I Cant Help But Smile escrita por londoneyedgirl


Capítulo 2
Capítulo Um - My faith has lost its strength again


Notas iniciais do capítulo

Eu estou CHOCADA com os reviews. Na verdade, eu acho que sem os reviews que eu recebi, eu nunca teria conseguido escrever o primeiro capítulo. Tá bom que eu to com medo de não ser tão bom quanto vocês esperaram, e eu reescrevi umas três vezes antes de ficar de um jeito... Aceitável. A frase do título é da música "World of Chances" da Demi Lovato, e acho que, se vocês ainda não perceberam pelo meu icon, vocês percebem que eu sou uma GRANDE fã dela.
Espero que gostem, e por favor, me avisem o que vocês gostaram e o que vocês não gostaram!



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Capítulo Um

“Mô? O que houve?” Sua voz poderia ser comparada a do deus Apolo, o deus da música. Mas rápido como ele apareceu, lembrei de que eu estava me demonstrando fraca na frente de uma pessoa. Uma pessoa que não é a Magá.

Ele não deveria estar ali. Todos os garotos (e garotas) estavam no campeonato de basquete que estava tendo naquele exato momento no colégio. Eu sabia disso porque eu ia assistir para torcer pelo... Não importa.

(Não mesmo.)

Levantei minha cabeça, que até então estava abaixada e apoiada á meus joelhos, e olhei nos fundos olhos negros de DC. Sua expressão estava suave, mas seus olhos estavam tão cheios de preocupação que quase acreditei que ele se importava por mim genuinamente. Mas como ele se importaria comigo se ele nunca foi tão próximo de mim, e da última vez que nos falamos de verdade e sozinhos, ele recusou meu pedido de uma aproximação (maior)?

“Nada. Eu... Eu estou bem, e se não estou, irei ficar.” Levantei-me bruscamente e comecei a andar no caminho para minha casa. Vi, pela visão periférica, DC se levantar e começar a me seguir.

Andamos por alguns metros até que ele me puxou pela cintura e me virou agilmente, deixando meu rosto a poucos centímetros do dele. Minhas mãos se espalmaram contra seu peito e eu o empurrei um pouco para longe, mas seu braço direito continuou na minha cintura. “Conversa comigo, Mônica.” Ele olhava nos meus olhos como se soubesse tudo sobre mim; até mesmo meus segredos mais secretos. Os que ninguém sabia além de mim.

“E se eu dissesse que não é da sua conta?” falei rudemente, na esperança de que ele me soltasse e voltasse a cuidar de sua própria vida, como aconteceria com qualquer outra pessoa. O que não surtiu muito efeito e, na verdade, eu não deveria ter me chocado tanto quando ele se manteve ali, afinal, ele é o Do Contra.

“Eu diria que, por esse exato motivo, é da minha conta.” DC me olhava tão intensamente que eu já não sabia mais o que fazer. Admiti minha derrota ao suspirar, levantando meus braços como sinal de rendição e revirei os olhos, dando um muxoxo.

“O Cebola disse que não gosta de mim. Disse que eu não sou boa o suficiente pra ele e que não me agüentava mais. Simples, não?” Ele me pareceu atordoado e disperso, como se quisesse entender o que eu havia acabado de dizer. Aproveitei esse momento dele e me soltei de seu braço, voltando a andar em direção á minha casa.

Não demorou muito para que ele voltasse a andar atrás de mim, mas eu o ignorava. O que eu realmente precisava era muita comida, sorvete, filmes tristes e, depois, um filme com o Johnny Depp pra me animar. Não precisava de menino nenhum; precisava me isolar.

“Então você vai se deixar abater por um menino cujo sonho sempre foi vencer você?” ouvi ele gritar atrás de mim e subitamente parei. De repente, o que ele dizia estava me interessando muito. “A partir do momento em que você acreditou nas palavras do careca, você deu o troféu para ele.” Me virei e o observei chegar perto de mim, sentindo algumas lágrimas tentando sair novamente. Ele parou na minha frente e levantou uma mão, acariciando minha bochecha. “Você é melhor do que ele.”

O silêncio nos momentos seguintes era muito desconfortável, mas nenhum de nós ousava quebrá-lo. Eu simplesmente olhava para baixo, brincando com o bracelete preto e enorme no meu pulso esquerdo que eu adquirira há alguns meses atrás.

A verdade é que eu sou mais frágil do que pareço. Sou uma ótima atriz, não? Provavelmente, sou melhor atriz do que cantora. Digamos que minha vida é uma mentira; ou pelo menos 1/4 dela. Mas ninguém precisa saber disso, claro. Tudo que Do Contra havia dito era verdade, e eu não me atrevi a negar. Novamente, tive a sensação de que DC sabia mais do que aparentava saber, e aquilo me assustava.

Levantei minha cabeça e olhei nos seus olhos, procurando por sinais de mentira.  Não tive muito tempo para isso, já que ele logo me abraçou. Ficamos ali por alguns minutos até que percebi que já estava tudo escuro. Dali á alguns minutos, meus pais chegariam e estranhariam a minha ausência em casa. Com o pouco de sanidade que eu havia mantido pela tarde toda, me soltei de DC e engoli em seco. Havia algo estranho comigo, algo que eu não fazia a menor idéia do que era.

Eu estava sentindo falta do calor dos braços dele em volta de mim. Isso não era normal, era?

“Tenho que ir.” Apenas aquelas palavras o fizeram entender, e então ele se inclinou, dando um beijo na minha testa como qualquer filme de romance clichê. O que me assustou, já que ele não era sempre tão parecido com todo mundo; mas talvez ele soubesse de que era exatamente aquilo que eu precisava naquele momento.

“Se cuida.” Ele falou e eu assenti lentamente, dando-lhe as costas e andando até minha casa. E, parecendo comum demais ou não, eu não olhei pra trás. Minha mente se fixava naquelas seis últimas palavras que ele me falou, aquelas que atingiram meu coração como uma flecha. E, por alguns segundos, senti raiva de mim mesma.

Eu me importei com o que Cebola havia dito. Eu não podia fazer isso; eu não devia fazer isso. Eu havia agido fracamente, e eu não sou fraca. Simplesmente não sou. Eu sou forte e não necessito de ninguém...

Ou eu achava. Eu realmente acreditava nisso, mas a verdade é que, a partir do momento em que eu senti falta do abraço de DC, meu coração (e todo o meu corpo) já pertencia á outra pessoa que não era eu. Só me levou um tempo maior pra perceber aquilo.

Entrei em casa e fui pra cozinha. Eu me sentia razoavelmente melhor, na verdade. Cheguei a fazer piada sobre como parecia a Magali há alguns anos atrás, correndo para a geladeira. Peguei sorvete, fiz pipoca, peguei refrigerante, fiz brigadeiro e levei tudo pra meu quarto, voltando pra sala e pegando uns dez filmes. Voltei pro meu quarto de novo e coloquei Cartas pra Julieta, deitando na cama logo em seguida e começando a assistir.

Em algum momento, no meio do filme, me peguei pensando no DC. Depois de minha tentativa (extremamente frustrada) em relação á ele, nós havíamos nos afastado mais do que nunca, então achei que ele não gostasse de mim.

E foi aí que eu caí na real e me repreendi por pensar nele como se ele gostasse de mim. Ele havia me recusado; como ele gostaria de mim assim? Sacudi a cabeça e voltei a assistir ao filme, enquanto jogava mais uma mão cheia de pipoca pra dentro.

Incrivelmente, eu estava feliz. Sentia-me livre, como se pudesse fazer qualquer coisa – e eu podia. Eu babava no Chris Egan quando ouvi o início de Unbroken, da Demi Lovato, começar em algum lugar do meu quarto. Dei pause no filme e saí á procura do meu celular, enquanto praticamente dançava ao som da música. Não demorei muito á encontrá-lo debaixo dos meus (extremamente bagunçados) cobertores.

Ouvi um pouco mais da música, mas assim que peguei o celular e li no visor “Magá”, atendi rapidamente, me jogando na cama, olhando pro teto e, logo depois, apoiando minhas pernas esticadas na parede.

“E aí, gata sedutora?” perguntei brincando, olhando pras minhas unhas.

“NÃO ME VENHA COM BRINCADEIRAS, DONA MÔNICA SOUSA. PORQUE VOCÊ NÃO ME ATENDEU ANTES? EU QUASE TIVE UM AVC AQUI, VOCÊ TEM QUE PARAR COM ISSO. PRA COMEÇAR, VOCÊ NÃO FOI PRO JOGO DE BASQUETE...” lembrei de tudo que havia acontecido mais cedo e dei um muxoxo, engolindo em seco. Logo ignorei a tristeza que tentava me dominar e voltei a prestar atenção á minha amiga surtada. “...E AINDA DEMORA PRA ATENDER MINHAS LIGAÇÕES! MEUS POBRES NERVOS, PARECE QUE VOCÊ NÃO TEM O MÍNIMO DE RESPEITO PELOS COITADINHOS QUE ESTÃO SOFRENDO DE NERVOSO.”

“Melhor agora?” perguntei e a ouvi bufar irritada. “Eu estou bem, ou pelo menos, eu acho... Mas enfim, que tal uma noite do pijama só nossa? Eu realmente preciso falar com você, Magá.” Suspirei.

“Ai meu deus, você falou com o seu tom de voz triste. Estou indo, estarei aí daqui a 15 minutos.” Revirei os olhos e fiz um ‘aham’ rápido. E eu ainda não sei como eu ainda me surpreendo com a Magali sobre como ela me conhece tanto. Ás vezes parece que ela me conhece mais do que eu á mim mesma.

“Ok, te vejo daqui a pouco. Se você correr, você pode chegar a tempo de ver o Christopher Egan em Cartas pra Julieta.” Falei e desliguei o celular, rindo. Eu sabia que ela surtava por causa do Chris Egan, porque o ator lembrava o professor (ou seria o contrário? Não sei dizer).

Deitei-me de barriga pra baixo e apertei o ‘play’ para continuar a assistir e esperar ansiosa pela Magá. Ansiedade não me ajuda muito: me faz comer como louca. Fiz o que as pessoas esperariam da Magali há alguns anos atrás: ataquei a panela de brigadeiro. Sem culpa.


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Notas finais do capítulo

Eu me esforcei MESMO pra fazer esse capítulo sair hoje, mas eu não sei se vou conseguir escrever todos os dias. Não quero ser chantagista (não sou né), mas eu realmente escrevo mais rápido quando eu tenho motivação. Quando eu não tenho, eu acabo procrastinando e aí, minha inspiração me abandona (ela realmente não me ama; ela só aparece de vez em quando, essa bitch).
Review se tiverem gostado, se não tiverem gostado, se não tiverem lido ou qualquer algo assim. Mentira, não review se não tiverem lido, pf =[



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