Two More Lonely People escrita por darthvanner


Capítulo 2
Capítulo 2 - Can't Make This Over


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é no ponto de vista do Russell!
Antes de começar a ler dê play na música Can't Make This Over da Pixie Lott para incrementar e boa leitura! Mil perdões se acharem algum erro de português :(



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Russell's POV:

Depois de toda a polêmica envolvendo os gatos ser resolvida, eu só precisava voltar para o meu lar, mais especificamente o meu quarto de hotel na Inglaterra. O policial que tentara aprender o meu carro, não era um dos mais honestos e aceitou um suborno generoso vindo de minha parte, para fingir não ter visto meu carro de forma irregular. A policia americana parecia não simpatizar comigo, e eu não podia me dar ao luxo de ter mais pontos em minha carteira de motorista.

Em poucas horas, eu estava de volta ao Reino Unido e decidi fazer uma de minhas visitas casuais á casa de mamãe. Nós não estávamos conversando muito ultimamente, ela parecia estar um pouco zangada comigo desde o divórcio. Minha mãe tinha um fascínio gigantesco por Katy e foi uma das pessoas que mais se chocou ao saber da separação. Ela costumava dizer que Katheryn despertava o meu melhor lado, e ela estava certa.

Mamãe sempre quis ter uma filha menina, e quando eu havia acabado de completar meus três anos ela descobriu grávida de uma. Mas infelizmente, depois de algumas semanas de gravidez os médicos descobriram um caso grave de câncer e mamãe teve que sofrer um aborto, devido a quimioterapia que se submetia. E ela tratava Katy como a filha que nunca teve.

Nenhum de nós dois atreveu a tocar no assunto da separação, até eu contar sobre o que havia acontecido mais cedo em relação á Krusty. Ela sabia que eu tratava a pequena gata como uma filha felina, e se surpreendeu ao saber que não lutei para ficar com ela.

– Oh... Bem, eu não esperava por isso. - Dizia ela enquanto servia chá em seu jogo de xícaras preferido - Você está bem?

Eu não estava.

Tentei a todo custo ser calmo, em relação á divisão dos gatos, mas depois de entrar no aeroporto apenas com a gaiola de Morrisey percebi que eu iria sentir a falta de Krusty mais do que eu desejava sentir.

– Não estou. Mas preciso ficar. - Sentindo um nó invisível se instalar em minha garganta, levei uma xícara de chá recém servida aos meus lábios - Você sabe que eu já causei danos demais. Eu a amo, não podia vê-la pior.

– Qual a razão do divórcio se você ainda a ama? - Sem me olhar diretamente, minha mãe me perguntou enquanto terminava de dissolver o açúcar em sua xícara de chá.

– Porque eu não suportaria viver com isso mamãe. - Falei pausadamente, enquanto me preparava para me envolver uma avalanche de palavras. - Durante dois anos, eu passei a defendê-la de tudo e todos e no final das contas foi eu quem mais a machucou. - Olhei para os meus próprios pés inquieto antes de continuar - Eu não conseguiria dormir na mesma cama que ela, tendo em mente que trai sua confiança, não sobreviveria a olhar seu sorriso todas as manhãs, sabendo que lhe arranquei lágrimas. Posso ser o pior dos cafajestes mas eu nunca estaria apto a conviver com tamanha injustiça, por mais que ela tenha me perdoado isso é mais do que qualquer um de nós dois conseguiria suportar.

– Todos cometem erros Rusty... Você é a prova viva de que só o tempo pode resolver as coisas. - Disse mamãe crispando os olhos em um tom sábio - Mas tenho certeza de que ela ainda não te esqueceu.

Mamãe estava certa. Mas eu queria que ela tivesse me esquecido.

Queria não ter nenhum tipo de esperança, que ela estivesse feliz com qualquer outra pessoa ou então que desenvolvesse algum tipo de ódio por mim, qualquer coisa... Nada. Ela não fez absolutamente nada, e a conhecendo bem eu sabia que isso significava que ela ainda não tinha esquecido e eu não sabia dizer se isso era bom ou ruim.

Decidi andar pelo centro de Essex na esperança de espairecer meus pensamentos.

Caminhar me fazia bem, o ar livre fazia meu cérebro funcionar direito. Ou pelo menos parecia fazer. Eu não dormia há mais de 24 horas, meu corpo rogava por descanso mas minha cabeça parecia não concordar com essa ideia.

– Ei Russell você poderia ter o golden ticket mas o deixou escapar, se é que você me entende. - Um homem que trajava um boné e segurava uma câmera com um flash extremamente forte, falou para mim aos berros enquanto tirava fotos minhas incessantemente. Eu não entendi a piada, mas tive uma pequena vontade de arrancar a maldita câmera das mãos do sujeito aos tapas.

"Se contenha, você é melhor do que isso" falei em voz baixa enquanto continuei andando até a loja mais próxima, quase que como um bordão toda vez que eu estava com Katy e uma horda de paparazzis atacava era isso que ela me dizia: "Você é melhor, você sempre vai ser". Ironicamente, assim que entrei na loja dei de cara com um pôster do novo cd dela. Nele estavam os dizeres: Encontre o Golden Ticket em uma das cópias do novo álbum, e tenha a chance de um encontro exclusivo com Katy Perry na premiére de seu novo filme Part Of Me.

Golden Ticket? Filme? Meu estômago começou a ronronar em uma sensação estranha como se eu estivesse doente, o que estava acontecendo? Antes mesmo de um dos vendedores da loja pensarem em me atender eu já estava na calçada procurando por um táxi, eu definitivamente precisava dormir.


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Notas finais do capítulo

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