Mine escrita por Jones


Capítulo 3
Can you believe it?




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As we're lying on a couch: The moment I could see it, Yes! Yes! I can see it now.

Abbie o observou carregar caixas por todo o dormitório. Ele não tinha um milhão de músculos ou um abdômen tão definido quanto os caras das revistas, mas ela preferia assim. Adorava a maneira como os olhos dele passeavam pelo lugar, enquanto enérgico empacotava as coisas que Abbie, um tanto quanto preguiçosa, enrolava para arrumar.

– Você é uma bagunceira. – James disse enquanto tentava se lembrar dos feitiços para arrumar malas e os de limpeza. – Deve ter uma família de anões escondida em algum lugar embaixo daquela pilha de roupas ali.

– Que exagero. – Abbie disse se jogando no sofá com o velho livro de Feitiços.

– Você disse que tinha uma colega de quarto certo? – James perguntou divertido. – Porque eu estou achando que o corpo dela pode estar ali atrás daqueles caixotes de livros desorganizados.

– Que exagero. – Abbie limitou-se a repetir, enquanto James sorria se juntando a ela no sofá. – O que tá fazendo aqui? Não tem medo de eu de te matar e esconder seu corpo dentro da minha gaveta de lingeries?

– Seria um belo lugar para esconder meu corpo... Meu corpo ficaria muito feliz. – Ele disse rindo, levando um tapa de Abbie logo em seguida. – Que os meus olhos fiquem perto daquela calcinha de rendinhas pretas...

– Você é ridículo, sabia? – Abbie tentou prender um riso, e acertou-o no braço mais uma vez.

Antes que ela continuasse a bater nele, James a beijou fazendo seus braços pararem no ar, antes de procurar os cabelos dele enquanto as mãos dele a seguravam firme na cintura.

– Feliz por voltar a Londres? – James perguntou, após um tempo de silêncio e troca de olhares.

– Não tão feliz por voltar ao meu antigo quarto na casa dos meus pais, mas feliz por voltar. – Abbie disse sincera. – Assim vou poder te vigiar de perto. –Acrescentou sorrindo e dando uma piscadela. - Vamos ver quantas tietes você esconde de mim.

– Não escondo nenhuma. – James mordeu a bochecha da namorada. – Apesar de que a líder do meu fã clube ficou no mínimo revoltada quando soube que eu estava namorando.

– Groupie. – Abbie limitou-se a dizer.

– Você com ciúmes é uma gracinha. – James disse apertando a bochecha dela. – Mas pode parar.

– Oras, você não queria que eu demonstrasse ciúmes? – Abbie disse o desafiando, tentando erguer a sobrancelha direita. – De qualquer maneira não é fácil namorar um rockstar do mundo bruxo. Sofrimento. Já recebi centenas de corujas aqui na Argentina das suas fãs me odiando profundamente. E me ameaçando de morte.

– Você acha que namorar comigo não é fácil? – James riu. – Eu sou apenas o baterista, se ponha no lugar de Izzie Dawson, a namorada do vocalista... Antes de abrir as cartas e pacotes que chegam para ela, ela tem um verdadeiro ritual anti-azarações... Uma vez fizeram algo tão estranho que a pele dela começou a escamar. – James reprimiu uma careta que veio junto com a lembrança. – Horrível.

– Se alguém manda uma merda dessas para mim, vou atrás do remetente até no inferno. – Abbie revirou os olhos e James riu. – Vou tomar mais cuidados quando abrir as próximas cartas, pacotes e pergaminhos. – se aninhou no peito do namorado antes da proxima pergunta - Nunca te perguntei isso, mas de onde veio essa ideia Jonas Brothers?

– Jonas Brothers o caramba. – James semicerrou os olhos. – Varias bandas são formadas por irmãos ou primos e você tinha que escolher justamente essa.

– Ah, eles são bonitinhos. – Abbie riu, implicando com James.

– A ideia foi sua, e o primeiro Single também. – James disse encolhendo os ombros. Momentos de vulnerabilidade estavam se tornando frequentes, mas James os disfarçava sempre com caretas ou comentários irônicos. Não estava pronto para ser a parte sensível da relação. – Falei quando a gente era do quinto ano que eu não queria ter uma banda parecida com os Hanson.

Loving yooooooou... Like I never had befoore! – Abbie cantou e James não evitou sorrir apertando o nariz dela. – Só estou cantando, não trate isso como uma declaração de amor, Rose de Titanic.

– Ah, claro que não, você é durona demais para isso. – James riu, ironizando.

– Sou mesmo, tá legal? – Ela disse divertida. – Te derrubo em dois segundos.

– Você e os outros seis anões? – James provocou e Abbie fingiu estar ofendida. – Talvez se vocês se empilharem cheguem a minha altura, pensando bem...

– Não me desafie que eu te espanco até você ficar com trinta centímetros, espertinho. – Abbie disse levantando os punhos cerrados. – Você sabe que eu luto boxe desde os doze anos...

– Ah sim, a idade que parou de crescer. – James continuou provocando levando um soco de Abbie. – Ai! Isso dói.

– Eu te avisei. Eu chamo esse punho aqui de Exterminador e esse aqui de Rocky Balboa. – Ela disse gesticulando para as mãos fechadas. James explodiu em uma gargalhada instantânea.

– Nomes ridículos. – James tentou dizer enquanto gargalhava.

– Ah é? – Abbie disse se virando por cima dele no sofá e colocando as pernas uma de cada lado dos quadris dele. – Você vai se arrepender disso, rockstar.

– Manda a ver, Soneca. Ou será Zangado? – James provocou antes de levar um soco no estomago. – Calma, calma duende, você andou treinando isso né?

– Não, mas você bem que merece umas pancadas, para aprender a não se meter comigo. – Abbie disse e James fez uma careta de deboche antes de Abbie o encher de socos mais fracos.

– Agora eu vou te mostrar o que acontece quando se metem comigo! – James disse segurando os punhos dela e a beijando com voracidade.

– Isso não é bem um castigo. – Disse antes que pudesse recuperar o fôlego e o beijar novamente.

Continuaram a se beijar intensamente, se entregando cada vez mais as carícias mútuas, e em um movimento brusco de James tentando ficar por cima de Abbie, caíram rindo do sofá no carpete a centímetros do balde de pipoca.

– Acho que temos que continuar a arrumar isso aqui. – Abbie disse mordendo o ombro do namorado.

– Acho que temos que continuar o que estávamos fazendo ali em cima. – James disse apertando-lhe a cintura.

– O que estávamos fazendo ali em cima? – provocou com um ar inocente.

– Você não sabe? – James provocou beijando-lhe a nuca. – Ainda não sabe?

– Não... – Abbie disse fechando os olhos. – Nem ideia.

**

Dormiram no sofá, e acordaram ao mesmo tempo. James a esse ponto do relacionamento de três meses já sabia que Abbie dormia tagarela e acordava enérgica, então estranhou o fato de ela estar o encarando em silêncio.

– O gato, no caso eu, comeu sua língua? – James perguntou brincando e ela mostrou a língua debochando.

– Estava imaginando o nosso futuro juntos. – Abbie disse hesitante, olhando para as pernas entrelaçadas as de James.

– Awn, você pensa no nosso futuro... – James disse apertando bochecha dela.

– É por isso que não falo coisas sérias com você, seu idiota. – Abbie disse furiosa.

– Eu também penso no meu futuro com você, esquentadinha. – James a olhou sinceramente.

– Pensa nada. – Abbie disse tentando desvencilhar o corpo do dele, que a segurou firme.

– Você está virando uma megera. – James disse rindo.

– E sinceridade demais pode causar dor. – ela disse ameaçando-o com um soco.

– Eu penso no nosso futuro, bestinha. – Ele disse beijando testa dela. – Penso em ter uma filha de cabelos tão cacheados quanto os seus, olhos nesse tom maravilhoso de chocolate e um sorriso lindo como o seu... Podíamos morar no subúrbio a 20 minutos de Londres, assim nossos filhos poderiam andar de bicicleta e ter amiguinhos nas ruas.

– E é claro que esse futuro não é tão próximo não é? – Abbie disse com uma risada nervosa. – O futuro que eu estava pensando era daqui a um ano mais ou menos... Se estaríamos morando juntos ou coisas assim. Você me assusta.

– Você deveria estar pensando nos nossos filhos, Abigail. – James franziu a testa. – Vai terminar comigo daqui a um ano é? Você me ofende.

– Awn, bebê, não fica assim. – Abigail debochou apertando a bochecha dele antes de falar sério. – Só não sabia que já estávamos na fase de filhos e eu bem... Nunca pensei na verdade sobre esse assunto.

Abbie tentou evitar os pensamentos da infância desorganizada que tivera, os pais brigando, as mil vezes que se mudou... Odiava o fato de não conseguir pensar no futuro sem lembrar-se do passado. James não merecia aquilo, não merecia comparações e nem começar uma possível vida com ela carregado de mágoas e dores que a infância a trazia.

– E eu já disse que não vou ser eu quem vai terminar dessa vez. – Abbie disse mostrando a língua. – Você que vai me trocar por uma groupie de calça de couro qualquer, com seu nome tatuado na bunda.

– Na bunda? – James perguntou divertido.

– É, ela vai tatuar a sua assinatura lá. – Abbie disse tentando manter os olhos vagos como a professora esquisita de adivinhação que conheceram no terceiro ano. De repente bateu no braço dele. – Porque você assinou lá, seu cachorro!

– Ai! – ele disse rindo. – E aí, o que você vê para os próximos dez minutos?

– Você tentando avançar o sinal novamente. – Abbie disse revirando os olhos e rindo. – Um monte de beijos e eu dizendo que eu te amo. Não necessariamente nessa ordem.

– Ama é? – James disse a beijando suavemente.

– Amo. – Ela repetiu docemente. – E você?

– Eu. Te. Amo. Demais. – Disse selando os lábios nos dela a cada palavra.

– Ama é? – Abbie provocou fazendo careta.

– Amo. – James replicou sorrindo.

– Olhe para nós... – Abbie disse rindo. – Dois idiotas. Você um pouco mais que eu.

– Dá para acreditar? – James disse rindo. – Por mais assustador que isso seja... Eu me vejo assim com você para sempre.

– Por mais estranho que seja admitir... Eu também. – Abbie confessou rindo boba com ele.

– Rose de Titanic. – James caçoou antes de beijá-la.


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