POV Alice

– Bom Charlie. Acho que já chega de conversa não? Preciso avaliar sua filha. E quanto mais cedo melhor. – disse o Sr Newton piscando para mim.

Medo. Era a única coisa que eu sentia agora. Queria o meu Jasper aqui comigo, eu me sentia tão protegida em seus braços.

– Oh sim, Alice mostre o quarto em que o Sr Newton ficará esta noite. – disse meu pai enquanto o Sr Newton subia as escadas.

– Alice! – minha mãe disse puxando meu braço de encontro a ela. – Faça exatamente tudo que o Sr Newton mandar está me ouvindo? Não quero que seu pai perca esse negocio por sua causa. Então trate de se comportar uma vez na vida e ajude-nos.

Eu olhava chocada para aquela mulher, que devia agir como minha mãe e não me tratar como uma mercadoria para quem pagasse o valor mais alto.

– Não escutou? Agora suba e faça o que ele quiser, se eu tiver apenas uma reclamação por menor que seja do seu comportamento essa noite, amanhã logo cedo você irá sofrer as consequências. – meu pai dizia em seu tom de voz habitual: grosso.

Subi as escadas lentamente, eu tinha ideia do que iria acontecer. Meus sonhos estavam certos, á noite tive pequenos flash de que algo de muito ruim aconteceria e pelo visto a hora chegou.

Abri a porta do quarto e encontrei o Sr Newton bebendo uma taça de vinho. Ele me olhou de cima abaixo novamente com uma expressão maliciosa.

– Hunm já deve saber o que quero de você Alice, agora trate de me obedecer. Tenho que saber se você está à altura de nossa família e qual a melhor maneira? – ele vinha caminhando ao meu encontro, seus passos eram lentos como um caçador que está prestes a avançar em sua caça.

– Responda! – gritou, nesse momento já não conseguia controlar minhas lágrimas.

Ele deu um tapa estalado em meu rosto, sua mão era pesada, eu estava com medo e meu rosto ardia, não conseguia encontrar minha voz a única coisa que fazia era chorar e rezar para que tudo acabasse rápido.

– E ainda por cima é mal educada. Seus pais não lhe ensinaram a obedecer aos mais velhos garota? Pelo visto eu mesmo tenho que fazer isso.

Ele disse isso rindo, me prensou contra a porta e começou a beijar meu pescoço, suas mãos levantaram a base do meu vestido enquanto me apertava ao seu corpo. Eu apenas chorava e pedia pra ele parar, já estava soluçando quando suas mãos entraram por dentro do meu vestido.

O Sr Newton me deu outro tapa e me prensou mais forte contra a porta, rasgou meu vestido e voltou a me beijar, eu não correspondia e isso o deixou furioso.

– Você está complicando as coisas Alice, mais se é assim que você quer tudo bem, assim será. – ele disse com uma voz ameaçadora e seus olhos transbordavam desejo, um desejo violento.

Me jogou com força na cama e tirou suas roupas, meus olhos estavam cheios de lagrimas, a essa altura não conseguia mais segura-las.

Eu estava completamente nua, com marcas vermelhas por todo meu corpo, meu rosto ardia em chamas, sentia uma ânsia me consumir, estava tonta, já não ouvia mais meus soluços. O Sr Newton parou um pouco, me analisando, achei que ele iria desistir e acabar com isso, mais ele olhou nos meus olhos intensamente e tirou suas calças mostrando o seu membro grande demais e ereto.

Nesse momento eu me encolhi, estava desesperada, morrendo de medo aquilo não iria caber em mim e tenho certeza que ele não seria gentil.

– Você irá sofrer as consequências por seus atos Alice, meninas teimosas merecem castigos e vou castiga-la agora. – disse enquanto vinha para cima de mim, uma de suas mãos apertava meu seio direito com força demais, enquanto sua boca mordia meu seio esquerdo. Seu membro estava pressionado contra minha barriga, senti um vento gélido passar por mim quando sua boca chegou ao meu centro. Eu sentia repulsa de seus toques no meu corpo, não queria nada disso.

Fechei as pernas impedindo de me tocar tão intimamente, nesse momento ele me largou, puxou-me pelos cabelos com uma força exagerada, me deixando de joelhos na cama e colocou seu membro em minha boca estocando forte, era grande demais mal cabia, eu não conseguia respirar, estava sem ar e a todo custo tentava me libertar, porém ele estocava com mais força em minha boca, a ânsia voltou e me senti enjoada novamente.

– Tudo bem, chega! Vamos logo ao que interessa. – ele me jogou no chão, engatinhei em direção a porta, queria sair daquele pesadelo mais não tinha forças.

Ele me puxou pelos cabelos e me jogou na cama com bastante força e depois posicionou seu membro em mim, forçando a entrar, mais aquilo era grande demais não ia entrar.

– Por favor pare, eu não vou aguentar, pare – disse já soluçando. Eu estava tonta.

– Parar? Eu só vou parar quando você estiver desmaiada na cama, para você aprender a me obedecer. – disse enquanto gargalhava. Segurou minha cintura e me puxou com força de encontro a seu membro.

– AAAAAAAAAAAAAAAAH – gritei, nunca senti uma dor como aquela. Aquilo me rasgava por dentro, ele estocou rápido e forte enquanto gemia palavras sujas.

– Isso mesmo vadia, grita. Esta gostando não é. – eu já não ouvia mais suas palavras, minha vista escureceu e por meus lábios saiu um sussurro tão baixo quanto um pensamento: Jasper.

Estava sozinha no quarto, ainda me sentia tonta, mas pude ouvir um barulho na janela e um vulto passou rápido por mim, depois ouvi sua voz chamando meu nome. Não tinha mais forças, minha visão já escura me levou a inconsciência.

POV Jasper

Passei horas ali, só admirando a lua e colocando meus pensamentos em ordem quando sinto uma angustia um sentimento de medo, era forte.

De repente um belo par de olhos brilhantes me veio ao pensamento. Alice! Ela precisa de mim.

Não sabia definir o que era isso, apenas segui meus instintos e corri, como se minha vida dependesse disso, e na verdade ela dependia.

Passei por minha família os deixando com expressões chocadas, não sabia ainda para onde estava indo, porém meu instinto e minhas emoções me guiavam na noite escura e cada vez mais sombria.

Cheguei á uma rua, estava deserta, a cada passo que dava sentia um aperto em meu coração. Alice!

Agucei meus sentidos, precisava encontra-la. A rua inteira estava em silêncio absoluto exceto por uma casa. Três pessoas, dois homens e uma mulher estavam conversando animadamente dentro da sala, isso não seria estranho se não tivesse notado uma confusão de sentimentos vindos daquela casa. Ódio, repulsa, tristeza, raiva, medo, me concentrei mais e ouvi um choro fraquinho. Havia uma janela aberta do lado direito da bela casa, subi e me deparei com uma cena que fez meu coração já morto, morrer novamente.

– Alice! – minha voz saiu fraca.