Aventuras Descontroladas De Percabeth escrita por bloodymary


Capítulo 27
Eu faço notas mentais sobre um comportamento futur


Notas iniciais do capítulo

[...] comportamento futuro (continuação do título do capítulo)
*suspira* Me desculpem, por favor, mas me entendam.



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Saí do transe de pensamentos, mais ou menos uma hora depois (não me perguntem o porque de tanto tempo pensando), percebendo que Percy tinha aceso a fogueira e que ele se preparava para dormir depois de ter dado uma bronca sem nexo a Sra. O’Leary. Ele estendia mais um pedaço menor de lona no chão. Por cima precisaria de um cobertor por cima da lona para não morrer congelado por causa do chão frio e lamacento – pensei comigo mesma. Ou então... Algum corpo vivo ao seu lado para aquecimento multo. Ele só tinha uma jaqueta mais ou menos grossa por cima da blusa com capuz que ele havia trazido dentro da mochila onde tudo cabia (até uma jaqueta quase igual a dele para mim). Suspirei e fiquei surpresa ao ver que me deitava ao seu lado sem ao menos tomar conhecimento de meus movimentos. Joguei meu orgulho para o alto, pouco ligando para ele – mas me sentindo mal por isso – e terminei por me virar para encará-lo.

-Oi. – falei.

Percy arqueou sua maldita sobrancelha por baixo de uma camada de cabelo e se virou para o outro lado, se distanciando fisicamente de mim. Instantaneamente comecei a sentir frio. Peguei minha mochila que me servia de travesseiro e cacei dentro dela minha blusa mais grossa e coloquei por cima da jaqueta (que ele trouxera tão bem dobrada dentro da mochila) mesmo. Pus a mochila debaixo da cabeça novamente e me encolhi em uma bola, querendo mais calor. Mesmo virada para a floresta – lado oposto de Percy – eu o sentia se mexer. Joguei os cachos desestruturados naturalmente pelo tempo sem lavar para fora da jaqueta e eles cariam em cima da mochila. Serviria como uma cortina entre nós. Pensei e pesei os sentimentos dentro de mim – não que eu soubesse quais eram eles – escolhendo os mais oportunos para falar – e não que eu fosse falar hoje ou amanhã... Ou mês que vem. Peguei de volta o orgulho que fora jogado ao céu pouco antes, e ele voltou com mais intensidade. Dormi, mas não que tenha sido fácil fazer isso.

Sem sonhos, novamente. Alecto deveria esta me privando de informações. Acordar foi fácil, levantar que foi um sacrifício. Sra. O’Leary roncava a minha frente, a um metro de distância. Percy respirava profundamente ao meu lado, mas eu estava de costas para ele. Fechei os olhos uma vez antes de implorar por sangue em minhas extremidades, fazendo com que todo meu corpo meio rígido formigasse. Sentei-me. Meus cabelos loiros estavam como um ninho de ratos. Bufei e comecei a penteá-los com os dedos, afim de fazer um rabo de cavalo idiota que no fim do dia estaria pior que agora. Pus-me de pé e cambaleei a ponto de quase pisar na fogueira bem alimentada e alta que ainda queimava. Suspirei. Ou ele havia alimentado a fogueira de três em três horas ou Sra. O’Leary tinha brincado na madrugada com pedaços de madeira e eles acidentalmente tinham caído na fogueira. Acho que não. Eu acordaria se ela tivesse feito isso. Sentei no troco/sofá “de casa” de ontem e esperei por alguma manifestação de vida dos dois. Tentei me lembrar de alguma coisa da noite passada. Quando as imagens de um Perceu viril e bravo apareceram eu balancei um pouco a cabeça. E eu no fundo sabia o por que de ele estar assim. Eu só não queria aceitar. Era tudo culpa minha. Culpa minha de ele ter se apaixonado por mim e eu por ele. Culpa minha de termos ficado um tempo juntos. A culpa era minha eu ter me deixado aproximar antes de tudo. Mas o X da questão era esse. Eu havia me aproximado e eu não sabia se o que eu sentia era verdade ou só um instinto de proteger. Anteriormente, confusa, eu tinha me apegado à segunda opção. Eu, instintivamente, estava o protegendo. Então, para no final eu não sofrer caso ele morresse, eu fiquei a uma distância segura. Mas agora, eu sabia que era tudo verdade. Eu o amava mesmo. E, de todas as maneiras, pensei erroneamente antes. Ele sofria por minha causa. Sofria porque ele me queria perto e eu estava longe, muito longe. Sofria porque eu me equivoquei. Tudo minha culpa. Só que agora eu sabia que seria difícil ele me aceitar de volta. Era isso o que minha mãe falava. Eu tinha que provar que eu o amava e tinha que explicar tudo, fazendo-o entender que minha cabeça funcionara de um jeito errôneo. Confuso demais. Muita confusão para a cabeça de uma adolescente de 16 anos. Ainda mais quando tudo esta por um fio e qualquer um de nós pode morrer a qualquer instante.

Percy se mexeu, me tirando do transe. Ele abriu os olhos por alguns momentos, olhando para alguma coisa a cima e com a voz meio abafada falou algo como: “Volta para cama”. Não que eu tenha certeza que ele falou comigo, mas fiz de conta que sim.

Sorri, mesmo com a cabeça explodindo depois de uma hora pensando e passando um pouco de frio. Algum dia eu precisava contar tudo aquilo para ele. E precisava ser logo, antes de chegarmos ao máximo do leste e antes de qualquer coisa que viesse pela frente. Só faltava coragem.

-Estou indo. – falei para ninguém, já que ele voltara a dormir.

Levantei-me do tronco e deitei de volta na “cama”. Agora ele estava virado para o meu lado. Os lábios vermelhos e meio ressecados pelo frio, a pele das bochechas estava amassada e marcada por causa do jeito que ele se deitara na mochila. Os cabelos estava bagunçados como sempre. Toquei com o dedo indicador da mão direita seus lábios. Depois passei para as bochechas quentes. Ele nada sentia, ou então sentia e não demostrava isso. Suspirei e fechei os olhos, sentindo a respiração dele no meu rosto, querendo dormir para sempre, ali.

Acordei (de novo, devo acrescentar de passagem), mas não abri os olhos. Senti que Percy já havia se sentado, mais precisamente, sentado em meus pés, porque eu tentei mexe-los e não foi possível.

-Que droga Percy, me deixe levantar. – foi o que saiu.

Ele deve ter bufado. Ou então a cadela infernal o fez, mas mesmo assim ele cedeu e saiu de cima de meus pés.

-Dava para demorar mais? Estamos acordados a muito tempo esperando a senhorita se levantar de seu sono de beleza!– Percy falou.

Me sentei e falei de um jeito emburrado e raivoso:

-Ô caramba! Eu fui a primeira a acordar! Esperei vocês por uma hora! E nada de darem aspecto de vivos. – Percy ouvia e revirava os olhos.

-Depois do que você me fez ontem, já era de se esperar que eu dormisse muito.

Minha cabeça voltou a latejar e eu fechei os olhos, torcendo para meu cérebro não começar a vazar pelos ouvidos e narinas.

-Di immortales Perceu! – falar o nome e não o apelido era mais tocante – Que droga eu fiz ontem? – embora eu já sabia, eu queria ouvir da boca dele que eu havia nos separado. Mas era drama demais.

Ele suspirou e disse a mesma coisa de ontem:

-Faça essa pergunta a si mesma.

Eu debochei.

-Eu já fiz! – e menti também – E não encontrei nenhuma resposta.

Sra. O’Leary estava ali como um juiz de tênis de mesa, olhando de um lado para o outro rapidamente enquanto estava estada na lama.

Percy chegou mais perto, com o nariz empinado e o queixo rígido.

-Esquece. – falou ele, bem na hora em que eu achei que ele diria um palavrão.

Soltei o ar que eu não tinha conhecimento em estar segurando.

DROGA! Nem para se abrir comigo ele serve. Fechei os olhos, fazendo a nota metal: na hora que ele estiver mais calmo, vou ter que apelar para as lágrimas (de crocodilo).


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Notas finais do capítulo

Não sei se leram o aviso, mas por favor, leiam e tentem me entender, quero poupar-nos de qualquer tipo de confusão. E POR FAVOR, NÃO ME PEÇAM PARA RETOMAR A FIC, PORQUE JÁ FOI BEM DIFÍCIL CANCELÁ-LA, se me pedirem vai ser mais difícil ainda.
Tentem me entender, pelo amor dos deuses.



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