Idas E Vindas De Salazar escrita por RockStar


Capítulo 3
Capítulo II - Uma pitada de algo a mais


Notas iniciais do capítulo

Desculpema demora em postar. Estive sem net.
Prévia de dois capítulos atrasados para o que vem aí no FDS. Beijos :*



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Acordei no quarto provisório de Rowena, e revirei os olhos ao vê-la abraçada a mim. Essa visão é meio distorcida, afinal, como uma bruxa como ela pode ficar tão perdida desse jeito? Não sei, e para ser sincero, não me importo com isso.

Sentei espreguiçando e estralando meu pescoço, eu estava quase morrendo de dores musculares, isso era um pouco ruim, mas não o suficiente para me fazer ir a uma enfermaria ou coisa do tipo. Empurrei Rowena me levantando da cama e percebi que eu realmente estava nu. Cadê as minhas roupas? Não faço ideia. Olhei de baixo da cama e suspirei.

Accio Vestes.

Sussurrei balançando minha varinha, e essas me vieram a mão até bem rápido, eu só não soube dizer de onde. Vesti-me e sai rápido dali.

Corri até meu quarto provisório e tomei um belo banho relaxante enquanto tentava lembrar uma poção que ajudava com dores musculares. Talvez Helga tivesse alguma.

Meu banho hoje havia demorado mais, e eu me sentia um pouco menos tenso depois dele. A água sempre me fez bem, e renovar minhas energias sempre foi algo realmente bom para meu corpo.

Vesti-me rapidamente e desci as escadas que após concluídas ficariam se mexendo de um lado para o outro. Passei pelo futuro salão comunal, andei mais um pouco, e fui parar no refeitório. Suspirei vendo apenas Helga sentada numa das mesas olhando para o teto encantado dali.

– Até que ficou bom não é mesmo? - Disse enquanto me aproximava dela.

– Eu achei que ficou lindamente lindo... Tão envolvente... Não é mesmo Salazar?

– Com toda certeza. E eu achando que não daria certo.

– Você vai julgando antes de testar Salazar. É isso que dá. Acaba se surpreendendo com os resultados.

– Tem razão Helga. Tem razão.

Estralei meu pescoço e fiz uma cara de dor enquanto voltava meu rosto ao normal, Helga viu isso e me entregou uma bolinha azul. Segurei-a na mão e a rodei entre os dedos.

– O que é isso?

– Remédio.

–Remédio? Para quê?

– Dor muscular. Você está morrendo de dor e não admite. Mastiga isso e vai melhorar.

Pensei em responder algo para ela, mas resolvi ficar calado quando ouvi passos. Joguei a bolinha na boca e mastiguei bastante enquanto os passos se aproximavam. Godric apareceu no refeitório ao lado silencioso de Rowena e eu suspirei me sentando com Helga. Na mesa haviam vários tipos de comidas diferentes, e eu comecei a comer um pãozinho redondo com um recheio colorido. Tinha gosto de amoras e era geladinho. Suspirei olhando para Helga.

– O que é isso Helga? É muito gostoso. Nunca havia comido.

– Pão com geléia de amora. - Comida trouxa, ela pensou, mas eu não sei ler pensamentos. Infelizmente. - É bastante gostoso mesmo.

– Experimente isso Godric! É surpreendente!

Rowena parou de braços cruzados a meu lado e eu pisquei para ela.

– Bom dia Rowena. Dormiu bem?

Ela virou as costas e saiu andando e pisando duro. Eu sorri baixando o rosto e Godric balançou a cabeça.

– O que você fez para ela Salazar? Você não voltou a dizer coisas horríveis para ela não é? Rowena gosta muito de você, e odeia quando a trata mal. Mesmo assim você não mede suas palavras.

– Não fiz nada.

Joguei as mãos para cima como se me rendesse. Eu realmente não tinha culpa de nada. Helga suspirou como se discordasse de tudo e baixou a cabeça desanimada. Godric correu sentando-se ao lado dela e acariciando seus cabelos.

– O que foi Helga? Está tão triste, tão desanimada hoje... Não gosto de te ver assim.

– Eu... Eu não sei...

– Pode me falar o que aconteceu. Eu vou te ouvir.

Godric sabia como conversar com as pessoas. Debrucei-me em meus braços e fiquei ouvindo os dois.

– Não estou satisfeita com as cores de Lufa-Lufa. Mas para mudar vai demorar muito... Eu quero cores alegres. Aquelas cores me deixam depressiva.

Ela deitou a cabeça sobre a mesa e começou a respirar fundo como se tivesse dificuldades em fazê-lo. Godric coçou a cabeça e depois a barba. Pensou, pensou, e depois estralou os dedos.

– Tive uma ideia! Que tal enfeitiçarmos a tinta com humor? A gente enfeitiça a tinta de cada casa com o humor de cada um, e depois disso, as paredes vão ganhar um ar único, mesmo com uma cor igual. Aceita?

Helga deu um pulo alegre e sorriu docemente abraçando Godric.

– Minha Lufa-Lufa fica amavelmente grata. Amei a ideia Godric. Amei de verdade!

– Não se preocupe com isso. Vamos logo resolver essa pendência. Anda!

Ele saiu de lá arrastando Helga e eu fiquei ali, olhando para o refeitório. As quatro mesas das quatro casas, a mesa à frente, para mestres e professores, a cadeira central do futuro diretor, e um pequeno local onde seria colocado algo como um apoiador para livros. A escolha das casas dos novos alunos também seria ali, mas ainda não havíamos decidido como seriam feitas as escolhas.

Comecei a dar batidinhas na mesa enquanto suspirava tentando não pensar. O meu passado constantemente me vinha a mente e eu sentia uma vontade imensa de matar alguém. Dei leves batidas na minha testa e voltei a comer. Olhei par o teto, e velas acesas flutuavam com a intenção de iluminar o local, que por ainda ser fechado, era escuro.

As vezes eu parava para pensar em porque continuar com essa ideia absurda de construir essa escola. Os poucos bruxos que estavam ajudando a construir a escola tinham muita imaginação, e pouco tempo disponível, o que tornava irritante a nossa espera de resultados perante a esses meses de espera.

O mais engraçado, era que quanto mais esperávamos, mais demorado parecia ser o processo da criação do local, nunca pude entender isso.

Puxei minha varinha e um pedaço de pergaminho onde comecei a escrever.


Godric ainda demonstra aversão à minha ideia de não adotar como alunos, os trouxas, mas pretendo mudar isso. Rowena tem me dado um pouco de dor de cabeça, mas tem sido também muito útil perante todas as situações. Aquela mulher nunca mais apareceu na minha frente, e se deseja saber, diário, eu não estou nem um pouco preocupado, e completamente satisfeito em não saber o paradeiro de tal pessoa.

Nota: I: A mesa de Sonserina será decorada com a cor verde, e não me importo com o desejo dos outros. II: Helga tem remédios para a dor da coluna, manter sempre um comprimido próximo. III: Rowena está irritada comigo por que me levantei mais cedo e a abandonei na cama.

P.S.:Nunca entenderei mulheres. De verdade.”


Com mais uma página do diário escrita, eu apenas dobrei meus papéis e os guardei. Peguei um pouco de suco de abóbora, e bebi rapidamente. Me levantei batendo as mãos na roupa pesada de inverno e saí do refeitório. Minhas pernas pareciam andar sozinhas, e me levaram até a parte da frente do castelo. Rowena estava sentada num muro branco de pedra que fora colocado ali especialmente para ela. Daquele lugar, podia-se ver a parte baixa de Hogwarts inteira, o início da floresta proibida, o lago negro e o portão principal por onde os futuros alunos entrariam. Rowena estava com o corpo um pouco abaixado, e parecia desenhar na areia com a varinha. Me aproximei dela a passos largos e leves. Me sentei a seu lado e suspirei alto para minha presença ser notada. Ela olhou para mim e lançou algum feitiço no desenho. Eu olhei para baixo e haviam corvos comendo um corpo morto. Eu gargalhei com isso e voltei meus olhos a ela.

– Por que está triste comigo?

– Não estou.

– Rowena, meu nome não é Godric. Eu posso ser homem, mas eu sei reconhecer quando uma mulher não está satisfeita comigo, ou com algo que eu fiz.

Ela me olhou com os olhos marejando em lágrimas, e eu me segurei para não fazer e nem falar besteiras que a magoariam.

– Pensei que algum dia fôssemos ficar juntos, mas... Você nunca demonstra interesse algum nisso... Isso machuca Salazar...

– Rowena...

– Deixa para lá...

Ela levantou e aparatou para o dormitório dela, só que como sou esperto, segurei nela e fui junto. Ela me empurrou assim que chegamos no quarto escuro dela.

– Você não tem o direito de me seguir!

– Você não devia ficar me cobrando amor Rowena... Eu havia lhe explicado...

Ela levou as mãos aos olhos e limpou duas lágrimas que pareciam querer cortar o seu lindo rosto.

– A verdade é que você nunca se esqueceu do seu passado não é mesmo? “Uma outra garota” foi o que eu pensei, mas você é frio de mais para ter amado alguém. Você não sabe o que é amor!

Meus olhos pensaram em ter alguma reação quanto a essas palavras, mas apenas sorriram. Eu abri os lábios para encará-la com palavras mas ela continuou.

– Eu só queria que você me chamasse de sua Salazar. Ser sua namorada, esposa, qualquer coisa. É só isso que eu quero... Ser sua...

Eu Me aproximei dela levando minha mão até suas bochechas rosadas e limpando as lágrimas que rompiam seus olhos e cortavam-lhe a face.

– Rowena, me desculpe ser tão frio. Mas eu adoro tê-la como minha.

– Mas não demonstra Salazar... É como se eu fosse um brinquedinho fútil, sem utilidade...

– É aí que você se engana Rowena, eu preciso de você... Eu preciso de você...

Os olhos de Rowena brilhavam como duas estrelas cadentes, e eu pude perceber que a melhor forma de acabar com aquele clima chato, era dando a ela o que ela desejava. Um novo sinal de que eu realmente a queria por perto.

Levei minha mão aos seus cabelos e a puxei para perto. Olhei em seus olhos e comecei a beijá-la com tanta vontade que até me assustei. Rowena me correspondia da forma mais ardente que podia.

Suas unhas cortavam minh'alma como navalhas afiadas. Minhas mãos desciam pelas curvas de seu corpo delineando bem aquele corpo que eu sabia que era só meu. Ela me arranhava enquanto enfiava as mãos por baixo da minha camisa e eu me entregava àquela sensação de vontade de saciar, e ser saciado.

Arranquei minha camisa, pois meu sobre-tudo já não estava comigo, e não sei nem como saiu de meu corpo, nem onde foi parar. Ela desabotoou o vestido longo em segundos e eu ajudei-a a retirá-lo. Seu corpo vestia uma linda lingerie roxa com rendas negras e laços, uma liga nas pernas grossas e os cabelos longos e negros soltos.

Voltamos a nos beijar com tanta vontade que eu não percebia mais nada. Minhas mãos já sabiam que caminho trilhar, e acabei por jogar ambos na cama dela. Eu comecei a beijar seu pescoço de forma quente, o que fazia meu corpo corresponder às sensações que eu causava nela. Meu rosto continuava ali, mas minha consciência começava a perder o sentido. Eu fui me aproveitando dos seus beijos doces mais e mais e acabei me perdendo do momento atual.

Enquanto tudo isso acontecia, eu começava a imaginar algumas coisas, coisas essas que agora não me recordo. E se não me recordo, é por que não eram importantes.

Só sei que já não estava acordado agora. Meu corpo descansava nos braços de Rowena, e eu sentia que minha missão de mantê-la próxima a mim estava ainda dando certo. Rowena iria acabar se cansando de mim, e não o contrário, e eu iria acabar no prejuízo.

Mantive ainda os olhos abertos por algum tempo até que Rowena se mexeu. Eu suspirei com os olhos fechados.

– Salazar...

Dizia ela num tom de voz Sedutor e sonolento.

– Dorme direito comigo hoje....

– Tudo bem Rowena...

– Eu sei que está bem cedo... Mas fica aqui comigo....

– Tá bem....

Eu suspirei me ajeitando na cama dela enquanto tentava não pensar em nada, apenas tentei dormir.

Rowena pegou no sono e eu fiquei meditando com meus botões qual a melhor forma de fazê-la me ajudar a convencer Godric. Mas eu estava cansado de mais, e precisava dormir... Ah... Dormir...



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Notas finais do capítulo

Primeiro post atrasado, e aí? Estou confundindo vocês? 35 / 3 é a terceira época da vida dele viu gente? lembrem-se que a história é contada pela / de idade e época. até agora vimos a 1° e a 3° época dele. Esperemos pelo que vem aí. -q



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