Hermione E Draco - Uma Paixão Começa escrita por AbsentMind


Capítulo 13
Você acha que...




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 Fui para o Salão Principal. Draco já estava lá me chamando para me sentar ao lado dele. Olhei para a mesa da Grifinória, “Eles parecem felizes sem mim” – Pensei. Fui me sentar ao lado de Draco.
   
- Se quiser sentar com eles... Pode ir. – Disse Draco.
- Claro que não! Não tem ninguém que me importa ali. – Ele sorriu. E Zabini se sentou na minha frente.
- Você vai se sentar aqui sempre? Você não é da Sonserina, lembra?
- Lembro Zabini. Pode deixar que eu não vou mais me sentar aqui. Vai ser só por hoje.
- Não liga para ele Mione. Ele é um estúpido...

 Eu Draco e Zabini ficamos conversando sobre algumas coisas. Umas mais interessantes do que outras. Estava tudo bem. Até eu sentir outra tontura.
- O que foi Mione?
- Uma tontura.
- Ih... Acho que já sei o que é...
- Cala boca Zabini! Mione, não é melhor você ir para a Ala Hospitalar?
- Não. Eu estou bem. – Senti outra tontura.
- Você não está bem Granger. Acho melhor você ir para a Ala Hospitalar. – Disse Zabini, que parecia preocupado.
- Eu estou bem. Parem vocês dois! Foram só algumas tonturas...
- Quantas Mione?
- Não sei! - Draco olhou para Zabini preocupado.

 Eu melhorei. Não senti tonturas o dia inteiro. Sabia que aquilo seria passageiro. Estava no meu quarto, olhando para o teto como sempre. E ouvi Draco me chamando. Ele estava na sala. Fui até lá. Meu rosto ficou pálido quando eu vi a mãe do Draco na sala, olhando para mim.

- Olá Senhorita Granger.
- Olá Senhora Malfoy.
- Draco me escreveu sobre você. Ele queria que eu a conhecesse.
- Ele também queria que eu lhe conhecesse.
- Quando ele me contou que vocês estavam namorando, eu simplesmente não acreditei. Pelo que eu me lembre, vocês se odiavam...
- É mãe, mas isso é passado... – Disse Draco.

 Eu, Draco e a Senhora Malfoy ficamos conversando muito. Não achei que seria assim. Mas Draco tinha razão, a mãe dele gostou de mim. Ela era diferente do pai do Draco. Pois é, nem todo Malfoy é malvado.
 - Bem, eu tenho que ir. Já está ficando tarde
- Já vai embora Senhora Malfoy?
- Por favor, me chame de Narcisa.
- Ta.
- Tchau Draco. – Ela deu um beijo na bochecha dele.- Tchau Hermione. – Ela me deu um abraço.
- Tchau Narcisa.

 Ela saiu e Draco foi com ela. Eu fiquei muito feliz. Eu, Draco e Narcisa parecíamos uma família. Foi incrível! Alguns minutos depois, Draco entrou no “apartamento” e se sentou do meu lado no sofá.

- Eu disse que ela ia gostar de você.
- É. Disse.
- Relaxou agora?
- Claro.
- Está tudo bem?
- Não. Que cheiro é esse?
- Que cheiro? – Cheirei o pescoço dele.
- Esse!
- Meu perfume novo. Gostou?
- Não. – Eu corri para o banheiro e vomitei.

  Eu estava de joelhos perto do vaso sanitário. Draco ficou me olhando preocupado. POR QUE EU VOMITEI? Os perfumes do Draco são ótimos, mas esse me fez vomitar... E hoje de manhã eu tive enjôos... MERLIN!  Eu olhei para Draco, acho que ele estava pensando na mesma coisa que eu... Mas não podia ser verdade... Eu podia estar doente.
 Draco estava mais pálido que o normal, os olhos dele estavam fixos em mim. Ele estava apavorado com aquela possibilidade...

- Você acha que...
- Eu não sei Draco.
- E se estiver?
- Eu também não sei. – Estava apavorada.
- Não fica assim. Você pode não estar... – Ele não conseguia dizer aquela palavra. Nem eu.
- E se eu estiver?
- Se você estiver... – Ele ficou mais pálido ainda. – Nós vamos dar um jeito. Não vou te deixar sozinha. Mas precisamos ter certeza.
- Hoje não. Eu quero ir dormir agora.

 Eu me levantei, escovei meus dentes, lavei o meu rosto e fui dormir. Ou pelo menos, tentei dormir. Não conseguia parar de pensar que eu poderia estar... Grávida. Mas o que me deixava mais tranqüila era que Draco disse que não ia me deixar sozinha. Mas se deixasse? O que eu iria fazer? Não tenho família! Não tenho amigos! Estou sozinha!
 Comecei a chorar. Como eu fui tão irresponsável? Como? Eu não posso estar grávida! Ou posso? MERLIN!

Me levantei.Não tinha conseguido dormir. Fui para o banheiro e fiz o de sempre. “Será que aquilo foi um sonho?” – Pensei. Sai do banheiro e vi Draco sentado no sofá com as mãos no cabelo. - “Acho que não” - Ele parecia não ter dormido. Por um momento ele me olhou. Ficamos nos encarando sem dizer nada. Acho que não sabíamos o que dizer. Não sabia se ficava parada do lado da porta do banheiro, ou se iria até o sofá me sentar ao lado de Draco.

- Também não conseguiu dormir?
- Não.
- Está com medo?
- Apavorada.
- Mas talvez você não esteja...- Ele olhou para baixo.
- É, talvez. – Ele me olhou de novo.
- Quem queremos enganar? É claro que você está grávida! Nós temos que nos conformar com isso... – Eu o olhava sem dizer nada.
- É,temos.

 Ele se levantou e veio na minha direção. Eu fiquei parada,não conseguia me mexer. Ele me abraçou forte. Eu sentia as lagrimas dele caírem sobre os meus ombros. Eu também comecei a chorar. Ele se afastou um pouco de mim e colocou uma das mãos dele na minha barriga.
- Espero que pelo menos seja uma menina.
- Menino!
- Para de ser teimosa! Vai ser menina!
- Menino!
- Menina!
- MENINO!
- Quer saber? Não importa...
- É. Mas vai ser um menino.
- HERMIONE GRANGER! PARA COM ISSO! VAI SER UMA MENINA!
- Se for uma menina,quando crescer,ela vai ser paquerada por vários meninos...– Ele ficou pensando no que eu disse e ficou com o rosto vermelho.
- NENHUM MENINO IDIOTA VAI RELAR O DEDO NA MINHA FILHA!

 Ficamos conversando sobre o nosso filho (ou filha),por muito tempo... Não estávamos tão apavorados quanto antes. Estávamos felizes agora. Draco até ficou falando uns nomes de menina para o nosso bebê, mesmo eu dizendo que seria um menino.

- Agente vai ter que contar para a minha mãe.
- Sua... Mãe?
- É, Narcisa Malfoy, lembra?
- Claro que lembro! É que eu a conheci ontem...
- E daí?
- E daí... Que hoje você vai mandar uma carta para ela falando que eu estou grávida?
- É...
- Merlin! Agora que ela vai me odiar!
- Ela não vai te odiar... Só vai ficar dando sermão sobre responsabilidade... Que ai ser difícil cuidar da nossa filha... Blábláblá...
- Draco Malfoy... Você já teve um filho?
- Claro que não! Só imagino que ela vai falar isso...

 Depois de um tempo me explicando que ele não tinha outro filho, Draco escreveu uma carta para Narcisa. E agora estamos esperando a resposta.

Draco e eu estávamos sentados na frente da lareira, abraçados e ouvimos batidas desesperadas vindo da porta...

- Você vai lá ver...- Eu disse para Draco.
- Chata!

Ele abriu a porta e eu vi ele ficando pálido (mais ainda).

- DRACO MALFOY! QUE HISTÓRIA É ESSA? – Ela balançava a carta que Draco escreveu para ela.
- Bem... Se você leu... Eu acho que... – Ele não sabia o que dizer.
- SE EU LI? É CLARO QUE EU LI!
- Mãe, calma! Não é o fim do mundo!
- EU NÃO DISSE PARA VOCÊ TOMAR CUIDADO? ATÉ ENSINEI POÇÕES QUE IRIAM EVITAR ISSO... LEMBRA DA PARKINSON?
- Mãe! – Ele olhou para ela e depois olhou para mim.
- Ela não sabia disso, não é? – Ela olhou para o Draco.
- Não. Eu não sabia... – Fui para o meu quarto e me tranquei lá.

 Como assim: “Lembra da Parkinson”? Ele já achou que seria pai de um filho dela? Que raiva! Por que ele não me contou? O que mais ele esconde de mim? Por isso ele sabia como a mãe dele ia reagir... QUE DROGA!
 Eu podia ouvir os berros da Narcisa... Ela estava furiosa. Ela estava parecendo um berrador, só faltava ela se rasgar depois daquele sermão. Ela começou a bater na minha porta. “Pronto, agora é a minha vez”.
 Abri a porta. Ela entrou e se sentou na minha cama. Ela me olhava com um carinho imenso. Eu me senti mais tranqüila, mas isso não mudava o fato de que ela iria me dar um sermão.

- Hermione... Desculpe-me pelo o que eu falei aquela hora. Não queria te magoar. Eu não fazia idéia de que ele não tinha lhe contado.
- Tudo bem. A culpa foi dele porque não me contou.
- Como deixou isso aconteceu querida? Você é tão inteligente! E tão jovem...
- Eu sei. Eu também estou me perguntando isso...
- O que você pretende fazer?
- Sinceramente? Eu não tive tempo para pensar nisso...
- Vai ter o bebê?
- Claro que vou!
- Que bom ouvir isso, a Parkinson não quis ficar o com bebê dela... Mas fico feliz. Não queria que a Parkinson fosse mãe de um neto meu.
- Por que não?
- Porque ela é irresponsável, incessível, uma idiota completa!
- Faz muito tempo?
- Foi ano passado. Eu briguei tanto com o Draco. Ele me prometeu que iria se prevenir.
- A culpa não foi só dele... Eu também fui uma irresponsável por ter deixado isso acontecer.
- Só te digo que não vai ser fácil. E que você tem que se cuidar.
- Tudo bem.
- Vou querer noticias! Se não me mandarem...
- Mandaremos.

 Ela me deu um beijo na bochecha e saiu. Depois eu ouvi o barulho da porta batendo. Draco foi até a porta do meu quarto... Ele me olhava com medo, e eu o olhava com ódio.

- POR QUE NÃO ME CONTOU?
- Calma! Você não pode de estressar...
- Então para de me estressar!
- Não te contei porque não achei importante... Esse filho não nasceu!
- Você queria esse filho?
- Parkinson não é o tipo de garota que eu falaria que seria “a mãe dos meus filhos”.
- E eu? – Ele me olhou e colocou a mão no meu rosto.
- Você vai ser a mãe da minha filha.
- Filho!
- Vamos começar com isso de novo?
- Não. – Eu o beijei.
- Ótimo. Vamos descer? Você precisa se alimentar...
- Sério? Não quero descer...
- Então ta... – Draco me pegou no colo e foi me levando para o Salão Principal.
- Draco me solta! Me solta!
- Calma, estamos chegando...
- CALMA NADA! ME SOLTA AGORA!
- Chegamos!

 Ele me colocou no chão quando já estávamos no Salão Principal. Todos estavam nos olhando...

- Draco você é doido! Eu juro que te mato! – Ele se aproximou do meu ouvido.
- Vai matar o pai da sua filha? – Ele sussurrou.
- Filho. – Eu sussurrei.

 Ele riu, beijou a minha bochecha e se sentou na mesa da Sonserina. E eu fui em direção a mesa da Grifinória. Todos de lá me olhavam com desprezo. Ma eu nem liguei. Me sentei mesmo assim.
 Ron, Harry e Gina não paravam de me olhar. Aquilo estava me irritando. “Calma Hermione, você não pode se estressar”. – Eu pensava.

- Olha quem revolveu voltar... – Disse Harry. – Seu namorado não está do outro lado do Salão Principal?
- Está. E ele pode de deixar com outra cicatriz se você quiser...
- Você ficou tão... Estúpida! – Disse Ron.
- Mesmo? Só eu? Eu comecei a ser ignorada por aqueles que eu chamava de “melhores amigos”, levei quatro Crucios da Parkinson e vocês nem me ajudaram... Vocês estão sendo estúpidos comigo desde o começo desse semestre! – Eu falava baixo, mas com muita raiva. Aquilo me fez ter uma leve tontura.
- Para de ser idiota! – Disse Gina.
- É Hermione. Nós éramos os seus melhores amigos até você começar a namorar aquele idiota! – Disse Ron
- Achei que tinham entendido! EU AMO O DRACO!
- Ama? Mesmo? Ele está te fazendo de idiota! – Disse Harry
- É,e você está sendo uma.- Disse Gina.
- CALEM A BOCA! – Eu me levantei e sai daquele lugar.

Estava começando a passar mal...Estava sentindo tonturas. Sentei-me no chão e fiquei ali com a cabeça abaixada. Estava esperando alguém chegar para me ajudar...

- Mione! Eu falei para você não se estressar lembra?
- Eu sei... Mas eles me tiraram do sério...
- Eu vou te levar para a Ala Hospitalar.
- Não!
- Eu falei que EU VOU. Então EU VOU te levar.
- Chato!

 Ele me pegou no colo e me levou para a Ala Hospitalar. Quando chegamos lá a Madame Pomfrey começou a falar que estava com saudade de mim... Que fazia um mês que eu não ia para lá.

- Madame, cuida da Hermione para mim?
- O que ela tem?
- Conversa com ela Mione.
- DRACO MALFOY! – Eu disse.
- Calma! É que eu não vou conseguir falar...
- Podem me dizer logo? – A Madame Pomfrey nos interferiu.
- Não é nada... Eu estou melhor.
- Ela está grávida Madame Pomfrey.
- O que?

 Ficamos algum tempo respondendo as perguntas da Madame Pomfrey enquanto ela fazia algumas poções para mim...

- Pronto... Beba tudo! – Eu fiz uma careta, mas bebi.
- Pronto.
- Agora podem ir. Mas tente ficar calma. A poção não faz milagres...
- Eu tento.
 Eu e Draco saímos de lá. Estava me sentindo melhor. Mas Draco fez questão de que eu ficasse o resto do dia no quarto. De repouso. QUE DROGA!
 Não queria ficar em repouso, mas tinha que pensar no meu bebê. Eu já tinha ficado estressada de mais! Agora eu precisava relaxar. Mas amanhã eu vou ir para a aula! É segunda! Mesmo o Snape não gostando de mim,eu gostava das aulas dele.
 Eu ouvi batidas na porta. Batidas fortes...

- Já estou indo!

 Quando eu abri a porta, Ron,Harry e Gina entraram no “apartamento”.

- Ainda não acabamos de conversar. – Disse Harry.
- Não quero conversar. Saiam!
- Agora você vai ouvir agente! – Disse Gina.
- Saiam!
- Não! Para de tentar fugir da gente! Eu cansei de você se fazendo de vitima! – Disso Ron.
- VOCÊ TRAIU AGENTE HERMIONE! ISSO NÃO SE FAZ! NÃO ACREDIRO QUE VOCÊ ESTA NAMORANDO O NOSSO PIOR INIMIGO! VOCÊ É UMA IDIOTA! ACHA MESMO QUE ELE TE AMA? ELE PROVAVELMENTE ESTÁ TE TRAINDO NETE EXATO MOMENTO! – Berrou Harry
- Para! – Eu estava chorando e me sentindo fraca. Fiquei de joelhos no chão.
- PARA DE SE FAZER DE VITIMA! – Gritou Gina
- Vamos embora Harry. Vem Gina. – Ron puxava os dois pelos braços.
- QUANDO SE ARREPENDER DO QUE FEZ... NÃO NOS PROCURE!
- EU ODEIO VOCÊ, HARRY POTTER! – Eu gritei. E foi a última coisa que eu fiz antes de desmaiar.

 Não sei quanto tempo eu fiquei desmaiada, mas acordei na Ala Hospitalar com o Draco segurando a minha mão.

- O que aconteceu Mione? Eu encontrei você desmaiada no chão da sala...
- O Ron, o Harry e a Gina entraram lá e ficaram gritando um monte de coisas...
- AQUELES IDIOTAS!
- Calma Draco.
- AQUELES IDIOTAS!

 Draco saiu da Ala Hospitalar. Eu sabia para aonde ele estava indo, mas eu não pude ir até lá. A Madame Pomfrey não me deixava ir.

- Madame, eu preciso ir!
- Não Senhorita Granger... Você vai ficar aqui.
- Você não entende... Eu PRECISO ir!
- Já disse que não.

 Ela fechou a porta da Ala Hospitalar. Merlin! Proteja o Draco. E mesmo me achando uma idiota por isso, mas proteja aqueles que um dia eu chamei de “amigos”.


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