When Hatred Turns Love escrita por Gwen


Capítulo 8
The game


Notas iniciais do capítulo

Para todas que queriam...tam dam!
Ainda agradeço pelos reviews, vocês são demais.
Desculpem pelo segredo, mas proximos capítulo os muros caem.
Aproveitem!



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Annabeth:

Já havia passado uma semana depois do pequeno “acidente” com a foto. O que significava uma semana sem Percy. Acho que se ele pudesse virar uma sombra e sumir, ele iria.

Enfim, minha vida estava uma maravilha.

Thalia continuava emburrada, dizendo que eu tinha pegado pesado. Isso porque ela é uma besta, e porque estava “apaixonada” por um dos melhores amigos de Percy. Mas como aquilo não era problema meu, segui em frente.

Era sexta e eu estava no computador quando Thalia me ligou.

– Annie! – ela falou, animada.

– O que foi?

– O que você vai fazer hoje à tarde?

– Eu vou... Sei lá, comer, ver TV, essas coisas.

– Não você não vai. Você vai ao jogo comigo!

– Hein? – eu perguntei.

– O jogo do time do colégio! Você esqueceu, não foi? – ela parecia desapontada.

– Ah, esse jogo. É claro que eu não esqueci – eu menti, é claro que eu havia esquecido. – Mas eu não estou a fim de ir.

– Annie, você prometeu que iria! – ela reclamou.

– Prometi, foi? Quando? – acho que eu estava drogada. Não me lembrava de ter prometido nada.

– Prometeu sim, ontem de tarde.

Agora as coisas estavam voltando á minha mente. Thalia e eu estávamos em uma sorveteria no parque, e ela estava falando sobre seu namoro com Luke. Como já estava de saco cheio, puxei meu celular por debaixo da mesa e acessei o Wi-Fi de lá (isso mesmo, achamos uma sorveteria com Wi-Fi). Quando Thalia descobriu, ela tomou meu celular e me obrigou a aceitar a ir com ela ao jogo. Eu estava tão agoniada em ter meu celular de volta e concordei com qualquer coisa que ela dizia. Acabei me ferrando.

– Mas aquilo não valeu. Foi chantagem! – reclamei.

– Isso não importa. O que importa é que você aceitou, e agora vai ao jogo comigo. Vou chegar a sua casa daqui a 50 minutos, e é bom você estar pronta – e desligou.

Eu fui trocar de roupa praguejando e choramingando. Ia ter que começar a ouvir Thalia com mais atenção.

Thalia chegou e subiu direto para o meu quarto. Como eu disse, costumes de anos de amizade. Ela estava usando uma blusa laranja e preta que eu particularmente achei estranha.

Ela fez cara feia quando me viu.

– Você não vai assim não, vai? – ela perguntou, me olhando de cima a baixo.

– Por quê? O que tem de errado com a minha roupa? – eu olhei para minha blusa simples branca, procurando algum defeito.

– Não tem nada de errado. É só que se você vai ver um jogo, você tem que ir com usando as cores do time! – ela apontou para sua própria camisa.

– Aahh... Mas eu não tenho nenhuma blusa laranja e preta.

– Não se preocupe! – Thalia mexeu em sua bolsa e tirou uma blusa igual a dela de lá. – Eu providenciei uma para você!

Eu olhei para a blusa em suas mãos: - E vamos tipo, irmãs gêmeas? Ah, eu acho isso tão brega...

– Pare de reclamar e troque de blusa, o jogo começa daqui a pouco!

..................................................................

Acabou que chegamos antes de todo mundo. O time tinha acabado de se aquecer na quadra, então haviam várias bolas pelo chão.

Eu e Thalia praticamente invadimos a quadra. Thalia saiu saltitando em direção a Luke e eu fui me arrastando (literalmente) atrás dela. Ela se empendurou no pescoço de Luke enquanto eu virava o rosto. Detestava quando ela fazia isso.

– Ei, você veio! – falou Luke, sorrindo.

– Eu disse que viria – e então se beijaram de novo.

Eu os interrompi:

– Ok! Todo mundo veio, que alegria. Agora será que dá para os pombinhos pararem com isso? Eu estou ficando enjoada.

Thalia ia me dar uma resposta mal educada quando uma voz gritou para nós:

– Luke! O que você ainda está fazendo aí?

Olhamos para trás e vimos Percy correndo em nossa direção.

– Cara, o time todo já entrou para passar as táticas.

– Ah, desculpe. Eu me distraí um pouco – Luke explicou, olhando para Thalia.

– Tá, cara. Agora vamos.

O casal se abraçou num beijo de despedida. Parecia que Luke ía fazer uma viagem para a guerra.

– Tudo bem, chega! Já se despediram o suficiente! – falei, impaciente.

Percy olhou para mim como se estivesse me vendo pela primeira vez. Quando a surpresa passou, ele me lançou o olhar ressentido, como se me dissesse: “Não acredito que você fez aquilo comigo”. Não pude deixar de dar um sorrisinho de missão cumprida. Nos encaramos por uns dois segundos.

– Ok, vamos indo – e foram em direção à saída.

– Poxa Annie. Para quê tanta raiva?

– Olhe, eu não tenho paciência para ver os dois se amando. Aliás, é um falta de respeito. Vocês não tem vergonha não? – eu cruzei os braços.

Thalia cerrou os olhos.

– Humm...

– O que é?

– Acho que tem alguém aqui com ciúmes...

– E por que diabos esse “alguém” teria ciúmes as própria amiga? – perguntei, cruzando os braços.

– Eu não sei. Talvez nem seja ciúmes. Talvez seja inveja.

–Bom, e porque esse “alguém” teria inveja da melhor amiga, afinal?

Thalia levantou as sobrancelhas, como se tivesse acabado de pensar algo que nunca havia passado pela sua mente.

– Talvez porque alguém nunca teve um relacionamento sério antes.

Eu a encarei, totalmente perplexa.

– Como é?

E ela me olhou como se acabasse de bolar um plano perfeito.

– Isso mesmo, Annabeth! Como não pensei nisso antes? Você está com inveja por eu ter um namorado.

Eu fiquei em silêncio por uns segundos, para controlar a mágoa. Como minha melhor amiga poderia dizer aquilo para mim?

Depois dei meia volta e saí quase correndo daquele lugar.

– Ah Annie, espere... – eu ouvi Thalia gritando atrás de mim.

O lado de fora do colégio já estava enchendo. Haviam bandeiras, chapéus, todo com as cores do time.

Eu não tinha um lugar certo para ir, então acabei indo para uma lanchonete, onde haviam muitos pessoas comendo antes do jogo. Como eu não estava com fome, pedi um refrigerante. Sentei em um banco e fiquei olhando a animação do povo.

Thalia se sentou ao meu lado.

– Olhe, me desculpe. Eu não devia falar aquelas coisas para você – ela se desculpou.

Na verdade, eu nem estava mais nervosa. Estava apenas pensando.

– Não, Thalia. Está tudo bem...você pode até ter razão.

Ela me encarou, sem reação.

–Eu posso?

– Pode sim – eu suspirei. – Eu estava pensando nisso. Minha vida amorosa é um desastre.

– Isso porque você quer. Você é linda, poderia deixar todos os garotos aos seus pés.

– É, eu sei – murmurei.

– E porque você não tenta... Sei lá, sorrir mais, essas coisas?

– Tenho medo – confessei baixinho.

Thalia riu.

– Medo? Fala sério, Annie!

– É que... – E lá estávamos nós de novo. O ponto crucial.

– Que... Annie, o que você está me escondendo?

– Não vou te contar isso em público. Olhe, já está todo mundo entrando na quadra. Vamos lá.

Thalia estava me olhando desconfiada para mim, mas deu de ombros e entrou comigo.

..................................................................

Quem nunca foi a um jogo de basquete num colégio cheio de adolescentes loucos, não sabe o que é ficar louco também.

Thalia berrava e pulava enlouquecidamente ao meu lado. Não posso dizer que reclamei, porque, como eu disse antes, também estava contagiada pelo espírito da torcida. Eu gritei junto, xinguei, comemorei, pulei, fiz tudo.

No final, valeu a pena. Nosso time venceu de lavada, e estávamos nas semifinais do campeonato estadual. Se continuássemos vencendo, iriamos para as nacionais.

No meio da algazarra, os meninos do time foram colocados nos ombros dos torcedores e levados para fora. Alguém tinha um megafone, e gritava insanamente. Então alguém gritou no megafone:

– Gente, festa na minha casa hoje a noite! – e o público comemorou mais.

Eu já estava ficando cansada, então puxei Thalia (que procurava loucamente Luke no meio do povo) e fomos ao estacionamento.

– E aí, gostou? – ela me perguntou enquanto voltávamos para casa.

– É, foi até legal – depois, olhando para o olhar sarcástico que ela me lançava, eu me concertei. – Tudo bem, foi muito legal, ok? Eu me diverti.

– Eu sabia Sempre sei.

– Humilde... – debochei.

– Que seja. Então, já tem uma roupa em mente?

– Roupa? Para que?

– Para a festa, dã. Você é avoada hein?

– Ah. Eu nem vi que quem falou. Quem foi mesmo?

– Foi Percy, é claro. Ele é o capitão.

“Ah, claro” falei para mim mesma. “Tinha de ser”.


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Notas finais do capítulo

Então...o que acharam?



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