Aventuras Descontroladas De Percabeth escrita por bloodymary


Capítulo 26
Meu nome é Annabeth Cara Amassada Chase


Notas iniciais do capítulo

FIC CANCELADA.
Capítulo finalizado antes de eu ler Filho de Netuno.



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Acordei no dia seguinte (pena) com alguém mexendo devagar no meu rosto.

-Bom dia Annabeth Cara Amassada Chase. – Percy falou e depois beijou minha bochecha.

Onde ele havia beijado ficou queimando e coçando. Desejei profundamente que o dia anterior tivesse sido um pesadelo qualquer, em qualquer dia.

Deviam ser lá pelas dez horas, acho. O sol não aparecia muito bem.

-Choveu essa noite? – perguntei retoricamente, olhando em volta.

Tudo estava um pouco encharcado demais. Percy arqueou uma sobrancelha.

-O que você acha?

Sorri por um meio segundo.

-E como eu não acordei? – porque eu continuava perguntando?

-Devia estar cansada. – Percy disse, dando de ombros.

Senti os olhos pesados, ainda meio sonolenta.

-É. – coloquei um pãozinho amassado na boca que pensei que ele havia trazido.

-Tomara que você tenha vindo com botas boas. O chão tá ruim de andar.

Assenti, mastigando o último pedaço. Senhora O’Leary roncava de vez em quando, jogada de barriga para cima em um canto.

-Ela me serviu de travesseiro essa noite, ela nem liga. – Percy falou, vendo que eu olhava para a cadela. – Tentei colocar sua cabeça em cima da barriga dela também, mas você não colaborou, quase me deu um soco... – ele suspirou, como se aquilo fosse uma coisa boa – E falou coisas.

Arregalei os olhos, voltando-me para um Percy Jackson absorto em pensamentos que achei felizes.

-Hã... O que por exemplo?

Ele sorriu... Muito. Parecia que seus lábios iriam se romper de tão esticados.

-Algo como – ele fez aspas nos ar – “Te quero”. E às vezes “Me deixa sozinha com meus pensamentos, Percy!”

A segunda frase era típica minha, mas a primeira...

-Não está inventando não? – arqueei uma sobrancelha.

Ele balançou a cabeça, negando.

-Ah.

Me coloquei de pé, pronta para andar, mas Percy ainda parecia esperar a cadela infernal acordar.

-Porque não... Sei lá... Não a chama para ver se acorda logo? – disse eu, depois de alguns minutos batendo o pé, impaciente.

Percy deu de ombros.

-Senhora O’Lea... – e a cadela já estava de pé, balançando o imenso rabo e latindo feliz.

Sorri, feliz por ter feito algo de produtivo no dia. Percy começou a dobrar

-Vamos. – falei por fim.

Percy foi à frente, eu atrás e a cadela ficava variando entre ficar entre nós, na nossa frente ou atrás. Foi um dia “normal” na floresta. Paramos uma vez para Percy fazer uma necessidade física que não cabe falar aqui, depois outra para a cadela e uma para mim. Depois paramos todos juntos para comer um saquinho de batatinha que Percy havia trazido. Sra. O’Leary quis atacar o saquinho, mas Percy a domou de um jeito estranho, não consigo explicar.

Percy às vezes tagarelava com nervosismo, parecendo querer ser legal, mas o problema era... Ele não tinha assunto, então falou sobre músicas dos anos 70 o tempo inteiro. Não que eu não gostasse de música de 70, mas ouvir sobre The Runaways e sua trupe delirante (o resto das bandas) por muito tempo é meio desgastante. E eu tinha ficado quieta a viagem inteira.

-Cara! – Percy me assustou, pois alguns minutos antes havia parado de tagarelar e eu já tinha me acostumado com o “silêncio” da floresta.

-Meus deuses Percy! – soltei uma lufada de ar.

-Precisamos parar. – ele respirava profundamente, como se ar fosse sua única fonte de oxigênio (não é o caso quando falamos de um filho de Poseidon).

-Está bem, mas... Porque esse drama todo? – questionei, sentando em um tronco caído, porque no chão lamacento não havia condições de se sentar.

-Foi mal. – ele falou sem sentimentos – Eu sei lá porque. – ele balançou as mãos em volta da cabeça, como se tivesse o cabelo longo e estivesse os bagunçando com os dedos.

Assenti, passando a mão direita nos pelos atrás das orelhas da cadela infernal – sim, ela havia me aceitado – e esperando que ele se sentasse no tronco comigo. Minha ligeiras contas me disseram que eram quase seis horas da tarde, mas com o tempo que fazia, parecia mais umas oito de tão escuro.

-Vai. – a voz de Percy parecia agressiva demais de repente. Máscula.

-Vai o que? – perguntei friamente.

-Vamos fazer essa droga de – ele ironizou a palavra – acampamento.

Parecia que Percy iria chutar tudo quando começou a juntar alguns galhos para a fogueira. Eu, devagar e sempre, abri sua mochila e peguei a lona/teto e comecei a amarrar as pontas em quatro árvores distantes o suficiente para o toldo ficar esticado. Fiz nós que só eu sabia desfazer. Isso me fez pensar que meu eu interior – alguém que eu não conseguia controlar muito bem – queria que ele precisasse de mim. Faz algum sentido? Abanei a cabeça.

Percy se jogou no troco como se fosse o sofá de casa – e eu me perguntei se isso não havia doído – e começou a fitar uma árvore ao longe, com as narinas infladas. Sra. O’Leary se esfregava na lama, com a barriga para cima, parecendo se divertir.

Foi ai que eu não consegui me segurar e perguntei:

-Você não pisca? – tá, tudo bem, não foi a melhor pergunta do mundo, mas eu precisava falar com ele. Só Hades sabe o porque.

Percy virou os olhos para mim. Belos orbes verdes. Continuei com o queixo erguido. Ele só revirou os – lindos, grandes e profundos – olhos.

-O que você tem hein? – perguntei por fim, suspirando.

Ele bufou. Apoiou os cotovelos nos joelhos e colocou a cabeça no meio das mãos.

-É sério Percy. O que houve?

Ele se endireitou, de modo viril e que eu nunca havia visto.

-Faça essa pergunta a si mesma. – ele cuspiu as palavras e se levantou e começou a brigar com a inocente cadela infernal.

Soltei uma grande quantidade de ar que eu nem sabia que estava segurando. MERDA.

Você sabe o que sente por ele, Annabeth. Prove.” Me assustei com a voz – que eu não ouvia a muito – de Atena.

Eu não sabia se ela podia me ouvir, mas pensei em resposta (ou quase uma resposta). “Oi mãe.” Nada. Se ela havia me ouvido ou não, eu não sabia.

Meus pensamentos voaram a suas palavras recentes em minha mente. Prove, prove, prove. Mas provar o que? A droga do sentimento que eu tinha por ele? E depois explicar porque eu havia me distanciado dele?

Fechei os olhos com força. Eu? Orgulhosa? Imagina! Droga. Me senti uma molécula ordinária de fumaça de cigarro. Falar sentimentos não era meu forte. Expressar em palavras qualquer coisa que eu estivesse sentindo... Não era tarefa fácil para Annabeth Cara Amassada Chase... Quero dizer... Só Annabeth Chase.


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Notas finais do capítulo

Não sei se leram o aviso, mas por favor, leiam e tentem me entender, quero poupar-nos de qualquer tipo de confusão. E POR FAVOR, NÃO ME PEÇAM PARA RETOMAR A FIC, PORQUE JÁ FOI BEM DIFÍCIL CANCELÁ-LA, se me pedirem vai ser mais difícil ainda.
Tentem me entender, pelo amor dos deuses.



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