Alice PDV’

Já haviam se passado três dias desde que havia descoberto a doença e sinceramente? Eu havia perdido a vontade de viver. Eu não saia mais de casa, eu mal levantava da cama, me sentia indisposta para tudo. Minha mãe já tinha se recuperado, mas ela não queria voltar a trabalhar por minha causa... Eu não queria isso, eu não queria ser um estorvo na vida de ninguém, me sentia mal por isso

Harry PDV’

Já haviam se passado alguns dias desde que vi Alice, eu tentava ligar no celular dela, mas sempre caia na caixa postal, confesso que isto estava me deixando louco, preocupado. Será que ela não havia gostado de mim? O que será que havia acontecido? Tentei ligar mais uma vez... Caixa de mensagens de novo!

– Droga – falei jogando o celular no sofá e colocando as mãos em meu rosto

– O que foi? – perguntou Liam

– Só cai na caixa de mensagens – respirei fundo olhando para o nada

– Você está gostando mesmo dessa menina não é? – Zayn se sentou ao meu lado

– Não sei... Ela... É diferente das outras garotas que eu conheci, ela tem um jeito todo especial, que me faz gostar dela

– Está apaixonado – Niall disse; não era uma pergunta

– Não cara... Eu não posso estar apaixonado por ela, ela só me quer como amigo, ela deixou isso bem claro

– O amor não tem hora para a aparecer, para acontecer... Você querendo ou não, pode estar apaixonado pela garota. Dá pra ver em seus olhos... Quando você fala dela... Um brilho surge no seu olhar... – todos olharam para Louis, chocados – Porque você não vai até a casa dela?

– É isso! Obrigada Boo Bear, vou até a casa dela – falei pegando as chaves do carro em cima da mesa. Quando saí só pude ouvir Louis gritar “My Baby”

O caminho até a casa dela parecia mais longo do que da ultima vez... Mas finalmente cheguei. Bati na porta... Não demorou muito e uma senhora atendeu

– Olá? – ela sorriu

– Oi... Hm’ A Alice está? – perguntei e imediatamente ela abaixou o olhar

– Quem é você? – perguntou me olhando, ela parecia cansada

– Sou Harry, Harry Styles... Muito prazer – ela pareceu assustada, mas me deixou entrar

– Ela está no quarto... – ela me mostrou onde ficava – estou de saída

Entrei no quarto e a encontrei deitada na cama, parecia mais magra, pálida. Ela me olhou e pareceu assustada

– Harry? O que faz aqui? – perguntou se ajeitando

– Vim te ver – sorri – você não me atendia... O que aconteceu?

– Queda de pressão – ela afastou o olhar. Não sei, mas tive a sensação de que ela estava mentindo

– Tem certeza que é só isso? – perguntei me sentando ao lado dela

– Sim, eu tenho – sorriu fraco

– Você pode sair? – perguntei meio nervoso

– Por quê?

– Eu quero levar você fazer um piquenique – sorri e ela abaixou a cabeça

– Eu não sei...

– Vamos, por favor, eu juro que se você passar mal eu te trago de volta, mas você precisa tomar um pouco de sol, não vai adiantar você ficar presa a essa cama. E o dia está lindo

– Tudo bem! Você me convenceu – eu sorri vitorioso

– Vou esperar no carro

Alice PDV’

Confesso que estava sem a menor vontade de ir, mas tenho certeza que ele insistiria até eu ceder, então resolvi acabar logo com isso. Eu iria, até porque ele tinha razão. Ficar em casa não iria adiantar de nada, eu tenho que tentar dar o máximo de mim no tempo que me resta... Só lamento ter que mentir para Harry, ele é um cara legal, mas ainda não está na hora. Eu vou contar, mas... Ainda não.
Terminei de me arrumar, com uma roupa simples, shorts, all star e camiseta branca com algumas flores, e segui em direção ao carro de Harry. Ele sorriu ao me ver, e abriu a porta do passageiro

– Só preciso passar em casa antes, pegar algumas coisas – ele sorria

– Tudo bem – respondi apenas. Quando chegamos, ele me olhou como quem perguntou se quer descer ou se quer ficar – vou ficar

– Tudo bem, não demoro – então saiu. Eu observei a casa, ela era enorme... Às vezes eu esqueço que ele é famoso... Não demorou muito e ele já estava de volta com uma cesta nas mãos e um violão nas costas. Ele guardou as coisas no banco de trás e logo voltou a frente do volante – demorei muito?

– Não, não – sorri

– Vamos? – assenti... O lugar que ele me levou era realmente lindo, grama bem verde, árvores bem cuidadas. Ele estendeu a toalha embaixo de uma dessas árvores e retirou a comida de dentro da cesta ajeitando-as.

– Nossa! Que lugar lindo – falei deslumbrada. Ele sorriu

– Sim, eu costumo vir aqui, sabe me dá inspiração. É um lugar calmo, eu gosto – sentei-me ao seu lado

– Entendo – sorri. Nós comemos, conversamos, rimos... A tarde estava perfeita. Ele pegou seu violão, olhou nos meus olhos e falou – vou tocar uma musica para você, espero que goste... O nome dela é Broken Angel

A música que ele estava tocando era realmente linda. Era difícil não se emocionar. Quando ele terminou de tocar, eu esperava qualquer tipo de reação, menos isso... Ele me beijou, e quem ficou sem reação fui eu

"Oh anjo ferido, você estava triste quando ele esmagou todos os seus sonhos?

Oh anjo ferido, você está morrendo por dentro porque você não pode acreditar"