#Tori:

-Como ele esta?-Perguntei ao médico que saia do quarto.

-Não esta muito bem mas...uns dias aqui e ele vai melhorar, alguns traumas internos, e varios hematomas, e também apenas uma torção no tornozelo, mas ele vai sobreviver.-Ele falou como se fosse a coisa mais simples do mundo.

-E sua amiga ali?Ela esta esta bem?-Ele apontou para a Jade, ela estava sentada na sala de espera, com as mãos no colo, balançando as pernas sem parar.

-Sim.

-Quem é ela?

-A na...amiga dele, melhor amiga, ela esta muito preocupada, não pode deixa-la ver-lo só por um minuto?.

-Esta bem, mas só ela.

Chamei a Jade, ela estava péssima, o rosto pálido mais que o normal, muito nervosa, com as mãos tremulas.

-A Srita. tem cinco minutos.

#Jade:

Entrei no quarto, era extremamente branco, com apenas cortinas azuis dando um toque de cor.Cheguei mais perto dele, e aquele sentimento me consumiu novamente, entrei em desespero, e corri para seu lado.A pele pálida, um olho roxo, os braços também com hematomas.Aquilo me apavorou, eu passava a mão pelo seu cabelo, descendo levemente pelo seu rosto,e mais levemente sussurrando seu nome sem parar.

De repente entra o médico novamente, deizendo que meu tempo ja havia acabado, mas só?nem deveria ter se passado cinco minutos, mas como não tive escolha sai do quarto e fui me encontrar com a Tori no corredor.

-Ja sabem quem vai ficar aqui esta noite?-O médico perguntou.

-Como?-Disse a Tori.

-Bem, uma de vocês pode ficar aqui com ele durante a recuperação, mas apenas uma.

Nos entre olhamos, eu sabia que a Tori queria ficar aqui, por mim poderia ser, mas aqule sentimento tomou conta de mim novamente, fazendo me desesperar, querendo implorar para ela me deixa ficar pelo menos esta noite.

-Jade.-Ela disse me arrastando para um canto no corredor .-Quer ficar aqui esta noite?-Ela me pegou de surpresa.

-Sim.-Falei segura e firme.

-Muito bem.É você?Excelente.Nós ja tiramos o sedativo, ele vai acordar amanhã talvez.

-Jade amanhã eu venho ver como vocês estão.Certo?.

Assenti com a cabeça, e ela se foi, fiquei no quarto durante um tempo, antes das dez sai e fui na outra esquna (comprar café para mim).A noite o café não ajudou muito, estava esgotada, mas acordava de vez enquando ouvindo ele tossir, ou pedir agua, sempre atendia seus pedidos,mesmo que ele me acordasse.Pelas quatro ou cinco da manhã o sono e o cansaço me consumiram, esgotando todas as minhas energias fazendo com que eu dormisse debruçada na cama, mas sentada na cadeira.

#Beck:

-Como deixaram ela entra aqui?

-Clama querida...Olhe ele esta acordando, chame-a para ver ele.

-Chame-a você.

Vozes se passavam na minha cabeça.Bem não éram exatamente vozes, ouvia as pessoas falarem, mas...não conseguia assimilar direito .Meus olhos estavam entre abertoS, vendo uma cama branca, e na minha frente meus pais, virei a cabeça um pouco mais para o lado e via alguem sentado ao meu lado, com a caça no colchão branco.

-Jade,acorde, ele esta acordando.-Falou o meu pai,mas ela apenas resmungou algo e voltou a dormir.

-Beck.-Meu pai falou, e imediatamente ela acordou, e se levantou da cadeira, falando varias vezes meu nome.

-Ele esta acordando.-Meu pai repetiu novamente,ela se virou para mim, e chegou mais perto ainda.

-Beck,Beck tudo bem, como esta se sentindo, esta bem?.-Ela dizia enquanto passava as mão pelo meu rosto.

-Jade?-Falei com a voz rouca e fraca.

-Sim,Sim sou eu...

-Eu..eu tive um sonho muito...muito estranho...-Mas fui interrompido por um homem de jaleco que deveria ser um médico.

-Ei,ei,ei, não pode entrar tanta gente aqui, apenas um.Quem são voces?-Ele perguntou apontando para os meus pas.

-Somos os pais dele.

-Bem só um pode ficar aqui.Ele escolhe quem fica.

-Mãe...-Falei.-Eu ja chamo vocês, por favor deixe eu conversar com ela repido-Ela não pareceu muito feliz, mas foi esperar la fora.

-Jade...eu tive um sonho horrivel, você pedeu a memória, e não me amava, foi horrivel.O que aconteceu?Onde eu estou?.

-Beck.Aqulo...aquilo não foi um sonho, esta no hospital, foi aspancado por um grupo de motoqueiros.

-Então...então aquilo tudo éra real?

-Sim-Ela falou do jeito mais doce do mundo.Aos poucos as lembranças voltaram,e novamente me lembrava da terrivel verdade.De todos os acontecimentos com clareza, e a cada vez que me lembrava deles ficava mais triste, sentindo aqule aperto no peito, que me consumia tanto.

-Beck-Ela disse.-Você vai melhorar, eu...eu vou ficar aqui durante isso.

-Não...É melhor você ir para casa, esta esgotada, provavelmente eu não te deixei dormir.A quanto tempo estou aqui?.

-Bem, dois dias.Como esta se sentindo.

-Bem...enquanto não me mexer e nem respirar muito...estou bem-Eu vi o cansaço nos seus olhos.Aqueles lindos olhos, que me hipnotizavão, cheios de lagrimas de alegria, mas ao mesmo tempo meio vazios, como se algo faltasse neles.

-Jade.-Falei.-Va para casa, esta esgotada.-Ela recusou com a cabeça, passando a mão pelo meu rosto, enquanto lágrimas pretas caiam nos lençois.-Va provavelmente ainda vai demorar para que eu saia do hospital.

-Esta bem.-Ela disse segurando o choro, mas deixando caír algumas lágrimas.

-Não chore.-Disse passando a mão em seu rosto, limpando as lágrimas que escorriam.-Eu...eu vou melhorar, você vai ver.

Ela saiu pela porta, ainda triste por me deixar aqui.Mas...por que a nova Jade se importa tanto comigo?Ela mesma pediu para me afastar dela.E eu desisti dela, agora somos apenas amigos, bons amigos.

#Jade;

Sai pela porta, limpando as lágrimas que escorriam do meu rosto, no caminho encontrei com os pais dele, a mãe parecia não gostar muito de mim, mas o pai chegou até a ficar triste por me ver chorando. Provavelmente Tori,André,Cat,Robbie e mais alguem iriam visitar o Beck, sorte que hoje era sabado,não teria de ir para a escola.

Fui direto pra casa, pra variar meus pais não estavam (grande novidade), subi e fui direto pro quarto, me sentei na poltrona preta, em frente a Tv, com uma xícara de café na mão, aos poucos meus olhos se fechavam mais e mais, e quando me dou conta ja estou adormecendo.

Uma leve luz pairava em meu rosto, fazendo com que me mexesse para tirar aquela luminosidade que me encomodava, mas não foi isso que conseguiu me despertar.Com aqule silêncio, calmo tranquilo, veio uma música, Rock misturado com um pouco de Pop.Meu toque de celular.

Acordei com aqule som horrendo, que faziam com que meus ouvidos doessem.Ainda com os olhos fechados e meio desorientada, procurava de onde vinha a música.

-Alô...-Falei com a voz rouca, fraca e com a garganta completamente seca.

-O QUE?.

-Estou indo não saia dai antes que eu chegue.

Desliguei o telefone, peguei o carro e fui novamente para o hospital.Sai correndo ao chegar, novamente para o quarto dele, mas ele ja não estava lá, parei ja no corredor, e pude velo, se apoiando na Tori, agora ja com roupas limpas que seus pais devem ter trasido, o pé enfaixado, o rosto ainda pálido, e com alguns hematomas a vista.

-Por que não me chamou?-Perguntei a ele.Ele virou o rosto para mim, e com um breve sorriso tentando disfarçar a dor que sentia disse.

-Oi.Não esta com frio?

Olhei para mim mesma, passando as mãos pelos braços, sentindo a pele arrepiar do vento que soprava.Estava de regata.Claro, em casa estava muito quente então troquei de blusa por um insatante, mas nem tinha percebido.

-Tome.-Ele disse me estendendo seu casaco.

-Não precisa.

-Deixe de ser teimosa.-Ele colocou o casaco sobre meus ombros e eu o abracei, tão quentinho.

-Porque não me ligou?.-Perguntei novamente.

-Não queria te encomodar.Estava tão cansada que...achei melhor não ligar.-Ele disse.

Fomos até sua casa, Tori e eu o carregamos para dentro do RV,deixando ele deitado na cama com o pé enfaixado para cima, com travesseiros nas costas e uma xicara de café na mão.

-Mais alguma coisa Beck.-Falou a Tori.

-Não.Na verdade nem precisavam ter me trasido.Ligava para os meus pais,ja se encomodaram demais comigo.

-Que nada.-De repente os pais dele abrem a porta, os deixamos a sos, agora com a companhia deles.

-Jade.-Disse a Tori, enquanto a levava para casa.-O que houve com você?.

-Quando?

-Quando o Beck estava desmaiado, Você entrou em pânico.

-Eu...eu não sei do que esta falando.

-Claro que sabe, entrou em pânico, começou a gritar e tudo mais.

-Tori...é que sempre que...que algo acontesse com ele, eu tenho um troço...entro em pânico, como se fosse mais forte que eu.Mas não quero falar disso.

Seguimos caminho, deixei ela em sua casa e segui para a minha, amanha voltaria as aulas e tinha muita coisa qe fazer.