P.O.V Bianca

AAAAH EU TENHO UM ENCONTRO!

Faço a dancinha da vitória.

Meu Deus, que roupa eu visto? Já sei.

Coloquei um short jeans curto, um blusa lilás, meus cabelos presos em uma trança de lado meio bagunçada, e uma sapatinha lilás com um laço roxo.

Fiquei pronta muito cedo.

Desci para a sala, e fiquei assistindo TV. Deu 20:00 e finalmente Leo chegou.

-Oi. –eu disse quando abri a porta-

Ele estava com uma calça jeans, uma camisa branca, e um all star preto. Lindo.

-Oi. –ele respondeu me dando um beijo na bochecha- Você está linda!

-Obrigada, você também. –eu respondi-

-Obrigada! Bem, vamos?

-Claro, onde vamos?

-Segredo! –ele disse com um sorriso no canto dos lábios-

-Agora fiquei curiosa! –fiz bico-

Ele riu.

-Você logo vai descobrir! –ele avisou-

Nós saímos, entramos no carro dele.

No caminho conversamos sobre várias coisas diferentes.

Escola. Pizza. Brócolis. Carros. Yankees.

Bem, depois de uns 15 minutos conversando, ele parou o carro.

-O que foi? –perguntei-

-Coloca isso. –ele disse me entregando uma venda-

-Tá brincando né? –eu perguntei séria-

-Não! –ele respondeu da mesma forma-

Meu Deus, o Leo NUNCA fica sério. Será que ele tá me seqüestrando?

-Ok! –eu disse receosa-

Coloquei a venda e ficou tudo preto.

Estava realmente com raiva. Ele me chama pra sair e depois me venda?

Fala sério!

Depois de uns 25 minutos, chegamos.

-Chegamos! –ele anunciou humorado-

Eu fui com a mãe para retirar a venda, e ele me impediu segurando minhas mãos.

-Espera ai! Eu não disse que não podia tirar a venda!

-Ah Leo, pelo amor de Deus! Que espécie de encontro é esse que eu não posso ver nada? –eu perguntei estressada-

-Relaxa Bia! Vem comigo.

Ele me ajudou a sair do carro, e depois eu senti sua respiração na minha nuca. Ele provavelmente estava atrás de mim.

Tá, eu confesso. Arrepiei.

-Bem, vamos devagar agora, por que teremos que subir uma pequena escada.

Não respondi.

Ele, ainda atrás de mim, pois as mãos na minha cintura, e nós começamos a andar lentamente.

Minhas pernas estavam bambas. Meu Deus, eu vou cair se ele continuar me segurando assim.

Começamos a subir a escada. Foram poucos degraus.

-Bem, agora nós vamos de elevador. –ele disse e eu não respondi novamente-

Senti o elevador começar a subir.

Depois de algum tempo, ele me conduziu para fora do elevador.

Logo senti uma brisa leve em meu rosto.

Certo, estamos ao ar livre.

Senti Leo me soltar, e logo depois senti que ele começava a desamarrar a venda.

Quando ele tirou, a primeira coisa que eu vi foi seu lindo sorriso em minha frente.

Depois olhei ao redor, estávamos no alto de um prédio. Da Torre Hearst para ser mais exata.

O céu estava lindo. Cheio de estrelas, e a lua brilhando. Tinha uma mesa com lugar para duas pessoas. Tinha um buque de flores no centro da mesa, e estava passando uma musica bem baixinha e romântica. Estava tudo lindo.

-Uau Leo, tá tudo lindo! –eu disse encantada-

-Valeu a pena ficar vendada? –ele pergunta bem-humorado-

-Com certeza. –eu disse-

Fui até a ponta do prédio. Estava um grande movimento lá em baixo, como sempre, mas aqui não dava para ouvir nenhum barulho.

Aqui não havia nada nem ninguém. Só eu e ele. E isso era mais que suficiente.

Leo parou do meu lado, também olhando para o movimento nas ruas.

-Bianca...er...eu...

-O que foi? –eu me virei para ele e ele se virou para mim-

Sorri para ele e ele sorriu para mim.

-Eu te trouxe aqui hoje, bem, por que aqui é um ótimo lugar para ações especiais... –ele disse-

-E tem alguma ação especial que você queira fazer hoje? –eu disse corando-

-Bem... eu sabe... gosto muito de você Bianca! –ele disse-

-Eu também gosto muito de você, Leo! –eu estava tentando incentivá-lo a continuar-

-É, mas eu gosto, como mais que amigo entende? –ele disse corando-

Que gracinha.

-Ah...

O QUE EU FALO AGORA? MEU DEUS. ELE SE DECLAROU PARA MIM E EU NÃO SEI O QUE FALAR.

-E você? Também gosta de mim? –ele disse, coitado, esta ficando nervoso-

Eu não sabia o que falar, meu Deus, mas eu sou a garota que não enrola, lembra? Eu sou a garota que age.

Então eu agi!

Me aproximei e selei nossos lábio. Era apenas um selinho, mas era maravilhoso.

Seus lábios eram macios e quentes.

Ele colocou uma mãe em minha cintura, e a outra foi para as minhas costas.

Ele me puxou para si, e eu pude sentir sua língua pedir passagem. Eu permiti.

Agora sim era um beijo de verdade.

Nos separamos quando o ar faltou.

-Uau, -ele exclamou-

-É, ual! –concordei-

-Er... vamos jantar? –ele pergunta constrangido-

-Vamos! –eu respondi mais constrangida ainda-

Nos sentamos e começamos a comer em silêncio. A comida estava ótima, aquele camarão esta realmente uma delícia.

-Bia, eu... eu queria saber, bem, se você, er, qu-e-e-r...

-Se eu queria ser sua namorada? –eu interrompi-

Estava bancando a corajosa, mas com certeza estava mais corada que tudo.

-É... –admitiu ele olhando para baixo-

-Tá, -eu falei- vai ser ótimo.

-Sério? –ele agora olhou para mim-

-Aham.

-Ok! Namorada! –ele brincou-

-Ok! Namorado! –nós rimos-

Ficamos ali, no alto da torre, nos beijando e conversando. Mais beijando do que conversando, devo assumir, mas aquele estava sendo m dos suas mais felizes da minha vida. Mas, como sempre, ter que ter algo para atrapalhar.