Atraídos pelo Amor escrita por Daijo
Notas iniciais do capítulo
Essa é minha primeira fanfic, e espero não ter viajado muito no tema.
Vamos ao capítulo então...
TRIN! TRIN! TRIN!
- Hum?!
TRIN! TRIN! TRIN!
Remexeu-se na cama.
TRIN! TRIN! TRIN!
- Tá legal, eu já escutei!- resmungou Sakura, apertando o botão do despertador.
Ela levanta sonolenta em direção ao armário. Em poucos minutos veste o uniforme da escola. Vai até a penteadeira, escova os longos cabelos, pega sua mochila e sai em direção à porta. No caminho tropeça no tapete e com um baque cai no chão.
- Au. – gemeu, esfregando o joelho - “felizmente não o ralei” - pensa.
- Parece que a monstrenga acordou. – ouve-se a voz de um jovem na parte de baixo da casa. – E como sempre esta atrasada.
- Toya! – sussurra agressivamente Sakura. Ela levanta ainda esfregando o joelho.
Ela olha para o despertador. “Droga! Ele tem razão, estou atrasada!”
Sakura passa como vento pela porta em direção ao banheiro. Logo desce as escadas já se comparando a um furacão.
- Tenha mais cuidado, não temos dinheiro para reparar os estragos que você faz pela casa. – diz o jovem de cabelos pretos, sentado na mesa.
Esse era Toya, irmão mais velho de Sakura. O jovem de 21 anos já estava na faculdade. Apesar de fazer tudo para irritá-la, estava sempre cuidando da jovem e muitas vezes a tirando de possíveis enrascadas.
- EU NÃO SOU MONSTRENGA! – grita Sakura, mostrando o punho.
- Parem vocês dois. – soou a voz de Fujitaka, enquanto colocava a chaleira sobre a mesa. - Sakura, por favor, você já está atrasada.
O pai de Sakura era muito generoso e seus óculos lhe davam um ar sábio. Ele trabalhava como professor na faculdade que Toya estudava.
- Bom dia, pai! – cumprimentou Sakura. E um pouco contra gosto: – Bom dia Toya.
- Bom dia, monstrenga - respondeu sublinhando a ultima palavra.
- Por favor, Toya – pediu Fujitaka, sentando a mesa. – Bom dia querida.
Sakura engoliu o mais rápido que pode seu café, e saiu em disparada para o quintal, não se esquecendo, é claro, de seus patins.
- Ei, Sakura. – chamou Toya, estava com o rosto sério. – Vê se toma cuidado.
- Pode deixar Toya. Não vou me perder na escola. – assegurou Sakura, revirando os olhos. – Eu prometo que chego em casa no horário.
- Não é isso, monstrenga. – disse o jovem, exasperado. – Eu falo sobre os caras metidos a Don Juan.
Sakura soltou uma gargalhada.
- Eu falo sério Sakura. – e seu rosto mostrava isso. – Fica longe desse tipinho. Principalmente os que estão cursando o último ano.
- Ok Toya. – ela abriu o portão e saiu para a rua. – Vou manter distancia dos garotos. – ela virou para encarar o irmão. – Hoje. – concluiu dando uma piscadela.
Mas antes que o irmão pudesse se expressar, Fujitaka aparece na porta trazendo o lanche da garota.
- É melhor você ir filha. – disse Fujitaka gentilmente, e entregou o lanche para a jovem. – Estava se esquecendo.
- É que estava com tanta pressa que me esqueci. – ela pegou o lanche e guardou na mochila. – Eu quero chegar um pouco mais cedo hoje.
- Então vai logo. – ordenou Toya. – E se cuida. – pediu em tom preocupado.
- Thauzinho! – despediu-se, já patinando em direção a rua.
- Tenha um bom dia minha filha! – Exclamou Fujitaka, a uma Sakura que já ia longe.
Sakura ia patinando para a escola, o olhar pregado no céu. “Que bom que aquela chuva de ontem passou”. - pensou suspirando.
Realmente o céu estava limpo naquela manhã, tinha tudo para ser um ótimo dia.
Ainda com os olhos voltados para o céu, algo barra a jovem de seu caminho.
- Ah me desculpe. - pede ela, balançando a cabeça para tirar a franja dos olhos.
- Não precisa se desculpar, Sakura. – Responde um jovem de cabelos de tom acinzentado. Ele sorria radiante.
Sakura piscou os olhos surpresa.
- Ah, bom dia Yukito – cumprimenta, correspondendo o sorriso.
- Bom dia!
Esse era Yukito Tsukishiro, o melhor amigo de Toya. Era considerado parte da família, já que passara a sua infância toda ao lado de Toya. Ele era órfão e vivia com seus avôs. Sakura, enquanto criança alimentava um amor platônico por ele, mas agora, em seus dezesseis anos, o enxergava apenas como um irmão.
- Então, esta animada para seu primeiro dia no segundo ano? – Perguntou ele gentilmente.
- Claro que sim. - respondeu.
- Também me senti assim no primeiro dia de faculdade. – ele comentou, alegre.
- Não vejo à hora de ir para a faculdade. – confessou Sakura. Os dois seguiram caminho.
Yukito acompanhou a jovem até a escola. Eles passaram todo o trajeto conversando. Yuki discursava sobre seu curso na faculdade, enquanto Sakura ouvia atentamente.
- Boa sorte! – desejou Yukito quando chegaram à escola, deu então uma bala para jovem.
- Obrigada Yuki. – olhou para o singelo agrado que o rapaz lhe dera.
O jovem seguiu seu caminho.
“Aiaiai Yukito, sempre tão gentil”- suspirou ela, entrando na escola.
Rapidamente tirou os patins e pendurou-os em sua bolsa.
- Mas um ano começa – sussurrou sonhadora. – Será que este ano...
Mas não consegui terminar a frase. Esbarrara em algo, ou melhor, em alguém, e caiu pela segunda vez no dia. Sempre fora tão desastrada.
- Nossa! Isso que é sorte! – exclamou ela, exasperada. – Primeiro dia de aula, e eu já passando uma vergonha dessas. É a segunda pessoa que esbarro essa manhã.
- Eu bem poderia pedir desculpas, mas eu não entrei em seu caminho de propósito.
Sakura ergueu os olhos. Os verdes esmeralda encontraram-se com um tom ambarino. Os olhos do jovem em que tinha esbarrado a deixaram ser ar por um momento. Recuperando o fôlego, ela terminou de avaliar o jovem detalhadamente. Era um pouco mais alto que ela, os cabelos lisos eram despenteados e castanhos. E era sobretudo forte. Por baixo daquele uniforme devia haver músculos bem definidos.
Por sua vez, o jovem não conseguia tirar os olhos das esmeraldas que não paravam de fitá-lo. Seus olhos passaram pelo lindo rosto e percorreram o resto do corpo, quando a garota se levantou.
“Nossa!” – pensou ele, ao reparar nas curvas que a jovem possuía.
- Hum, desculpe?- pediu ela, vermelha, tendo consciência por onde os olhos do jovem passeavam. – Sinto muito pelo esbarrão.
- Hã? Ah, tudo bem – respondeu também ficando vermelho. “Que é isso Syaoran? Você nunca foi pervertido desse jeito!” – ele voltou a olhar para o rosto dela.
Seu nome era Syaoran Li e tinha 17 anos, era novo na escola, aliás, era novo naquele país. Ele acabara de chegar de Hong Kong para estudar seu último ano em Tomoeda; daquela escola ele iria para uma das melhores faculdades da região, para cursar administração.
Syaoran despertou de seus devaneios.
- Como se chama senhorita?
- Me chamo Sakura, Kinomoto Sakura. Muito prazer. – Respondeu sorrindo, estendendo a mão direita
- Muito prazer – o jovem pegou a sua mão carinhosamente e depositou-lhe um beijo. – Me chamo Syaoran, Li Syaoran.
Sakura corou novamente com o gesto do rapaz.
- Você é novo aqui? Não me lembro de tê-lo visto no ano passado. – refletiu Sakura, com o rosto voltando à tonalidade normal.
- Sim eu sou, vim de Hong Kong para estudar aqui.
- Uau! Você é chinês. Eu sempre quis viajar para Hong Kong. – conclui sonhadora.
- Talvez um dia possa levá-la para lá. – disse Syaoran, mas logo sua face ficou ruborizada percebendo o que acabara de falar. – “Que é isso? Ela vai pensar que você está propondo um casamento, vai assustar a garota. De onde eu tirei essa?”.
Sakura ficou observando o jovem, sem saber o conflito interior por o qual ele passava. Syaoran sacudiu um pouco a cabeça e voltou sua atenção para Sakura.
- Bom eu...
- Sakura! – A voz de um garoto surgiu ao longe, e logo este se aproximou da garota. – Como vai querida? Como foram as férias? – depositou-lhe um beijo na delicada face rosada.
- Foram ótimas. Tediosas, longe da escola. Mas correu tudo bem. – respondeu a jovem educadamente. – E as suas Eriol?
- Ótimas – o jovem abriu um largo sorriso.
Eriol Hiiragisawa, ele também era amigo de Sakura. Sempre fora muito amável com a garota, ela chegou até pensar que ele era apaixonado por ela. E se sentiu imensamente aliviada ao descobrir que não. Ao contrário, ele nutria um sentimento especial pela sua melhor amiga Tomoyo, mas até o momento não tinha tido coragem de se declarar. Ele era da mesma altura que Syaoran, seus cabelos eram escuros e olhos eram profundamente azuis, também tinha 17 anos.
Syaoran pigarreou alto, incomodando.
- Oh, que indelicadeza a minha. – lamentou-se Eriol. Virou-se para Syaoran – Desculpe. Sou Eriol, Hiiragisawa Eriol. Muito prazer. – estendeu-lhe a mão sorrindo.
- Sou Li Syaoran. O prazer é meu. – Respondeu ele secamente, apertando a contra gosto a mão de Eriol.
Mas Eriol pareceu não se abalar com o tom de voz de Syaoran. Continuou sorrindo sinceramente. O que deixou Syaoran mais nervoso.
- Eriol, Syaoran veio de Hong Kong! Não é legal? – perguntou Sakura ao amigo.
- Sim, querida. Sabe eu já fui para lá...
“Quem ele é para chamá-la de querida? Que raio de intimidade é essa?!” – pensou Syaoran ficando bravo a cada palavra que Eriol pronunciava.
-... Você pode me acompanhar se algum dia eu retornar para lá.
- Seria ótimo Eriol.
“Quando eu a convidei, ela nem se pronunciou. Agora com esse almofadinha ela se derrete toda. Droga Syaoran! O que está acontecendo com você? Ela é só a primeira garota que você conheceu aqui! Mas não a como negar que ela é linda” suspirou.
- Eu vou indo agora – disse Eriol olhando para a entrada da escola. – Preciso encontrar um amigo. Bom, até mais pessoal.
- Até Eriol – respondeu Sakura, acenando para o garoto já distante. Virou se então para Syaoran. – O Eriol é uma figura, você precisa conhecê-lo melhor.
- Não tenho interesse em conhecer seu namoradinho. – desdenhou Syaoran, um pouco alterado.
- Eriol não é meu namorado – esclareceu Sakura, um pouco confusa pelo o tom do jovem. – Ele é apenas meu...
- Ficante! – cortou Syaoran já alterado. – Que estilo de garota você é? Você é daquelas que mantêm um relacionamento sério, ou troca de garoto a cada semana?
- Do que você está falando? – indagou Sakura, mais confusa ainda.
- Nem precisa responder! – vociferou Syaoran, deixando a jovem assustada. – O olhar cobiçoso que você lançou em mim a poucos minutos atrás já me responde. – conclui ele tentando se acalmar. Tornou-se impassível.
- O quê? – agora era Sakura que se alterava – Quem disse que eu estava te olhando dessa maneira? Você é louco?
- Você não me engana. Sei o tipinho de garota que você é. – respondeu desdenhoso.
- Tipinho? Ora seu... – Sakura já estava vermelha devido à raiva. Sua mão levantou prestes a dar um tapa no rosto de Syaoran. Mas ele foi mais rápido, segurou a mão da jovem a poucos centímetros de seu rosto. Os dois jovens se fuzilaram com o olhar. Ambos permaneceram naquela posição por instantes, olho a olho, a esmeralda e o âmbar.
Syaoran soltou a mão de Sakura, ao ouvir a sineta da escola soar anunciando o começo das aulas. Virou-se então em direção ao prédio, deixando Sakura ainda bufando.
- Escute garota – Syaoran virou o pescoço para fitar Sakura. – Não pense que eu vou cair na suas garras. Não quero ser mais um na sua lista. Se fosse você me contentaria com aquele almofadinha. – desdenhou, caminhando.
- Seu idiota! – vociferou Sakura, tremendo de raiva. – Quem você pensa que é para falar isso de mim? Seu... – Mas Syaoran já estava longe.
Sakura respirou fundo. “Aquele idiota não vai estragar o meu dia. Eu nem conhecia ele, não perdi nada.”- E com esse pensamento, se dirigiu a sua sala de aula.
Ao chegar à sala de aula se dirigiu a carteira que já estava acostumada. No fundo da sala, ao lado da janela. Colocou o material em cima da mesa e se jogou na cadeira. “Que garoto mais arrogante. Como ele pode tirar uma conclusão daquela sobre mim? Ele parecia tão gentil.” - lamentou-se Sakura, afundando-se mais na cadeira.
Em meio aos seus pensamentos sobre o jovem, não percebeu que era observada. Ao lado de sua carteira, uma jovem de olhos cor de ametista e longos cabelos negros a fitava com curiosidade.
- O que houve Saki? – a jovem perguntou.
- Ah, bom dia Tomoyo. – disse Sakura sorrindo. – Desculpe nem percebi que você estava ai.
- Tudo bem, bom dia amiga – Tomoyo sorriu mais ainda. - Mas não fuja do assunto. O que aconteceu? Por que está distraída?
Sakura abrira a boca para responder à amiga, mas o professor entrou na sala.
- Bom dia classe. – cumprimentou ele, colocando o material em cima da mesa. – Este ano serei novamente o responsável por esta sala. O que me deixa muito contente.
Esse era o professor Yoshiyuki Terada, ele já era conhecido da turma e bastante querido por eles. Depois de terminar um breve discurso, ele começou sua aula em meio a burburinhos dos alunos.
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Espero que a leitura desse capítulo tenha sido interessante.
Então, até o próximo...