Idas E Vindas De Salazar escrita por RockStar


Capítulo 8
Capítulo VII - Breve Poesia Cantada


Notas iniciais do capítulo

... :]



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15/1


PPPRIIIIIIIIIIIII!!!! PPRRRIIIIIIIIII!!!!!!

Acordei com o apito soando mais alto que tudo, mas não fiz movimentos bruscos.

Devo ter pego no sono durante a melhor parte do livro, droga!

Enquanto mantinha os olhos fechados pude ouvir um sussurrado em Francês bem pronunciado, o que me surpreendeu. A melodia era calma e divertida, e a letra, era mais ou menos assim:

“ Il y va de la fille de cheveux longs

rouge et brun et blond faceiros

elle contient un gène de plus

peut-être un génie, est de savoir comment vous le faites!

Chaque fille nostalgique nuit

joue dans la lumière, avec les belles marguerites

la belle fille dans les bras d'acier

Danser dans la lumière à la recherche d'un câlin

danser fille! Danser!

Ses yeux brillent au soleil

et maintenant, ma fille, dis-moi est surréaliste ...”

Aquela doce voz pronunciando palavras tão doces e perdidas, como se ela fosse uma garota a procura de algo, me fez sorrir. Tentei traduzir o que ela dizia de uma forma próxima ao inglês convencional em voz baixa para poder assimilar melhor a letra, a fim de não perdê-la na memória.

“Lá vai a garota dos longos cabelos

vermelhos, bem loiro morenos e faceiros

ela contem um gene a mais

um gênio talves, é assim que se faz!

Todas as noites saudosa menina

brinca na luz, com as belas margaridas

a bela menina dos braços de aço

que dança na luz a procura de um abraço

dance menina! Dance!

Seu olhos reluzem o brilho do sol

e agora, garota, me diga ser surreal...”

Era uma letra pouco convencional e um tanto subjetiva e de certa forma, progressiva. O tom modificava seu significado a cada frase proferida, e eu sorri abrindo os olhos.

Ao abrir, surpreendi-me com quem alí estava. A garota dos cabelos loiros nem na cabine estava, e sim a morena de olhos distantes.

Sua voz era doce e suave, de forma a acalmar uma alma atormentada. Meus lábios se abriram para poder interrompê-la, mas não achei coragem para fazê-lo.

Ela era magnífica cantando, e eu parei a observá-la apenas por causa de sua voz.

Ela percebeu estar sendo observada e eu sorri sem graça.

– Bom dia Sr. Salazar. Espero que tenhas tido um bom sono. Godric foi até o primeiro vagão com a sua amiga loira, mas disse que não se demoraria. Ele me permitiu ficar aqui por que minha amiga faz um pouco de barulho enquanto dorme pela manhã. Espero que não se importe.

Mesmo que me importasse, não o diria. Ela tinha um ar imponente, de forma a te calar só olhando para os seus olhos. Aquilo fazia lembrar de mim mesmo as vezes. Mas só as vezes.

– Absolutamente.

Ela nem mesmo fingiu dar importância para minha opinião e voltou a cantarolar observando o horizonte. Tossi limpando minha garganta e ela me olhou de soslaio.

– O que há?

– O que há o quê?

– Porque irritou sua garganta.

– Eu não o fiz.

– Quer que eu pare de cantar?

– Absolutamente...

– Que bom. Essa é minha música favorita. Retrata uma menina que se diz todas.

– Sim, sim...

– Você a conhece?

– Não, não. Só prestei atenção na letra...

– Sabe porque não poderia conhecê-la?

– Hã?

– É de minha autoria. Portanto, seria impossível conhecê-la.

– Oh! É muito bonita.

– Obrigado. Eu sei.

– Ah, claro.

Ela ia abrir a boca para dizer algo quando Godric abriu a porta da cabine numa rapidez incomum.

– Rápido! Venham ver! Estamos chegando no instituto.

Bocejei para Godric e Rowena abriu um livro que ela tirou de (não faço a menor ideia) não sei de onde. Ele fechou a cara e logo Molly veio a seu encontro.

– Há criaturas voadoras Godric! Voadoras! Venha Salazar! É lindíssimo!

Não resistí àquele pedido, e me pus de pé indo na direção das janelas maiores.

Várias criaturas mágicas encontravam-se à beira de um lago, como se realmente estivessem exibindo-se para nós. Molly reagia como uma garota que vai pela primeira vez em um parque de diversões, e isso me fez sorrir de lado.

Rowena logo mais se aproximou de nós, mas logo se foi a procura da amiga.

Godri gritava como louco o Hino do instituto, e eu tapei o rosto e os ouvidos para evitar ser reconhecido ao lado dele.

Levei a mão até um de meus bolsos procurando um fone ouvidal que eu carregava sempre. Invenção que os humanos ainda fariam, mas que os bruxos já possuíam protótipos.

Só que o que eu vim a encontrar, não foi bem o fone.

Um pedaço de pergaminho escrito de um lado e dobrado do outro.

“Un être angélique qui danse dans les nuages

doit être plus qu'un ange, puis

liens qui se trouvent sur les boucles rousses

sont ceux qui vous font belle

Yeux d'argent sages, les lèvres et ivoire

belle fille vous le savez, quelqu'un a finalement ici

vu dans tes yeux un «quoi» du désir

angoisse sans crainte

vous souhaite bonne chance. Faire le bien.

Gardez votre couleur rose sourire serein

et vos cheveux et bouclés d'or

seulement d'améliorer mes vérités sur vous ...”

Ao abrir o pedaço de papel, percebi lá o que seria a tradução.

“um ser angelical que dança nas nuvens

deve ser mais que um anjo então

os laços vermelhos que deitam sobre os cachos

são os que bela te tornarão

Sábios olhos de prata, e lábios de marfim

saibas bela menina, que alguém aqui enfim

percebeu em teus olhos um "quê" de desejo

uma angústia sem medo

querer-te bem. Fazer o bem.

Manter sereno teu sorriso cor-de-rosa

e teus cabelos, cacheados e dourados

só aprimoram minhas verdades sobre ti...”

– Canção de uma rosa só – a rosa desejada.


Percebi então, que o meu amor platônico, havia sido desvendado, e por quem menos me conhecia, e de certa forma, parecia me odiar.



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