Petúnia estava completamente nua junto com a sua morsa.

Lily não sabia se ria ou se chorava com a cena nojenta que se desenrolava na sua frente. Remus estava completamente descontrolado, ele nunca fora muito normal e agora o descontrole dele estava trazendo ela de volta para a realidade já que ela congelara de horror, sério, eles não tinham bom senso? Por que fazer aquilo na sala?

– Lily... Eu... Eu posso explicar – Balbuciou Petúnia - Não é o que você está pensando

Lily despertou de vez e olhou enojada para a irmã.

– Eu não estou pensando em nada, eu estou vendo – Ela riu de escárnio - Mamãe vai adorar saber disso.

– Não, Lily – Petúnia olhou desesperadamente para Lily – Não faça isso, você conhece a mamãe, ela não admite esse tipo de coisa, não fale nada para ela, por favor, eu imploro - Ela correu e se ajoelhou aos pés de Lily.

– E eu deveria ter pena de você, Cavalinha? – Lily fez biquinho – acho que não e levante-se do chão, tem ideia do quão ridícula você esta aí, ajoelhada aos meus pés? – Lily se abaixou até conseguir olhar nos olhos da Petúnia – Mas vou pensar no seu caso. Sabia que o preço do silêncio vem subindo muito ultimamente? – Lily riu e virou-se para Remus que estava mais contido – Vamos para o meu quarto Remie, esse lugar está fedendo a animal.

Lily e Remus subiram a escada em silêncio e só ousaram a falar quando Lily passou a tranca na porta do quarto, aquela cena ainda parecia irreal para Lily, mas agora ela tinha o queijo e a faca na mão, ela só precisa cortar. O fato é que, a mãe de Lily é completamente conservadora, desde que ela se separara do pai de Lily ela vinha sendo uma completa “quadradona” e é claro que Petúnia queria ser a filha perfeita, ela havia dito a mãe que ela e a morsa estavam em completa castidade, uma completa mentira cuja a verdade machucaria tanto a pobre mãe de Lily.

– O que você pretende fazer com essa informação, doce Lily? – Pronunciou-se Remus

– Conseguir coisas dela, destruí-la, não sei o que fazer, mas ela não vai sair dessa ilesa, não vai mesmo, ela vai se arrepender do dia em que brincou comigo – Lily conteve o ódio que crescia em seu peito e fechou os olhos e quando os abriu pareciam estar queimando em um fogo verde que eram os seus olhos – Ela vai se arrepender.

Remus achou melhor mudar de assunto e passaram o resto da tarde jogando conversa fora e tentando descobrir uma maneira deles voltarem a falar com Marlene e não haveria outra solução a não ser dar a ela o que ela queria: O cachorro do Sirius e Remus teria que ajuda-la, como sempre. Remus foi embora da casa de Lily depois do jantar coberto de tensão entre Lily e Petúnia, mas não seria naquele dia que Lily contaria a mãe o que vira, mas esse dia chegaria e Petúnia ia se arrepender do dia em que mexera com Lily.

Na manhã seguinte, Lily acordara mais cedo para ter o prazer de tomar café com todo mundo, mas preferiu passar a manhã em silêncio, pois sabia que isso torturaria mais Petúnia e Lily sabia como torturar alguém, tomou café rápido e saiu de casa, fez seu caminho árduo e congelante até a escola.

[...]

– SÉRIO MESMO, REMIE? – Marlene vociferou atrás da quadra após Lily e Remus disserem para ela que Remus concordara em ajuda-la com o Black – VOCÊS SÃO OS MELHORES AMIGOS DO MUNDO INTEIRO – Ela pulou e abraçou os dois – Amo vocês.

– Okay, okay, também te amamos, agora nos largue por favor, Lene, temos que lhe contar muita coisa – Falou Remus

– Podem falar – Marlene os largou e sentou-se no banco que estava perto dela

Lily e Remus se revezaram para falar de tudo o que acontecera, da chegada da Petúnia até o que acontecera no dia anterior, Marlene não se conteve e riu descontroladamente como Remus rira no dia anterior, Lily apenas revirou os olhos.

– Vocês dois não sabem ser normais, sério mesmo – Riu Lily.

[...]

Ela voltava sozinha para a sua casa, ou pelo menos achava que estava sozinha, porque vinha se sentindo observada desde que saíra da escola, mas apenas ignorara aquela sensação, achava que estava ficando paranoica igual Marlene que sempre se sentia vigiada na rua. Mas aquela sombra que ela acabara de ver não parecia ser coisa da sua cabeça, ela fechou a mão no spray de pimenta que carregava com ela para se sentir segura e deu certo, mas aquela sensação que tinha alguém seguindo-a não parava de crescer e de repente ela sentiu uma mão em seu ombro e gritou e jogou o spray de pimenta sem olhar quem era.

– AAAAAAAAI... AI MEU DEUS, EU ESTOU CEGO, SOCORRO... SOCORRO DEUS – James gritava tão alto que Lily poderia ter ficado surda – SUA LOUCA, VOCÊ ME DEIXOU CEGO!

– Ninguém mandou você me seguir e deixe de fazer drama é só spray de pimenta, a sensação passa em alguns minutos – Lily revirou os olhos para James – Vou lhe dar um pouco de gelo e você passa nos olhos pra limpar um pouco.

Lily apanhou o gelo no chão e entregou a James que passou e ficou piscando até normalizar a visão, porém ainda ardia um bocado e seus olhar estavam avermelhados.

– Então, me diz ai, por que você estava me seguindo? – Lily perguntou

– Eu só queria entregar seu livro – James deu de ombros e entregou o Livro de Jogos Vorazes de Lily, como ela pôde se esquecer – Viu só? Nem precisava ter me cegado, não sou um maníaco sexual – James falou e Lily revirou os olhos – A menos que se queira, é claro.

– Obrigada pela... Gentileza de ter me trago o livro, Potter.

– Não há de quê, bela dama - James fez uma reverência ridícula para Lily – Mas você pode me agradecer com um jantar a luz de velas.

– Vai sonhando – riu-se Lily e virou as costas para James que decidiu não segui-la mais, ele teria paciência com Lily, mais cedo ou mais tarde ela iria ser dele, ninguém resistia a James Potter e Lily Evans não seria a primeira