Quidditch Revenge escrita por KarenLuizaM


Capítulo 9
Pergaminhos amarelados


Notas iniciais do capítulo

Então, gente. Eu estou tendo tempo pra... pois é :
Espero que me perdoem pelo atraso. Provavelmente o próximo capítulo sai no sábado. Vou deixar as coisas mais organizadas. Prometo!
Espero que gostem :3



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– Alvo! – Rose disse, se levantando alegremente, ao ver o moreno parar em frente à mesa de comidas.

– Ah! Oi, Scorpius. Feliz aniversário... De novo. – Disse pegando um sanduíche e o comendo.

– Ah... Obrigada! Você, por acaso, sabe quem arranjou isso? – A garota apontou para a mesa ao seu lado.

– A comida? Fui eu.

– E... De onde ela veio?

– Da cozinha. Os elfos realmente são muito prestativos. Fazem tudo o que pedimos! Então, disse para eles prepararem a comida. E eles, como sempre, obedeceram. E fizeram um trabalho ótimo. – Disse, simples, terminando o sanduíche.

Rose estava perplexa. Como Alvo pôde fazer aquilo? Ela sempre soube que havia elfos no castelo – Sua mãe havia lhe contado – e sempre achou que o trabalho deles era algo muito injusto.

– Alvo Severo Potter! – Ela gritou. E, mesmo com a música alta, algumas pessoas se viraram para ver o que estava acontecendo – Como você tem a audácia de dizer uma coisa dessas tão inocentemente? Você não vê que isso é errado? Não é certo fazer isso por mero... Capricho meu!

– Scorpius... – Alvo estava com o cenho franzido, tentando assimilar o que o loiro à sua frente havia dito – Nós já fizemos isso. Várias vezes!

– Não quer dizer nada! Não importa quantas vezes nós já fizemos isso. Tem gente que vai sofrer do mesmo jeito! – Rose disse, com uma voz mais calma, momentos antes de ver as pessoas ao redor virarem a cabeça na direção de Katie Fryland, que também assistia tudo. As duas franziram o cenho.

– Não vão sofrer! Ah, Scorpius. Por quê está brigando comigo? É você que sempre quer! – A corvina viu alguns olhos se arregalarem depois da fala de Alvo e percebeu que as pessoas estavam vendo a conversa por outro ângulo e entendendo algo muito diferente e resolveu se aproveitar desta situação.

– É... Tem razão! Eu sempre quero isso! E tenho certeza que você também sempre quer. – Disse com um sorriso torto.

– Não é que eu sempre queira. É que... Sei lá. É bom variar às vezes. – Referia-se à comida da escola, já que os elfos conseguiam qualquer coisa que ele gostaria de comer – Às vezes, o comum fica sem graça...

– Entendo... Foi exatamente como eu me senti. – Ela segurou levemente o pulso do garoto, o que o fez notar o que estava acontecendo e embranquecer. As pessoas ao redor observaram o movimento de Rose. Algumas foram embora, mas outros persistiam em ouvir o resto daquela história – Agora... Vamos terminar a nossa “conversinha” no dormitório. – A corvina empurrou o moreno em direção à um corredor que, na sua opinião, era o masculino – Havia visto alguns garotos saírem de lá. O moreno a guiava, sem perceber, até o dormitório.

Ele parou em frente à uma porta, a abriu, e entrou, seguido pelo garoto loiro.

– Por quê você fez isso? – O moreno perguntou, assim que entraram no quarto.

– Isso o quê? – Perguntou, inocentemente.

– Por quê quis deixar tão explícito que nós estávamos tendo uma discussão de... Um “casal”?

– Eu fiz isso? Desculpa... Nem percebi! – Respondeu sarcasticamente enquanto se sentava na cama ao lado do malão com as iniciais “SM”. Alvo olhou o garoto com uma mistura de indignação e tristeza.

– Por quê você faz isso? Por quê só age daquela maneira em público? – O moreno perguntou quase sussurrando. Rose não soube responder – Você fala aquelas coisas pra mim enquanto os outros estão olhando. – Elevou um pouco a voz – Quando não tem ninguém pra ver, você não diz nada, nem me ataca e nem faz nada quando estamos sozinhos. Você só faz isso pra chamar atenção?

– Não!

– Então por quê insiste tanto que as pessoas vejam?

– Eu... Não sei. Realmente não sei. – Respondeu, mantendo contato visual. Alvo desviou o olhar e suspirou, derrotado.

– Olha... É melhor você ir pra sua festa. As pessoas devem estar te esperando. – Depois de dizer isso, Alvo se virou e deitou em sua cama. Rose ficou algum tempo parada, mas, resolveu obedecer o primo.



Era possível ver o desespero nos olhos do garoto loiro, o que era algo de se espantar, pois ele estava rodeado por mais ou menos 15 garotas, todas querendo uma lasquinha daquele que era considerado o maior pegador de Hogwarts.

– Ah, Scorpius. Fica comigo, vai!

– Vem no meu dormitório. É rapidinho!

– Scorpius, você nem bebeu! Toma alguns goles de Uísque de Fogo. Você vai ficar mais relaxado.

Rose estava enlouquecendo. Todas aquelas garotas, claramente bêbadas, ao seu redor, tocando em seu corpo de garoto de uma maneira nada inocente.

As sonserinas insistiam que ela bebesse. Embora estivesse com muita sede, Rose Weasley nunca tocaria sequer uma gota de álcool em seus lábios antes de ficar maior de idade. Faltavam apenas quatro meses para isso, mas, mesmo estando no corpo de um Malfoy, ela não conseguia agir como ele tão facilmente. Além do mais, se ela bebesse, correria o risco de perde o controle de sua transformação e estragar sua vingança.

Aquelas garota realmente eram persistentes! A corvina respondia “não” para todas as propostas que elas faziam, mas as sonserinas não davam atenção. Continuavam amontoadas, se esfregando em quem achavam ser Scorpius Malfoy. Rose tentou escapar várias vezes, mas não conseguiu.

Ela já estava entrando em desespero quando viu Fryland a olhando com as sobrancelhas juntas. “Socorro!” a corvina sussurrou de modo que só desse para saber o que havia dito se estivesse olhando diretamente para ela.

Katie andou até o grande sofá em que avistou o amigo loiro.

– Ok, garotas. Agora eu e o Scorpius precisamos ter uma conversinha. – A morena pegou-o pelo pulso e praticamente o arrastou para longe daquele lugar.

– O que foi aquilo? – Fryland perguntou quando chegaram à um lugar em que ninguém poderia ouvi-los.

– Aquilo o quê?

– Várias garotas no seu cangote, se jogando pra cima de você e você não faz nada?! O que está acontecendo, em? – A resposta não veio – Não vai me responder?

– O que você quer que eu responda?

– A verdade! – Suspirara – Tem alguma coisa que queria me contar, Scorps? – Perguntou, compreensiva. Rose balançou a cabeça negativamente – Tem certeza que não tem algo? Algo sobre uma pessoa? Um amigo? – Insistiu.

– Não. – Katie se decepcionou com a resposta.

– Tudo bem então. Estou vendo que você não está muito no clima de festa. Vá para seu dormitório e fique por lá. – Disse triste, logo antes de sumir no meio das pessoas.

“Ela tem razão” pensou Rose “Não estou nada interessada nessa festa... Só tem gente doida aqui!”. Depois de concluir o pensamento, Rose foi até o dormitório em que estivera há uma hora. Abriu a porta e viu que Alvo já não estava lá. Sentiu-se aliviada por isso.

Deitou-se na cama de Scorpius e relaxou a cabeça no travesseiro. Pensamentos invadiram sua mente.

Ela estava lá, num dormitório masculino das masmorras. Na cama dele. Quando mais isso poderia acontecer? “Nunca” pensou. As probabilidades de ela conseguir entrar mais uma vez naquele lugar, que naquele momento estava vazio, eram quase nulas. Teria que aproveitar esse momento.

Levantou-se da cama e estendeu a mão até o malão ao lado da mesma, abrindo-o. Viu várias roupas lá dentro, todas amarrotadas e com um leve cheiro de mofo. Ele não deveria abrir aquilo muitas vezes. Examinou cada canto do malão, até achar um bolso grande cheio de pergaminhos.

Rose pegou aqueles papéis amarelados e os examinou. Pareciam ser cartas. A corvina segurou um deles, que era um pouco extenso. Realmente, era uma carta. Estava escrita em um velho pedaço de pergaminho à tinta preta, com uma caligrafia grosseira e trêmula. A curiosidade da menina falou mais alto naquele momento, e ela começou a ler o texto.

“Sei que posso estar incomodando, mas, eu preciso dizer: Não quero ser obrigado a fazer tudo isso.

Pode parecer idiotice, mas, quero fazer minhas próprias escolhas. Quero poder escolher o rumo da minha vida não tendo que me preocupar com coisas do século passado.

Estou sendo egoísta, eu sei. Me repreendo muito por isso. Queria não estar escrevendo tais palavras, mas, não posso deixar que controle a minha vida. Você sempre fez isso com ela. Sempre era como se eu fosse um boneco de um ventríloquo cego. Sim, cego! Não só por você apenas enxergar aquela que está sendo mais egoísta que eu, mas, por não ver que eu estou sofrendo com isso.

Você sempre pode decidir o que eu vestia, o que eu dizia, com quem eu podia fazer amizade ou não, mas, não quero que seja mais assim. Eu cresci. Outras pessoas podem olhar pra mim e pensar que eu sou uma criança, mas não é assim. Eu sei o que eu quero!

Você sempre diz que me da chance para fazer minhas próprias escolhas, mas todo a pressão que estão colocando em cima de mim não parece nada libertadora. Eu acabei de fazer 14 anos e você já me diz uma coisa dessas? Traçar meu futuro desse jeito não é algo muito produtivo para o meu crescimento e desenvolvimento. Sei que não é culpa sua. Você só quer fazer os desejos dela. Mas, você acha que fazer tudo o que ela quer é tão importante a ponto de me deixar infeliz?

Não sei se um dia essa carta cairá em suas mãos, mas, se agora esta lendo essas palavras, espero que entenda o meu ponto de vista e que me perdoe por tudo o que disse acima.

Te amo, Scorpius.”

Rose franzira o cenho a leitura inteira. As únicas coisas que entendera foram que Malfoy havia escrito aquela carta para alguém, dizendo que não queria mais ser controlado, mas não a enviara. Ela resolveu não tentar mais entender essa carta. A deixou de lado e pegou outro pergaminho.

“Sinto sua falta. Por que você não me responde? Acho minhas próprias cartas espalhadas por aí aparentando nem serem lidas.

Tomara que algum dia você tenha tempo pra mim.

Scorpius.”

Rose ia pegar mais uma carta quando ouviu a porta de abrir. Juntou, rapidamente, todos os pergaminhos e os guardou no bolso do malão.

– Olá, aniversariante! – Disse Michell Venan, um dos amigos de Scorpius, de forma lenta, por estar um pouco tonto – Já vai dormir?

– Uhm... Já! – Rose deixou o malão do chão, deitou-se e cobriu-se inteiramente. Iria se levantar depois, mas, por enquanto, fingiria que estava dormindo. Sentiu, só agora, um aroma cítrico delicado vindo da capa que cobria aquele macio travesseiro. Respirara profundamente guardando na memória aquele cheiro praticamente viciante e, sem querer, adormeceu na cama de seu maior inimigo.


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Notas finais do capítulo

o/ Quem entendeu as revelações? rsrs Eu disse que seriam ocultas u.u Agora é só dar uma de Sherlock e descobrir o que é! rsrs Quem adivinha?
Não quis colocar a Rose dando a louca no meio da festa por quê, ela é muito certinha e tem consciência disso : Desculpe se decepcionei alguém.
Então, o que acharam do capítulo? Muito ruim, muito chato, muito monótono, muito devagar? Merece reviews? Deixe sua opinião, por favor! :)
Obrigada por ler!



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