I Cant Help But Smile escrita por londoneyedgirl


Capítulo 3
Capítulo Dois - Sugar sugar top


Notas iniciais do capítulo

Eu enrolei MUITO pra esse capítulo sair. Acontece que eu escrevo mais á noite, e como eu comecei a estudar pela manhã apenas este ano, eu to meio perdida e quando eu chego, eu capoto na cama. Mas tá aqui o novo capítulo. Espero que gostem e que alcancem suas expectativas!



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Capítulo Dois

Eu estava chorando litros na cena em que a Sophie e o Charlie se desencontram logo depois de encontrarem o Lorenzo (de verdade) quando ouvi minha campainha tocar insistentemente. Eu estava tão focada no filme que tomei um susto logo com a primeira campainha, dando um pulo involuntário na cama e caindo de bunda no chão. Revirei os olhos e comecei a xingar a pessoa que havia tocado a campainha; nem me lembrava mais que provavelmente era a Magá.

Apertei o botão do ‘pause’ no controle do DVD e peguei o celular, pronta pra ligar pra Magá e perguntar onde ela estava. Pelo visto, quando a pessoa cai de bunda no chão, a queda afeta a cabeça também. Sacudi a cabeça e desci as escadas, correndo até a porta, onde a pessoa que me esperava ainda apertava o botão da campainha loucamente.

Abri a porta apenas pra dar de cara com Magali. Percebi minha estupidez e reprimi uma risada com muito esforço, apenas pra não ter que explicar para a minha melhor amiga. Abri um sorriso enorme e espontâneo enquanto ela me encarava com uma cara de “eu sei o que você fez na sua vida toda” misturada com um sorriso meio “eu quero saber o que eu ainda não sei de você, vaca”.

“Sua cara tá me assustando, Magá.” Falei fingindo uma expressão assustada e fiz bico. Ela entrou, passando por mim e fechando a porta. Ela foi para as escadas e eu a segui, rindo. Eu acho que eu tenho problemas, porque eu só tenho amiga louca!

“Quê isso, chuchu do meu repolho. Eu só quero saber o que aconteceu contigo; é pura preocupação, poxa.” Nós chegamos ao topo da escada e entramos no meu quarto. Me joguei na cama, sentando-me tipo indiozinho e ela se sentou na mesma posição que eu. Sabe, a posição indiozinho? Eu nem sei se índios sentam assim, mas desde pequena me falavam que a posição se chamava indiozinho, então nunca questionei.

“Tu não pode falar de comida, tá? Eu to comendo feito uma por- Não! Eu to comendo feito uma Magali de 6 anos!” ela me deu um tapa no braço e deu língua pra mim enquanto eu ria histericamente. Dica: Se uma panela de brigadeiro te anima, uma Magali faz isso mil vezes melhor. Sem desmerecer o brigadeiro, é claro. Ele é quase meu marido, estamos resolvendo os papéis do casamento ainda.

“Xiu, sua chata. Agora eu quero saber o que aconteceu pra você não ter ido ao jogo e porque você tava tão cabisbaixa quando eu te liguei.” Eu me joguei pra traz, tentando procrastinar a resposta, mas eu sabia que ela não ia deixar. Menina curiosa. “Desembucha, Mô!” ela deitou do meu lado e começou a me cutucar. Depois de uns segundos, era bem irritante.

“Tá, tá, tá, tá! Menina insistente, nossa, na boa!” Fiz bico e me sentei de novo, olhando pra ela. “O Cebola... Ele disse coisas pra mim. Ele disse ‘verdades’” fiz aspas no ar enquanto ela agarrava a almofada, seus olhos grandes focados em mim. “Verdades que me machucaram muito.” Eu olhei pra baixo ao mesmo tempo em que sentia um aperto no coração; a verdade é que doía mais do que eu poderia saber. Muito mais.

“Awn, amiga. Não fica assim, ele não te merece. Você é linda e independente, você não precisa do troca-letras.” Magali se sentou, ficando de joelhos e me abraçando apertado. “Não tem problema se você quiser chorar; você sabe disso, certo?” assenti furiosamente, mas ainda assim não chorei. Eu havia prometido á mim mesma; não quebraria aquela promessa.

“Você se importa se eu não falasse o que o Cebola disse? Eu não queria ter que repetir tudo de novo...” Magá me afastou rapidamente, me perguntando apenas com os olhos inquisidores. Logo que percebi o que eu havia dito, o arrependimento bateu na porta e eu abri. Apesar de que eu estava curiosa pra saber como eu me sentia em relação ao DC e vice-versa, e toda a questão de tudo que ele havia dito pra mim, eu estava com medo de me iludir. De novo.

“Me explique essa história direito, Mônica.” Seus olhos estavam fixados nos meus e eu não tinha coragem de olhar pra outro lugar que não fossem os seus. Ok, isso pareceu romântico, mas não é. Na verdade, era assustador porque ela tinha no rosto a expressão mais maníaca que um ser humano pode fazer. Uma expressão meio alienígena, talvez.

“Hum, depois que o Cebola me disse o que ele disse, eu fui correndo pro campinho e fiquei lá. Um tempo depois, o DC apareceu e perguntou o que havia acontecido, e depois de muita insistência da parte dele, eu contei e ele...” me bloqueei naquela parte e suspirei, lembrando de tudo que ele havia dito.

“Ele o quê?” Magali começou a me sacudir e eu acordei pra realidade. Mas eu ainda pensava nos olhos escuros e preocupados do DC.

Então contei á ela tudo que o DC fez e falou. E minha reação, e como eu quase saí correndo. Eu estava assustada, e ainda estava enquanto contava á Magá. Mas tinha que ser feito; eu sabia que eu não conseguiria manter aquilo pra mim. E eu nem preciso contar como foi a reação da Magá, não é? Pra definir em poucas palavras, foi tipo: extremamente ensurdecedor.

“ELE GOSTA DE VOCÊ E ELE É BEM MELHOR DO QUE O CARECA!” e milhões de outras palavras falando como a gente combinava e coisa do tipo. Minha reação á reação dela foi pura vergonha alheia.

“Magali, agora é a hora que você lembra que nós dois não temos nada e que ele me deu um fora. Lembra? Um F-O-R-A.” soletrei pra ver se ela entendia e ela me deu um tapa leve na cara.

“ACORDA, MÔNICA. Ele gosta de você, e você não sabe disso. E daí que ele te deu um fora? Eu acho que...” a olhei com um olhar congelante e a interrompi.

“Você não acha nada, xiu. Agora, o que eu realmente preciso é uma noite pra me animar... E você sabe o que isso significa.” Dei um sorriso maníaco parecido com o dela e ela me respondeu do mesmo jeito. Ela correu pro meu laptop e conectou o cabo USB ao mesmo, plugando o outro lado no som do meu quarto.

Enquanto eu dava uma geral básica no meu quarto (eu ia arrumar!), Magá abria o iTunes no meu laptop e deu ‘play’ para que começássemos nossa pequena ‘festa’. A música Lollipop (Candyman) do Aqua logo encheu nossos ouvidos enquanto nós corríamos pra ajustar o som. Deixamos num volume razoavelmente e, depois disso, foi tudo alegria. Tudo mesmo.

Nós dançávamos enquanto fazíamos nossa lista de coisas para fazer naquela noite (e madrugada). Aproveitaríamos que ainda era sábado, e decidimos fazer um sorteio. Sorteamos os papeis e fomos colocando na ordem.

1. Fazer as unhas

2. Tomar conta dos cabelos (sério, Mô, seu cabelo parece um ninho no momento)

3. Tomar banhos bem preparados e relaxantes

4. Assistir filmes enquanto os cabelos se hidratam

5. Comer loucamente porque essa noite nós podemos

6. Assistir mais filmes

O comentário do item dois é da Magali, obviamente. Ela é uma fofa, não? Incrível a capacidade que ela possui de ser delicada. Mas voltando á nossa noite, nós fizemos nossas unhas e, apesar de que Magali queria que eu pintasse as minhas unhas de vermelho-sangue, apenas optei pelo preto. Mudar de vez em quando é legal, certo?

Eu estava ajudando Magá a pintar as unhas da mão esquerda quando meus pais chegaram. As unhas dos meus pés ainda não haviam secado, então desci as escadas com o maior cuidado. Sabe como os pingüins andam? Então imagine isso com o fato de que eu estava pulando as escadas. Não foi uma experiência muito interessante.

Abracei meus pais, conversei um pouco e me despedi, dizendo que iria para o quarto, e que Magá esperava por mim. Subi do mesmo jeito que havia descido, mas foi pior. Mó sofrimento, mas fazer o que? Cheguei ao meu quarto pra encontrar a Magá tentando pintar as unhas da sua mão esquerda. Ri com a visão e fui ajudá-la. Logo acabamos e ficamos um tempinho assistindo filme (eu não tinha esquecido que ainda faltava o final de Cartas pra Julieta, tá?).

Quando nossas unhas haviam FINALMENTE secado, partimos pra parte mais difícil. O cabelo. E não era só porque, segundo a Magá, meu cabelo estava ‘um ninho’. Era porque ela ia me interrogar loucamente, tentando tirar tudo o que eu acho sobre o DC. E se você quer saber, caro leitor: ela sempre consegue.


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Notas finais do capítulo

Review se gostarem, se não gostarem... Se vocês quiserem, vocês podem mandar idéias que vocês têm e eu posso escrever, já que eu tenho a ideia certa na cabeça, mas podem acontecer certos eventos no meio disso tudo...
Se quiserem falar comigo por outro lugar, tem o meu tumblr (london-eyed-girl) e o meu twitter, o @CatHarvelle :)



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