Boulevard Of Broken Songs (Glee x GG) escrita por CrisPossamai


Capítulo 6
Você não está sozinho


Notas iniciais do capítulo

Agradecendo aos comentários. E quem quiser dar dicas ou sugestões, fique a vontade. Todas as opiniões são bem-vindas!



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“As coisas estão bem entediantes em Upper East Side desde que o principezinho de Nova Iorque sumiu para a solidão de Ohio. Alguém sabe o que N. anda fazendo? Aposto que chorar pela Rainha B. e o reinado de terror ao lado de C.B. ou pela volta S. com o garoto solitário está descartado”

Semana Michael Jackson? Tudo bem, dançar as músicas nas Seletivas tinha sido legal, mas, passar dias só ouvindo o Rei do Pop era exagero. Trabalhar com Al Motta era bacana, principalmente, pela compreensão com sua carga horária totalmente maluca com ensaios e treinos. O empresário acatava as mudanças constantes de entrada e saída do funcionário desde que mantivesse a qualidade no trabalho e dentro das salas de aula. O casamento do tio continuava com ares de lua de mel e por isso, o sobrinho achava digno passar a maior parte do tempo longe da casa ou trancado no próprio quarto.

As conversa com os irmãos do Brooklyn aconteciam com freqüência, Serena começou a deixar mais mensagens em sua timeline, Chuck ligou mais duas vezes, mas Blair continuava distante. Menos mal. Ele ainda não sabia ao certo como lidar com os sentimentos sobre ex-namorada e toda a confusão do ano anterior. Afinal, ele passara metade de seus dezessete anos como namorado de Blair Waldorf e isso era difícil de esquecer.

Na quinta-feira, Kurt lhe olhou atravessado durante as aulas e nem mesmo Mike trocou mais do que cumprimentos. Tudo pela falta no ensaio anterior? Ele precisou fazer algumas voltas para a empresa e saiu mais cedo da escola. Não, era bem mais sério. Alguém chamado Sebastian tinha provocado uma briga entre os corais e jogado sal grosso no olho de Blaine. Ele se sentiu péssimo e ligou para o garoto, que ainda se recuperava da pequena cirurgia. No último dia da semana, ele se arrastou pelos corredores exausto pelo massacrante treino de basquete. Após a vitória no jogo da semana passada, o treinador percebeu a melhora na equipe com a entrada dos novatos. A classificação para a próxima fase não parecia mais tão improvável. Mas, nem a aparência deplorável e o péssimo humor afastaram o enxerido Jacob Ben Israel, que enfiou a câmera na sua cara e disparou dezenas de perguntas. O rapaz tratou de acelerar o passo e deixar o fofoqueiro falando sozinho. O ambiente caótico no Glee Club não facilitou as coisas.

_ Eu estou cansado desse papo de que as “coisas vão melhorar”, porque não estou interessado nisso! Eu quero que tudo se ajeite agora, quero que essas pessoas sintam a dor que nos fazem sentir. Não, eu quero que sintam a minha dor...Porque francamente, é tudo que eu tenho a oferecer! – berra Artie

O cadeirante e o asiático apresentam um número bastante expressivo do clássico “Scream”, de Michael Jackson. A força da canção impressiona o nova-iorquino, que jamais compreendeu o poder de simples versos. Aqueles jovens realmente acreditavam que uma canção poderia fazer a diferença. Era uma bela forma de encarar a vida, porém, não estava mais se tornavam suficiente para aplacar as dificuldades do cotidiano. O ensaio é encerrado e ele apanha a mochila para se retirar. Entretanto, o vazio do recinto e o piano a disposição lhe dão coragem para dedilhar algumas notas. Apesar dos anos sem praticar, ele ainda levava jeito para tocar o instrumento clássico.

Nate havia começado as aulas de piano atendendo a um capricho bobo de sua mãe. Nos meses em que a professora freqüentou a casa da família Archibald, a relação entre mãe e filho progrediu significativamente. A mulher adorava acompanhar os ensaios do garoto e logo que a primeira música havia sido aprendida, ela sentou-se ao lado dele e cantarolou quase aos sussurros. Ele nunca viu a mulher tão feliz como naquele momento. Era a música predileta dela... You Are Not Alone (Você não está sozinho), de Michael Jackson. Por dias consecutivos, ela esperava a professora ir embora e repetia a mesma cena. Acomodava-se no banco diante do piano e esperava queo filho embalasse as notas corretas e cantava. Nate decorou a letra apenas ouvindo-a cantar. Outras canções vieram e a rotina se manteve por algumas semanas... Até o Capitão considerar inadequado que um herdeiro milionário desperdiçasse a infância com noções de instrumentos clássicos. As aulas de piano e saxofone foram suspensas, a relação mãe e filho se tornou novamente distante e aqueles momentos ficaram restritos a sua memória.

Another day has gone

I'm still all alone

How could this be?

You're not here with me

You never said good-bye

Someone tell me why

Did you have to go?

And leave my world so cold?

Quinn estranha o pequeno ruído vindo da sala de coral e a sensação só afunilou ao reparar na presença de Kurt, Rachel e Mercedes conversando seriamente metros a sua frente. Normalmente, o trio permanecia até mais tarde repassando canções ou elaborando novas performances. A curiosidade apressa seus passos e ela flagra o impensável. Nate Archibald tocava decentemente o piano e cantando uma música da tarefa da semana em um tom baixíssimo. A voz não era desagradável. O timbre dele não se regulava as notas mais suaves e a afinação se perdia nos momentos de maior precisão. Nada que algumas semanas de pratica não surtisse o devido efeito.

Every day I sit and ask myself

How did love slip away?

Something whispers

In my ear and says

You are not alone

I am here with you

Though we're far apart

You're always in my heart

_ Se eu soubesse que você mandava tão bem nas músicas de Michael Jackson, teria pedido que me acompanhasse em Never Can Say Goodbye no ensaio de ontem. – a loira fala provocando a súbita virada do rapaz para lhe fitar. O rosto é tingido de vermelho pelo inusitado flagrante.

_ Você me assustou... – ele leva a mão ao coração acelerado e coloca um sorriso no rosto dela – Ah...Sinto muito por ter perdido isso... Soube que você arrasou...E... Bem, parabéns por Yale. Sam me contou sobre a sua entrada no treino de basquete. – ele se levanta ainda sem jeito.

_ Obrigada. Eu não imaginava que seria aceita... E você já começou a receber cartas? A sua antiga escola começa esses procedimentos bem antes, não é?

_ É, mas, não tenho ideia do que fazer depois da escola... Meu pai insistia para que me formasse na mesma faculdade... E eu teria sido aceito antes... Bem, antes de tudo isso... Agora, torço para que a Universidade de Nova Iorque ache alguma graça na minha redação... E meu tio sugeriu que me inscrevesse para a Ohio State. Ele trabalha lá e poderia me encaixar no programa de bolsas por mérito esportivo.

_ Então, o carinha de Nova Iorque pode se tornar mais um carinha de Ohio. – ele ri pela brincadeira com o apelido – E essa música... Algum motivo especial? Talvez... Saudades de Blair Waldorf? – ela sugere e se surpreende pela gargalhada dele.

_ Façamos o seguinte... Eu digo os meus motivos e você conta os seus... – ela concorda silenciosamente - You Are Not Alone era a canção predileta da minha mãe... E não tenho uma conversa sincera com ela... Desde... Não sei... Cinco ou seis anos... - ele mira o chão visivelmente desconfortável – Sua vez, Fabray.

A loira toma posse do banco do pianista e passa a mão pelas teclas sem nenhuma preocupação com a harmonia musical. Ela se demora mais alguns segundos calculando as palavras e encontra o olhar do calouro antes de disparar a sua motivação.

_ Eu quero e não quero ir embora de Lima... Quero dizer, eu sempre sonhei em abandonar esse fim de mundo e ser bem sucedida... Mas, esse é o único lar que conheço.

_ Acho que isso é normal, né... Se bem que eu não posso dizer o mesmo de Nova Iorque... Me sinto muito bem aqui, sabe? – ele comenta sentando-se ao lado dela.

_ É, Lima é ótima para se passar uma temporada... Não a vida toda, calouro. – ela brinca e nota que as mãos dele passeiam pelo piano com extrema afinação – Você é muito bom nisso, especialmente, para alguém que ficou tanto tempo sem praticar.

_ Eu não era acima da média, só me esforçava bastante... Era o único momento que minha mãe prestava atenção em mim...Então, sempre tentava prolongar ao máximo.

_ Acho que te entendo... Por um longo tempo, eu lidei com essa tensão... Nunca desapontar meus pais, ser a filha perfeita... Viver de acordo com as expectativas dos outros... Mas, as coisas desabam independente do que quanto a gente se esforce.

_ Acho que nós temos muita coisa em comum, Quinn Fabray. – ele sorri de leve – Você conhece a ruína do meu mundo... É muito complicado me contar a sua versão?

_ É bem esquisito que você ainda não saiba, não é segredo para ninguém... Mas, ainda é complicado falar a respeito... – ela suspira – Eu engravidei há três anos do Puck... O maior erro da minha vida... – o rapaz lhe encara contrariado – Não a criança... Beth...Achei melhor deixa-la para adoção... Shelby, a treinadora do outro coral do escola, acabou a escolhendo ainda na maternidade...

_ Agora, entendo porque a sua mãe surtaria se encontrasse o Puck... – ela sorri amargurada – Seus pais concordaram com isso? Quero dizer... É um caminho sem volta.

_ Na verdade, meu pai me expulsou de casa ao saber da gravidez... – o rosto dele se contrai – Mas, minha mãe me procurou pouco antes do parto... Ainda assim, optei pela adoção... Achei que estava tomando a melhor decisão pela Beth... – ela suspira temerosa pela reação do rapaz, que coça a cabeça antes de abrir a boca.

_ Honestamente, eu não sei o que dizer... Bom... Isso... É... Deve ter sido confuso... Com a volta da Shelby ao colégio neste ano... Deve ter sido difícil...

_ Ficou uma loucura... Eu fiz péssimas escolhas... E... – ela apanha o celular e seleciona uma foto do começo do ano ainda com os cabelos tingidos e a atitude errada – Fiquei mais do que confusa... Sou eu... No início deste ano... – o garoto olha a fotografia e ela mostra outra imagem – Foi a primeira fotografia que vi da Beth depois do parto...

 _ Ela é muito parecida com você... E não deve ser nada fácil ouvir isso de todo mundo... Shelby ainda mantem contato? – ele entrega o celular a dona.

_ Eventualmente, ela manda emails com fotos da Beth e algumas datas importantes... Eu arruinei as coisas para Shelby em Lima...E é incrível que ela me mantenha informada. – os olhos dela repousam sobre o piano e o rosto é tingido de vermelho. Inesperadamente, ele repousa uma das mãos sobre a dela e arrisca um sorriso de canto.

_ Eu nunca imaginei algo tão complicado...Mas, é bom saber mais sobre Quinn Fabray... – ela devolve o sorriso – A propósito, você fica bem de rosa.

A loira bufa incrédula e inspira profundamente. O silêncio recai sobre os dois e ele acha interessante iniciar outra melodia. Quinn repete os toques dele nas teclas e arranca sons quase harmoniosos. O garoto repete a seqüência com mais calma e reforça os caminhos dedilhados. Ela consegue uma boa repetição e cantarola as sete notas musicais. O nova-iorquino aplaude a sua percepção, elogia a fácil memorização para a seqüência instrumental mais básica e confessa que levou uma tarde inteira para perceber o que estava tentando arrancar do piano. A singela troca perdura encoberta pelo silêncio até ser quebrada pela descoberta de Tina Cohen-Chang. A asiática ri baixinho antes de chamar a atenção dos amigos. Algo estava crescendo entre os dois, disso a penetra poderia ter certeza.

_ Ei, procurei vocês por toda a escola... – a voz recoloca os adolescentes na órbita terrestre – Só queria confirmar... Vocês vão à festa na minha casa, certo?

_ Festa? Eu não estou sabendo de nada, Tina. – o calouro se levanta e esconde as mãos nos bolsos apenas para ter com o que se distrair.

_ Ah... Desculpa, Nate... Esqueci completamente que você faltou ontem... Então, é uma surpresa para comemorar o aniversário do Mike... Bem simples, sabe? Só o pessoal do Glee Club... Mike não gosta de nada muito grande... Vocês vão, não é? Desculpei o Blaine pela cirurgia e o Sam por já ter comprado a passagem para o Kentucky!

_ Oh, certo...Claro que vou, Tina... Obrigado pelo convite! – a asiática se despede após ter a confirmação da loira – Ok... Eu estou encrencado... Porque se eu horrível em física e no boliche, consigo ser ainda pior para comprar presentes.  

Quinn gargalha com vontade diante da bizarra confissão. Em que universo alternativo, ela estaria rindo depois de contar detalhes tão sigilosos de sua vida para um completo desconhecido? De qualquer forma, essa era sua estranha situação ao combinar de ajudar o rapaz a escolher algo para o melhor dançarino do coral. Por sorte, o patrão consentiu em liberá-lo mais cedo e pode comparecer pontualmente ao encontro no pequeno centro de Lima. Por um tempo indeterminado, os dois adolescentes buscam por coisas econômicas e que poderiam agradar o simpático aniversariante. Ele suspira aliviado ao entregar para a atendente da loja a sua escolha para ser embrulhada. Com a mesma sensação de dever cumprido, ele se joga na cadeira da simples sorvete e se compromete em pagar uma casquinha para a sua acompanhante. A loira ri mais uma vez e aceita a gentileza sem reparar no avançar da hora. A conversa flui em torno de amenidades como o sabor predileto de cada um e pequenas frações de lembranças incomodas sobre sorvetes e seus estragos em roupas caras.

Ele nunca se sentiu tão a vontade com uma garota mesmo namorando Blair por quase uma década. Ela jamais se divertiu tanto na companhia de um rapaz como naquele não encontro. E se alguém perguntasse para qualquer um dos dois saberia que os melhores sorvetes que provaram na vida fora naquela lojinha simples no interior de Ohio no fim da tarde daquela sexta-feira.

Nate estava tão entretido na conversa que quase viu seu sorvete parar no chão. Seria muito desperdício para uma simples ligação de Dan Humphey. O garoto solitário queria alertar ao amigo que não estaria on-line como combinado, já que sairia com Serena. Nate ri debochado e recebe a mesma risadinha irônica ao reconhecer que estava com Quinn Fabray. Quando o amigo de Nova Iorque conta aos gritos para a irmã sobre o encontro inocente, Nate é obrigado a desligar e fitar os olhos curiosos da garota a sua frente. Ele coça a cabeça e tenta inventar alguma coisa analisando a hora no celular... 19h38minutos... Isso era atrasado para caramba, principalmente, para a festinha marcada para dali uma hora.

No susto, ele se levanta e corre para pagar a conta. A garota praticamente esquece da ligação e trata de acelerar o passo para a vizinhança. Carona e hora de partida para a casa de Tina acertada e Nate dispara para a residência do tio, e mentalmente agradece ao bom preparo físico conquistado ao longo dos anos de corrida no Central Park. Os cumprimentos dos tios mal são respondidos e ele some dentro do quarto. Banho, roupa e presente. Nada muito difícil... Ao sair do chuveiro, encara o armário reduzido e escolhe uma calça jeans e suéter de sua preferência. Não perde muito tempo arrumando o cabelo e surge novamente na sala para se reportar aos adultos. Afinal, estava hospedado de favor e o mínimo que deveria era prestar contas de seu paradeiro. Ao mencionar o transporte para a pequena comemoração, Cooter tira sarro do afilhado e avisa que da próxima vez poderia pedir o carro emprestado. Era a terceira vez que precisava de carona da garota. Mais do que na hora de retribuir o favor. Shannon sai em sua defesa e ele consegue deixar a casa com algum rastro de dignidade.

Ele para diante da porta e confere o horário. Alguns minutos de folga. As batidas e a surpresa é ser recepcionado por uma mulher loira de meia idade e mais preocupada em continuar com a conversa ao telefone do que averiguar a sua identidade. Nate gagueja algo suficientemente bom para ganhar acesso ao interior da residência da família Fabray pela primeira vez. A mulher some no corredor e ele se distrai com o espelho. O cabelo estava mais comprido do que o habitual. Teria que dar um jeito nisso na primeira oportunidade. O suéter estava sendo ajeitado pela quinta vez, quando Judy Fabray se apresentou devidamente ao desconhecido. Ela gritou para a filha no andar superior que o amigo havia chegado e a resposta veio como um “já vou”.

Nate estava aflito. A mulher lhe indicou educadamente o caminho para a sala de estar e comentou algo sobre a festinha. O garoto se limitou a sorrir e acenar com a cabeça. Por que o nervosismo? Céus, ele nem estava esperando a garota para um encontro! Era só uma carona... Seria mesmo? Ele pisca algumas vezes e se foca no assunto escolhido pela dona da casa. Música? Algo sobre a tarefa da semana e a apresentação da filha... O rapaz revela que precisou perder o ensaio para colocar o trabalho em dia. A menção de emprego causa uma ligeira boa impressão na mulher. Antes que a conversa se aprofundasse, Quinn desce as escadas ainda ajeitando a roupa.

_ Desculpa a demora, Nate. Podemos ir?

O seu nome ser pronunciado por ela era novidade. Novato, calouro ou carinha de Nova Iorque já soavam familiares aos seus ouvidos. Ele confirma com a cabeça, se despede gentilmente de Judy Fabray e se dirige para a garagem, juntamente com a loira. O pequeno trajeto tem início e o silêncio só é quebrado pela música que ecoava do rádio. Ao perceber a música em execução, a motorista aumenta significativamente o volume e cantarola no embalo de Coldplay, Viva La Vida.

For some reason I can't explain

Once you'd gone there was never

Never an honest word

That was when I ruled the world

_ É, eu sinto muito por ter perdido a sua apresentação desta semana... Mas, não precisa ficar se gabando o tempo inteiro, Fabray! – ela revira os olhos e muda de estação – Eu estava brincando... Você ta ótima! – ela lhe mira de relance – Cantando... – ele se embaralha com as palavras.

_ Hum... Obrigada então. – ela responde e se prepara para estacionar.

Pelo visto, a maioria dos colegas de Glee Club já havia chegado. Ela desliga o carro, apanha o presente e libera a porta para que o passageiro possa descer. Intrigado, ele desarruma o cabelo e desiste de descer imediatamente.

_ Algum problema? – a loira pergunta quase indigna pela demora.

_ Não... Eu...Eu deveria ter dito isso antes... Mas... Enfim... Você ta ótima e não só cantando...Isso foi horrível...Não soou da forma que eu queria... – ele se complica mais.

_ Novamente, obrigada por isso. Agora, vem... Acho que estamos atrasados.

Soou errado, porém, totalmente compreensível. Soou na medida exata para que ela ligasse o alerta de maneira mais contundente no próprio cérebro. O carinha de Nova Iorque estava se tornando figura bastante presente em sua rotina e isso não estava previsto. Portanto, não poderia ser tolerado. O grande problema na sua atual ambição de ganhar as Nacionais, se formar com méritos no colégio e se mudar para New Haven era que lidar com Nate Archibald era completamente diferente de se relacionar com Puck, Finn e Sam. Ele fizera o caminho inverso... Saira do Centro do Mundo para se refugiar no fim do mundo. O principezinho do Upper East Side e a princesinha provinciana de Ohio nunca dariam certo... Todavia, porque se sentia tão confortável ao entrar na casa de Tina ao lado dele?

Os olhares se ajustam aos recém-chegados e os risinhos debochados partem de Santana e Mercedes instantaneamente. Nunca daria certo. O maior erro de Quinn foi conjugar o verbo no tempo inadequado... Não era mais questão de evitar um futuro próximo, aquilo já estava acontecendo e a maioria dos integrantes do seu restrito mundinho estava ciente. Por isso, ninguém estranhou quando o braço dele repousou preguiçosamente nos ombros dela por alguns minutos durante o típico jantar oriental. Por isso, ela se sentiu a vontade para procurar sem constrangimento pelo colo dele no meio do longuíssimo filme chinês. Por isso, ela sorriu de volta ao ser acordada com tamanho cuidado tão logo as luzes foram acesas. Não, não era mais questão de duvidar que daria certo...Era apenas questão de compreender porque parecia tão certo. 


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