“Eu vi o nascer do sol

E todo o tempo, meu coração estava caindo

enquanto você é a única, você é a única,

você é a única, você é a única,

Sangue jovem, sangue jovem, sangue jovem

Não consigo te tirar da minha cabeça.

Sangue jovem, sangue jovem, sangue jovem

Não consigo te tirar da minha cabeça.”

Young blood – The Beatles

Capítulo 4 – O que ela está fazendo com LOBISOMENS?! & Consolo

O dia de hoje fora muito produtivo assim dizendo. Eu e ela conversamos na aula, e não havia como não se apaixonar por ela! E quando ela me defendeu daquela FDP da Lauren-sei-lá-das-quantas, se o meu coração batesse ele teria parado de bater por um segundo!

No estacionamento senti um cheiro HORROROSO!

“QUE FEDOR É ESSE ?!”- exclama todos os meus irmãos.

-Lobisomens!-eu digo baixo e rápido o suficiente para que nenhum humano ouvisse.

O queixo de todos foram para o chão. Nos reunimos perto do meu volvo prata e farejamos de onde vinha esse horrendo cheiro.

O cheiro vinha de um garoto moreno, cabelos curtos negros da mesma cor dos olhos. Ele era muito forte e alto. Ele estava abraçado com Bella! A MINHA BELLA! O QUE ELE ESTAVA FAZENDO COM ELA ?! Ela era minha e ponto! Quem ele pensava que ele era?!

Me concentrei no que eles conversavam. Bella estava soluçando! Minha Bellinha, meu anjo, a razão da minha existência – ficou um pouco brega nessa parte, mas fazer o que, né?... -  estava chorando! De novo! E eu não podia fazer nada! De novo!

Me senti um inútil!

-Bella, vamos para a casa dele. Todos já estão lá.-diz ele. Ela se afasta dele, pega sua mão – que raiva!-, coloca o capacete e sobe na garupa de sua moto saindo do estacionamento.

Eu estava borbulhando de ciúmes! E como ela pode andar com aqueles cachorros?! ELES SÃO EXTREMANTE PERIGOSOS!

Entrei no carro sem dizer nada. Acelerei para casa num caminho silencioso.

Parei o carro na frente da casa branca e esperei que todos saíssem.

“Só não faça nenhuma besteira, por favor!”- pensa Alice para mim. Dou um breve aceno e acelero o carro de volta para Forks. Já na cidade abro as janelas para sentir seu cheiro que eu me viciava.

Achei rapidamente a sua casa, mas nenhuma pessoa estava dentro. Só queria saber se ela tinha chegado bem...

E se a moto tivesse derrapado e ela se ferido?! Ou morrido?! E se aquele cachorro fedorento tivesse perdido o controle perto dela?! Será que ela está bem?! Quando será que ela chega?! Com quem ela vai chegar?!

Essa minha discussão comigo mesmo durou horas e horas e sem eu perceber já estava à noite. E ELA NÃO HAVIA CHEGADO!

Descido rondar a casa até ela chegar só para ver se ela chegou bem! E assim faço, até ouvir Charlie chegar em casa. Depois dele jantar o telefone tocou e ele atendeu. Era ela! Ele perguntou como ela estava, mas ela não respondeu mas disse que iria dormir lá. LÁ ONDE?! Se acalme Edward! Se Charlie acha seguro ela estar lá então a deixe. Há, há , há! Como se isso eu fosse acreditar! Charlie não sabe quem eles são!

Vou para casa só para trocar de roupa, porque não pegaria bem ir com a mesma roupa do dia anterior!

Ao chegar em casa ninguém fala comigo e eu agradeço pela privacidade que eles estavam me dando. Me troquei rapidamente e entrei no carro, onde todos já me esperavam.

Cheguei à escola em tempo recorde ansioso para vê-la.

-Edward você não vem?-pergunta Alice delicadamente. Ela sabe o quanto vulnerável eu me sinto em relação a Bella.

-Vou esperar ela.-digo com um sorriso triste. Todos me retribuem do mesmo jeito e vão para suas aulas.

Dez minutos antes de bater o sinal eu a vejo entrando no estacionamento. Ela não estava com sua velha camionete, e sim uma moto vermelha em perfeito estado, usava uma jaqueta de couro e capacete – e eu dou glória a Deus, porque sei muito bem o quanto ela é desastrada-. Ela estava muito mais atraente agora do que ontem ou em qualquer outro momento.

Ela estaciona a moto, a desliga e tira a capacete liberando seus lindos cabelos castanhos. Ela sacode um pouco para ajeitá-lo, como se fosse preciso! Coloca o capacete na mochila e vai para sua aula. Ela parece muito triste, vazia. Eu precisava fazer algo.

Passei as aulas seguintes pensando em como confortá-la, mas não pensei em nada.

Bateu o sinal para o almoço e fui para a área das mesas com a esperança de encontrá-la lá e ela para minha felicidade estava e sozinha, e chorando.

Fui me aproximando dela, me agachei ao seu lado e tirei uma macha de seu lindo cabelo do rosto perguntando:

-Bella o que houve?

-Ele morreu...-sussurra ela com a cabeça entre os joelhos.

-Quem?

-Harry Clearwater...-diz ela agora levantando o olhar para mim com os olhos mareados. Eu conheço esse nome. Ele era um dos anciões da tribo.- Ele não merecia isso, Edward! Não merecia! Ele era uma pessoa boa! Cheia de amor para dar! Era meu pai em muitas ocasiões e agora se foi!-diz ela voltando a soluçar. Sentei ao seu lado e a coloquei em meu colo, envolvendo meus braços em sua cintura. Ela colocou sua cabeça e meu peito e chorou.

-Bella, a vida é assim. As pessoas nascem e morrem. Não há como controlarmos isso. A pior parte é quando é uma pessoa amada, querida. Ela deixará saudade sim! Mais isso qué dizer que você a ama! Isso é natural! Mas você tem que aceitar isso e não viver no passado para sempre, senão você acaba não crescendo. Ninguém quer que você viva assim, também como ele não quer! Como eu não quero!-eu digo dando um beijo no topo de sua cabeça e fazendo carinho no local. Passou algum tempo até que ela parou de soluçar. Ela começou a brincar com a minha camiseta que agora estava molhada pelas suas lágrimas.

-Obrigada...-sussurra ela.

-Sempre vou estar aqui para qualquer coisa Bella! E quando digo qualquer coisa digo QUALQUER MESMO!-falo rindo um pouco. Ela riu um pouco antes de bater o sinal e irmos para a aula de biologia de mãos dadas para a minha felicidade e alegria!