P.O.V Annabeth

Estava no meu quarto, adiando algumas tarefas da escola, quando Luke entra no meu quarto.

-Ei –advirto- não sabe bater não?

-Sei! Vamos sair? –ele pergunta diretamente-

-Agora? Pra onde?

-Afogar todas as nossas tristezas! Em uma festa! Vamos?

-Não! Já está muito tarde, e amanhã temos aula!

-Eu sei, mas eu vou pra escola amanhã, mas eu tenho que esfriar a cabeça.

-A cabeça ou o coração? –eu pergunto olhando-o nos olhos-

-Os dois!

Eu rio.

-Então tchau. –ele me diz me dando um beijo no rosto-

-Tchau.

P.O.V Luke

Fui para uma boate, que eu nunca fui antes.

Entrei, e logo pedi uma Vodka. Eu não sou o tipo de cara que bebe, mas eu precisava esquecer a... meus problemas, isso, precisava esquecer os meus problemas.

Fui para a pista de dança, e comecei a dançar com uma garota muito bonita, loira, sexy, com uma roupa curtíssima.

Estávamos dançando e nos beijando. Não sei quantas garrafas de Vodka eu já havia bebido.

Mas mesmo assim na parei de beber, isso estava me fazendo esquecer a Th... droga, nem ficando com uma garota super gostosa eu não consigo parar de pensar nela?

Lembro de ficar com essa garota por muito tempo.

Estava tocando uma musica alta, e agora eu podia sentir uma garota mordendo a minha nuca, ela estava atrás de mim, e a loira na minha frente.

Um segundo depois, não era mais a garota loira que estava na minha frente, e sim uma garota de cabelos pretos e repicados, uma maquiagem forte, e olhos incrivelmente azuis. Era Thalia, a minha Thalia.

Opa, como assim Thalia?

Então voltou a ser a garota loira, então era Thalia novamente. Loira. Thalia. Loira. Thalia. Loira. Thalia. Loira.

Então empurrei a garota loira, e a que estava atrás de mim. Isso provavelmente era efeito da bebida.

Sai, entrei no meu carro, e fui embora.

Minha cabeça doía, e estava tudo rodando, e eu sentia uma enorme vontade de vomitar.

Parei o carro na frente da minha casa. Pelo menos eu acho que é a minha casa.

Sai cambaleando, e toquei a campanhinha.

Momentos depois, Annabeth abriu a porta, e eu me joguei nos braços dela.

-OI PRIMINHA! –eu gritei e comecei a rir histericamente- Por que você está rodando? –eu perguntei confuso-

-Luke, você bebeu? É claro que sim. Vem, e não grita, para não acordar ninguém!

Ela passou o braço em volta da minha cintura, e foi cambaleando comigo escada acima.

Entramos no meu quarto e ela me jogou na cama. Mas eu a segurei, e ela caiu em cima de mim.

-Você é tão linda, priminha. –eu disse, e comecei a rir novamente- Você não devia ser minha prima.

-Me solta Luke! –ela disse, tentando se soltar em vão-

-Calma! –eu soltei ela e ela levantou-

Eu fui atrás dela, e segurei ela na parede.

-Me solta Luke! –ela disse assustada-

-Só um beijinho vai? –eu disse num fio de voz-

Então eu fiz. Coloquei seus lábios nos meu, e logo meti minha língua em sua boca, antes que ela pudesse fazer alguma coisa.

Então ela me empurrou.

-Seu idiota! –ela disse e foi me empurrando para o banheiro.

Ainda tá tudo rodando, e ela beija tão bem...

Logo senti a água fria descer sobre mim. E quando eu digo fria, não é brincadeira.

Então, adivinha quem apareceu no meu banheiro.

Exatamente.

Meu pai.

-O que aconteceu aqui? –ele disse olhando para mim, mas eu nem respondi, estava cansado, com raiva, e uma puta dor de cabeça.

Provavelmente Annabeth explicou, então ela saiu, e meu pai desligou o chuveiro, e me levou para a minha cama.

Ele me ajudou a me trocar, e eu me joguei na cama.

-O que aconteceu, meu filho? Você nunca foi de beber, por que você fez isso agora?

-Por que minha vida é uma desgraça pai. –eu disse com a voz abafada-

-O que aconteceu? –Hermes perguntou preocupado-

-Nada não...

-Fala –ele implorou-

-É que tem uma garota, e eu to muito afim dela, mas ela tá apaixonada por outro cara.

-Hum, e como você sabe disso?

-Ela disse isso.

-E, quem é ela? –ele disse delicadamente-

-Th... Thalia. –eu disse num fio de voz-

-Thalia? –meu pai pergunta surpreso-

-Aham.

-E ela não gosta de você?

Nego com a cabeça.

-Mas, sabe pai, tem vez que parece que sim. –eu digo me virando para ele- Agente quase se beijou, mas EU que afastei, e não ela. –eu disse esperançoso-

-É, quem sabe ela goste de você também?

-Ai, droga de dor de cabeça! –eu reclamei-

Meu pai saiu do quarto, e voltou logo depois com um remédio. Tinha um gosto ruim, mas eu tomei.

-Obrigada.

-Não há de quê. Agora durma.

Meu pai saiu do quarto, me deixando ali, sozinho, no escuro.

Logo, eu consegui dormir.

--

Acordei com Annabeth me sacudindo.

-Ei, acorda Luke.

Abri os olhos com dificuldade. Não me lembro de nada de ontem, só que fui em uma festa, e que bebi muito.

Vi Annabeth já pronta para ir á escola.

Comecei a me lembrar melhor da noite de ontem.

Tinha uma garota loira, uma morena, tinha vidka, tinha uma loira de cabelos cacheados e de olhos cinzas... Loira de olhos cinzas? Ah não. Lembrei, eu beijei Annabeth ontem.

Droga, eu tenho que me desculpar com ela.

-Annabeth. –chamei e ela me encarou- Me perdoa por ontem? Eu não estava muito bem e agi sem pensar.

Ela assentiu com a cabeça e saiu do quarto.

Tomei um banho gelado, e me arrumei.

Desci, cumprimentei meus pais, e me sentei para tomar café da manhã, quando a campanhinha tocou.

Deve ser o Percy, ele quase sempre passa aqui antes de irmos para a escola.

Acertei.

-Oi Luke, oi May, oi Hermes, oi loirinha. Vamos para escola? Luke, que cara é essa?

-Nada, vamos lá no meu quarto, pra mim pegar as minhas coisas?

-“Bora”

Eu, Percy e Annabeth subimos a escada. Annabeth foi para seu quarto, e Percy e eu para o meu.

-O que foi cara? –Percy pergunta-

-Eu beijei a Annabeth. –eu disparei-

Eu não consigo esconder nada do Percy, ele é o meu melhor amigo.

Ele ficou com cara de WHAT THE FUCK?

-Você fez o que? –ele disse ainda surpreso-

-Isso mesmo que você ouviu. Eu tava bêbado, e fui, e beijei ela.

-De língua?

-Aham. –eu disse com desgosto-

-E ela corresspondeu?

-Não.

-Mas como ela deixou você meter a língua na boca dela?

-Não deu tempo dela não permitir.

-E foi bom?

-Cara, eu tava bêbado. Eu não me lembro.

Nós descemos, e eu fui de carona com Percy. Annabeth foi no carro dela.

Percy foi o caminho todo sem dizer nada, com a cara fechada para mim.

Pelo jeito ele não gostou muito de saber que eu fiquei com a Annabeth. Eu não gostei muito de saber disso. Mas agora não adianta ficar pensando no passado. Mas era estranho o fato de que eu fiquei com a minha prima. Argh.

P.O.V Annabeth.

Não acredito que Luke me beijou. Tipo, argh. Ainda mais por que a boca dele tava com gosto de álcool.

O que me deixou mal mesmo, foi lembrar que a Thalia gosta muito dele, e como fica agora, ela vai ficar brava comigo? Eu cogitei a idéia de não contar, mas ela é muito legal comigo, e eu não quero mentiras.

Chegamos na escola, e Thalia estava estacionando o carro.

Nós 4, eu, Luke, Percy e Thalia nos reunimos.

-E ai galera, como foi a noite de vocês? –ela perguntou bem humorada-

Ai meu Deus, eu não quero ser a responsável por acabar com esse bom humor.

-A noite do Luke foi muito boa, principalmente quando ele chegou em casa. –Percy disse olhando pra mim e para Luke-

-Por que? –Thalia pergunta curiosa-

-Nada! –Luke responde rápido e lança um olhar mortal para Percy-

-O Luke e a Annabeth –não, ele não vai dizer isso- Eles ficaram ontem a noite – droga, ele disse- De língua.

Thalia olha para Luke, e depois olha para mim. Posso ver a amargura em seus olhos. Mas também posso ver lágrimas neles. Ela se vira e sai correndo.

-Thalia, espera. –eu chamo- THALIA.

-Eu vou atrás dela. –Luke diz-

Ele sai correndo na direção onde ela foi.

-Sei idiota, ridículo, cafajeste. –eu digo batendo em Percy com minha mochila-

-Ai, para sua louca! –Ele diz e pega a minha mochila-

-Pra que você foi contar pra ela? –eu digo com raiva-

-Por que ela é minha prima, e eu não iria mentir para ela.

-Eu ia contar depois, com mais calma. Agora ela nunca mais vai querer olhar na minha cara ou na de Luke.

-Relaxa loirinha. –ele disse calmamente-

-Olha, dá pra você para de me chamar de loirinha? –eu disse com raiva-

-Você escolhe, ou Annie, ou loirinha! –ele propôs-

-ANNABETH! A-N-N-A-B-E-T-H.

-Isso não estava entre as opções.

Ele disse e saiu andando, sem entregar a minha mochila.

-Ô cabeça de alga, me dá minha mochila! –eu disse-

-Vem pegar! –ele respondeu e saiu correndo-

Eu, sem outra opção, fui atrás.

P.O.V Thalia

Eu não acredito. Minha melhor amiga, ficando com o cara que ela sabe que eu to afim. E de quebra, eles são primos.

Não consigo evitar as lágrimas descerem por meu rosto. Só quero sair daqui.

Fui correndo para lugar nenhum. Até que cheguei em uma sala de aula vazia, entrei nela, e fui para o fundo, me sentei no chão, coloquei meu rosto no meu joelho, e chorei.

Até que ouvi alguém entrar na sala, mas não me dei ao trabalho de olhar quem era. Essa pessoa se sentou ao meu lado.

-Thalia, olha... –não acredito que Luke está aqui-

-Vai embora!

-Espera, olha, eu estava bêbado, eu não queria beijar ela, só aconteceu, nenhum de nós dois queríamos isso.

-Mas ela deixou você beijar ela.

-Não deixou não. Ela me empurrou.

-Por que você estava bêbado? –eu perguntei ainda sem olhar para ele-

-Por que eu tentei em afogar na vodka.

-Por que?

-Por que a garota que eu gosto não tá nem ai pra mim.

Olho para ele. Seus olhos azuis fixos aos meus.

Senti minha mão começar a transpirar, e meu coração acelerar, e meu estomago revirar.

Vi ele se aproximar de mim, e fechei os olhos.

E então ele me beijou. Foi simples e natural, mas foi o melhor beijo da minha vida. Simplesmente por que era ele.