Throw Away escrita por Amis


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Gente, aproveitem. Amanhã vai começar minhas aulas e eu só vou poder postar uma vez por semana ou de 15 em 15 dias.
E bem, como o prometido. RSRSR Mais um capítulo porque a linda da GiovannaDiAngelo recomendou a fic. Agradeçam a ela, pq eu planejava postar só no outro fim de semana.
Pessoal eu estou com lágrimas nos olhos. Eu nunca tive uma fic tão bem recebida e recomendada assim, logo no começo.
Vcs são maravilhosas e eu sou idiota de estar chorando por causa disso ;)
Enjoy it



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Eu escovei meus dentes freneticamente em cima da pia do banheiro da murta, tentando tirar além do gosto ácido presente em minha boca, toda a enxurrada de sentimentos que me atormentava.

Já fazia sete dias que o meu painel funcionava e para a minha surpresa, com sucesso. Alguns alunos tinham visto qual seria o mico e com medo de ter que pagá-lo, começaram a entrar nos eixos. Agora, a Corvinal estava atrás da gente e eu contava com os deslizes idiotas dos grifinórios para nós estarmos em segundo lugar. Além disso, os infratores da semana iriam pagar o mico da semana hoje, então eu estava feliz demais.

E mesmo assim, com aquela felicidade extrema, eu havia vomitado todo o meu café da manhã.

Naquele momento eu não tinha como odiar uma pessoa mais como eu me odiava.

Fechei meu estojo de maquiagem com minha escova de dentes dentro e suspirei. Não poderia me atrasar para a aula de DCAT. Se eu fizesse isso, a professora Parvati me mataria.

Me virei sem muita pressa, ou eu desmaiaria e me atrasaria para valer. Foi então que o meu pesadelo do dia começou.

Encostado na parede oposta a mim, James Sirius Potter me olhava com um olhar sem emoção no rosto.

Estanquei no lugar e apoiei meu quadril na pia, antes que eu caísse e acabasse de vez com a minha dignidade.

–O que você quer, Potter? – perguntei irritada. Eram oito e meia da manhã, pelo amor de Merlin, ele não podia estragar meu dia assim.

James abriu um sorriso que me assustou.

–Sabia que os trouxas tem um nome para o que você faz? – ele disse calmo. – Se chama bulimia.

Meu coração começou a bater dolorosamente forte no peito. Não, ele sabia e se ele abrisse a boca para contar para alguém, eu estaria ferrada.

–James, o que você quer em troca de não contar nada a ninguém? – perguntei rapidamente, antes que eu perdesse a noção do que estava fazendo.

O garoto suspirou.

–Dominique, você está se matando aos poucos. – ele disse sério.

Dei de ombros.

–Como se você se importasse. – disse baixo. – O que você vai fazer? – perguntei com medo da resposta.

James me olhou profundamente.

–Não vou contar a ninguém o que você está fazendo. – disse sério. – É sua vida e se você acha que não precisa de ajuda, não sou eu que vou te dizer o que fazer.

–Eu não preciso de ajuda! – disse alto, me irritando com ele. – Não finja que se preocupa comigo, até o Diabo se preocupa mais comigo que você! – disse segurando as lágrimas que ameaçavam cair. A minha mão estava coçando para eu azará-lo, mas eu sabia que era boazinha demais para isso. Minha consciência iria pesar mais ainda com aquilo.

James revirou os olhos.

–Isso é sujo, Dominique. Não sei como você consegue olhar para a beleza que atingiu e sentir alguma coisa boa em relação a ela, se a forma como você a alcançou foi idiota demais. – disse com uma cara de nojo.

Eu o fitei com os olhos marejados. Ele tinha razão, mas a forma como ele dizia me deixava enjoada de mim mesma.

Um enjoo forte me atingiu e eu não quis deixar o Potter apreciar a cena. Rapidamente eu corri para o salão comunal da Lufa-lufa, pouco me importando com a aula que estava perdendo e entrei no banheiro do meu quarto.

Me olhei no espelho e um novo sentimento começou a me afligir. Eu estava começando a ficar com nojo de mim mesma, eu podia perceber pela careta que eu mostrava no reflexo do espelho.

Tirei meu uniforme com raiva e os joguei no chão, ligando o chuveiro e entrando na agua quente. Eu queria tirar aquele nojo de mim mesma, e nada melhor que um banho.

Peguei meu sabonete liquido e comecei a esfregar ele contra minha pele, tentando tirar uma camada invisível de algo que eu não sabia identificar da minha pele. Passei ele algumas vezes a mais, mas eu parecia impregnada de nojo. NOJO DE MIM MESMA!

Desliguei o chuveiro e olhei para minha pele. Não parecia suficiente. Eu ainda me sentia suja. O liguei novamente e comecei a passar minhas unhas compridas pela extensão dos meus braços e troncos, começando a me sentir melhor. Quando percebi estava com alguns hematomas vermelhos por onde minhas unhas haviam caminhado e minha pele.

Novamente desliguei o chuveiro e vesti meu uniforme, deixando as mangas mais compridas que o normal para esconder os arranhões. Quem os visse ia achar outra coisa.

Corri pelos corredores novamente, rezando para não estar atrasada para a segunda aula.

*_*

Me sentei calmamente na última carteira da sala de transfiguração e suspirei, sentindo minha pele arder contra o tecido fino da camisa.

No mesmo momento a professora entrou e começou a distribuir algumas folhas para cada aluno nas mesas.

Revirei meus olhos e olhei para o pergaminho á minha frente.

Prova 1 de transfiguração.

Me engasguei com minha própria saliva.

Prova, como assim prova de transfiguração? A professora estava maluca?

Suspirei tentando acalmar minha respiração. Não tinha saída.

Peguei o papel entre as mãos e os avaliei.

Qual é o feitiço que transforma um animal em um balão?

Diga os três feitiços mais usados e reconhecidos pelo ministério inglês?

Diga no mínimo um feitiço que desmaterialize algum objeto em ar. (pontos bônus para aqueles que citarem mais de um)

Diga um feitiço do qual você domina na matéria.

Um sorriso sem humor apareceu nos meus lábios e eu não fiz questão de tirá-lo de lá. Era incrível como a minha capacidade de se ferrar crescia de tal forma, que minha inteligência não conseguia acompanhar. Por que, simplesmente por que, eu não sabia nada daquele maldito teste.

Encostei minha testa na mesa e respirei fundo. Eu iria tirar um belo T de trasgo.

Pela primeira vez na vida, eu precisava estudar.

Olhei ao meu redor e vi Erik fazendo a prova com facilidade e Nate tentando colar dele. Mais atrás, Dafne e Ana escreviam alguma coisa com expressões de dúvida e na primeira carteira, Rose já entregava sua prova.

Revirei meus olhos. Eu deveria ter prestado mais atenção nas aulas.

Escrevi meu nome na prova e fiz questão de rele-lo para ter certeza que não havia errado ele também.

Ultimamente...

Me levantei com passos vacilantes e entreguei minha prova em branco. Não sabia nada dela, não iria chutar qualquer coisa.

Senti o olhar de minha professora queimar as minhas costas, mas ignorei, abrindo a porta da sala e saindo por ela.

Sem muito animo para mais alguma coisa, eu me dirigi aos jardins e me sentei na grama verde do lugar, aproveitando os raios de sol da manhã.

Já tinha perdido a noção do tempo quando senti alguém se sentar ao meu lado. Já conhecendo aquele perfume como o de Erik, sorri e permaneci de olhos fechados.

–Como foi a sua prova? – ele me perguntou calmo.

Suspirei.

–Em branco. E a sua? – perguntei.

Erik riu baixinho.

–Dominique, esse ano é o ano dos Noms e você não vai se preocupar com eles... – constatou.

Dei de ombros.

–Quem se preocupa? Vou acabar fazendo faculdade trouxa mesmo, eu dou meu jeito.

–Eu me preocupo, Dominique! – disse sério. Rapidamente abri meus olhos e encontrei os seus olhos claros perto demais de mais de mim.

Tentei recuar mas acabei encontrando o chão. Erik se aproximou mais de mim e sorriu.

–Seus olhos são tão azuis, Dominique. – sussurrou fazendo sua respiração bater em meu rosto, me inebriando com aquele cheiro de baunilha.

Senti os pelinhos do meu braço se arrepiarem e um suspiro involuntário escapou pelos meus lábios. Mesmo que eu tentasse negar, Erik era atraente e bonito demais.

Fechei meus olhos quase que automaticamente e entendendo aquilo como uma permissão, Erik encostou seus lábios quentes nos meus, logo depois aprofundando o beijo conforme eu lhe ia dando passagem.

Percebendo o que estava fazendo, eu abri os olhos rapidamente e o empurrei levemente.

–Erik, eu...

–Não diga nada, Dominique, apenas curta o momento. – me pediu calmo.

Eu assenti e suspirei. Talvez Erik tivesse razão. Eu só precisava curtir o momento.


Teaser:

–Saber o que tanto você faz no banheiro da murta que geme. – disse ao meu lado.

...

–Ou seria bem mais difícil. – disse levantando delicadamente meu rosto para que eu o olhasse. – Imagina, ter que fazer algo grandioso para sair da sombra do pai. – disse olhando para dentro dos meus olhos.

...

Mal havia percebido que naquela noite, pela primeira vez em um ano, eu não havido corrido para o banheiro.




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Notas finais do capítulo

Bem, para aqueles que leem viva por mais 90 dias, sorry girls. Eu sei que eu demora para postar ela, mas ela me dá mais trabalho. Tem que escolher a música do capítulo, planejar ele pra ficar fofinho, tomar cuidado para manter a mesma linha de raciocínio e tals. Por isso eu posto com mais frequencia na Throw away, ela é mais simples, entende?
Bom, para todas agora: Bem reviews e recomendações, ok?
Amo todas vcs, fico muito feliz com cada recomendação.
XOXO
PS:Bem palpites sobre o teaser? Alguém tem idéia de quem seja?