Just Like Us escrita por Brubs


Capítulo 14
Capítulo 14 – Pegue Suas Chances e Tente Mudar


Notas iniciais do capítulo

E aí seus lindos, como estão?! Quero agradecer muito aos reviews do último capítulo, me fizeram rir muito ;))
And... quero agradecer especialmente a Brubs linda que deixou uma recomendação aqui, mesmo que ainda não tenha sido aprovada pelo Nyah :)
Resolvi postar duas plaquinhas de uma vez nesse capítulo, porque eu estou de bom humor rsrs ;) E senti falta de alguns leitores por aqui, apareçam seus lindos ;D
ENJOY *-*



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Plaquinha - Demi: http://25.media.tumblr.com/tumblr_m72nw2Y2Ku1qihptwo1_500.jpg

Plaquinha - Josh: http://24.media.tumblr.com/tumblr_m72nw2Y2Ku1qihptwo2_500.jpg


P.O.V. Demi

Era segunda feira de manhã e nós tínhamos Ed. Física nas primeiras aulas. Aquilo realmente era uma tortura, não só por ser segunda, mas porque eu definitivamente não levava jeito pra esportes e odiava aquela aula. As meninas também não gostavam, mas no geral a Nia e a Hayley conseguiam se virar e até que eram boas em alguns esportes (no caso da Nia em TODOS).

A única parte boa daquele dia era que, no domingo, Taylor tinha nos ligado perguntando se gostaríamos de ir ao Festival de Música e Cultura que aconteceria no sábado com os amigos de seu irmão. No início eu achei meio estranho, mas eu não podia perder a chance de ver aqueles olhos verdes de novo, então aceitei o convite. As meninas também aceitaram, então pelo menos o final de semana não seria tão ruim.

Naquele dia teríamos aula de vôlei e, mesmo eu odiando esportes, naquele eu pelo menos não era um desastre total. Mas a Hayley odiava vôlei, sério. Nem na aula ela apareceu naquele dia...

–Gabriela! – a professora fazia a chamada como se estivesse nos convocando para a seleção americana.

–Presente!

–Hayley!... Hayley Williams! – como não ouve nenhuma resposta, a professora levantou a cabeça desviando os olhos da lista e procurou pelo rosto de Hay no meio das meninas, não tendo sucesso.

–Onde está a senhorita Williams?! – ninguém respondeu, já que só nós três (Nia, Taylor e eu) sabíamos onde ela estava e não iríamos dizer nada.

–LOVELIS! ONDE ESTÁ SUA AMIGUINHA DE CABELO VERMELHO?! – ela perguntou a Nia, que estava quase dormindo encostada em uma estrutura de ginástica no meio da quadra.

–E eu vou lá saber... – Nia respondeu saindo dali e indo para o canto da quadra perto de mim.

–E VOCÊ DEMETRIA? SABE ONDE ELA ESTÁ?! – aquela mulher me assustava às vezes, parecia um sargento.

–N-Não Sra. Dickerman... – eu disse me esquivando para que ela tirasse a atenção de mim.

–Então VÁ PROCURÁ-LA! – Ela disse apontando a saída da quadra.

–Mas eu... eu não... – eu tentava enrolar e me livrar de ter de ir atrás da Hay.

–Ah, quer saber?! ESQUECE! – ela disse indo pro centro da quadra parecendo deixar quieto – Eu ainda mato essa garota... não basta não ter meninas suficientes aqui, ela ainda me inventa de matar aula! Ah, ela vai se ver com o diretor mais tarde, pode apostar! – ela foi resmungando pegar a bola como sempre fazia quando a Hayley aprontava essas.

Na verdade, pensando bem, nós não sabíamos exatamente onde ela estava. Quer dizer, normalmente ela ia para o campo de football e ficava lá de bobeira, mas depois que o treinador York a pegou e a levou pra diretoria, Hay não se atreveu mais a ir até lá. Talvez ela tivesse ido pra biblioteca, ou quem sabe sei lá, estivesse vagando por aí.

P.O.V. Hayley

Nossa, como eu odiava vôlei. Eu não via graça nenhuma naquela merda e eu não sabia jogar aquilo. Já tinha tentado jogar uma vez, mas não deu muito certo e resolvi que nunca mais ia me meter nessa. Era um dos motivos para a senhora Dickerman estar entre os primeiros lugares na lista dos professores que me odiavam. Não só pelo vôlei, mas porque segundo ela eu não sabia trabalhar em equipe, o que não era verdade visto que eu não sabia trabalhar SOB PRESSÃO, o que é muito diferente. Quando ela começava a gritar e apitar aquele negócio infernal eu acabava ficando um pouco nervosa e parava de jogar ou discutia com alguém (com a professora na maior parte do tempo). Eu era até que boa em alguns esportes, mas por ter esse gênio um pouco rebelde eu não lidava muito bem com pessoas me cobrando o tempo todo, e acho que isso explica minha relação afetuosa com a senhora Dickerman.

Eu não podia mais ir pro campo, então resolvi me esconder no único lugar onde ninguém me acharia. Ninguém me acharia porque provavelmente ninguém estaria lá. Na biblioteca.

Não importava que horário fosse, a biblioteca vivia vazia e no geral as únicas pessoas que ainda iam até lá eram eu e as meninas. Era um lugarzinho pequeno escondido em um lugar da escola pouco movimentado, e quando digo escondido é porque tinha pessoas na escola que mal sabiam da existência dela. Não que fossem todos vagabundos que só se importavam com esportes (na verdade 70% da escola era, mas enfim...), mas a biblioteca municipal era ali do lado, o que tornava quase que desnecessário procurar algo ali naquele buraco. Mesmo assim, eu gostava de ir lá, sentar em alguma mesa e apenas ficar pensando na vida, por ser um lugar pequeno era ótimo pra isso.

Abri a porta e entrei devagar, como se alguém fosse realmente ligar por eu estar ali. Passei lentamente pelas primeiras prateleiras, peguei qualquer livro na sessão de ficção e procurei um lugar pra sentar, e foi nesse momento que eu o vi. Droga, eu tinha me esquecido totalmente daquilo.

P.O.V. Josh

Quando a vi entrando pela porta da biblioteca pude sentir um arrepio percorrer todo o meu corpo e as batidas do meu coração aceleraram em meu peito, como acontecia sempre que meus olhos a encontravam. Antes eu teria sorrido e me levantado para beijá-la, mas agora tinha que me contentar em lançar lhe um olhar esperançoso e torcer para que ela me notasse. Não que eu realmente acreditasse que Hayley mudaria sua atitude em relação a mim...

Eu tinha sido um idiota. Um total e completo idiota. Minha mãe sempre me alertava sobre meus “amigos” (que agora já não tinham mais esse título) serem má influência, e daquela vez eu tinha sido obrigado a concordar com ela, na verdade tive de passar pelo pior erro da minha vida pra entender o que ela dizia. Eu estava com a Hayley e não havia ninguém no mundo que me fizesse mais feliz. Eu era louco por ela, totalmente apaixonado, mas minha idiotice acabou com tudo. Era a noite do baile e, antes que este começasse, eu saí com meus amigos. Eu nunca tinha bebido antes e não era algo que me atraía, mas daquela vez eu cedi à pressão deles e acabei passando dos limites. Fiquei fora de mim e quando os idiotas começaram a se desafiar num jogo estúpido, eu enfim fiz a maior besteira que poderia: aceitei o desafio de ficar com uma garota no baile que não fosse a Hay, e se não o fizesse sofreria uma punição da qual eu nem me lembrava mais. O fato é que a essa altura eu já havia me esquecido completamente de que tinha que buscar a Hayley para o baile... na verdade acho que nem sabia mais meu nome ou que eu tinha uma namorada. Fui praticamente arrastado até o baile pelos garotos e só me lembrava de estar no fundo do salão com uma garota da qual eu nem sabia o nome (eu acho que era a Jenna, aquela vadia vivia atrás de mim e não perderia a oportunidade de ficar comigo, mesmo eu estando daquele jeito) e de repente ver aqueles olhos verdes me olharem cheios de lágrimas. Quando acordei do “transe” e percebi a merda que estava fazendo, tentei alcança-la e explicar tudo, mas era tarde demais. Naquele dia perdi Hayley, e com ela tudo que eu tinha de bom em mim.

Quando ela sentou ali, praticamente na minha frente, senti uma vontade imensa de falar com ela, mesmo que fosse totalmente ignorado. Eu precisava tentar...


P.O.V. Hayley

–Éhr... oi Hayley! – ele disse levantando os olhos do livro que lia na mesa ao lado e me encarando meio envergonhado.

–O-Oi Josh... – eu disse me sentando e olhando fixamente para o livro, sabendo que ele ainda me observava.

–Aula de vôlei?! – ele perguntou já que sabia que a única razão pra eu estar ali a essa hora seria essa.

–Sim – eu não queria falar com ele de jeito nenhum, mas era meio difícil já que estávamos ambos sentados praticamente juntos naquela sala apertada. – Eu... achei que não haveria ninguém aqui...

–Ah, não... não se preocupe... eu não... não vou contar nada sobre isso – ele disse ainda meio sem graça – Até porque eu também estou nessa, se é que me entende...

–Aula de Biologia?! – eu perguntei, lembrando o quanto ele odiava essa matéria.

–Pois é... – ele disse dando um sorriso que me arrepiou. Mas que droga, será que eu nunca iria conseguir ficar normal na frente dele? – Eu não suporto aquela matéria... e não adianta mesmo eu ficar na aula, sentado lá sem entender nada e sentado aqui lendo acaba dando na mesma...

–É... – eu disse abaixando a cabeça e tentando prestar atenção no livro que tinha pegado, mas era óbvio que não ia rolar.

Sobre o que eu disse ter esquecido quando vi Josh, o fato é que quando nós... quando nós ainda estávamos... juntos (nossa, como era difícil pensar naquilo), costumávamos matar aula juntos na biblioteca. Eu tinha mostrado o lugar pra ele, e além das meninas ele era o único que vivia indo ali. Agora graças a isso, eu seria obrigada a passar o período todo ali praticamente de frente para a última pessoa do mundo com quem eu queria estar. Ok, uma parte de mim queria muito estar ali com ele, mas a outra parte só queria... esquecer.

–Mas então... – ele disse querendo puxar assunto, porque para minha infelicidade eu tinha me apaixonado pela pessoa mais insistente da face da Terra – Você... vai ao festival no sábado?

–Éhr... na verdade sim – eu disse desistindo de vez de ler alguma coisa, eu não ia conseguir MESMO – Vou com as meninas e... uns amigos...

–Com amigos você quer dizer Jerm e o Zac?

–Não, quer dizer, talvez sim... – eu disse meio enrolada, pois tinha de dividir minha concentração em pensar, falar o que pensava e controlar os impulsos que aquele maldito causava em meu corpo – Mas na verdade são amigos do irmão da Taylor, eles são de outra escola...

–Ah, entendi... – ele disse parecendo não se agradar muito da última informação – Mas os meninos já te contaram da novidade?!

–Que... que novidade?! – eu disse começando a me interessar mais na conversa.

–Bem, acho que seria mais animador pra você ouvir isso do Zac ou do Jerm... – ele disse meio sem jeito por lembrar de nossa últimas conversas – Mas a novidade é que... um amigo nosso conseguiu uma vaga pra tocarmos no festival! – agora ele estava animado, radiante na verdade.

–SÉRIO?! – eu disse surpresa pela notícia – Que demais Josh!! Isso é... INCRÍVEL!

–E não é?!! – ele falou ainda mais entusiasmado – E agora que nós encontramos um segundo guitarrista as coisas estão ainda melhores!

–Um...segundo guitarrista? – os meninos (Josh, Zac e Jerm) tinham uma banda desde o ano passado, e esse seria o primeiro show de verdade que eles fariam.

–Sim! Acho que você deve conhecer ele... Taylor York?! – ele disse e logo eu associei o nome a pessoa.

–O filho do treinador?! O jogador de football?? – Taylor era filho daquele babaca que se achava treinador, eu não conhecia o Taylor mas ele não parecia do tipo que andava com garotos como eles.

–Esse mesmo! – Josh realmente estava animado com aquilo tudo, mas no fundo eu até que entendia ele.

–Ele não me parece fazer o estilo de vocês... na verdade nunca imaginei vê-lo relacionado a nada que envolva música...

–Eu também não, mas quando o Zac o conheceu e me disse que ele era um ótimo guitarrista, eu acabei indo vê-lo tocar e COM CERTEZA ele é o cara certo!

–Bom, fico feliz por terem achado alguém... – eu disse tentando demonstrar animação, não pelo Josh, mas por meus amigos que enfim realizariam um sonho.

–Espero...espero te ver lá... – ele disse olhando pra baixo tentando esconder a vergonha evidente – Se-seria bem legal...

–Talvez a gente se veja, quem sabe... – eu disse olhando de volta para meu livro e tentando encerrar o assunto.

–Você podia ir ver a gente atrás do palco, antes ou depois do show talvez... – Josh falou ensaiando um leve e esperançoso sorriso.

–Olha Josh, eu realmente gosto dos meninos e desejo o melhor pra eles, não me leve a mal... mas já está sendo extremamente difícil trocar algumas palavras com você, não seria uma boa ideia eu ir até lá... eu só não, não quero mais isso tudo ok...

Nesse momento o sinal que indicava o final do período tocou e eu dei graças a Deus por ter sido salva daquela situação bem na hora. Eu sabia que se ficasse ali mais um segundo acabaria tendo uma conversa com Josh que realmente não queria ter e eu nunca teria respostas para qualquer das explicações que ele fosse me pedir. Eu não pretendia mesmo ir vê-lo no backstage do tal show, nem se Jeremy e Zac me implorassem de joelhos. Na verdade eu nem sabia se iria conseguir assistir ao show deles, visto que pelo que Zac havia me contado as composições do Josh continuavam me tendo como foco e eu não aguentaria vê-lo lá cantando pra mim sem sentir nada. Decidi então, em meu curto caminho até meu armário, fazer de tudo para evitar tudo aquilo e não ver o show.

P.O.V. Nia

Tirando a tarde de sábado, todo o resto do meu fim de semana tinha sido uma merda. Tudo começou quando cheguei em casa no sábado e vi que meu pai não tinha voltado mesmo. Briguei feio com a minha mãe naquele dia (e eu odiava aquilo, eu e minha mãe sempre nos demos bem e ela era como uma melhor amiga pra mim), mas essa não foi a pior parte. No domingo, meu pai chegou em casa por vota das 7 da noite e novamente os dois brigaram. Dessa vez porém, ele disse que não iria mais ir embora, pois a casa também era sua, e o clima ficou extremamente tenso.

Eu não estava com cabeça pra nada, e aula de Ed. Física logo cedo não ajudava muito. Como sempre a Hay tinha matado a aula de vôlei, mas foi bom ela não ter aparecido lá já que eu ainda não tinha superado o negócio do Jeremy e poderia descontar nela com uma bolada (ou várias... é, provavelmente várias).

A aula terminou e tive de ficar mais um tempo na quadra ouvindo um sermão da professora de como eu estava sendo influenciada pela rebeldezinha ruiva (mais conhecida como Hayley) e que isso estava prejudicando meu rendimento e não sei o que mais. Quando enfim saí do ginásio e entrei no vestiário, vi uma cena que realmente me surpreendeu. Na verdade eu nunca imaginei que um dia veria aquilo, e fiquei orgulhosa por ver que estava enganada.

P.O.V. Demi

Quando eu e Taylor saímos daquela aula horrível e fomos para o vestiário, a maioria das meninas já tinha ido embora. Tomamos uma ducha, trocamos de roupa e quando estávamos terminando de arrumar nossas coisas nos armários, elas entraram. Jenna e a trupe das líderes de torcida patricinhas magrelas irritantes. De todas as pessoas da escola, elas eram sem dúvidas as que mais me irritavam. Lógico, eu não amava Lucy e as brutamontes amigas dela, mas daquelas ali eu tinha nojo. É, essa era a palavra. Jenna me causava nojo e eu sem dúvidas não tinha mais medo nenhum dela.

Jenna passou olhando Taylor e eu de cima abaixo e esbarrou (de propósito) em Taylor quando ia em direção a seu armário rindo com suas amiguinhas (rindo de nós no caso).

–Ei! O que você pensa que está fazendo?! – eu disse olhando para aquela loira oxigenada que se achava no direito de fazer o que quisesse com todo mundo, sentindo uma coragem anormal me invadir.



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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Odiaram? Querem me matar? ;))



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