Darkness escrita por The Fallen Angel


Capítulo 6
Capítulo V - Profecia? Hm, bem que eu queria.


Notas iniciais do capítulo

Novo capitulo. *O* Oi povo, seus feios, nem comentam mais, né? Ainda não inventaram bola de cristal, como eu vou saber que vocês gostaram ou não? Comentem! u-u



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/218088/chapter/6

      Sai do banho, e me enfiei numa calça jeans preta, coloquei uma blusa cheia de pequenas caveirinha e, claro, meu all star preto. Peguei os papeis da tarefa e meu celular. Também peguei um mapa, já que eu não fazia a mínima idéia de onde ficava esse bar.

       Entrei no carro e abri o mapa no banco carona, logo o localizei, era quase do outro lado da cidade. Dorothea não ficaria nada satisfeita com isso, mas eu simplesmente não podia deixar Patch ter esse gostinho.

      Dirigi um pouco rápido, mas ao chegar no bar, fiquei encarando a entrada. Então era esse tipo de lugar que Patch freqüentava? É, era de se imaginar. Desci do carro levando os papeis e um lápis em meu bolso, já tinha escrito algumas coisas nele, como:

          Gótico, fuma e vai morrer com câncer no pulmão (logo, espero.) Tem uma boa forma física.     

       Mas a ultima frase eu risquei, tanto que ficou ilegível. Parei num pequeno balcão que ficava ao lado da porta de entrada do bar. Um cara forte e tatuado, já um tanto careca, estava sentado do outro lado do balcão e quando eu passei ele chamou minha atenção:

        - EI! Aonde pensa que vai?

  Voltei e o fitei, ótimo, ele provavelmente pediria minha identidade. Aquele bar devia ser para maiores de 20, pelo o que eu via pela porta que estava entreaberta.

        - São R$10 para entrar, mocinha.

   Soltei a respiração, aliviada. Dirigi a mão á meu bolso do jeans, tirei o dinheiro e passei para o cara que eu defini sendo o Bo. Ia entrando quando voltei e fiquei de frente parar o balcão, novamente.

        - Espera, sabe onde está o Patch?

Bom, ele devia ser um cara conhecido nesse tipo de lugar.

       - Suba as escadas, ele está no salão de sinuca. – Disse ele num tom indiferente, enquanto somava o dinheiro que ficava numa pequena caixa em seu colo.

 Entrei, desviando de corpos, quase seminus, que dançavam loucamente ao som da música frenética. Pessoas fumavam por todos os cantos do ambiente, e homens quase me comiam com os olhos enquanto eu passava. Ao subir as escadas, me deparei com um salão só com mesas de sinuca, devia ter umas 20 só ali. Reconheci Patch numa mesa bem escondida por sombras, no canto. Estava jogando com mais 2 homens.

 Andei até ele, e parei á alguns passos da mesa, respirando fundo. Porque diabos eu estava nervosa? Eu odiava aquele garoto, ele era ignorante, nojento e idiota. Sem notar que eu estava ali, ele encaçapou 3 bolas de umas vez só. Aparentemente ele tinha ganhado. Logo levantou a cabeça e se aproximou dos outros dois, um passou um rolo de dinheiro para ele e o outro, uma chave. Patch sorriu e os outros dois saíram de perto. Era minha chance.              

      Fui até a mesa e parei na frente dele, que me olhou dos pés a cabeça e depois deu um de seus mínimos sorrisos.

         - Você demorou, pensei que não viria.

         - Vá á merda, Patch. Estou aqui só para terminar a tarefa, isso vale nota, sabia? Diferente de você eu quero um futuro. – Mostrei os papeis á ele, que os arrancou de minha mão e leu em voz alta:

        - Gótico? Fuma? Ah, eu vou morrer de câncer no pulmão? O que é isso? Uma profecia?

        - Bem que eu queria...

        - Bom, faça logo suas perguntas. – Patch devolveu os papeis, e eu puxei o lápis de meu bolso.

         - OK. Mas aqui? No meio de todas essas pessoas?

         - Sim, qual é o problema?

         - Nenhum. – Abaixei a cabeça, e passei para o lado dele para apoiar os papeis na mesa de sinuca.

     De repente ele puxou meu braço, e me puxou para mais um lance de escadas do outro lado do salão, subi sem objeção alguma e ele abriu uma porta me empurrando para dentro e entrando logo depois, fechando a porta.

      Olhei ao redor, estávamos em um tipo de escritório, puxei uma cadeira e coloquei os papeis num canto da mesa. Que legal, deixei ele me arrastar para um escritório trancado, num bar do outro lado da cidade. Mas tinha que manter a calma, ele não me assustava. Pelo menos era o que eu tentava botar em minha cabeça.

         Patch encostou-se em uma parede á minha frente e fez um gesto com a cabeça para que eu prosseguisse.

         - Tudo bem... Hm, onde você trabalha?

         - Borderline, um restaurante mexicano.

         - É, eu conheço. – Disse anotando.

         - Hobbie?

         - Tiro fotos. – Ele estava cooperando, e isso era ótimo, ia poder sair de lá o mais rápido possível.

         - Agora, sobre a vida sexual. – Eu nunca tivera problemas em falar sobre isso. Mas eu estava praticamente travada agora que estava frente a frente com Patch. Lembrei-me de umas perguntas que tinha visto no questionário de Vee, e foram essas mesmas. – Já teve quantas relações sexuais na vida?

    Consegui perguntar quase me engasgando com as palavras. Ele percebeu isso e deu um sorriso.

           - Algumas, não sei... Acho que perdi a conta. – É, ele estava me zoando.

           - OK, machão. Continuando... – Falei outra pergunta de Vee. – Seu maior desejo?

           - Beijar você.

           - Patch, não tem graça.

           - Eu estou falando sério.

           - E eu também, não vou anotar isso aqui. Agora, agradeceria se você parasse de me zoar e respondesse logo! – Eu tinha saltado da cadeira, e estava praticamente gritando com ele. Aquele garoto me fazia perder a paciência.

     Patch ergueu uma sobrancelha, e de um passo se aproximando mais de mim. Eu recuei um passo, mas ele me puxou de novo pela cintura, o que deixou nossos rostos praticamente colados.

           - Nora, Nora... Quem iria resistir a essa sua boca, seus lábios... Seu corpo... – Ele desceu um pouco a mão em minhas costas e eu pulei para trás me afastando dele. Peguei meus papeis e guardei meu lápis.

            - Eu vou embora. Amanhã mesmo vou pedir para o técnico me trocar de lugar. – Indignada por aquilo, destranquei a porta e nem sequer olhei para a cara dele quando sai.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? :)