora, garota, me diga ser surreal...”
Era uma letra pouco convencional e um tanto subjetiva e de certa forma, progressiva. O tom modificava seu significado a cada frase proferida, e eu sorri abrindo os olhos.
Ao abrir, surpreendi-me com quem alí estava. A garota dos cabelos loiros nem na cabine estava, e sim a morena de olhos distantes.
Sua voz era doce e suave, de forma a acalmar uma alma atormentada. Meus lábios se abriram para poder interrompê-la, mas não achei coragem para fazê-lo.
Ela era magnífica cantando, e eu parei a observá-la apenas por causa de sua voz.
Ela percebeu estar sendo observada e eu sorri sem graça.
– Bom dia Sr. Salazar. Espero que tenhas tido um bom sono. Godric foi até o primeiro vagão com a sua amiga loira, mas disse que não se demoraria. Ele me permitiu ficar aqui por que minha amiga faz um pouco de barulho enquanto dorme pela manhã. Espero que não se importe.
Mesmo que me importasse, não o diria. Ela tinha um ar imponente, de forma a te calar só olhando para os seus olhos. Aquilo fazia lembrar de mim mesmo as vezes. Mas só as vezes.
– Absolutamente.
Ela nem mesmo fingiu dar importância para minha opinião e voltou a cantarolar observando o horizonte. Tossi limpando minha garganta e ela me olhou de soslaio.
– O que há?
– O que há o quê?
– Porque irritou sua garganta.
– Eu não o fiz.
– Quer que eu pare de cantar?
– Absolutamente...
– Que bom. Essa é minha música favorita. Retrata uma menina que se diz todas.
– Sim, sim...
– Você a conhece?
– Não, não. Só prestei atenção na letra...
– Sabe porque não poderia conhecê-la?
– Hã?
– É de minha autoria. Portanto, seria impossível conhecê-la.
– Oh! É muito bonita.
– Obrigado. Eu sei.
– Ah, claro.
Ela ia abrir a boca para dizer algo quando Godric abriu a porta da cabine numa rapidez incomum.
– Rápido! Venham ver! Estamos chegando no instituto.
Bocejei para Godric e Rowena abriu um livro que ela tirou de (não faço a menor ideia) não sei de onde. Ele fechou a cara e logo Molly veio a seu encontro.
– Há criaturas voadoras Godric! Voadoras! Venha Salazar! É lindíssimo!
Não resistí àquele pedido, e me pus de pé indo na direção das janelas maiores.
Várias criaturas mágicas encontravam-se à beira de um lago, como se realmente estivessem exibindo-se para nós. Molly reagia como uma garota que vai pela primeira vez em um parque de diversões, e isso me fez sorrir de lado.
Rowena logo mais se aproximou de nós, mas logo se foi a procura da amiga.
Godri gritava como louco o Hino do instituto, e eu tapei o rosto e os ouvidos para evitar ser reconhecido ao lado dele.
Levei a mão até um de meus bolsos procurando um fone ouvidal que eu carregava sempre. Invenção que os humanos ainda fariam, mas que os bruxos já possuíam protótipos.
Só que o que eu vim a encontrar, não foi bem o fone.
Um pedaço de pergaminho escrito de um lado e dobrado do outro.
“Un être angélique qui danse dans les nuages
doit être plus qu'un ange, puis
liens qui se trouvent sur les boucles rousses
sont ceux qui vous font belle
Yeux d'argent sages, les lèvres et ivoire
belle fille vous le savez, quelqu'un a finalement ici
vu dans tes yeux un «quoi» du désir
angoisse sans crainte
vous souhaite bonne chance. Faire le bien.
Gardez votre couleur rose sourire serein
et vos cheveux et bouclés d'or
seulement d'améliorer mes vérités sur vous ...”
Ao abrir o pedaço de papel, percebi lá o que seria a tradução.
“um ser angelical que dança nas nuvens
deve ser mais que um anjo então
os laços vermelhos que deitam sobre os cachos
são os que bela te tornarão
Sábios olhos de prata, e lábios de marfim
saibas bela menina, que alguém aqui enfim
percebeu em teus olhos um "quê" de desejo
uma angústia sem medo
querer-te bem. Fazer o bem.
Manter sereno teu sorriso cor-de-rosa
e teus cabelos, cacheados e dourados
só aprimoram minhas verdades sobre ti...”
– Canção de uma rosa só – a rosa desejada.
Percebi então, que o meu amor platônico, havia sido desvendado, e por quem menos me conhecia, e de certa forma, parecia me odiar.
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