Idas E Vindas De Salazar escrita por RockStar


Capítulo 4
Capítulo III - Ciúme


Notas iniciais do capítulo

O segundo capítulo adiantado do atraso. há. Tentarei postar nas outras até sábado, e domingo colocar tudo em ordem. Boa leitura.



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Godric e Molly riam e riam de uma maneira bastante gostosa. Era divertido ver como eles se davam bem, apesar de que aquilo me deixava com um sentimento estranho no peito. Suspirei coçando o nariz enquanto tentava engolir o que tinha acontecido nessas últimas horas. Vou tentar resumir:

Molly espirrou, o feitiço desapareceu, Godric virou-se para o guarda-roupas, viu aMolly toda assustada, ele deu um grito e ela caiu no chão.

- AAAAHHH!!! - Ele gritou apontando para ela.

- BAM! - Fez o estrondo dela caindo no chão.

- Ai... Isso doeu.

Ela levantou a cabeça e olhou para mim, eu dei um tapa na testa olhando para Godric.

- Godric, Molly. Molly, Godric.

Molly sorriu meio sem jeito, se levantou e acenou para Godric. Godric ficou ali, todo irritado até que eu e Zilá começamos a falar.

Godric cruzou os braços e nos encarou enquanto contávamos a nossa super façanha, enjenhoca, que ainda era uma ideia, até que Godric tocou num ponto importante.

- Tá. Mas me diga uma coisa, essa garota, não tem parentes? Pai, mãe, irmãos? Como ela simplesmente se disponibiliza a vir parar na casa de um estranho assim? Sei lá...

- É mesmo... Não estava me lembrando disso...

- Pois é...

Zilá apenas olhava. Ela estava tão quieta, que nem faço ideia do que estava tramando, e olha que isso era difícil.

- Molly, faça favor.

Ela veio toda quieta até nós, os olhos claros encararam firmemente Grodric, que tenho certeza, ficou tão...Perdido... com aquela garota quanto eu.

- Oi...

Ela falou meio tristonha.

- E seus pais Molly? Você não tem uma família? Como pode sair de casa assim do nada, sem nem avisar a eles?

Ela levantou os olhos lacrimejando e eu dei um passo para trás com um pouco de receio.

- Meus pais... Me expulsaram de casa, por que... Eu sou assim...

Godric foi ao encontro dela antes que eu pudesse pensar nisso. Ela desabou em lágrimas nos braços dele e eu fiquei ali apenas olhando, e me sentindo mal por ela. Ela foi rejeitada pelos pais por ser bruxa... Isso era horrível de se imaginar...

- Mo... olly...

Meu tom abaixou uma oitava no final do nome dela, eu não quis me aproximar. Godric se sentou com ela e ela foi se acalmando.

Depois disso eu e Zilá começamos a conversar e ela parou de chorar aos poucos. Godric saiu de perto dela e veio para perto de nós contar mais sobre a estadia na casa da prima loira. Ele estava tão empolgado com isso que acho que acabou contagiando Molly.

Zilá teve de ir ao encontro de meus pais, por já ser a hora do chá, e nós três ficamos ali conversando. É onde chega a parte que eu sinto algo forte me mordendo por dentro enquanto o assunto flui entre os dois.

Como sempre, Godric se deu bem com “meus amigos”, coisa que eu não conseguia fazer com os amigos dele.

Molly parecia satisfeita com o que viveria de agora para frente, principalmente diante da promessa de Zilá em enfeitiçar os pais dela para que não lembrassem da existência bruxa dela, e pensassem que ela estava viajando para algum lugar do mundo estudando. Era um bom plano.

Os dois conversavam como dois velhos amigos de infância que não se vêem desde o jardim II, e eu ali, escorando com as bochechas nas palmas das mãos.

Suspirei enquanto os dois paravam de rir um pouco e se voltavam para mim.

- Salazar já te falou dos dons?

- Dons? Não...

Levantei o rosto encarando Godric. Ele sabia que dons eram pra mim, um tema de extrema importância, e eu odiava que alguém os declarasse erroneamente, principalmente em meu nome.

- Me conta vai, tô curiosa...

Olhei para Godric franzindo o cenho e ele sorriu.

- Vi lá. Fala.

Suspirei e comecei a dar a ela uma palestra sobre dons especiais dos bruxos, até que chegamos na minha parte favorita:

- “Ofidioglossia”, também conhecida como “A linguagem das cobras”. Poucos bruxos a possuem, é uma forma única de se comunicar com um dos animais mais surpreendentes do mundo trouxa.

- Ual... Salazar... Como posso me tornar Ofidioglota?

- Não dá...

- Como não dá?

- Você tem que nascer com esse dom.

- E como eu sei se eu nasci com esse dom?

- Falando com uma cobra...

Uma naja surgiu por debaixo da cama de Zilá e veio até Molly. Ela olhou para Molly com os olhos finos e arregalados e depois se virou para mim. Eu abri meus lábios, mas palavras não sairam, o que saiu foi uma especie de grunido grave, que parecia um barulho que as cobras emitiam as vezes. A cobra respondeu e recuou baixando a guarda enquanto sumia.

Molly sorriu batendo palmas e Godric sorriu de lado.

- Bravo! Bravo! Mais! Mais!!!

Ela falava entre as palmas. Sorri satisfeito e me sentei.

- Outro dia...

Ela se sentou sorridente e eu imaginei como seria os próximos dias, semanas, meses, anos com ela...

Passamos algumas horas discutindo sobre que tipo de dom Godric, e ela poderiam ter, até que ficou tarde e ela pediu para dormir ali ainda hoje. Quando Zilá entrou no quarto às pressas.

- Rápido! Salazar? Salazar! Seus pais estão indo para a China por causa dos negócios, vá se despedir. Rápido!

Saí correndo do quarto de Zilá e fui de encontro a meus pais, nem falei nada pra Zilá.

- Pai! Mãe! Vocês tem mesmo que ir?

- É o meu trabalho filho...

Olhei para minha mãe procurado apoio.

- Desculpe querido, tenho que acompanhar seu pai as vezes. Ele nem sempre dá conta de tudo sozinho.

Suspirei cruzando os braços.

- Tá bem... Quanto tempo demoram?

- Uns seis meses...

- SEIS MESES?

- É... Ou talvez, um ano. Depende da questão em que a distribuidora se encontra. Eles não gostam muito do número “4” lá... Dizem que dá má sorte.

- Só se for má sorte pra mim...

- Ok filhote, sem drama. Zilá vai ficar com você. Até mais.

- Até mais...

Mamãe me deu um beijo na testa e meu pai um soco no ombro.

- Se cuida filhão.

Ele mandou aquela piscada, como se eu fosse um jogador de futebol que pega todas.

Papai achava que e u era esquisito por ser como eu sou, mas ele sempre gostou muito desse meu lado sombrio que conquistava as garotas, apesar de eu não gostar de ficar me esfregando em qualquer uma assim, como outros.

Ele saiu pela porta da frente e eu fui atras dele o acompanhando enquanto tentava pedir q ele que Molly ficasse sem que ele pensasse coisas erradas.

- Pai...

- Fala Salazar.

- Zilá quer trazer a sobrinha dela para passar uns dias aqui, e estudar no instituto, pensei em pedir, porque conheço a garota, e ela é bastante gentil, e estudiosa, e...

Ele me cortou no meio do que eu estava falando e sorriu de lado.

- Calma filho. Pode trazer sua namoradinha sim. Opa... Amiga...

Ele gargalhou e eu bati na minha testa (isso dói).

Entrei na casa e Zilá me esperava com um sapinho de chocolate nas mãos.

- Obrigado Zilá *-*

Comi o sapinho rapidamente e ela me deixou lá na sala para poder trabalhar tranquila.

Resolvi então voltar para o quarto de Zilá a passos largos para poder contar a novidade para os dois que lá ficaram, mas quando abri a porta...


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Notas finais do capítulo

Amou? Review
Gostou? Review
Odiou? Review
Ficou revoltada com o final? Review
Quer mais? Review
Deseja me matar? Review
-qq
Beijos meus amores, espero que tenham tido uma ótima leitura. ;*



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