Amor e orgulho escrita por Karmen Bennett


Capítulo 5
Capítulo 5: Simplesmente não me canso


Notas iniciais do capítulo

Oi, aqui esta mais um capitulo dessa fic. É incrivel como eu só consigo escrever o um cap depois que posto o precedente eu devo ter algum problema...
Mas em fim, nesse capítulo, um acerto de contas, um momento nostálgico, e... Boa leitura!!!



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Sam havia se arrumado mais do que o normal aquela manhã de quarta-feira, estava ansiosa para a tal reunião expositiva do projeto Benson. Tomou café na padaria como de costume, e seguiu para a empresa. Chegou um pouco atrasada por causa do pequeno congestionamento, mas inventaria uma desculpa. Entrou na sala de reunião escancarando a porta e se surpreendeu com o que viu.

O senhor Gregori estava sozinho na sala com uma pilha de papéis ao lado digitando rapidamente no computador.

–Samantha, bom dia estava a sua espera! –Disse apontando uma cadeira.

–Eu só me atrasei 15 minutos... –Murmurou sentando confusa.

–Eu sei. –Ele riu. –Mas a reunião já aconteceu, em sigilo absoluto. O projeto foi mais que aprovado e tudo o que você tem que fazer é assinar!

–C...Como é?

–Decidimos aumentar o sigilo em torno do projeto, aqui no contrato –Ele lhe apontou a pilha de papéis. –Você encontrará tudo o que precisa saber sobre ele.

–Não, perai... Não posso ser excluída assim... Eu sou diretora executiva e chefe de...

–Não precisa me lembrar dos cargos a que eu mesmo te promovi, querida. –Ele sorriu friamente. –Apenas assine, sim?

Sam estava incrédula. Não ela não era uma ninguém ali, aquilo não podia ficar assim.

–De quem foi a ideia de aumentar o sigilo? –Perguntou firme.

–Do próprio srº Benson, eu achei ótimo!

Sam ruborizou-se, mas disfarçou. Respirou fundo e pediu a pilha de papéis. Discutir com o chefe por causa de Freddie seria burrice.

–Onde esta o srº Benson? –Perguntou fingindo indiferença.

–Foi liberado, ele só começa mês que vem. No seu departamento.

–É O QUE? Digo... Por que eu não fui avisada?

–Foi sim, o que eu estou fazendo agora?

Sam abaixou as vistas para não perder de vez a paciência. Voltou a assinar os papéis nos quais não havia mais do que termos jurídicos.

–Senhor Gregori, se me permite –Ela oscilava o olhar entre os papeis e o chefe. –não sei se é uma boa ideia. Já trabalhamos juntos antes e foi uma experiência não muito boa para nós dois.

O homem parou de digitar e refletiu com o olhar ligeiramente perdido.

–Ele já havia me advertido.-Ele a olhou serio. - Samantha, o que estou tentando dizer é que vi o currículo acadêmico e profissional de ambos, e encontrei muitas similaridades, vocês são bons, trabalham com a mesma coisa e a empresa só terá a ganhar se vocês colocarem qualquer problema pessoal de lado e focar na no trabalho. Acredito que quando trabalharam juntos pela primeira vez, a imaturidade falou mais alto o que não poderá ocorrer agora. Acha que consegue separar o trabalho da vida pessoal?

Não era uma pergunta, era uma exigência.

–Claro. Me desculpe.

Ela voltou a assinar os papéis e saiu logo em seguida em silencio.

Ela foi até a lanchonete da empresa bebeu um suco de maracujá e decidiu que isso não ficaria assim. Acertaria as contas com ele.

Já havia se passado uma semana e Freddie não dava as caras. Sam cansou de esperar, e na sexta ligou pra Carly pedindo o endereço de Freddie. Carly hesitou, mas acabou cedendo e deixou a amiga advertida de que poderia encontra-lo acompanhado. Sam fingiu não se importar.

A loira chegou em frente ao elegante apart. hotel e interfonou. Eram oito da noite e ela estranhou que ele a deixou subir sem relutar com o porteiro. “Deve está mesmo acompanhado” Pensou.

Tocou a campainha e ele atendeu. Se segurou pra não demonstrar a fraqueza que sentiu. Ele estava com uma camisa de manga solta e uma bermuda acima do joelho. O cabelo despenteado e um perfume inebriante. Ele por sua vez não conseguiu disfarçar o quão perturbado ficou ao vê-la.

–Sam. –Havia certo desprezo fingido em sua voz.

–Estou tão feliz de olhar pra sua cara quanto você pra minha.

–Então de meia volta, ué... –Disse sarcástico.

–Não. Preciso falar com você.

–Vai ficar ai na porta?

Ela hesitou. Mas entrou e ficou parada esperando ele fechar a porta. Constatou que ele estava sozinho.

O apartamento era pequeno e elegante, e muito organizado para um solteiro, mas sendo ele filho de quem era, tava explicado.

–Então? A que devo a honra da visita?-Falou o rapaz voltando a sentar no sofá.

–Benson... –Ela não sabia ao certo por onde começar. –Vou perguntar de uma vez. Qual é o seu problema comigo?

Freddie fez uma cara de inocente. A Tv estava ligada, mas ele mantinha a atenção em Sam. Precisava ser cauteloso.

–Seja mais clara, por favor.

–Por que pediu que aumentasse o sigilo da reunião? Ainda não consegue suportar a ideia de que eu esteja em um nível profissional acima do seu?

Freddie riu sarcasticamente, mas parou imediatamente quando ela fez menção de avançar.

–O projeto é meu. Faço o que eu quiser. –Disse e voltou-se para a Tv

Sam dirigiu-se a até o centro de mesa que ficava entre a Tv e o sofá e sentou olhando para ele.

–Freddie vou te avisar uma única vez. –Ela apontava o indicador em sua direção. -Eu lutei muito pra chegar até aqui. E não vou permitir em hipótese alguma que você atrapalhe minha vida. Se você quer guerra, guerra você vai ter!

–Primeiro tira o dedo da minha cara. Segundo não quero guerra nenhuma, alias fui o primeiro a levantar a bandeira branca, e até hoje estou com uma marca na testa!!

Sam baixou os olhos. Se sentia mal por tê-lo machucado e ele sabia disso.

– Você me ofendeu. E não mude de assunto. Pela primeira vez na minha vida sou excluída de uma reunião e ainda por cima ouço patada do meu chefe e você me diz que levantou bandeira branca?

–Ele foi grosso com você? –Freddie subitamente adquiriu uma expressão paternal.

Sam se desarmou. Ela não tinha certeza se Freddie enfrentaria o Sr Gregori por ela, mas tendo em mente experiências anteriores, achou melhor não arriscar. Seria prejudicial para ambos.

–É claro que não. É modo de dizer–A voz tinha um tom vencido.

Ela levantou do centro e sentou no sofá empurrando o rapaz com as mãos para ele se afastar.

–Freddie... Só para de idiotice, ta? Isso não levar ninguém a nada, caso não tenha percebido, somos adultos agora.

–Me desculpe. Não vai mais acontecer.

–Ótimo por que agora eu sou sua chefe! –Ela tinha um ar debochado. –Agora vai la pegar o portfólio e me mostra esse projeto de uma vez. Não quero chegar na segunda desatualizada.

–Não. “Chefa”.–Disse seco aborrecido pelo ultimo comentário.-Assinei contrato de sigilo e você não vai saber de nada.

–Deixa de graça. –Ela o encarou com fúria. -Eu não vou ser a única idiota que vai ficar voando durante o lançamento do projeto por mera birra sua!

–Parece que vai sim. –Freddie estava aliviado por ela não desconfiar de nada. -E você não pode fazer nada pra impedir. E parece que sua superioridade profissional não esta valendo grande coisa desta vez.

–Ok, dou meu jeito de descobrir. –Disse recostando-se no sofá. -Tenho muitos contatos Freddie e não tem como você manter segredo do pessoal do marketing. Mostro se minha superioridade profissional esta ou não valendo.

Freddie estremeceu. Sam achava que aquilo tudo era uma mera guerrinha pra ver quem podia mais e estava nesse estado, imagine se descobrisse a verdade.

–Ok. –Ele disse sorrindo. –Então esta valendo.

A loira não respondeu. Tinha os olhos fixos na Tv.

–Sam estamos conversando, não pode me ignorar, na minha casa.

–Eu comprei essa luta na semana passada e por sua culpa me esqueci.

Estava prestes a começar a final da WFC.

–E por que não assiste aqui? -Perguntou o óbvio.

–O que acha que estou tentando fazer?

–Mas eu não te convidei.

–Freddie cala a droga da sua boca e vai fazer alguma coisa pra eu comer. Se não quer falar de trabalho então esta encerrado qualquer assunto entre nós.

Freddie a olhava atônito. Ela ia agir como se ele não estivesse ali? Ainda assim achou que era melhor do que ela insistir em ver o projeto. Alem disso, ele gostava da ideia de ter alguém pra assistir a luta com ele, só tinha amigos nerd e quantas mulheres no mundo gostam disso? Várias mas ele só conhecia uma. Ele levantou em direção da cozinha. Sam aproveitou para tirar os saltos e por as pernas dobradas em cima do sofá.

Ele voltou cinco minutos depois com a vasilha cheia de pipoca sabor bacon que ela roubou da sua mão e pôs no próprio colo.

–Eu também vou querer... –Murmurou.

Durante a partida parecia ter havido uma trégua. Os dois riam, conversavam sobre as chances de ambos e sobre o campeonato como um todo. Ambos sentiam falta de alguém pra dividir esses momentos, pois em seus meios sociais ninguém se interessava por luta.

A luta finalmente acabara, e o clima pesou novamente.

–Lembra aquela vez que a Carly lutou com a Shelb? –Perguntou Freddie tentando descontrair

–Hum.. –Ela respondeu sem tirar os olhos da TV

–Sempre me pergunto o que teria acontecido se ela tivesse desafiado você.

–Vai saber... –Sua voz saiu com um suspiro.

–Não sei por que a Carly tinha mais atenção da mídia que você que era mais engraçada e mais bonita.

Sam o olhou surpresa com aquele comentário.

Ele se aproximou de vagar, ela não esboçou reação alguma, parecia hipnotizada com aqueles olhos castanhos encarando a sua boca. Sua mente exigia que ela se levantasse, ela apenas virou o rosto.

–Não era só da mídia que a Carly conseguia as atenções. –Falou com a voz baixa.

Freddie retrocedeu sem jeito. Fitou o nada suspirando.

–Sabe, Sam, eu nunca contei isso pra ninguém por que é algo do que eu me envergonho de ter feito. Mas eu usei a Carly. Só usei. –Seu tom era determinado mas nem ele sabia onde queria chegar com aquilo.

A loira olhou incrédula para ele.

–Como assim? –Ela tinha desprezo e curiosidade na voz.

–Ela passou a vida me dando fora, ai de repente ela disse que estava gostando de mim. Eu pensei em dizer logo não de cara mas vi nisso a chance de...

–De...

–Fazer alguém me notar...

–Não estou entendendo nada. Também nem sei se quero.

–Então eu paro de falar. –Disse com impaciência.

–Não, ta bom... Continua ai...

–Eu me perdi... –Ele tinha uma ar confuso.

–Disse que queria ser notado... –Ela revirou os olhos.

–Ah claro... Então, a Carly é legal, sabe, mas eu nunca gostei dela não devia ter namorado com ela. Em nenhuma das duas vezes. Primeiro ela só me quis por gratidão, e eu aceitei involuntariamente, por que ela tava em choque pelo acidente. Depois sei la acho que não tinha mas nenhum cara em Seattle com quem ela não tivesse saído e dado errado.

Sam gargalhou, mas se recompôs rapidamente.

–Não fala assim dela... É minha amiga.

–Minha também, mas ela forçou a barra mesmo sabendo que eu estava confuso. O erro foi mais meu, mas ela sei la...

Sam o olhava confusa. Ele parecia estar sendo sincero e aparentava ter tanta mágoa quanto ela.

–Eu queria... fazer ciúmes a uma pessoa, coisa de garoto, e aceitei sair com ela por isso, mas acho que no fundo ela sabia disso, então, por que deixou a coisa fluir?-Ele olhava pro nada enquanto falava aquilo estava preso dentro dela muito tempo. –Não entendi... Nunca vou entender

–Ela sabe disso? –Sam perguntou com a voz arrastada.

–Sabe, falei quando terminei com ela não aguentei aquilo nem um mês!

–Mas ela sempre disse que... É bem seu estilo deixar a garota levar o credito de que dispensou. –Ela voltou a demonstrar frieza. -Mas por que estamos falando disso mesmo heim?

–Por que você me perguntou, e para de fingir que não esta nem ai pra mim por que nem você acredita nisso. –Freddie tinha um tom aborrecido.

–Perguntei por curiosidade é diferente... –Ela pegou um espelho na bolsa e começou a se ajeitar.

–Ah claro, então encerramos por aqui.

–Não mesmo. –Ela segurou seu braço vendo que ele ia levantar. –Quem era a garota que você tava tentando fazer ciúmes?

Freddie riu seco. Era incrível a incapacidade de Sam em perceber o óbvio quando o assunto era eles dois.

–Não importa. Ela se foi. Eu a perdi pra sempre por causa da minha estupidez. A única pessoa que amei na vida...

–Nossa!–Sam ironizou voltando a se olhar no espelho tentando esconder a onda de ciúmes. –E pra onde ela foi?

–Massachusetts. –Respondeu olhando em seus olhos.

(Harvard fica em Massachusetts).

Sam arregalou os olhos, mas desviou rapidamente completamente ruborizada.

–Eu... Eu lamento sua perda. Mas já vou indo agora... Ta tarde... Amanhã tenho que aprontar os relatórios pra segunda e quanto mais cedo terminar, melhor.

Ela calçava os sapatos enquanto falava sem olhar mais para o jovem. Percebeu que ele ainda a encarava. Sabia que olhar pra ele seria perigoso. Levantou ajeitando os cabelos, mas sentiu uma mão tocar seu braço de leve quando ia pegar a bolsa. Ele se pôs de pé em sua frente.

–É uma pena eu ter destruído nossa amizade. –Sua voz era saudosa. -A tempos não me sentia bem como me senti vendo TV com você. –Ele colocou um cacho dela atrás do ombro a pretexto de toca-la.

–É tarde. –Disse desviando o olhar. A frase tinha duplo sentido –Preciso ir. Agora me solta.

–Me da um motivo. –Ele ria gentilmente.

–Que tal amor a sua dentição? –Ela o olhou nos olhos e sentiu as pernas fraquejarem. “Droga”

–Não quero que você vá... –Disse ainda sorrindo de modo gentil.

–E acha que é como você quer? –Perguntou demonstrando uma força que ela sentia se esvair.

–E você quer ir? –Ele se aproximou lentamente e depositou um beijo em seu rosto perto do canto de sua boca.

Sam fechou os olhos juntando forças para não agarra-lo de uma vez e o afastou tremula.

–Sai... –Disse baixo. Conseguiu se desvencilhar rápido e foi caminhando em direção a porta. Mas antes que conseguisse tocar a maçaneta, parou em um ato impulsivo, ficando imóvel. O coração pedia pra ela ficar, mas a mente, esta não teve tempo de se pronunciar, pois o jovem a girou pelo braço fazendo-a ficar de frente para ele.

–Sam me desculpe, mas acho que vou precisar de um ortodontista! – Ele pressionou seus lábios contra os dela, e se se surpreendeu com a facilidade com que sua língua invadiu a boca da garota. Ele a enlaçou pela cintura apertando-a contra si. A jovem por sua vez tentou resistir e segurou seus braços com intuito de afasta-lo, mas a ideia não podia ser pior, pois ao sentir seus músculos sob a blusa fina que ele usava, em vez de empurrá-lo passou a acariciar os braços do rapaz encravando suas unhas de leve, dando sinal verde pro jovem.

Ela não sabia por que ele a deixava assim, nenhum outro conseguia arrancar um beijo daqueles dela, nenhum outro a fazia sentir o que ela sentia naquele momento e ela gostava muito daquilo. Não se deu conta de quando ele sentou no sofá fazendo-a envolver a cintura dele com suas pernas, apenas o beijava com intensidade. Freddie desceu seus beijos até o pescoço da mulher que esfregava seus cabelos com força e se movimentava de forma provocante em cima dele. A loira sentiu duas mãos por debaixo blusa que ela usava acariciando suas costas e arranhou a nuca dele de ele lhe arrancando arrepios. Mas ele hesitou de repente.

–Sam. –falou interrompendo um beijo bruscamente. –Me desculpe não quero te forçar.

Ele fez menção de remove-la do seu colo mas ela jogou o peso do seu corpo contra ele impedindo sua ação.

–Ninguém me força a fazer o que eu não quero! –Ela riu e o puxou pelos cabelos para outro beijo.

Freddie não tentou mais falar nada apenas a carregou até seu quarto.



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Notas finais do capítulo

Tenho uma pergunta a fazer: Posso dar continuidade a fic ou narro o que aconteceu nbo quarto? Acho desnecessário mas se vocês quiserem...
O nome do capitulo é uma música do Black eyed peas (I just can get enough)mas não gosto muito de nomes em inglês, sei la coisa minha...
No próximo capitulo,uma tentativa frustrada de reatar e as consequências de um ato impulsivo.