My Dear Devil escrita por ana_christie


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Konbanwa, minna-chan!
Trago mais dois capítulos hoje para você, feitos com todo carinho por NaOnix e revisados com muito carinho também por mim. Espero que gostem, eu mesma amo essa história, a acho SUGOI!!! rsrsrsrs



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Mando-chan estava encostado na parede de casa, embaixo daquela fraca luz da lâmpada.

No céu, as nuvens se espalhavam, e só agora eu tinha percebido, deveria já ter passado das sete horas da noite.

A voz dele estava um tanto rouca, e ele tinha o semblante fechado enquanto me olhava.

Estremeci.

Mando-chan me olhava com seu semblante muito sério. Jamais o vi daquela forma.

— Usa... — disse ele se afastando da parede e parou alguns passos distantes de mim.

— Não estava fazendo nada com ele... — falei rápido como se houvesse culpa em minha voz. Ele olhou para o lado e voltou a andar, se aproximando de mim. — Eu estava com Hotaru-chan no shopping, quando Chiba apareceu... e ele me trouxe até aqui... foi isso que aconteceu, Mando-chan.

Kami... estou me tornando uma mentirosa...

Oh, Deus... por favor, eu sei que Mando-chan odeia Chiba , mas que ele não pense errado de mim... por favor...

Ele parou à minha frente, seus olhos estavam tão frios.

Se eu lhe falasse sobre o que Chiba realmente vinha fazendo comigo, eu poderia perder Mando-chan...

Poderia perdê-lo para sempre...

— Não minta, Usa... — sua voz saiu num sussurro, e estremeci de novo. Jamais poderia mentir para Mando-chan... ele me conhecia muito bem...

— Eu não quero mentir, Mando-chan, mas não quero que pense mal de mim... — falei já sentindo lágrimas nos meus olhos. — Mas juro para você que não tenho nada com ele... nada!

— Se você estiver saindo com ele, apenas me diga, Usa... — ele disse agoniado, e tive mais vontade de chorar.

— Não, não! Nunca, Mando-chan! — aproximei-me, puxando uma parte de sua camisa, como se eu quisesse segurá-lo.

Oh, Deus...

Eu deveria saber... ele está bravo...

Está bravo comigo...

— Eu não tenho nada com ele, Mando-chan... eu não o suporto... eu odeio Chiba! — falei já soluçando.

Por favor... eu não quero perder Mando-chan por causa disso...

Eu não disse ainda que o amo, por favor...

Faltei me agarrar na sua camisa para segurá-lo, tive medo que ele se afastasse...

Senti dedos frios tocando meu queixo e levantando minha cabeça. Abri meus olhos e encontrei os dele.

— Por que está chorando, Usa? — sussurrou tão gentil, e seus olhos estavam tão amáveis, que minhas pernas tremeram, mal consegui ficar em pé.

— E-eu estou com medo de você es-estar com raiva de mim... — solucei mais algumas vezes.

— E porque eu ficaria com raiva de você? — e ele me puxou para seus braços, e senti o calor fluindo de seu peito. A fragrância de seu perfume me fez esquecer tudo o que tinha acontecido comigo e com Chiba.

Fechei meus olhos e afundei minha cabeça em seu peito, tentando absorver todo aquele confortável abraço.

— Você que me fez ter medo...

Funguei algumas vezes e levantei meus olhos para ele.

— Huh? — seu rosto estava sério.

Pensei que tinha perdido você para ele... — ele me abraçou mais uma vez.

Meu rosto corou na hora.

Nani?

Os “doki, doki” aumentaram extremamente com suas palavras.

— Mas sei que você não é como qualquer uma... — pisquei mais algumas vezes, o que ele quisera dizer com isso?

Ele me afastou, segurando meus braços.

— Só me prometa uma coisa... — seus olhos estavam no mesmo nível que os meus.

— Hum! — assenti ainda sem entender.

— Não se aproxime mais de Chiba... nunca mais... tremi com suas palavras. Seus olhos estavam sérios.

Assenti levemente, com minhas bochechas quentes.

E ele voltou a me abraçar.

— Você é muito inocente, Usa, precisa tomar mais cuidado, principalmente com caras como Chiba...

Ele suspirou aliviado e me abraçou mais forte.

Estremeci mais uma vez com sua ação, e meu coração mais pulava do que qualquer coisa.

Meu rosto tava tão quente...

Hum... Mando-chan...

É tão gostoso ser abraçada por ele...

Fechei meus olhos.

Eu gosto tanto dele que meu peito dói...

Realmente preciso evitar Chiba, eu não quero perder Mando-chan... eu o amo demais ...

Seria um bom momento se eu disser agora o que realmente sinto?

Mas e se ele reagir de uma forma contrária e não me corresponder?

Não aguentaria ser rejeitada por Mando-chan.

Dói só em pensar...

Seus dedos gelados tocaram minha testa... e eu abri meus olhos imediatamente.

— Você está quente... — ele se afastou olhando todo meu rosto, e tive vontade de afundar minha cabeça de vergonha. — E seu rosto está todo vermelho... — ele tocou sua testa na minha, e prendi minha respiração.

Oh, Deus...

Mando-chan nunca esteve tão perto como desta vez!

Seus olhos me fitavam, e meu coração estava explodindo de tanta alegria. Minhas mãos e pernas não paravam de tremer.

Cada gesto dele me faz amá-lo cada vez mais..

— Está com febre? — ele falou sem se afastar, e eu sorri.

— Iie... — falei olhando em seus olhos. — Você que está gelado, Mando-chan... — peguei suas mãos e fiz com as minhas algo tipo conchinha em volta e comecei a soprar.

Será que, se alguém passasse na rua agora mesmo, pensaria que nós éramos um casal? Corei com tal pensamento e continuei a soprar esperando que aquecesse as mãos dele.

Mesmo que Mando-chan não me visse como sua pessoa amada, eu ficaria feliz em apenas ter esse tipo de afeição. Poder abraçar, poder cuidar, poder... hum... beijar... no rosto mesmo...

Beijar...

Eu não tenho o direito em querer que Mando-chan me beije... Eu não sou mais pura para ele...

O meu primeiro beijo que tanto guardei... foi roubado pelo Chiba, e eu o odeio por isso...

Não será a mesma coisa...

— Mando-chan... o que você estava fazendo aqui fora? — falei tentando me livrar daqueles pensamentos.

Ele demorou a responder. O olhei, e parecia que ele pensava no que podia dizer. Voltei para suas mãos e soprei mais uma vez.

— Eu estava esperando por você...

Arrepio...

Huuuu... parecia que cada nervo meu paralisava, e minha respiração se tornava mais pesada. Lentamente ergui meus olhos e me encontrei com seus olhos quase brancos de tão azuis, fitando-me com tanta ternura... e...

Deus...

Poderia ser amor?

Pisquei algumas vezes, e tive vontade de socar meu peito para que meu coração voltasse a bater...

Ele me olhava de uma forma tão terna. Mando-chan começou a se aproximar devagar de mim, e paralisei...

Oh, meu Deus...

OH MEU DEUS!

ELE VAI ME BEIJAR!

AHHHHHHH!

Meu rosto está queimando, queimando!

Isso está realmente acontecendo?

Fechei meus olhos quando senti a respiração dele bater em meu rosto.

Os lábios dele tocaram minha testa demoradamente, e estremeci na base...

Ele se afastou só um pouco, e quando abri só um pouquinho meus olhos, o vi se aproximar de novo, e ele beijou solenemente minha bochecha..

E pareceu que fui até o céu e voltei.

Mando-chan apenas me beijava na testa, nunca na bochecha... E tudo isso fora totalmente novo para mim...

Quando ele se afastou, meu coração voltou a bater... e pude soltar o ar dos meus pulmões.

Abri meus olhos e percebi seu rosto um pouco corado.

Ele estava corado?

CORADO?

Kawaii... jamais vi Mando-chan dessa maneira...

Mas só de vê-lo assim me deu um arrepio gostoso por todo o corpo.

— Ah... — ele passou a mão no cabelo. — Ja ne...

E me deu as costas, partindo.

— Já está indo? — falei para suas costas, segurei minha mão em meu peito. Mando-chan se virou novamente para mim com um sorriso.

— Estava só de passagem quando vi você chegar... — ele acenou para mim e voltou ao seu caminho.

Senti certa agonia ao vê-lo partir, e dei uns passos à frente.

— Ja, Mando-chan... — falei bem baixinho. Duvido que ele tenha ouvido, mas o vi erguer sua mão novamente, acenando para mim.

Quando ele virou numa rua, eu sorri.

Sorri tanto que tive vontade de gritar por tudo que acontecera. Pulei de alegria e corri para dentro de casa.

— TADAIMAAA! — gritei de alegria batendo a porta.

Minha mãe apareceu na porta da cozinha com os braços cruzados.

— Você sabe que hora-

— OI, MAMA! — falei pulando nos braços dela, e a abracei fortemente. Estou tão feliz!

— AH! Usagi! Você está me sufocando! — me afastei continuando a sorrir. — Encontrou Demando-kun? — paralisei na hora ao ouvir o nome dele.

— Haiiiii! — sorri calorosamente, não sabendo o que eu fazia... ou gritar, ou me abraçar fortemente... de tão feliz que estava.

— Oh! Ele ainda estava aí na frente? — mama pareceu preocupada, e eu assenti à sua pergunta. — Se eu soubesse, teria pedido para ele esperar aqui dentro!

— O que está falando, mama? — a olhei sem entender.

— Demando-kun veio às 17h20min mais ou menos aqui em casa, procurando por você... Não sabia que tinha esperado esse tempo todo lá fora...

Eu congelei.

Ele me esperara todo esse tempo?

Comecei a ir em direção à escada.

— Ei, mocinha, pode parar imediatamente onde está! — parei na hora antes de subir a escada. Virei lentamente até encontrar o rosto bravo de mama.

— Nani?

— Você sabe que horas são agora? — um calafrio contornou minha coluna.

— Não...

— Já passam das oito da noite, Usagi...

Aiii... Deus-sama...

— Go-gomen, Mama...

— Onde você estava? — ela bateu o pé, e eu sabia que logo viria uma bronca.

############

Eu já estava deitada fazia um bom tempo na cama, e simplesmente não conseguia dormir.

Lembrava-me do perfume de Mando-chan, do sorriso, do abraço, dos beijos, do rosto corado dele...

hehehe

Não acredito até agora que aconteceu tudo isso. Sem esquecer que ele me esperou lá fora todo aquele tempo!

Abracei meu coelho gigante que sempre dormia comigo.

— Huuuuuuu... eu amo você, Mando-chan! — beijei e beijei o coelhinho.

Hehe

Mama tinha tirado uma casca de mim, dissera um monte de coisa sobre minha irresponsabilidade por chegar tão tarde.

Mas também, né, que baka que eu fui, deveria ter pelo menos telefonado.

UAH! Telefonado!

O celular novo que Hotaru me deu!

Levantei da cama e corri para onde estava a saia que eu estava usando quando saí com Hotaru. Tirei o celular que estava lá.

Ufa...

Tinha esquecido...

Ahahah

Taru-chan poderia me matar se eu perdesse!

EU ME MATARIA! POR QUE ESSA COISINHA CUSTOU CARO!

Coloquei ao lado da mesinha perto da cama e voltei a deitar.

Ahh...

Acho que não vou conseguir dormir tão cedo...

Olhei o relógio, e já eram 01h15min da manhã!

UAH! Tudo isso?

Como as horas passam!

Daqui a pouco eu tenho que ir para a aula... uaaahhhh...

Tiririm, tiririm...

Huh?

O que foi isso?

Sentei na cama e tentei verificar de onde vinha o barulhinho. Olhei do meu lado e o celular piscava na telinha cor de rosa.

— Hã? — pisquei algumas vezes.

Quem estaria me ligando a uma hora dessas?

Seria Hotaru?

Mas numa hora dessas?

Peguei o aparelho e o abri. Na telinha dizia que o número não era identificado.

— Como atendo essa coisa... — apertei qualquer botão, e o celular parou de tocar.

— Moshi, moshi? — e nada.

Havia um total silêncio vindo do outro lado.

Huh?

— Moooshiii, mooosshiii! — falei um pouco mais alto dessa vez, e nada novamente. — Será que eu liguei? — peguei novamente o celular, e estava escrito na telinha que estava conectado com a outra linha. — Que estranho... — coloquei de novo no meu ouvido. — Moshi, moshi... tem alguém aí?

E silêncio novamente, nem ao menos um ruído fazia.

— Hum... — apertei outro botão. — Como que eu desligo essa coisa... — apertei outros botões até finalmente aparecer “ligação encerrada”.

— Deve ter sido engano... — bem, provavelmente... isso acontece às vezes mesmo aqui em casa, alguém liga e esquece de desligar e o telefone fica travado na linha no maior silêncio.

Coloquei o celular novamente na mesinha e voltei a deitar.

Esqueci-me de mostrar esse aparelho para mama, vou aproveitar e dar o meu número para o Mando-chan!

Hehe...

Hum...

E se eu ligasse para ele agora... será que ele estaria dormindo?

Baka, Usagi... que bobagem... só vou incomodar Mando-chan...

Hum...

Só vou tentar... se ele não atender no terceiro toque, eu desligo... isso!

Peguei meu celular e disquei o número do celular dele, que está decorado em minha mente há muito tempo.

E apertei o botão que antes eu havia apertado e apareceu chamando.

Tocou uma vez.

Uhhaa...

O que estou fazendo?

Ai, que vergonha...

Ah... eu vou desligar antes que eu acorde Mando-chan... e-eu nem deveria ter ligado... uaahh baka Usagi, baka!

Tocou duas vezes.

— Alô? — paralisei por completo ao ouvir a voz sonolenta dele, fiquei até com falta de ar. Meu queixo tremeu e minha voz pareceu fugir. — Alôô? — ele disse novamente.

— Man-Mando-chan? — finalmente falei, tentando recuperar minha consciência.

Tudo ficou em silêncio do outro lado da linha e eu estremeci mais uma vez...

Eu sabia que não devia ter ligado, não devia ter ligado...

— Usagi? — a voz dele pareceu incerta, e comecei a tremer, minhas pernas não paravam de tremer na cama, tive que puxá-las até meu peito e as segurar..

— Ha-haii...

Ele gemeu bem baixinho.

— O que houve? Aconteceu alguma coisa? — sua voz aumentou só um pouco.

— Não, Não... Mando-chan... — tentei recuperar minha força. — Gomen... você estava dormindo? é claro que ele estava dormindo, baka! Não ouviu a voz de sono dele!?

Ele ficou em silêncio novamente, e fiquei naquela expectativa de ouvir algo.

— Não... — sua voz soou carinhosa, e só faltei amolecer. — E quanto a você? Não consegue dormir? — mordi meu lábio enquanto sorria.

— Sim... — dokidokidokidokidokidokidokidoki — E... e também... eu esqueci de te perguntar uma coisa...

— Diga, Usa... — minha pele arrepiava só por ouvi-lo.

— Se você não estiver ocupado amanhã... er... — respira, respira, Usagi! — Você poderia vir me buscar na escola?

Novamente ele voltou a demorar a responder, e isso me deixou aflita.

BEM AFLITA!

Estaria certo eu perguntar isso? E eu, que queria apenas dar meu número de celular, acabei pedindo algo para ele.

— Seria um prazer... — sua resposta me deixou voltar a respirar. E sorri de lado a lado.

— Hum... arigatou... — sorri novamente e pude ouvir a respiração dele. — Gomen por ligar tarde...

— Você pode ligar a hora que quiser, Usa... lá vem os arrepios novamente.

— Ah... e Mando-chan...

— Hum?

— Eu estou ligando do meu celular, eu não entendo bem ele ainda, mas acho que meu número vai estar agora anotado no seu, né? — ouvi ele rir.

— Vou gravá-lo aqui, Usa...

— Hehe... certo. Oyasuminasai, Mando-chan...

— Oyasuminasai, Usa... — ele sussurrou no aparelho, e eu sorri desligando.

Coloquei o celular de volta na mesinha e deitei, abraçando o coelhinho.

Uahhh

Parecia que meu peito ia arrebentar de tanto que batia!

— Hummm... Mando-chan...

Hehe...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e, ONEGAI!!!! REVIEWSSSSS Tanto a Nana quanto eu gostamos de saber o que as pessoas acham da história!
Bjs da Ana