Vampire Memories .:: Meia-noite escrita por William Grey


Capítulo 3
Julliét


Notas iniciais do capítulo

Quero oferecer este capítulo a algumas pessoas: Pauliinha_eyva, luansouza2011, Candace, Izzy, ane darko, RMFatone, Manu, Marcellee ( ela fez um lindo presente para este livro). Obrigado a vocês. Espero que continuem comigo até o fim de Vampire Memories.



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Ele se aproximou. A mulher ainda estava ao telefone, concentrada. Era o momento certo. Joseph olhou ao redor. Nem sinal de Louise. O rosto de Joseph mudou em instantes. Suas veias estavam enormes e evidentes sob a pele. Seus olhos ficaram negros e as pupilas dilatadas. Seus caninos inferiores cresceram rapidamente.

A mulher desligou o telefone e se virou.

– Eu liguei para o ... - ela parou de falar, ficou congelada.

O rapaz agora estava de pé na sua frente. Tinha a aparência de um monstro. Em seu pescoço não tinha ferimento algum. Ele se aproximou, ela recuou alguns passos.

– Quem é você? - ela perguntou trêmula.

– O seu pior pesadelo - disse ele mostrando os caninos.

A mulher gritou e correu desesperada em direção da cozinha.

Adoro quando eles correm. Os humanos são tão previsíveis! Pensou o vampiro. Então, Joseph correu em velocidade sobrenatural. Antes que a mulher pudesse chegar à porta da cozinha, ele a puxou pelo braço e tampou sua boca com a palma da mão.

A mulher se debateu por alguns intantes.

– Mãe? - gritou Louise da cozinha.

Louise entrou na sala. A jarra e o copo de vidro que trazia em mãos cairam no chão quando ela viu o rapaz segurando a mãe contra sua vontade.

– O que é isso? O que está acontecendo? - perguntou alterada.

– Se você colaborar comigo - disse Joseph tranquilamente. -, juro que mato ela de pressa.

Louise começou a chorar, percebendo a gravidade daquelas palavras. O rosto do rapaz estava horrível. Parecia um monstro. Louise então se lembrou dele dizer, minutos antes quando ela o encontrou, Vampiro! Ele é um vampiro! Seria possível? O pânico inundou Louise. Ela tentou pensar em uma saída, mas não podia arriscar. Ele mataria a mãe.

– O que você quer com a gente? - Louise gritou, ainda chorando.

– Eu realmente queria não ter que fazer isso - disse o vampiro. - Eu não gosto de matar por matar. Mas você precisa me entender Louise. Eu não tenho outra alternativa. Você precisa morrer.

Você precisa morrer?!? Louise estava paralizada de medo.

– Me mate então - ela arriscou. - Mas deixe minha mãe viver, por Deus.

Pobre garota. Perdeu o pai quando criança, e agora verá a mãe morrer, sem poder fazer nada. Pensou Joseph. Não Joseph! Um vampiro não pode se guiar por sentimentos. Você não é mais como eles. É um vampiro. Matar é sua obrigação!

– Me desculpe senhorita - ele terminou de dizer. Lançou um olhar triste para Louise.

Então o vampiro cravou os dentes no pescoço da mulher. Joseph continuou a tampar sua boca, abafando o grito. Sentiu o sangue doce e quente dela descer em seu orgânismo. Recuperou toda sua energia desperdiçada naquela noite.

– Não! - louise gritou e caíu no chão, explodindo em lágrimas.

Quando Joseph teve a certeza de que a mulher estava morta, a largou no chão, limpou a boca com a manga da blusa e olhou para Louise.

– Assassino! Monstro! - gritava ela desesperada.

Ele caminhou até ela.

– Não vai tentar fugir? - ele perguntou olhando a menina no chão.

– Você me pegaria de qualquer jeito. Termine o que veio fazer aqui de uma vez!

Sem escolhas, Joseph a puxou pelo ombro e a olhou nos olhos.



– Estou cansada do Brasil. - resmungou Julliét se jogando na cama do hotel.

Ela como sempre, estava linda. Um vestido preto que se estendia até um pouco à cima do joelho, sandalha preta e uma maquiagem leve. Os longos cabelos ruivos pairavam sobre os ombros.

– Calma Alícia - Nicholas provocou.

Julliét Se levantou rapidamente e jogou o amigo contra a parede, apertando seu pescoço.

– Nunca mais repita este nome! - ela disse furiosa.

Julliét soltou Nicholas quando percebeu que estava realmente machucando o amigo.

– Me desculpa Nico - ela disse arrependida. - Você também, sabe o quanto odeio esse nome. Você sabe que Alícia morreu!

Nocholas deu de ombros e se sentou na cama.

– Não sei por que está entediada. Em um mês você matou um andar inteiro deste prédio. Fico me perguntando o que seria de nós se não pudéssemos hipnotizar as autoridades.

Julliét sorriu e se sentou ao lado dele.

– Eu sei porque você não quer sair daqui - ela abraçou o amigo. - É o Erick não é?

Nicholas não respondeu, mas ela estava certa.

– Sinto muito Nicholas, mas Erick não poderá ir com a gente. É perigoso. Não sei como está a situação na França.

Nicholas conhcecera Erick quando chegaram no Brasil. Sem resistir, transformara o garoto. Erick estava se apaixonando por Nicholas, e Julliét sabia que aquilo não podia continuar. Os vampiros mestres não podiam saber de sua localização. Não podiam ficar por muito tempo em um só lugar.

– Você conhecerá outro Nico - ela disse tentando convencer o amigo. - Você é lindo. Sabia que é muito difícil encontrar homens como você no mercado? Loiro, de olhos azuis, forte. Pena que não gosta. - ela zombou.

– Você tem razão. E de qualquer jeito, ele estará ligado a mim sempre. Eu o transformei, ele sempre será fiél a mim.

Julliét assêntiu.

– Você nunca me falou de sua vida antiga. Nunca me disse qual era os problemas que te envolveram com os originais. Nunca me disse se você já transformou alguém.

Julliét percebera como o amigo estava reabrindo uma antiga ferida. A imagem daquela noite passou como flash em sua cabeça. Joseph no chão, arrazado com a decepção que sofrera. Mas era preciso. Julliét sabia que ela sempre viria em primeiro lugar. Era ela ou ele. Para não morrer nas mãos de Armand, ela precisou entregar o garoto. Precisou fingir que o amava. Ela só nunca imaginara que aquilo sempre tiraria sua tranquilidade.

Eu fiz ele aceitar essa vida. Eu tirei suas oportunidades de uma vida normal. A sensação de culpa era horrível. Mas ela estava resolvendo isso. Vários vampiros fiéis a ela estavam vigiando Joseph de longe e informando tudo que acontecia com ele. Julliét sabia que agora, anos depois, ele estava forte, mais lindo do que nunca. Sua inocência imortalizada no corpo e mente de um garoto de dezessete anos. Sabia também que ele ainda estava ao lado de Armand. Fazendo o serviço sujo.

O telefone de Julliét tocou. Ela o procurou sobre a cama e atendeu.

– Tem notícias? - ela perguntou. Nicholas olhou atentamente para ela. Houve uma pausa para uma resposta. Depois Julliét ficou horrorizada. - Então é isso que Armand sempre quiz? Ele só pode estar ficando louco. Obrigada pela informação.

Julliét desligou.

– Problemas? - perguntou Nicholas.

– Muitos.

– Tem haver com o tal vampiro que você é obcecada em vigiar? O tal de... como era? Joseph?

Julliét assêntiu.

– O que você sabe sobre a família Bonnet?

Nicholas pensou. O nome não lhe era estranho.

– Acho que um vampiro, muito sex na verdade - ele sorriu. -, me contou algo sobre eles quando estive em New Orleans. Ele me disse que Robert Bonnet era um caçador de vampiros. Ele lutava junto com as bruxas. Até que os vampiros mestres o localizaram e o julgaram no conselho. Ele foi condenado a morte. A família foi informada pela polícia local que Robert havia sofrido acidente.

– Então ele foi uma espécie de bode expiátorio das bruxas?

– Exactement - disse ele em francês. - As bruxas, como você sabe são as criadoras dos primeiros vampiros. E em um certo momento se cansaram das atividades loucas de Armand para que os vampiros se tornassem a raça predominante no mundo sobrenatural.

– Mas as bruxas, como criadoras, teriam o poder de destrír os originais até dormindo. Por que usaram Robert?

– Porque as bruxas e os originais criaram um pacto de sangue. Elas não os atacam e eles não completam a maldição da meia-noite.

– Maldição da meia-noite? - Julliét estava cada vez mais interessada em ouvir aquela história.

– Não sei bem o que é, mas me parece que a maldição da meia-noite é algo que pode acabar com as bruxas. E só uma raça impura pode realizar.

– Raça impura?

– Aqueles que matam inocêntes.

– Vampiros?

– Oui - ele assêntiu. - E tudo indica que Armand descobriu o jeito de realizar a maldição. Tudo que eu sei, é que precisam do sangue de uma descêndente de alguma bruxa que realizou o ritual de criação dos vampiros.

– Sabe quem é a descêndente? - ela perguntou.

– Não. Mas seja quem for, se ela cair nas mãos de Armand, encontrará a morte.

Julliét pensou. Repassou as informações que recebera por telefone a alguns minutos. O vampiro que estava trabalhando para ela lhe contou que Joseph estava vigiando uma garota chamada Louise Bonnet.

– Talvez ela já tenha caido. - Julliét ficou pensativa. Fitando o vazio.

Joseph está trabalhando para Armand. Eles irão quebrar a maldição. E é tudo minha culpa. Julliét ficou ainda pior.

– Julliét? - chamou Nicholas. - Está tudo bem?

– Sim. Acho que está na hora de voltar pra casa.













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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da volta da Julliét. Ainda tem muita coisa pra rolar. *--* Comentem.