POV ZIA

O táxi nos levou até perto do vortex, mas há mais ou menos 50 Km o taxista se parou o carro, se negando a nos levar até ‘aquele buraco enorme no meio do céu’. Depois de largar nossas malas no chão, ao nosso lado, ele simplesmente entrou no carro e... foi-se. Então, como somos magos muito inteligentes e poderosos, fomos até o vortex de outra maneira rápida e eficiente:
Andando.

Assim que chegamos ao centro do vortex, vimos um mago posicionando velas em um tipo de círculo com um pentagrama desenhado no centro, enquanto o outro falava (ou cantava, não faço ideia…) um encantamento. Ficamos abaixados, escondidos atrás de uma pedra grande o suficiente para ocultar todos nós e mais alguém.

Pude dizer que Sadie estava pensando em Anúbis, desejando que ele estivesse ali com a gente.

Voltei a olhar para os magos. Um deles, o que não estava cantando, pegou uma espécie de poção e o circulo começou a brilhar, me fazendo preocupada.

Então, antes que pudessemos pensar em bolar um plano ligeiramente inteligente, Sadie fez um ato de coragem e inteligencia estratégica (preciso para de andar com a Sadie, sarcasmo é contagioso…). Ela levantou e gritou:

– EI!

POV ANUBIS

Depois que Shu me prendeu, fui levado para o castelo dos deuses, para que meu amor por Sadie não interferisse nos acontecimentos, fiquei como uma criança pequena, fazendo birra e berrando para que os outros deuses me deixassem ir ajudar Sadie. Obviamente eles apenas me ignoraram, até que decidi parar de berrar e tentar escutar o que Rá e Háthor estavam falando.

– Então você deu o feitiço a ela?

Perguntou Rá. Isso me chamou atenção. Será que eles estavam falando da Sadie? Hathor assentiu, sorrindo.

– Sim.

Respondeu.

– E explicou as restrições dele?

Perguntou Rá, parecendo preocupado. Hathor ficou nervosa.

– Err...

Como assim? Espera ai, será que é o feitiço...

Continuei ouvindo,sem prestar atenção em mais nada. Até que descobri que eles estavam falando mesmo DAQUELE feitiço. Senti o sangue fugir de meu rosto, provavelmente me deixando mais pálido do que o normal. Mas não me importei. Comecei a gritar, enquanto os deuses me seguravam.

– COMO ASSIM? POR QUE VOCÊS FIZERAM ISSO? VOCÊS VÃO MATÁ-LA!

Os deuses ficam assustados com minha reação, mas não me soltaram.
Rá me olhou com pena.

– Não há como impeder. Esse é o destino dela Ánubis, ela tem que salvá-los!

– NÃO!