I Cant Help But Smile escrita por londoneyedgirl


Capítulo 4
Capítulo Três :: You can bet I didn't expect that


Notas iniciais do capítulo

Okay, podem me matar. Vocês podem me matar, me ressuscitar,me matar de novo, me clonar, matar todos os meus clones, cortar meu corpo em mínimos pedacinhos, bater no liquidificador e jogar em diferentes rios por todo o Brasil. Podem me tacar pedras: eu deixo. Eu sei que eu deveria ter atualizado isso há séculos, mas eu realmente não to bem. Não vou encher vocês com meus problemas e tal, e eu realmente quero escrever essa fic. Então eu simplesmente sentei, ás 23h do dia 10 de março de 2012 e escrevi. Acabei de terminar e to postando. De novo, espero que alcance a expectativa de vocês, e podem relaxar, a Mô vai começar a interagir de verdade com o DC logo, logo.



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Capítulo Três

Tentei enrolar o máximo que pude; até pedi para que eu a ajudasse com o cabelo antes! Mas ela rapidamente usou o argumento de que “seu cabelo está pior, Mô. Eu estou genuinamente preocupada contigo, e você precisa esfregar na cara do careca que você não precisa dele.”. Obviamente, ela me convenceu com a última parte, mas não é como se eu pudesse combatê-la. Qual é, ela brigava por comida!

Ela foi preparar a banheira enquanto eu colocava um biquíni pra entrar na banheira. Vesti um biquíni vermelho que me lembrava dos meus antigos vestidos, tornando-se assim meu preferido. Fui até o banheiro e encontrei uma Magali sentada numa cadeira, brincando com suas unhas tediosamente. Ao perceber minha presença, ela me olhou e riu.

“Nossa, se o DC te vê assim, eu acho que ele desmaia.” Ela falou brincando, mas logo sua expressão tornou-se realizada. A expressão que ela usava sempre, sempre me assustava. Nunca era coisa boa, certeza. Ela abriu um sorriso malicioso. “Que tal nós irmos para o clube amanhã? Eu tinha até esquecido de que a Carmem e a Dê haviam falado com a gente durante o jogo. A Carmen nos contou que queria nadar e pegar um bronze amanhã, então convidou a todas nós!”

“Eu acho que não vai dar, Magá. Sabe, eu não acho que, sabe, a gente consiga acordar cedo amanhã. A gente ainda vai assistir filmes e comer, então eu realmente duvido.” Eu tentava pensar numa desculpa mais convincente, mas parecia que minha mente só trabalharia com mais comida. E a Magá só me deixaria comer depois do cabelo, mas daqui pra lá eu já teria perdido a discussão. Suspirei. Não foi um suspiro rápido ou triste, foi um suspiro longo e conformado.

E depois eu que era a teimosa.

Ela colocou as mãos na cintura, pronta pra me dar um sermão como ela faz/fazia com Mingau. Nossa, que legal, agora eu to me comparando com um gato. “Mônica, você tem que entender que não importa o que você queira, nós VAMOS para o clube. Você precisa relaxar, descontrair. E eu não conheço jeito melhor de relaxar do que conversar com as amigas e ver alguns gatinhos. Na verdade, eu não vejo problema nenhum com isso.”

Entrei na banheira sentei-me enquanto ela arrastava a cadeira que ela estava sentada para o lado da banheira em que eu tinha minha cabeça encostada. “Então tá, tia.” Falei ironicamente, cansada de argumentar contra ela. Cansada do dia, cansada da vida. Nossa, que depressivo. Eu realmente não sei como às vezes essas coisas passam pela minha cabeça. Trágico, não?

O sono tomava conta do meu corpo e eu simplesmente não conseguia afastá-lo e, para ser sincera, eu não queria. Sabia que seria mais fácil para Magá se eu estivesse dormindo, então me deixei sonhar. Afinal, sonhos apenas duram uma noite.

xXxXx

Meu sonho foi confuso. Eu tinha plena consciência de que, ao acordar sendo sacudida pela Magá para enxaguar meu cabelo, eu sabia todo o meu sonho. Mas a partir do momento em que passei a mão pelo meu rosto molhado, tentando acordar, o sonho evaporou da minha cabeça. Só havia vestígios dele pela minha mente, alguns perdidos e alguns claramente exibidos e repetidos incessantemente no meu pensamento.

No meu sonho, eu tinha certeza de que o DC estava lá. Ele me olhava do mesmo jeito que ele havia me olhado no campinho. Depois veio o Cebola. Ele conversava avidamente com alguém que eu não conseguia reconhecer. Depois eu só tinha flashes de paisagens diferentes, como um pôr do sol bem amarelinho da visão do campinho, e um outdoor. Eu tinha certeza de que havia algo importante ali, mas mesmo que eu desse o meu máximo, eu não conseguiria lembrar. Algo me bloqueava.

Senti Magá me sacudir mais outra vez e parei de pensar no sonho que havia tido. Levantei-me com a ajuda de Magali, mas ainda cambaleando, e dei um passo á frente, parando debaixo do chuveiro. Liguei o chuveiro e assenti para minha amiga, fazendo menção de que eu não precisaria de sua ajuda. Ela saiu do banheiro e eu continuei a enxaguar meu cabelo.

Ao terminar, desliguei o chuveiro e peguei minha toalha, enrolando a mesma pelo cabelo e saindo do banheiro, já completamente acordada. Encontrei Magá assistindo Diário de Uma Paixão e babando no Ryan Gosling. Preciso dizer o que fiz, né? Simplesmente sentei-me na cama e babei nele também.

“Por quanto tempo dormi?” perguntei, sem tirar os olhos da tela da TV. Diário de uma Paixão é um dos meus filmes preferidos por ser um dos mais fofos existentes. Mó overdose de fofura!

“Apenas meia hora.” Ela falou e então senti seu olhar na minha nuca. “Ótimo jeito de fugir de mim, não é? Mas ninguém foge de mim, tchutchuca.”

Suspirei e me virei, olhando-a com um sorriso falsamente triste. “O que você quer saber?” Na verdade, eu sabia o que ela queria saber. E eu realmente queria contá-la. Provavelmente subconscientemente eu queria colocar tudo o que eu sentia pra fora.

“O que você sente pelo DC?” foi assim. Curta e grossa; meio parecida comigo mesma.

“Eu não sei. Eu não sei como explicar, sério mesmo. Eu sei que gosto dele; eu tenho certeza. Quando ele me deu um fora, ele me machucou, e não foi apenas ao meu orgulho. Eu estava me apaixonando por ele, e ele simplesmente me afastou. Provavelmente, foi um dos motivos por eu ter me devotado mais ao Cebola logo depois. Pareceu-me que eu não valia a pena. Eu senti como se apenas o Cebola gostasse de mim; como se ele fosse a minha única chance de não ficar sozinha. Então eu agarrei a chance, e me aprofundei mais e mais no sentimento de ‘primeiro amor’ por ele. Mas eu sinto coisas estranhas com o DC. Com um olhar ele consegue me ler; eu sinto como se qualquer gesto do meu corpo estivesse sendo estudado, lido. Eu sinto como se ele realmente me conhecesse com um olhar, sabe?” Falei-lhe sem dar tempo de ser interrompida ou julgada. Magali me olhava atentamente, mas seu olhar me parecia meio perdido.

Então, do nada, ela se levantou e me abraçou. “Você nunca vai ficar sozinha, Mô.” Solucei baixinho, sorrindo logo depois. Eu realmente tenho a melhor amiga do mundo.

Nossos planos (o da Magá, claro) continuaram. Eu a ajudei com o cabelo e,  pelo resto da noite, falamos de variedades, roupas e até brincamos de adedonha pra conseguirmos dormir. Apesar de tudo, ainda estava nervosa pelo próximo dia. Ansiosa. Não era como se DC fosse estar lá, certo? Errado.

xXxXx

Acordamos ás 07h30 da manhã. Sete e meia da manhã num domingo. Minha única vontade, naquele exato momento em que Magali me acordava com excessiva animação, era de dar um tapa nela e voltar a dormir. Mas eu sabia que me arrependeria se eu não fosse. Curiosidade não mata, mas faz um mal danado.

Levantei-me e percebi que Magali já tinha arrumado a minha mochila e a dela também, com as coisas dela que ficam aqui; do mesmo jeito que ela tinha coisas minhas na casa dela. “BOM DIA, FLOR DO DIA! ANIMAÇÃO, FELICIDADE, PORQUE É TUDO VERDADE!”

“Tá inspirada, né? Sério, Magali, se você ta me acordando ás 07h da madrugada, eu realmente te aconselho a ficar alguns metros afastada. É para a sua própria segurança.” Falei e ela revirou os olhos, me empurrando para dentro do banheiro.

Escovei os dentes, tomei banho e me enrolei na toalha, saindo do banheiro rapidamente. Vesti meu biquíni preto em tempo recorde e vesti uma regata branca, um short jeans e sandálias simples. Fiz um rabo de cavalo e então estava pronta pra encontrar Magá na cozinha, pois segundo ela, “nós não devemos sair de casa sem comer adequadamente, Mônica!”.

Desci correndo e silenciosamente para a cozinha. Não aconteceu muita coisa importante, na verdade. Tomei um copo de suco de laranja enquanto Magá me esperava, já que ela já havia comido. Escrevi um lembrete pra meus pais, deixando-os saber de que havia saído com Magali para o clube e, finalmente, saímos.

Demoramos quinze minutos para chegar ao clube. Fui em silêncio; para mim, foi porque eu estava realmente com sono, ainda, então peguei meu Ipod na mochila e ouvi música todo o caminho. Para Magali, provavelmente foi porque ela estava falando loucamente no celular com Carmem (ou Denise, não sei dizer).

Chegamos no clube quando eu estava ouvindo o finalzinho de Into Your Arms do The Maine. Ótima musica romântica pra começar meu dia. Nota: Ironia é tudo.

Entramos, mostrando nossos cartões de associadas e então fomos pra área dos armários. Tiramos nossas roupas, ficando apenas de biquíni, e deixamos nossas mochilas nos nossos armários. Encontramos a Carmem, a Dê e a Cascuda logo na entrada da área da piscina e logo nos abraçamos. Meu humor estava de volta.

Nós nos sentamos nas cadeiras que davam pra gente deitar e então tive uma visão dos céus. Algo que contradizia meus pensamentos superficiais, mas, por dentro, satisfazia meus sentimentos mais secretos.

Percebendo meu olhar fixado no garoto que estava entrando no clube, Magali seguiu meu olhar e então sorriu pra mim. Revirei os olhos, mas voltei a prestar atenção nele. Até que ele finalmente percebeu meu olhar sobre ele, me olhando ao mesmo tempo em que eu abaixava meu olhar.

Magali me deu uma cotovelada leve por causa da distância entre nós e sussurrou para mim “Você esqueceu o bronzeador, amiga.” Ela piscou pra mim e meus olhos ‘cresceram’ de surpresa. Amigas ninjas: cuidado com elas.

Levantei-me e saí na direção da área dos armários. Andei, passando despercebida – ou pelo menos, eu achava. Cheguei aos armários e abri o meu, pegando o protetor e o bronzeador. Eu ainda não tinha certeza se queria pegar um bronze pesado ou apenas um leve. Encostei-me ao armário logo depois de fechá-lo, fechando os olhos logo em seguida.

Ouvi uma respiração perto de mim; perto até demais. Eu provavelmente não teria ouvido se o lugar não estivesse tão vazio e silencioso. Droga, eu havia sido seguida. Eu sentia o cheiro doce de menta, o que me fez morder meu lábio inferior, apreensiva. Eu sabia de quem era aquele cheiro.

E abrir os olhos, confirmando a minha suposição, não foi exatamente a melhor coisa que eu havia feito. Talvez.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Review se vocês acham que eu mereço, se vocês acham que eu não mereço, até se vocês não acham nada! ~le eu desesperada~ Me desculpem, sério mesmo.
Se quiserem falar comigo em pvt, podem falar comigo pelo meu tumblr (london-eyed-girl) ou pelo meu twitter (@CatHarvelle).
Até o próximo capítulo xx