Idas E Vindas De Salazar escrita por RockStar


Capítulo 7
Capítulo VI - A Confissão


Notas iniciais do capítulo

Oi :P esse é o terceiro capítulo especial de Idas e vindas de Salazar. A partir deste fim de Semana, tentarei manter a postagem mais certinha. beijos e keijos ;*



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Rowena ficou sem entender o por quê de eu sair daquela forma do quarto, gritando o meu nome como uma mulher descontrolada qualquer. Desci as escadas do castelo com certa rapidez, eu precisava falar com Godric agora.

Ao passar pelo refeitório Helga gritou a mim alguma coisa. Ela estava tomando café e para mim pareceu que estava me chamando para acompanhá-la. Eu abanei a mão e segui em frente procurando por Godric.

Saí andando sem rumo até trombar com ele virando um corredor. Batemos a testa um no outro e posso afirmar que doeu.

– IDIOTA OLHA POR ONDE... GODRIC!

– Ai! Hã? Não entendi o que quis dizer... Olha por onde Godric... .-.

Minha vontade foi de dar uma pedrada na cabeça do lesado, mas ok.

Ele coçava a cabeça e eu olhei para cima respirando fundo. Olhei firme para Godric e serrei os dentes, e ele, assustado franziu o cenho dando dois passos para trás.

– Godric...

– É meu nome :]

– Para de fazer graça. Preciso falar sério com você.

– Pode abrir seu coração.

– PARE COM ISSO JÁ GODRIC!

Godric deu mais um passo para trás e abaixou a cabeça.

– Perdão... Queria melhorar seu humor...

– Não tente.

– Tudo bem... O que quer saber?

– Quem falava com você ao pé do salgueiro?

– Hã?

– Era um Trouxa Godric? Era ela? Quem era Godric?

– Não! Não era ela!

– EU SEI QUE ERA GODRIC NÃO MINTA PRA MIM!

– NÃO ERA ELA SALAZAR! ELA MORREU! E MORREU A 5 ANOS, LEMBRA-SE? AQUELA LOUCA MORREU! Não se engane...

Eu estava atordoado, completamente louco de raiva. Meus olhos brilhavam como duas esferas de metal no sol quente, meu cérebro fritava como um ovo jogado numa frigideira.

Minha cabeça rodando e rodando e eu segurando minha vontade de chorar. Eu não gostava nem um pouco de lembrar dessa história.

– Ela não se matou... Ela não se matou... ELA NÃO SE MATOU!!!

– ELA SE MATOU SIM!

Não vi da hora que soltei minha mão no rosto de Godric. Ele mereceu aquele soco. Ambos ficamos paralisados sem saber o que fazer e como reagir. Godric pareceu ter seu sangue fervendo tanto quanto como poucas vezes já o havia visto.

Sua mão veio até meu rosto com tanta facilidade e tato que me surpreendi com a perfeição que terminou o soco dele. Acertou meu olho direito e eu girei batendo o nariz na pilastra amassada. Meus cabelos lisos e sombrios caíram sobre meu rosto e eu tentei voltar a mim. Olhei para Godric que balançava a mão em sinal de dor e me senti culpado por ele.

Baixei a cabeça escorrendo meu corpo pela parede mal feita e em tijolos que se encontrava atrás de mim.

Com meus olhos marejados em lágrimas de pura dor eu encarei Godric sem sorrir. Ele se abaixou pedindo desculpas e eu permiti que as lágrimas rompessem a barreira entre olhos e rosto, deixando-me vermelho e molhado.

Enquanto eu chorava Godric velava o nascer do sol. Suspirei aos poucos me recompondo e Godric se virou para mim, Seus olhos dourados não escondiam a dor de pensamentos que não gostaria de trazer consigo. Suspirei fechando os olhos e dei um soquinho de leve no seu ombro.

– Estou bem...

– Que bom...

– Sabe Godric... Eu senti falta...

– De quê?

– De Chorar...

Ele que olhava ao longe evitando me encarar, agora se virou bruscamente e sorriu me dando um abraço.

Nos escoramos na parede e depois de alguns segundos ele começou a falar.

– Não era Ela... Era a Mãe Dela...

Meus olhos se arregalaram e ele balançou a cabeça. Meus olhos se avermelharam e Godric tentou me acalmar.

Cerrei os punhos e mordi forte os dentes.

– Sabe o que mais me irrita Godric?

Godric hesitou antes de perguntar:

– O quê?

Sorri amargo olhando para ele.

– O medo que sinto dos Trouxas...

Godric pareceu chocado e eu me levantei. Ele puxou meu braço se levantando junto, e seu rosto perdido me fez sorrir novamente, com maior amargura que antes.

– Me explica Salazar...

Eu suspirei e olhei para o sol brilhante como devia ser, Tão brilhante quanto aqueles cachos que algum dia já me hipnotizaram.

– Eles levaram ela de mim... Eles podem levar outras pessoas também... Não suportaria perder meus amigos a essa altura Godric... Não... Conseguiria suportar.

Godric pareceu se compadecer com minha confissão e eu voltei a me sentar de cabeça baixa e escorado à parede.

Godric como um bom amigo voltou a sentar-se comigo no mesmo lugar.

Ficamos ali por algum tempo infinito, e interminável, até que nossos corações se acalmaram e se permitiram voltar para dentro do castelo. O problema, era só que eu gostaria de nunca ter dito isso a ele...



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Notas finais do capítulo

Good? Reviews please *-*



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