When Hatred Turns Love escrita por Gwen


Capítulo 9
Walls fall / The game party


Notas iniciais do capítulo

Hey povo! Aproveitem!



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Annabeth:

- Aahh, mas eu não quero iiir!... – fiz birra, sentada em minha cama.

Thalia havia tomado a liberdade e estava vasculhando meu guarda-roupa.

Já havia uma pilha de roupas em cima da cama. Segundo Thalia, aquela era a pilha do “provavelmente usável”.

- Mas você vai – ela falou.

- Por quê? Eu não estou a fim...

- Você ainda não percebeu que as minhas decisões são as melhores para você?

- Isso é um absurdo! Eu deveria ter o livre arbítrio de escolher o que eu quero – reclamei.

- É, mais você não tem. Aqui, achei!

Ela estava segurando o meu vestido preto e vermelho, acima dos joelhos. Seus olhos brilhavam como se acabasse de achar ouro.

- Esse aqui é per-fei-to!

Eu olhei para o vestido e torci o nariz.

- Você não acha um pouco demais não? Aliás, ele é muito curto...

- E para quê que você iria querer ir a uma festa vestida de freira, hein? Você tem que arrasar hoje.

- Ok, agora você vai dar uma de conselheira amorosa, não é?

- É claro – ela olhou para o relógio – Droga! Estamos atrasadas. Para o banho, Annie. Eu vou para casa me arrumar e volto em um instante.

Eu ia começar a reclamar, mas Thalia já havia jogado o vestido em mim e corrido para fora.

Arrastei-me para o banheiro e tomei um banho demorado. Certamente, demorei mais do que o necessário. Mas não estava mesmo com vontade de ir nesta festa. Minha vontade simplesmente sumiu quando soube que ia ser na cada de Percy. Ainda tinha más lembranças daquele lugar.

Saí do banheiro, vesti meu vestido e parti para cabelo e maquiagem. Como estava com muita preguiça, deixei os cachos naturais, mas fiz uma maquiagem caprichada. Em menos de uma hora, eu estava pronta.

Como havia dito, Thalia não demorou a chegar. Pelo jeito em que ela ficou feliz em me ver, dava para pensar que ela havia imaginado que eu apareceria de pijamas.

- Annabeth Chase, você está linda! – ela exclamou.

- Obrigado. Thalia Grace, você está arrasando!  Sabe de uma? Luke é um garoto de sorte – falei sorrindo.

Thalia corou.

- Ok, estamos demais. Vamos indo.

Toda a multidão que estava no jogo também estava na festa. Desta vez Percy devia ter avisado aos seus pais, porque a festa estava bem arrumada.

Quando entramos na casa (ou melhor, mansão) a festa já estava bombando. Havia um DJ, mesas com petiscos, luzes e, é claro, o pessoal se acabando de dançar. Não ficamos muito tempo olhando, pois fomos direto para a pista. Dançamos até cansar.

É claro que Thalia parou de dança e  me puxou para procurar Luke.

- Ah, Thalia. Ele vai aparecer – tentei falar, mas ela já estava me puxando para longe.

Luke estava num canto, conversando com umas pessoas, que saíram (um ato que eu achei muito inteligente) quando Thalia chegou.

- Ei, você veio! – Luke abraçou Thalia pela cintura.

- É claro que vim – ela colocou os braços em seu pescoço e eles se beijaram. Uma falta de respeito. Depois de que separaram, ainda ficaram um tempo sorrindo um para o outro, como dois idiotas. Eu fingi um pigarro.

- Ah, oi Annabeth – Luke disse, com um sorrisinho de desculpas. Parecia que eles haviam esquecido que eu estava ali.

- Olá Luke – eu sorri simpaticamente. – Belo jogo hoje, hein?

- Foi mesmo – Thalia concordou, lhe dando um beijo na bochecha.

- Obrigado – ele respondeu rindo. – É melhor continuarmos assim, não?

- É bom mesmo – eu ri também.

Conversamos um pouco, mais eu achei melhor dar um tempo para o casal. Disse que iria pegar uma bebida. Atravessei a sala e fui até o balcão de bebidas. Quando estava refazendo o caminho de volta (é claro, depois de enrolar um pouco) Percy passou por mim. Ele apenas me encarou por um segundo, depois acenou com a cabeça. Eu respondi com um sorrisinho educado e ele se foi.

Eu estava perto do casal quando ouvi Luke murmurar para Thalia:

- É bom que eles pelo menos estão se respeitando.

- É mesmo. Sem troca de caretas, sem insultos, sem confusão.

- Isso é um grande avanço. Quase valeu a pena ter feito aquela apos... –Luke se interrompeu.

- O que? – eu apareci de repente.

- É... Eu... - Luke olhava para os lados, como se procurasse ajuda. Ele tinha uma expressão estranha no rosto, um misto de medo e culpa. Na verdade, parecia que ele ia vomitar.

- Luke, que aposta foi essa? – Thalia perguntou docemente.

Luke respirou fundo e respondeu:

- Nós fizemos uma aposta com Percy, antes do aniversário de Clarisse.

- E qual era a condição? – perguntei.

Ele continuava olhando para os lados, e ficando cada vez mais verde.

- Luke. Qual era a condição?

- Ele... – respira fundo – Ele tinha que beijar você.

Eu o encarei. Eu estava com os lábios cerrados, e respirava que nem um touro antes de avançar, dom tanta raiva. Não percebi que estava tremendo até Thalia tocar meu ombro.

No meio de tanta raiva, meu único pensamento foi: matar Percy. Como ele pôde aceitar aquilo? Ele era um garoto morto.

- Annie, você está bem? – Thalia me cutucou.

- Thalia, segure meu copo – eu empurrei o copo para ela, e fui me virando.

- Ei, aonde você vai? Annie, volte aqui! – mas eu já estava longe.

Procurei Percy no meio da multidão que dançava. Nada. Saí da casa ainda procurando, quando ouvi risadas. Ele estava com um grupo de amigos conversando no jardim.

Controlei-me para não correr, enquanto ia naquela direção.

Percy:

- PERSEU JACKSON! – ouvi uma voz me gritando.

É interessante quando tudo está indo ás mil maravilhas, e de repente tudo dá errado.

Estávamos tão bem conversando, rindo e bebendo (coisas sem álcool, é claro... ou talvez só um pouco) quando o tudo veio abaixo.

Olhei para o lado para ver quem havia gritado, e vi Annabeth andando (ou quase marchando) em minha direção. Eu já sabia que estava encrencado, apenas por ela ter falado meu nome.

Entenda, ninguém me chamava de Perseu. Esse é o meu nome de verdade, mas eu não o uso. As únicas vezes que o ouço, é quando estou realmente ferrado. Então, quando Annabeth o falou, já fiquei com os pelos do braço arrepiados. É o que acontece quando conhece uma pessoas quase sua vida inteira: ela sabe quase tudo sobre você

Meus amigos também devem ter sentido a tensão, porque logo murmuraram despedidas e desculpas como “vou comer algo”. Grover falou um “Ih, ferrou-se...” tão baixo, que acho que só eu ouvi.

Só Rachel continuou ao meu lado. Claro, ela não havia desgrudado de mim desde o início da festa. Quando Annabeth já estava na minha frente, ela só rosnou uma palavra para Rachel:

- Saia.

Rachel olhou para ela com desdém.

- E quem vai me obrigar? Você? – ela riu.

Eu olhei para Annabeth, que estava com a sua melhor cara de “eu vou te matar e queimar sua casa”, então achei melhor diminuir o número de vítimas.

- Rachel, é melhor você ir. Te encontro lá dentro.

Ela me olhou e deu de ombros.

- Ok, então – e me deu um beijo na bochecha e foi embora.

Observei ela andar até sumir, até eu e Annabeth ficarmos a sós.

- Então, em que posso ajuda-la?

- Foi tudo uma aposta, não foi? – ela falou baixinho, quase para si mesma.

- O que?

De repente ela estava berrando para mim.

- Aquilo tudo foi uma aposta, não foi?

- Espere aí, do que você está falando? – eu estou gritando também.

- Do beijo! Do beijo forçado que você me deu na festa da Clarisse!

Eu pisco, me recuperando. Estava procurando uma resposta para dar, mas ela já estava gritando:

- Como você pôde fazer isso? Como pôde aceitar uma aposta naquelas condições? O que você tem na cabeça?

Eu rio, nervoso.

- Mas tinha...

Ela me interrompeu de novo:

- Quem você acha que eu sou? Uma dessas vadias que rondam você como moscas? Que aceitam qualquer coisa por você? Pior que nem foi assim. Eu não tive escolha.

- Você está fazendo uma tempestade num copo d’água. Não foi nada tão grave assim.

- Não foi? – ela deu uma risada irônica e depois ficou séria de novo. – Então é isso pra você, Percy? O que você tem na cabeça? Faz as coisas e brinca com as pessoas deste jeito? Você não mede mesmo as consequências dos seus atos!

 Já estava achando que ela estava descontrolada, porque ela estava. E eu também estava ficando irritado, porque ela estava exagerando muito.

- Foi só um beijo, Annabeth! Que consequência poderia ter?

- Pois tiveram consequências, sim! – ela gritou. Ela tinha lágrimas nos olhos, e a sua expressão me fez pensar que ela não queria ter falado aquilo.

- Mas para quê tanto drama? Ah, não me diga que aquele foi... – minha pergunta ficou no ar, porque ela abaixou a cabeça. Isso para mim foi resposta suficiente.

- Oh, meu Deus... – sussurrei. – Não me diga que aquele foi seu primeiro beijo.

Ela continuou com a cabeça abaixada, desta vez chorando mesmo. Eu me senti péssimo. Por fazê-la chorar, e principalmente, por ter aceitado aquela aposta.

- Annabeth... Eu... Não sei o que dizer... Eu não sabia.

Ela fungou e levantou o rosto, com as lágrimas já secas.

- É claro que você não sabia. Você não quis saber de nada, só do quanto iria ganhar.

- Eu... Eu sinto muito – falei, dando um passo um sua direção. Ela não se mexeu.

- É um pouco tarde para isso, não é?

Estávamos muito próximos agora. E eu a olhei de verdade pela primeira vez. Seus cabelos dourados faziam uma forma de cachos ao redor do seu rosto. Seus olhos eram de um cinza-tempestade que nunca vi em ninguém. Seus lábios tinham um tom claro de rosa. Inconscientemente, zerei o espaço que havia entre nós dois.

Ela não se mexeu, mas sua respiração parecia quase ofegante.

- Percy... – ela sussurrou, mais não concluiu.

Não sei o que estava dando em mim naquele momento. Só sei que não conseguia descolar meus olhos dos dela. Parecia hipnotizado, ou algo do tipo. Annabeth também parecia estar sofrendo o mesmo efeito.

Minhas mãos pareciam ter tomado vida própria. Não pedi para que elas se colocassem nos dois lados do rosto de Annabeth, assim como não pedi para que o meu rosto se aproximasse, e que minha boca tocasse a dela.

Como no primeiro beijo, ela ficou paralisada. Depois pude ver que ela estava cedendo, então o beijo fluiu. Separamos-nos quando ficamos sem ar.

Ela me olhou espantada, e pôs as mãos sobre a boca. Depois saiu correndo.

- Ei, volte aqui! Me desc... – mas ela já estava muito longe para me ouvir.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Reviews?
p.s.: Talvez o próximo capítulo demore um pouco porque ainda não sei bem como cameçar, já que geralmente eu já tenho ele pronto na minha cabeça.