Esposo De Mentirinha escrita por JoyceSantana


Capítulo 16
"This is war."


Notas iniciais do capítulo

Olha, eu entendo se vocês sentirem uma raiva da Jessica daqui para frente, mas ela não quer aceitar que gosta do Derek tendo o Connor ao seu lado. Só avisando ara quando chegarem na parte, ok?



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Depois de mais uma experiência de morte lenta, Derek não conseguiu continuar. Mesmo sob vários apelos dos amigos e até mesmo de Jessica, que via-se desesperada, tanto com o sumiço do amigo quanto com a reação dele com a história do noivado repentino, não conseguindo contato algum com o homem. Derek decidiu trancar-se no quarto e, literalmente, vegetar ali dentro. Não conseguia comer, mal conseguia levantar do colchão, que dirá fechar os olhos para uma noite de sono. Este último, com certeza, demoraria um pouco para se estabilizar. Derek estava devastado.

Tudo aquilo que ele havia sentido, toda aquela guerra perdida de anos atrás estava voltando. A tristeza, a angústia, a certeza de perda permanente, a impotência. Todos aqueles sentimentos horríveis que um dia foram trancafiados do âmago de sua alma e estavam pulando para fora novamente, muito mais fortes, presentes, lancinantes. Por que, por mais que Derek estivesse um pouco acostumado - na segunda vez você aprende um pouquinho sobre a porcaria toda de ter o coração esmagado e cuspido por uma vadia qualquer - aquela situação era especial. Especial no sentido de mil vezes pior, já que era de Jessica que estava falando. Era o amor de Jessica que não era correspondido, não era de uma qualquer.

Logo Derek viu-se perguntando qual era seu maldito problema. Sempre foi uma pessoa boa, um pai exemplar, um amigo fiel, um parceiro aceitável. Por que raios ele sofria tanto no quesito amor? Algo tão bonito, tão... Poético! Por que logo para ele, um romântico incorrigível, virava um poço de bosta? O que raios ele fazia para estragar algo... Que até então não era possível ser estragado, apenas vivido? Será que ele era uma pessoa tão ruim assim? Que não merecia o amor e então sofria pacas para se reestabilizar?

"Talvez eu devo viver numa fazenda com trinta gatos se esfregando nas minhas pernas.", pensava em meio a algo turbulento demais para ser explicado em sua cabecinha. Talvez ele deveria privar-se de contato humano. Ou talvez, procurar a bendita pessoa certa para si.

Infelizmente, esta pessoa havia acabado de ser pedida em casamento, acabando com todos as chances de Derek sequer tentar se reestabilizar de vez.

E então ele continuou daquele jeito: deprimido, machucado, como se tivesse levado a pior surra de sua vida. E o pior, teria que conviver com aquela situação toda, Jessica casada e coração partido quando chegasse em casa, lembrando-se mais uma vez de uma péssima estadia no Bahamas Dreams.

Nota mental: Queimar aquele hotel de merda.

***

– Digam tchau para o hotel, crianças! - Jessica gritou quando todas estavam em frente ao prédio paradisíaco, esperando a van buscar-los - Vamos sentir falta daqui.

– Ah, nem todos. - Chaz murmurou levando um soco de Derek logo depois - Ai! Tô mentindo, dude?

Derek sentiu as bochechas esquentarem e desviou o olhar de Jessica, que agora olhava para baixo.

– Acho que a van chegou. - desconversou agradecendo a todos os santos possíveis pelo carro ter se aproximado a tempo - Vamos logo.

– Olha, vão entrando, vou me despedir de meu pai. - Connor avisou antes de adentrar a recepção novamente. Todos assentiram e entraram na van, com exceção de Derek que estava devidamente alienado em seus pensamentos. Isso fez Jessica adiar sua entrada no carro também.

– Hey. - disse receosa sentando-se ao seu lado, no meio-fio. Derek nada respondeu, apenas cedeu-lhe seu lugar e foi um pouco para a direita - Tudo bem?

– Na medida do impossível, sim. - respondeu com a voz rouca, sem vida, marca clássica de sua depressão. Jessica sentiu seu coração apertar.

– Eu... Não sabia que ele ia fazer isso, Derek. - disse a fim de que ele a perdoasse. Derek riu fraco sem humor algum, ainda que quisesse mostrar que estava tudo bem.

– Do que está falando? Do pedido? - apontou para o anel em seu dedo anelar como se não entendesse. Jessica assentiu confusa - Oh, por favor! Eu... Eu não ligo, Jessica. Sério. Não é para isso que você se relacionou com ele? Você queria algo mais sério e conseguiu. Estou... Feliz por você.

Se a bendita teoria de Pinnochio fosse verdadeira, o nariz de Derek seria algo interessante a ser estudado.

– Então... Tudo bem? - perguntou sabendo que a resposta seguinte seria mentira. Jessica conhecia Derek muito bem.

– Tudo ótimo. - declarou respirando fundo, claramente falhando em tentar acreditar na própria fala - Olha, eu vou entrar.

Disse e adentrou a van, deixando Jessica sozinha no meio-fio. Chaz acompanhou toda a conversa com meio corpo para fora, dando leves tapinhas nas costas do amigo assim que o viu se aproximar. Aquela conversa havia sido mais difícil do que ele esperava.

– Muito bem, podemos ir embora agora! - Connor quebrou o clima tenso adentrando a van logo após a noiva, aconchegando-a em seus braços e fazendo Derek querer ir para o aeroporto a pé. Ou até para casa.

Aquela bendita viagem seria longa, assim como a vida dele daqui para frente. E pelo jeito, não seria uma longeividade muito agradável.

***

3 meses depois

Natal. Dezembro. Época das luzes brilhantes e lençóis brancos como nuvem decorando as ruas, casas e cabelos. Uma época marcada pela alegria que dança junto com o vento frio, alegrando as casas e os corações. Porém, aquele Natal não seria não feliz na casa dos McCann.

O motivo você já sabe. Claro que, com o tempo, Derek aprendeu a suportar sua dor e conviver com a situação de ver sua melhor amiga/amor de sua vida praticamente enroscada com o namoradinho de merda. E se não pudesse ficar pior, Connor estava dedetizando sua casa, o que fez ele e Jessica se abrigarem na casa do"amigo", que não poderia recusar, já que"havia esquecido todo o acontecido e estava tudo bem". Derek quase se matou naquela noite.

Agora, três meses depois ele já suportava a situação. Quase vomitava ao ver as carícias um tanto quentes de Jessica e Connor na própria sala, mas estava... Aceitável. Não feliz, nunca, mas aceitável.

Acordou cedo na terça feira, mais uma vez sendo vencido pela insônia. Olhou para o relógio e gemeu em frustração, seis horas da manhã. Ele não conseguia pregar os olhos. Até evitou os espelhos de parede no caminho para a sala, ficar cada vez mais deprimido por mais uma situação crítica era algo que Derek realmente não precisava.

Com um cobertor e uma tigela de cereais, dirigiu-se para o sofá, ligando a tv em seu seriado favorito, "Smallville". Porém, Derek nem assistia ao bendito programa, já tinha problemas demais para desvendar os de Clark Kent e Lois Lane. As imagens não passavam de borrões dançantes enquanto ele empurrava roboticamente as colheres de cereal misturado ao leite, totalmente absorto em pensamentos.

– Hey. - ouviu uma voz baixa, receosa, que o fez fechar os olhos automaticamente por dois segundos - O que está fazendo acordado? São seis da manhã!

"Estou pensando nos vários jeitos de suicídio. Assista se quiser, acontecerá a qualquer momento."

– Eu pergunto o mesmo, mocinha. - tentou afastar seus pensamentos inconstantes ao constatar que Jessica também estava desperta, assim como ele - Posso saber o que faz acordada a essa hora? São seis da manhã!

Jessica riu enquanto se aconhegava ao lado do amigo, dividindo seu cobertor enquanto tentava prestar atenção no seriado.

– Connor ronca demais, me acorda toda hora. Na décima quinta vez, não consegui dormir mais. - disse num tom derrotado fazendo o amigo gargalhar - Cale a boca!

– Desculpe! - disse ele tampando sua boca com as mãos - Mas então... Roncador, hein?

– É uma porcaria, parece que tem asma! - Derek chegava a ter os olhos marejados por segurar tanta risada - Eu vou te bater se não parar!

– Desculpe, mas isso é muito engraçado. - disse com a voz engasgada por segurar tanta risada - Vai ser difícil conviver com isso pelo resto da vida, hein?

Logo o clima descontraído da manhã foi mais uma vez destruído por Derek. Ele não conseguia evitar, por mais que tentasse aceitar que Jessica se casaria em alguns dias ou semanas, era algo completamente fora de sua compreensão. Ele não precisava fingir simpatia com aquilo, estava em sua casa, pelo amor de Deus.

– Olha, entendo se isso estiver te incomodando. Quer dizer... - ela comentou indiretamente o caso do beijo e todo o resto - Deve estar sendo difícil para você.

– Não pense que eu sou o único a estar sofrendo. - disse bravo por ela pensar que era superior por tem mais de um cara apaixonado por ela - Você também gosta de mim. Não sei porque aceitou aquilo, Jessica, você é uma idiota.

Por mais que aquelas palavras tivessem sido fortes em poucas horas da manhã, Jessica travou ao ouvir"Você também gosta de mim."Claro que, naquela altura do campeonato, fingir sentimentos era um tiro no pé. Mas Jessica nem imaginava que Derek gostava mesmo dela. Mesmo com as músicas dedicadas e os olhares suspeitos, tudo que ela pensava é que Derek tentava esquecer Shay e todos os problemas que ela trouxe. Amor? Jessica nem imaginava que Derek poderia amá-la. Para ela, o homem sentia apenas uma atração. Não.... Um sentimento mais concreto.

Então, o sentimento que ela tinha por ele era recíproco.

"Porcaria."

– Eu... Fiz a coisa certa. - disse afastando seus pensamentos - Connor me ama e vai me fazer feliz.

– Mas você não ama ele! - Derek não acreditava que estava desabafando tudo aquilo, algo que nunca diria se não tivesse sofrendo tanto. Algo bom em meio a tudo isso: Liberdade de expressão, finalmente - Como você vai ser feliz sabendo que vai viver com alguém que não ama? Isso é crueldade!

– Já esta tarde, pode me ajudar com os preparativos? Tenho tão pouco tempo... - desconversou levantando e indo até a cozinha, como se nada tivesse acontecido. Derek olhou-a indignado - Vai se trocar, você vai me ajudar nos preparativos.

– Eu não vou nada! - negou não acreditando que a amiga estava fazendo aquilo.

– Vai sim. Por favor.

Derek até tentou negar outra vez, mas as pupilas daquela maldita se dilataram e, quando ele percebeu, estava em seu quarto, se trocando assim como ela mandou. Então ela ia fugir da verdade, mentir para si mesmo, fingir que nada aconteceu. Ele faria o mesmo. Faria-a sentir o que ele sentia. Mentiria tudo. Seria um dissimulado de primeira. Aquela idiota merecia.

***

– Eu não sei nada de vestidos de noiva, pelo amor de Deus. - disse ela entre as araras de tecidos brancos de várias formas e brilhos. Derek só analisava tudo indiferentemente - Eu me casei com um vestidinho soltinho branco que ganhei da minha mãe, na praia. Não sei nada sobre isso. Me ajude, Derek.

– Olha, eu acho que tem que ser uma coisa tradicional. Nada de brilho demais, decote demais, cauda grande demais. O negócio é ser de tudo um pouco. Como você acha que Connor gostaria de te ver entrando na igreja? Você quer casar na igreja, né? - perguntou de repente sem saber das intenções da amiga.

– Sim, eu quero. - respondeu prontamente - E eu não sei. Se eu for considerar as vontades de Connor, vou entrar de lingerie na igreja.

Derek não riu enquanto a amiga quase não respirava por tantas risadas. Imaginar a mente suja de Connor o fazia quase hiperventilar novamente, e o pior, não podia fazer absolutamente nada, já que estava "tudo bem" e teria que mentir sobre tudo. Só de pensar que Jessica era hipócrita o bastante para engavetar todos os problemas quase o fazia não gostar tanto dela assim. mas então, aquelas pupilas dilatadas entravam em sua alma, fazendo-o esquecer todo o resto. Jessica era linda.

– Você que sabe. É você que vai casar com ele. - disse dando de ombros, fazendo a expressão da amiga desfalaecer enquanto continuava a perambular pelos vestidos. Logo achou um de seu interesse e resolveu provar.

Derek ficou esperando do lado de fora pronto para se matar ali mesmo. Porém, antes que pudesse pensar em se mexer, seu celular tocou, fazendo-o agradecer a quem quer fosse por ter a bondade de ligá-lo e distrai-lo enquanto quela tortura se estendia.

– Alô? - sua voz parecia estar a dez segundos do suicídio.

– Morrendo? - a voz de Chaz era preocupada e cômica ao mesmo tempo. Derek revirou os olhos.

– Sim. Estou numa loja muito fuleira de vestidos de noiva. Me tira daqui, Chaz. - pediu como uma criancinha chorona. A risada do amigo podia ser audível de longe.

– Você é masoquista, velho, não posso fazer nada! - comentou consolador, pode até ouvir alguns resmungos de Derek - Quer que eu te acompanhe? É só me dar o endereço.

– Parece que você não tem vida, pelo amor de Deus. - Derek desta vez comentou o fato do amigo sempre fica grudado a ele, rindo baixo logo depois.

– Tô tentando te ajudar, ô filho da mãe! - Chaz irritou-se - Tudo bem, não precisa. Morre aí sozinho, bestão.

– Não, estou brincando. Preciso de alguém para limpar a sujeira. - passou o endereço enquanto Jessica ainda se trocava e desligou - Jess! Tudo bem aí?

– Não! - confessou numa voz esgoelada fazendo o amigo rir por ela ter ficado calada por tanto tempo - Venha me ajudar!

Derek arregalou os olhos. Ela não podia estar falando sério. Queria que ele entrasse no bendito provador e a ajudasse a vestir-se? Aquilo devia ser brincadeira. Tinha que ser brincadeira. Tinha que ser algum tipo de provocação, Jessica não sabia o tamanho do perigo que estava se colocando.

– Ahn, acho melhor não... Não acho que as vendedoras vão interpretar isso muito bem. - disse tentando sair daquela situação torturante. E o pior, Chaz demorava mais que o normal para chegar naquela maldita loja.

– Venha logo, Derek. É só ser discreto, preciso muito de você aqui! - disse Jessica com uma leve impaciência na voz junto com algo que parecia falta de ar.

Derek respirou fundo e, depois de algumas olhadas para as vendedoras, adentrou o biombo um tanto apertado, o que piorava cada vez mais sua situação. Mas, sejamos sinceros, aquele biombo poderia ter um diâmetro de quilômetros e ainda assim ele teria um ataque cardíaco em ficar perto da amiga daquele jeito. Quando a viu, estava de costas para ele, o vestido branco com o ziper aberto, mostrando parte de sua pele bronzeada naturalmente. Derek começou a arrepiar-se ao tocar o tecido, sabendo que, se descesse os dedos um pouco mais, faria algo não tão apropriado para o ambienta daquele lugar ou o ambiente em que vivia.

Mas Jessica estava pedindo.

– Isso é muito apertado, por Deus. - dizia enquanto prendia o ar para Derek conseguir subir o pequeno zíper, contra sua vontade, lógico - E então? O que acha?

Jessica perguntou ao virar-se para o amigo, ficando a centímetros de distância pelo espaço limitado. Derek finalmente analisou-a por completo, deixando um suspiro escapar de seus lábios ao ver aqueles brilhantes costurados combinarem tão bem com o brilho natural da amiga. Aquilo era demais. Seria difícil fingir todos aqueles sentimentos florando sem vergonha ou pudor algum. Seria muito difícil.

– Está muito bom. - disse com a garganta seca - É bonito, tem brilhantes na medida certa e... Você ficou perfeita nele.

Jessica acabou corando ao perceber o olhar do amigo sobre ela, limpando a garganta para ele perceber e, eventualmente, parar.

– Então, acho que vai ser esse. - disse decidida analisando-se no pequeno espelho atrás de si - Connor vai adorar.

– E não é o único. - o amigo deixou escapar sem vergonha alguma, aquela menina estava pedindo.

Jessica corou mais uma vez e, completamente absorta em reflexos e sentimentos, aproximou-se de Derek, sentindo sua cintura ser enlaçada fortemente, sabendo que aquilo era errado mas não tendo forças - nem vontade própria - para parar. Os lábios de Derek pareciam ser tão... Proibidos, de tão macios. Doentios, de tão doces. Surreais, de tão perfeitos. E quando ela finalmente se aproximou para acabar com aquela distância inconveniente...

– Temos que ir. - Derek afastou-se abruptamente, saindo do biombo como se nada tivesse acontecido. Jessica continuou ali, estática e indignada, por que raios ele havia feito isso?

Do lado de fora, Derek sentia-se como ganhador de uma maratona. Tinha a testa molhada e arrepiava como se tivesse sentindo um calafrio doentio. Tremia como um idiota mas sentia-se satisfeito. Jessica sentiria tudo que ele sentiu e ainda sentia com tudo aquilo. Seria uma leve vingança por ser tão... Perfeita e ainda assim preferir casar-se com um garoto que nunca faria jus a tal virtude. Seria um leve"comeback", o único jeito de ele suportar aquilo tudo. Sendo um dissimulado de primeira. Jogando na mesma moeda. Travando uma leve batalha.

***

– Eu. Estou. Enlouquecendo! - gritou Jessica enfurnada em pequenos papéis e recados, enquanto Derek, Jazmyn, Julie, Connor e Chaz tentavam ajudá-la - Vou ter um ataque cardíaco. Me ajudem.

– O que acha que estamos fazendo? - Julie indagou fazendo um pequeno barquinho com um post-it amassado, ou seja, sem nada importante nele. Todos riram enquanto Derek falava no telefone, na sala. Era até possível ouvir sua voz confusa de relance.

– Mas eu não pedi isso! - disse levemente irritado por não ser atendido como queria - Eu sei que rosas são bonitas, senhor... É impossível confundi-las com orquídeas, ficou louco? Não, não... - a voz tentava interrompê-lo mas o homem insistia - Eu pedi orquídeas, então eu quero orquídeas na minha porta! Oh, muito obrigado! - agradeceu ao constatar que seria atendido como desejava - Tenha um bom Natal. Obrigado. - e desligou. Levou a caixa de rosas para a cozinha e estendeu uma para cada mulher da mesa, fazendo-as rir coradas - O homem confundiu rosas com orquídeas, acredita? Mas fiquem tranquilos, as orquídeas já foram pedidas e chegarão amanhã.

– Baseado em quê você pediu as orquídeas, mocinho? - Jessica indagou interessada, não lembrava-se de ter falado nada sobre suas flores favoritas para o casório.

– São suas flores favoritas, ué. - Derek respondeu normalmente enquanto preparava algo para as filhas, já eram três horas da tarde e elas só tinham o almoço na barriga - Não são?

– São sim. - respondeu sem graça percebendo o olhar de Connor, que mexia-se desconfortável na cadeira enquanto contatava a banda que tocaria no dia especial.

***

Depois de um dia inteiro de compromissos, ligações e frustrações de todos os tipos, todos já dormiam extremamente cansados, com exceção de Derek. O homem não conseguia pregar os olhos, então ficava em sua varanda, fitando as estrelas brilhantes no céu escuro, procurando soluções para seus diversos problemas. Aquela batalha estava sendo difícil. E Jessica só a deixava mais complicada com toda aquela dissimulação. Derek também mentia, mas era por vingança. Jessica havia deixado claro que não amava Connor, porque esntão continuava com aquilo? Por que havia aceitado o pedido de casamento? Já havia tido uma experiência de casamento ruim, queria mesmo ter outra? Qual era o problema daquela mulher?

Seus pensamentos turbulentos foram interrompidos por passos macios e receosos, fazendo-o pensar que poderia ser a própria Jessica, que sempre aparecia em momentos de reflexão como aquele. Porém, quando viu, era apenas Julie, que mais uma vez não conseguia dormir e resolveu ver o que pai tinha para estar em plena madrugada olhando as estrelas.

– Princesa, por que não está dormindo, meu amor? - perguntou Derek confuso.

– Fiquei sem sono. - respondeu a menininha coçando os olhos - Mas acho que não sou eu que estou com problemas aqui,

Derek riu baixo enquanto desviava o olhar para as estrelas. Julie era pequenina demais para entender aquilo.

– Princesa, não me leve a mal, mas isso é coisa de adulto, ok? - tentou desconversar - Você é muito pequenina para isso.

– Olha, eu posso ser pequenina mas entendo as coisas muito bem. - Só quero que saiba que... Eu quero que vocês fiquem juntos. Tia Jess pode muito bem se passar por minha mamãe. Ou "mami", que seja.

Disse e volto para a cama, deixando o homem completamente impressionado. Logo pensou, quem diria se fosse tão fácil assim. Julie nem sequer sabia dos problemas que o pai passava. Mas tinha que admitir que a pequenina tinha razão...Jessica ficaria perfeita de mamãe.



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Notas finais do capítulo

OI GENTE! BOM, AÍ ESTÁ, DESCULPA A DEMORA! FELIZ PÁSCOA PRA TODO MUNDO, OBRIGADO PELO APOIO EE....
CHEGAMOS
AOS
100
REVIEWS!
100!
100!
EU TO ENLOUQUECENDO!
TUDO ISSO É PRA VOCÊS, VOCÊS FIZERAM ISOO!
EU AMO MUITO VOCÊS, NÃO DUVIDEM DISSO!
OBRIGADA MESMO, POR TUDO
Me digam o que acharam!
bjbj