“Na madrugada é que os pesadelos aparecem, como terríveis flashbacks que eu gostaria de esquecer. Dormir não é uma opção, ficar acordada é pior, tudo me faz lembrar dela.

Ficar um tempo construindo casas foi uma tentativa de tentar esquecer o que aconteceu, porém só traz mais dor. E não paro de me perguntar o ‘Por Quê?’.

Eles dizem que tenho que achar uma cura, mais qual é a cura para a dor?

Ainda paro para pensar quem poderia fazer algum assim. Agora que a ameaça “A” se foi, quem teria coragem de fazer algo com ela? Seria o cara que a estava perseguindo? Eu não sei... Ás vezes sinto que tudo isso é culpa minha. Se não tivesse brigado com ela, se não tivesse tentado mudá-la, transformar em outra pessoa, talvez ela ainda estivesse aqui, ao meu lado, poderia ligar e ouvir sua risada.

Mas agora tudo se foi...

-Hey Emily, vamos ir para a casa da Spencer mais tarde, quer ir?

-Hanna, eu não estou muito a fim de sair hoje... –Mentira - Acho que vou ficar em casa mesmo com a minha mãe. –Mentira maior ainda.

-Você quer que todas nós irmos para a sua casa?

-Não, não... Eu só... Só quero ficar sozinha.

-Ok. Mas se você mudar de ideia, me dê um toque no celular.

-Ok. Tchau!

-Tchau.

Odiava ter que mentir, mas isso é um velho habito e costumes assim não vão embora do dia pra noite. É preciso tempo para se acostumar a verdade.

Acho que Spencer, Aria, Hanna nós precisávamos ficar tão unidas, protegendo umas as outras que acabamos esquecendo que lá fora havia um mundo. Um mundo onde “A” não existia.

-Emily?

-Holden?

-21 da noite e você em um bar?

-Só pensando na vida... E você? O que o ‘lutador’ está fazendo aqui?

-Tentando aproveitar ao máximo... Como você está?

-Bem.

-Você sempre foi uma boa mentirosa? Porque você quase conseguiu me convencer...

Risos

- Qual é a sua verdadeira intenção aqui, Holden Strauss?

-Me divertir. Não sei se você sabe, mas dizem que a vida passa rápido.

-Pra uns mais rápido ainda...

-Eu... Eu sinto muito Emily, me esqueci da morte de Maya. Como você está lidando com tudo isso?

-Um passo de cada vez... E tentando lembrar somente dos bons momentos...

-Sabe de uma coisa? Vamos fazer um brinde.

-Ao quê?

-Um brinde aos bons momentos que se foram e os que estão por vir.

-Tim-Tim

Viramos um copo de tequila, e depois outro, e outro e outro...

-Sabe, quem diria que a sua companhia seria a melhor que eu tive hoje; No meu dia todo!

-Me sinto honrado em saber disso.

Foi quando o inesperado aconteceu...”