Quidditch Revenge escrita por KarenLuizaM


Capítulo 10
Remorso


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei DD: Mas... A escola ta me sufocando!!! Eu queria tanto não estudar à tarde... Aí eu colocava a fic na data certa, mas... Sou obrigada :

Okok... Aqui está o cap da fic. Acho que esse é o maior até agora. Bem... Espero que gostem :)



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Abriu os olhos. Estava com uma dor de cabeça muito forte. Se remexeu na cama quando a cabeça pulsou e sentiu, vindo do travesseiro, um perfume tão bom que Rose poderia flutuar só por respirar. Era um aroma doce, que a fazia sorrir, mas, ao mesmo tempo, forte e másculo, que a fazia afundar seu rosto mais ainda no pano fino de algum e naquele sensação incrível.

A corvina não conseguia parar de sentir aquela sensação. Respirava cada vez mais profunda e rapidamente – até fazia alguns sons “estranhos” – e, mesmo sendo contraditório, perdia o ar por isso. Aquele cheiro era como uma droga na qual ela não queria interromper o vício nem, ao menos, tentar se afastar. Antes que pudesse perder os sentidos, ela pensou “De onde vem esse perfume maravilhoso?!” e lembrou onde estava. Arregalou os olhos e se afastou.

Olhou para as próprias mãos e tocou seus cabelos, agora compridos e cheios. Havia voltado ao normal enquanto dormia. Agradeceu por estar totalmente coberta pela grossa manta verde.

Rapidamente, se transformou em Malfoy e descobriu a cabeça. Suspirou aliviada quando viu que ainda eram seis da manhã e ninguém havia acordado – nem mesmo com os barulhos que ela fizera que, facilmente, poderiam ser confundidos com outra coisa.

Levantou-se sem fazer barulho. Ela ia sair do quarto quando lembrou-se das cartas que achara na noite anterior. Sabia que era errado, mas sua curiosidade falava mais alto. Precisava examina-las melhor. Foi até o malão do sonserino, tirou de lá todas os pergaminhos que conseguiu achar e escondeu dentro de seu casaco.

Depois de sair das masmorras, andou, apressada até a sala em que deixara o loiro desacordado. E se alguém tivesse o encontrado? Se descobrissem que foi ela quem o deixara lá? Esse pensamentos foram retirados de sua mente quando viu que o garoto continuava dormindo na sala que antes estava desabitada.

Rose abaixou ao lado de Malfoy e sussurrou tudo o que conseguia se lembrar da festa, mas, antes que pudesse se levantar novamente, sentiu o perfume do garoto adentrar suas narinas. Era o mesmo que estava em seu travesseiro. A corvina não resistiu a continuar a sentir aquela fragrância. Cada vez que respirava mais fundo, seus olhos reviravam nas órbitas. Como era possível um perfume intenso daqueles passar tão despercebido?

Ela segurou em uma das mangas da camiseta do sonserino, tentando manter o cheiro o mais próximo dela possível. Depois de algum tempo, finalmente, conseguiu se afastar. Permaneceu ajoelhada ao lado do corpo repousado do garoto, com os olhos fechados. Ele respirava pesadamente contendo-se para não se abaixar novamente e continuar o que tinha parado. Deu um grande suspiro e colocou uma das mãos na cabeça.

– Weasley? – A garota ouviu.

– Malfoy! – Rose espantou-se.

– O que está fazendo aqui? – O loiro perguntou logo antes de apoiar os cotovelos no chão e examinar o local que estava – O que eu estou fazendo aqui?

– Não sei... Pensei que você tinha morrido. Vim aqui ver se eu podia comemorar. – O garoto revirou os olhos – Agora que a felicidade acabou, eu vou embora. Adeus.

A corvina saiu correndo dali, sem notar que deixara algo para trás. Quando já estava consideravelmente longe da sala, encostou-se em um dos altos pilares que ficavam na escola, só agora notando que se transformara nela mesma de novo. Talvez ela não conseguisse controlar seu poder enquanto sentia o perfume de Malfoy. “Mais uma razão pra eu me manter longe dele!” pensou.



Malfoy continuava no chão com o cenho franzido. Não entendia como fora parar ali e muito menos por que aquela garota estava consigo. Seus pensamentos foram interrompidos quando viu algo brilhar ao seu lado. Era um pequeno frasco de vidro com um líquido pouco viscoso dentro. Provavelmente, Weasley havia esquecido aquilo ao seu lado. Mas, o que ela fazia com aquilo? Era uma poção?



Scorpius resolveu parar de fazer perguntas em sua cabeça. Levantou-se e foi para as masmorras.

– Katie. – O loiro chamou, quando se aproximou da cama da amiga, no dormitório feminino.

– Scorpius? – Perguntou sonolenta, enquanto esfregava os olhos – O que faz aqui?

– Preciso que você diga algo pra mim. Anda. Levanta. – Ele segurou no braço da morena, ajudando-a a levantar. Ela gemeu, não querendo sair da cama, mas sabia que Scorpius era uma pessoa com que não conseguia discutir, então não teimou.

– Que foi? – Perguntou a sonserina quando chegaram ao salão comunal.

– É que... – Scorpius olhou ao redor e percebeu que o lugar estava completamente bagunçado – Nossa! Aqui está um caos!

– É... Nós esquecemos de chamar os elfos domésticos... Depois eu os chamo. Agora, diga.

– Você consegue reconhecer que poção é essa? – O garoto entregou o pequeno frasco para Katie.

– Olha... Eu até posso tentar descobrir, mas vai levar algum tempinho. – Advertiu.

– Quanto?

– Uma semana mais ou menos.

– Tudo isso?!

– Ah... Nem é tanto! Por que está tão apressado? Aliás, de onde tirou isso?

– É que... Hoje eu acordei em uma sala de aula e a Weasley estava lá.

– O que a cabeça de fósforo estava fazendo lá?

– É isso o que eu quero descobrir! Quando ela saiu da sala, deixou pra trás esse vidrinho e eu preciso saber o que é. Logo!

– Tudo bem... Eu vou tentar descobrir o mais rápido possível. Então eu te falo qual é a poção quando eu for à sua casa no Natal.

– Ótimo. Obrigado. Agora, preciso ir – O loiro seguiu em direção à porta das marmorras.

– Você vai tomar café agora? – Katie perguntou, antes que o garoto pudesse sair.

– Agora não. Preciso falar com alguém antes.



– Rose! Rose! – Valerie dizia enquanto corria pelo corredor, lodo após a hora do almoço. A ruiva a encarou – Você tem que ver isso! – A morena pegou no braço da amiga e a puxou até a área externa do castelo.



Havia várias malas surradas no chão e o zelador da escola estava sentado na maior delas. Ele tinha o olhar fixo na neve branca, com uma expressão que Rose não conseguiu reconhecer muito bem. Ele parecia passivo, sério, mas ao mesmo tempo conturbado e apreensivo. Com todas aquelas emoções misturadas, a que a ruiva conseguiu definir melhor aquela expressão, foi tristeza.

– Senhor Lougeu. – Rose disse ao se aproximar do velho homem. Ela não gostava muito do zelador, mas não conseguia ver ninguém naquele estado – Vai passar o natal em casa esse ano?

– Na verdade, vou. Mas não voltarei depois disso.

– Por que não? – Valerie perguntou. O homem suspirou, infeliz.

– Um aluno me acusou de tê-lo atacado ontem à noite. Não entendo como. Há anos que não uso uma varinha! E, como eu não pude provar que estava fazendo o meu trabalho pelo castelo, já que, na verdade, estava descansando na torre de astronomia, a professora McGonagall dispensou minhas atividades. – Ele continuava olhando para baixo – Eu vou voltar para França e procurar algo que eu possa fazer. Vai ser difícil, mas, vou me sentir melhor em ir para minha terra natal.

Rose o encarava sem expressão, mas, por dentro, remoía-se de remorso. Ela realmente havia causado aquilo?

– Espero que dê tudo certo. – A morena disse à Lougeu logo antes de se virar e começar a andar. Ele não respondeu.

Rose acompanhou a amiga momentos depois, ainda pensativa.

– Valerie. – A ruiva disse assim que entraram em seu dormitório – Me sinto muito culpada.

– Por quê? O que houve? – As duas se sentaram na cama da morena.

– Aquilo... Foi culpa minha! Eu que fiz aquilo!

– Aquilo o quê?

– Lougeu! Eu fiz ele ser demitido! – Rose apoiou os cotovelos nas pernas e levou a cabeça às mãos.

– Você disse que ele havia te atacado?! – Espantou-se.

– Não! EU ataquei o Malfoy! EU me transformei no Lougeu e ataquei o Malfoy pra poder me transformar nele depois! – Valerie ficou calada – Não vai dizer nada?

– O que eu poderia dizer? Ele já foi demitido! Não tem mais o que fazer.

Ela tinha razão. Não adiantava Rose ficar com a cabeça baixa pensando em algo que não tinha mais como consertar.

– Eu vou dar uma volta. – A ruiva anunciara antes de se levantar e sair do dormitório, rumando aos corredores gelados de Hogwarts.



– Já arrumou suas coisas? – Katie perguntou para o loiro ao seu lado.



– Ainda não. Arrumo quando eu voltar pro dormitório. – Scorpius admirava a linda vista branca que se formava do alto da torre de astronomia - E você?

– Eu já arrumei. – a morena olhou para o garoto, virou-se, e passou os braços pelo corpo aparentemente magro dele. Scorpius retribuiu o ato apenas segurando um dos braços da garota com sua mão direita – Eu já estava sentindo falta de ir na sua casa. Ela é tão grande. – Katie acompanhava o garoto observando a vista de Hogwarts.

– A sua também é grande!

– Mas não tão grande quanto a sua! Scorpius, você mora em uma mansão! – Ela ficou de frente para o sonserino, ficando de costas para a grade da torre. O garoto segurou em sua cintura delicadamente – Um lugar onde qualquer um iria amar viver. Inclusive eu. – O loiro olhou para a garota – Eu adoraria morar na sua mansão.

Scorpius olhou profundamente naqueles olhos cor de esmeralda e Katie retribuiu o olhar. Era como se conversassem com aquela sintonia.

– Talvez isso aconteça. – Ele respondeu, quase em tom de sussurro.

– Mas, não é o que tem que acontecer...

– Me desculpe... – Disse lentamente, após alguns segundos.

– Não precisa se desculpar.

– Preciso sim. Eu queria... Queria muito poder te dizer outras palavras, mas...

– Seria mentira? – tentou completar.

– Não. Não seria. Mas... Também não seria verdade. – Scorpius não aguentou e fechou os olhos – Eu quase cheguei a te dizer, mas... Não era real. Ás vezes sinto como se fosse desprovido de um músculo muito importante. Sinto muito. Mesmo... – A sonserina segurou o queixo de amigo, levando o olhar do mesmo de encontro ao seu.

– Não sinta. Não é culpa sua. E... Você tem sim esse músculo. – Ela passou a mão pelos cabelos platinados de Scorpius, repousou-a em sua nuca e fez um leve carinho ali – Eu consigo sentir.

– É... Só você consegue. – O loiro disse sério. Katie dera um sorriso quase imperceptível pelo canto da boca, escorregou sua mão até o queixo de Scorpius e selou seus lábios docemente.

Ficaram alguns instantes assim, aproveitando o momento. O sol poente era o único a presenciar aquele momento. Quando se afastaram alguns centímetros, olharam-se nos olhos e começaram a rir.

– Você é a minha melhor amiga. – Scorpius disse antes de fazer aparecer um sorriso sincero na sua face.

– Awn... Que casal lindo! – Disse um garoto assim que entrou na torre de astronomia. Os dois reviraram os olhos.

– Rick, o que está fazendo aqui? – O loiro perguntou enquanto se afastava da amiga.

– Vigiando vocês. Esse é o meu trabalho, lembra? – O garoto encostou-se na parede olhando para os dois – Vocês não fazem ideia do quanto é difícil achar vocês dois. Vocês se escondem bem!

– Deve ser por que não queríamos ser incomodados! – Katie exclamou.

– Ah... É pelo que eu ‘to pensando? – Ele perguntou com um das sobrancelhas levantadas e um sorriso perverso.

– Não aconteceu nada, se é isso o que está insinuando. – a garota falou.

– Tudo bem. Agora que eu já sei que nada aconteceu e que vocês não estão tentando se matar, vou indo. Adeus. – Richard disse antes de sair.

– Por que ele ainda faz isso? – Scorpius perguntou à Katie, retornando à grade da torre.

– Não sei. Talvez ele tenha a necessidade de mostrar sua imbecilidade aos outros. – Os dois riram e continuaram contemplando aquele lindo pôr-do-sol por algum tempo. Depois foram para seus dormitórios procurando descansar para a viagem que aconteceriam em breve.



Rose caminhava devagar com uma carta na mão. Ia para o corujal envia-la para seus pais, avisando que de manhã iria entrar no trem para ir para casa. Rose fazia isso todos os anos, mesmo não sendo necessário.



Subia as escadas quando ouviu algo estranho vindo do seu destino. Parecia alguém chorando, mas, esse alguém teimava em tentar esconder sua tristeza.

A ruiva resolveu ver quem era. Subiu os últimos degraus e esticou seu pescoço em direção do portal. Viu um garoto agachado, abraçando suas próprias pernas e escondendo seu rosto atrás delas. Ele soluçava e, aparentemente, tentava engolir o choro, mas logo começava a soluçar novamente.

Rose se aproximou, lentamente, com uma expressão de pena e notou que conhecia aquele garoto. Era seu primo, Alvo.

– Al...? – A ruiva perguntou, cuidadosa. O garoto levantou a cabeça e mostrou seu rosto vermelho e inchado para a prima. – O que houve?

– A-a Anne...

– O que tem ela? – Perguntou enquanto sentava-se ao lado do primo.

– Ela... Ela terminou comigo. – Ele concluiu recomeçando a chorar.

– Alvo... O que aconteceu? Por que ela fez isso? – O garoto respirou fundo, parando os soluços por alguns instantes.

– Ela ficou sabendo de umas coisas que o Malfoy disse na festa ontem e terminou o namoro por causa disso. – Alvo olhava para as próprias mãos. Rose não sabia o que dizer. Fora ela a culpada? Ela fizera o primo ficar tão triste?

– Você já conversou com ela? Tentou melhorar as coisas?

– Não tem o que melhorar. Acabou tudo. Ela não quer mais olhar na minha cara e não há nada que ninguém possa dizer que vá fazê-la mudar de decisão. – Ele colocou uma das mãos na testa e continuou a falar.

“Ela não quer ter nenhum contato comigo e deixou isso muito claro. E-eu tentei dizer o que tinha acontecido, mas ela estava com muita raiva. Eu nunca tinha a visto desse jeito. Sempre tomei cuidado para não magoa-la, fiz de tudo pra fazê-la feliz do modo que ela também me fazia. Sempre queria vê-la sorrindo e ela queria o mesmo pra mim e agora... Ela não quer nem falar comigo por causa de algo que eu não fiz.”

Rose ouviu tudo com lágrimas nos olhos. A culpa e o arrependimento ocupavam todo o seu ser.

– Me desculpe. – Sussurrou.

– Por que está se desculpando?

– Ah! Não! Eu quis dizer... Sinto muito. – Ela encarou o chão.

– Você sabe o que aconteceu entre mim e o Malfoy na festa? – A garota assentiu.

– O que você vai fazer com ele? – O garoto franziu o cenho.

– Com Malfoy?

– É...

– Ah... Nada. Eu... Eu vou deixar ele...

– Como assim “deixar ele”.

– Nada... Esquece. É melhor eu ir, já está anoitecendo. – Alvo se levantou – Você vem?

– Não. Tenho que enviar uma carta.

– Tudo bem. Então tchau.

– Espera. – Rose segurou em seu braço, impedindo-o de andar – Você vai ficar bem?

– Vou sim. Obrigado por se preocupar comigo. Você é uma ótima amiga – Sorriu. Depois disso, Alvo se afastou e sumiu pelo grande portal do corujal.

– Não sou não... – Rose sussurrou com uma expressão de dor em sua face.


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Notas finais do capítulo

Então, merece reviews? :3 rsrsrs

O que acharam do momento Katscorpius? E do que aconteceu com o Lougeu e com o Alvo? Eu dei uma dica muito importante pra desvendar as tais "revelações" rsrs Conseguiram encontra-las e decifra-las? rsrs Deixem sua opinião, por favor! É muito importante pra mim. :3

Obrigada por ler!

PS: Bem... Esse fim de semana eu vou viajar, mas ,se lá tiver internet, vou postar o capítulo sábado pra compensar meu atraso



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