Amor e orgulho escrita por Karmen Bennett


Capítulo 6
Capítulo 6: O projeto Benson


Notas iniciais do capítulo

Oi, desculpem a demora mas aqui estou eu. Queria dizer logo que considero esse um dos mais importantes capitluos da fic mas vou deixar vcs lerem agora, sim? Nesse cap, uma frustrada tentativa de entendimento, lembranças doces e outras torturantes e O projeto!



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Ele acordou cedo e olhou para o lado. Não conseguia acreditar no que via. Finalmente acordara do lado de uma mulher e não teve ímpetos de atira-la pela janela. Ao contrario, queria abraça-la, desejar bom dia e ficar ali pra sempre. Mas a realidade é dura e ele não sabia em qual estado de espírito ela acordaria.

Levantou, escovou os dentes e foi para a cozinha. Tudo havia mudado agora. Ele não podia ter feito aquilo, havia jurado desistir daquela mulher para sempre mas nunca desistiu de fato. Não havia como, para ele no mundo só existia aquela mulher. Agora teria que contar sobre seu projeto e arriscar por toda sua carreira por água a baixo por causa de sua fraqueza.

Ele sentou no sofá e ligou a Tv. Ouviu o barulho do chuveiro, e deduziu que ela havia despertado e tomava banho. Pouco depois ela apareceu vestida com o roupão que ele deixara para ela. Freddie não esperava um beijo apaixonado, nem nada do tipo, mas aquilo também, nem de longe imaginaria.

Ela sentou ao seu lado em silencio, e o olhou sonolenta. Ficava ainda mais linda sem maquiagem, parecia ter 15 anos.

–Não conta isso pra ninguém, entendeu? Isso não vai mais se repetir.

Frieza, aspereza e mágoa. Tudo em uma frase só. Mas arrependimento não havia em sua voz.

–Sam, vamos conversar. Não podemos ficar na mesma, nem tanto pelo que fizemos quanto pelo que dissemos. Sei que nos magoamos no passado, mas é hora de olharmos pra frente, não acha?

Ela riu seca.

–Nos magoamos? Eu te magoei? Quando? É disso que eu to falando, Freddie, você tem um problema comigo e é uma coisa que maturidade alguma supera. Eu é que não vou mais passar o que passei por causa do seu orgulho.

–Estou pedindo pra conversarmos. É tão difícil perdoar? Ao menos um amigo?

–É! Pra mim é impossível, mesmo por que tudo o que você sente por mim é atração física, se quer ser meu amigo por que me levou pra cama?

O jovem baixou a cabeça confuso. Mas a mulher estava irredutível. Se pôs de pé decidida a encerrar a conversa.

–Sabe por que fiz aquilo... – Murmurou o rapaz se pondo também de pé.. -Não estava brincando quando te disse aquilo...

–Pra mim não basta. -Ela lhe deu as costas.

–Então, ta, vai la madame de ferro! –O rapaz praticamente protestava. -O que fizemos ontem não significou nada pra você?

–E por que significaria? –Ela se voltou para ele. -Sou adulta, independente e descomprometida faço o que eu quero com quem eu quero, quando quero e nem você nem ninguém tem nada com isso!

Freddie não soube se sentiu tristeza, raiva, decepção, mas soube que todo o controle já tinha ido embora.

–Ah, claro deve ser comum pra você dormir com funcionários dos quais quer retirar informações. Não me admira que tenha chegado onde chegou em...

O tapa ressoou pelo ar com enorme barulho. O rosto do rapaz virou pro lado como se fosse de borracha. Ele passou a mão no rosto esfregando o maxilar e olhou para a loira com as faces vermelhas.

–Mas do que nunca eu vejo que foi uma estupidez o que fiz ontem. –Os olhos da mulher brilhavam de fúria.

–Me desculpe... –Ele sussurrou ainda esfregando o rosto. -Você...

–Desculpa. É só o que você sabe dizer, acredita mesmo que uma palavra tem o poder de corrigir todas as suas burrices? Não tem Freddie!

–Mas o que você quer que eu faça? Você me trata como se eu fosse um pedaço de carne e espera que eu ache legal? De qualquer outra eu ignoraria, mas não de você!

As palavras de Freddie pareceram surtir efeito, pois a expressão de fúria da mulher se desfez numa que evidenciava uma luta interior.

–Não quis dizer que não foi importante, só que eu não quero que seja, é um direito meu, não acha? –Sua Voz era embargada.

–Nunca vai me perdoar, não é?

Ela olhou para baixo. O rapaz sentiu uma pontada no peito. Ela estava tão perto, mas tão longe ao mesmo tempo...

–Não sei. –A loira disse por fim. –Mas agora eu já vou indo.

Ela se virou de rosto baixo, mas o jovem a tomou pela cintura e lhe beijou os lábios docemente. Mais uma vez ela correspondeu. Nos braços um do outro não existia, incertezas, não existiam mágoas nem desilusões. A língua quente daquela mulher dançando enroscada a sua era tudo o que ele precisava para se sentir em paz consigo mesmo.

–Freddie, serio, temos que parar com isso. –Disse ofegante afastando-o com as mãos . -Estamos agindo como dois adolescentes.

–Cadê a mulher independente que não deve satisfação a ninguém? –Perguntou rindo gentilmente.

–Mas você não aceita assim.não é?

–E você quer assim? –Ele ergueu a sobrancelha insinuante.

–Não! Não quero de jeito nenhum, você me confunde, eu tenho que sair daqui.

Ela se afastou quase correndo, com expressão fracassada, foi até o quarto. Voltou pouco depois vestida, com os sapatos na mão e saiu pelo elevador privativo sem nem mais olhar pro rapaz que a encarava confuso. Parecia fugir de algo.

–Até mais, Freddie. –Disse já dentro do elevador apertando o térreo e (fechar as portas)

O jovem sentou no sofá e suspirou. Voltara a estaca zero. Agora estava claro que nem mil anos seriam capazes de fazer seus sentimentos mudarem. O problemas não era com as outras mulheres, era com ele que já pertencia a Ela. A questão agora era: Correr atrás dela e desistir do projeto, ficando com eternamente atormentado pela tal superioridade profissional dela, ou arriscar perde-la para sempre.

Sentiu algo lhe machucando no sofá e passando a mão em baixo da perna, constatou que se tratava de um brinco. Um brinco rosa médio cintilando. O jovem sorriu e se deixou deitar no sofá lembrando-se da noite passada.

Flahs back on

Ele a carregou para o seu quarto como se aquilo fosse algo que ele precisasse para viver. Seu corpo gritava de desejo e com a mulher em seus braços não parecia ser diferente.

A deitou na cama com força e carinho que só é possível se unirem nesses momentos e engatinhou por cima dela. Alcançou seus lábios novamente e uniu aos seus num beijo urgente e demorado.

O quarto estava completamente escuro, exceto pelo abajur ao lado da cama. Por essa frca luz, ele podia ver o azul dos seus olhos escuros de desejo e passou a beijar e morder com ânsia o pescoço da jovem cujos suspiros já se transformavam em gemidos. Ele apertava a cintura e a coxa da moça como se tentasse dissolve-la entre os dedos arrancando dela suspiros cada vez mais intensos.

As roupas foram sendo retiradas aos poucos em meio a demorada e ardente troca de caricias. Primeiro foram-se as blusas, depois todo o resto.

Logo estavam completamente nuns, unidos em um só se entregando com desejo um ao outro, produzindo sons característicos . Os gemidos da mulher em baixo dele lhe provocavam quase tanto prazer quanto o ato que praticavam.

Ela gemia seu nome enquanto agarrava seus cabelos com fúria fazendo-o soltar urros de prazer. Um chuva fina começou a cair no momento em que atingiram o clímax, ou eles não ouviram antes por estarem em demasia ocupados.

–Eu te amo, Sam sempre te amei.

–Eu também te amo muito.

Se beijaram e ficaram abraçados desfrutando do calor do corpo um do outro.

O frio começou a ser um incomodo no instante em que a chuva se intensificou, ou então apenas seus corpos voltaram ao estado normal. Sam vestiu a blusa de Freddie sob o abajur e deitou novamente sob seu peito e puxando um grosso cobertor por cima deles.

Flahs back off

O rapaz foi tirado de seus pensamentos pelo interfone.

Gibby entrou sorridente pouco depois e sentou-se no sofá.

–Hei, cara que café caprichado, heim? –Admirou-se Gibby. –Tem alguém ai?

–Não.

–Tinha?

–Tinha. –O rapaz baixou as vistas. -Mas já foi. Pode se servir!. –Convidou gentilmente.

–Não obrigada já comi de mais hoje. Só passei pra entregar o convite do Brad e da Melanie o casamento deles é daqui a três semanas. Ele vinha te entregar, mas ta ocupado demais falou que assim que der te liga.

–Ele me chama pra ser o padrinho dele e não tem se quer a capacidade de me entregar o convite... –Freddie fingiu estar indignado.

–Ele ta fora da cidade... –Acrescentou Gibby.

–To ficando pra trás. –O jovem sentou no sofá ao lado do amigo.

–Ta mesmo. Você e a Sam. Ela quase ficou noiva uma vez, sabia?

–Não. –Tentou não demonstrar estar interessado.

–Pois foi, um amigo da Melanie, tava namorando com ela chegou a durar uns dois anos, mas não sei por que eles brigaram.

–Terminaram por causa de uma briga?

–Não sei direito se foi isso, mas ele até tentou voltar e ela não quis. Acho que o problema dela é obcessão com o trabalho, cancela qualquer coisa se tiver um relatório atrasado.

–Sei. –Freddie desviou o olhar.

–E você? Como ta no trabalho?

–Bem, mas, meu objetivo é ser promovido em dois anos.

–Qual seu cargo atual?

–Gerente de programação. Pela lógica eu devia ser só programador, mas graças ao projeto, eles resolveram apostar em mim.

–Eu não entendo, a Apple desenvolve jogos também? –Perguntou Gibby interessado.

–Não. Eles criam aplicativos pra os produtos que eles fabricam. Meu projeto é um aplicativo com suporte pra jogo em 3D. A pessoa conecta o Ipod na Tv por bluetooth e joga sem precisar de controle! Completamente sensorial!

–Caramba... –Gibby sorria bobo. -Você é um gênio!

–O problema é que essa ideia foi da Sam. Quando namorávamos, ela inventou essa maluquice disse que seria legal treinar seus golpes jogando vídeo game, e eu comecei a trabalhar nisso a partir daí.

–Acho que ela vai ficar feliz. Se ela gosta de você vai ficar feliz em saber que você alcançou o sucesso por algo inventado quando estavam juntos.

–Mas você mesmo não disse que ela é obcecada pelo trabalho?

–E é mas a Sam sempre foi o tipo de pessoa que põe os amigos na frente de tudo, mesmo do trabalho.

Freddie sorriu triste com o comentário.

Flash back on

O garoto acabou sua lição de casa e foi para o apartamento de Carly falar sobre a terrível sabotagem que a pessoa que ele mais amava cometera com ele. Só a parte da sabotagem, seus sentimentos, mais do que nunca, ele agora mantinha oculto.

Entrou e encontrou a loira deitada com a cabeça no colo de Carly vendo TV.

–Sam? O que esta fazendo aqui? -Perguntou o garoto. - Não devia estar na Pear Store, no seu super emprego de supervisora?

–Devia, mas me demiti. -Exclamou despreucupada.

–O que?

–Não ia ficar la depois daquele pessoal ter feito aquilo com você.Eles te humilharam! Mas foi engraçado, admito!

–Não. Você saiu por que é preguiçosa, e só aceitou trabalhar la pra destruir meu emprego. Você é a pior pessoa que eu conheço! Espero que esteja feliz!

Ele saiu do apartamento da amiga dando um estrondo na porta e voltou para o seu.

Flash back off

–Vai fazer o que hoje a noite? –Gibby o tirou de seus pensamentos.

–Ia sair com uma garota que conheci numa boate, mas agora acho que vou ficar em casa.

–Sei, então vem comigo e o Griffin ajudar a organizar a despedida de solteiro do Brad, depois a gente vai pra uma boate dançar e encher a cara!

–Encher a cara? To dentro!




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Notas finais do capítulo

E então?? O que acharam do projeto de Freddie? Espero que tenham gostado e espero saber o q acharam do cap. No prx cap, Sam e seus conflitos internos. Perdoar ou não perdoar: Eis a questão. bjos!