Treinado Para Vingar-se escrita por Gabriela Alves, Anna


Capítulo 27
24. A Família do Comerciante


Notas iniciais do capítulo

Foi a Gabi que escreveu esse cap, mas ela ficou com preguiça de postar, e como eu sou uma pessoa muito prestativa, estou postando pra ela ^^



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- Bem, então acho que o senhor percebeu. – ele arregalou os olhos e encarou-a. – Sou eu mesma, Annabeth Chase. A filha deserdada de Frederick Chase, o maior comerciante de toda Tróia.

- Vo-você? – ele gaguejou espantado. – Você é Annabeth? – ele chegou perto de Annabeth e ela deu um passo para trás. – Eu... Eu achei que você estivesse morta.

- Pois bem. Saiba que eu estou muito viva. – falou e virou o rosto. – E estou muito melhor sem você do que com. – falou fria.

- Eu fiquei muito triste quando você fugiu. – falou e ela o olhou incrédula.

- Ficou mesmo? – perguntou com raiva. – Deve ter ficado mesmo porque perdeu uma de suas empregadas.

- Não, não foi por isso! – ele falou desesperado e pegou a mão dela. – Eu fiquei triste porque perdi a única lembrança de sua mãe Atena! – sua voz estava carregada de dor. Annabeth puxou sua mão da mão do pai.

- Se fosse assim você não teria fingido que eu não existia e não teria se casada com aquela mulher e não teria me posto para trabalhar feito uma escrava! – ela encostou-se na cerca e olhou para o céu, suspirando. – Mas fez bem, se você não tivesse feito isso eu não teria me tornado o que sou hoje, uma rainha e uma gladiadora.

- Gladiadora?

- Sim, gladiadora, todos esses dezessete anos longe de você eu treinei com Xena, a princesa guerreira. – ela falou e olhou para o céu novamente.

- Ainda assim, eu não deveria ter te tratado daquela forma, você foi a única filha que eu tive com Atena e ela tinha me feito prometer que eu ia cuidar de você... E eu não fiz isso... Eu quebrei a promessa que fiz a ela em seu leito de morte. – Frederick tirou um colar que estava usando, que estava escondido entre suas vestes. – Sua mãe estava usando esse colar no dia de seu parto.

            Ele se aproximou de Annabeth, pegou sua mão e colocou o colar nela. Ela olhou o colar, era uma cabeça de coruja de metal muito bem feita, com rubis nos olhos, chegava a ser tenebrosa, mas Annabeth achou bonito.

- Eu ia te dar isso quando você se casasse, mas você se casou sem eu saber, então tome isso de presente, sua mãe ia gostar de te ver usando-o. – Annabeth sorriu, nunca imaginou que um dia o pai poderia ser tão sensível. – Ela o usou no nosso casamento e a mãe dela usou no casamento com seu avô e por assim em diante, o colar é de família, passado de mãe para filha em seus casamentos.

- Pai... – ela falou comovida, ele sorriu.

- Esse é o mínimo que posso fazer depois de tudo aquilo. – ele abaixou a cabeça e Annabeth o abraçou.

- Senhor Frederick... – Percy chegou perto e pegou a mão de Annabeth. – Já que vocês se se resolveram, que tal você e sua família virem para cá, para passarem um tempo aqui para conhecerem Annabeth melhor? – Percy perguntou sorrindo.

- É uma ideia interessante... – Frederick coçou a barba no queixo. – Vou falar com minha família e volto em uma semana.

            Eles apertaram as mãos e Frederick voltou para sua carruagem e partiu em seguida. Annabeth olhou para o colar e percebeu que o metal tinha um feixe na beirada, ela colocou os dedos no feixe e o abriu. Dentro do colocar havia um papel de pergaminho antigo, mas em bom estado, ela pegou o papel e fechou o objeto.

            Ela abriu o papel que antes estava dobrado e viu que ali tinha um pequeno texto escrito com uma caligrafia bonita, era um texto escrito por sua mãe, Palas Atenas, para ela.

            “Annabeth, se você está lendo esta carta é porque eu já estou morta e você acabou de se casar.

            “Sinto muito não ter conseguido passar mais tempo com você, mas em sua gravidez eu adoeci e nem o melhor curandeiro de Tróia consegui me curar, avisando logo em seguida que eu morreria por causa do esforço do parto. Seu nome foi escolhido por mim assim que eu soube que estava grávida.

            “Saiba que mesmo que eu tenha passado poucas horas com você depois de seu nascimento, eu te amei muito e mesmo que agora eu esteja no mundo inferior, eu ainda te amo muito. Espero que um dia nós nos reencontremos. Mas apenas no momento certo.

Com carinho e amor, de sua mãe,

Palas Atenas.

            Os olhos de Annabeth se encheram de lágrimas enquanto ela lia, Percy leu a carta junto a ela sem que a mesma percebesse. Ele a abraçou e ela escondeu o rosto no peito dele, chorando silenciosamente.

- Ei calma, não chore. Está tudo bem. – ele falou mais algumas palavras de conforto enquanto Annabeth tentava ao máximo se acalmar.

- Eu passei 24 anos da minha vida pensando que nunca poderia ter algo de minha mãe, e agora, depois de casada e com uma vida totalmente nova, eu descubro que tinha uma lembrança dela só esperando por mim. – ela fungou e olhou nos olhos de Percy. – Se eu nunca tivesse reencontrado com meu pai, eu morreria sem saber dessa carta... – concluiu tristemente.

- Annabeth, amor, uma hora ou outra você ia acabar pedindo para ter algo de sua mãe, e eu faria de tudo para poder realizar esse seu desejo.

            Ela o olhou nos olhos e sorriu, seus olhos ainda lacrimejavam.

- Você é o melhor amigo e espesso que uma mulher poderia sonhar. – ele corou.

            Ela ficou na ponta dos pés para poder ficar na mesma altura que ele, abraçou o pescoço dele e o beijou. Percy abraçou a cintura dela e quando pararam o beijo ele a tirou do chão e rodou-a no ar em torno de si.

- E você é a melhor, mas bonita e mais inteligente amiga e esposa que um homem poderia sonhar. – ele sussurrou em seu ouvido ao coloca-la no chão.

            Uma semana depois

            Percy e Annabeth estavam andando a cavalo na campina perto do castelo, os dois resolveram não se afastarem muito do castelo, por Frederick havia dito que voltaria em uma semana e naquele dia havia completado uma semana desde sua volta para Tróia.

            Depois de um tempo, eles pararam para descansarem e para dar água e frutas e vegetais para os cavalos. Percy deu cenouras e maçãs para Blackjack e Porkie enquanto Annabeth ia para a sombra de uma árvore e sentava-se na grama. Depois de alimentar e dar água para os cavalos Percy sentou-se junto a Annabeth, então os dois ficaram ali conversando e namorando.

            Até que depois de mais ou menos uma hora um dos guardas do castelo chegou a cavalo e parou perto deles, ele desceu do cavalo e foi até Percy e Annabeth. Ele ficou de joelhos e os dois se levantaram.

- Qual o problema? – Percy perguntou.

- Nenhum, meu senhor, só vim para avisar que o senhor Frederick Chase chegou.

- Certo, obrigado por avisar, agora volte para o castelo e peça-o para nos esperar no salão dos tronos. – Percy falou. – Está dispensado.

            O guarda se levantou, subiu no cavalo e voltou para o castelo. Percy e Annabeth subiram em seus cavalos pouco tempo depois e voltaram para o castelo. Eles pararam em frente ao castelo e Percy desceu de seu cavalo e foi ajudar Annie a descer do dela.

            Os dois entraram no castelo sem pressa e foram caminhando até a sala de tronos. Eles chegaram à sala de tronos e sentaram-se nos tronos enquanto os meio-irmãos mais novos de Annabeth os olhavam surpresos.

            A mulher de Frederick olhava para Annabeth com uma das sobrancelhas levantadas, como se ainda duvida-se que ela era casada com o rei. Percy apoiou um dos braços no apoio e apoiou a cabeça na mão.

- Olá Frederick. – falou. – Como vão as coisas?

- Vão muito bem. – falou. – Bem, Annabeth sabe quem são aqui, mas o senhor não sabe, então vou te apresentar cada um deles. – ele virou-se para a mulher. – Essa é a minha esposa, Larissa, e esses são meus filhos, Alexandre e César. – [n/a: mudei o nome deles porque é muito estado-unidense, sei que o nome de Frederick eu não mudei, mas ele eh uma exceção junto com alguns outros personagens.]. – O mais alto é Alexandre e o mais forte é César.

- Certo. – Percy fez um sinal de cabeça, cumprimentando-os. – Prazer em conhecê-los.

            Eles ficaram um tempo conversando e minutos depois um serviçal foi avisá-los de que o almoço já estava pronto. Eles se dirigiram até a sala de jantar, que era onde eles faziam todas as refeições.

            Annabeth estava começando a se dar bem com seu pai e sua madrasta, estava tudo ocorrendo perfeitamente bem, como sempre deveria ter sido, as coisas estavam começando a entrar nos eixos.


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Notas finais do capítulo

Nada a declarar.



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