Together escrita por giuguadagnini


Capítulo 9
Brigas, Confusões e Dentes Quebrados.


Notas iniciais do capítulo

E aí minha gente? Como estão?
Ok, sei que demorou um dia a mais pra eu postar esse capítulo, mas minha criatividade meio que me deixou na mão. Até o lindo do LuandiAngelo me mandou uma mensagem privada me cobrando o capítulo.
Queria agradecer a Chizuru, que além de ser leitora nova deixou uma recomendação linda. Obrigada.
Sejam bem vindas BiaRosierBlack e jak mione potter, nossas leitoras novas, também.
Bom, é isso. De início eu não gostei muito do capítulo, mas depois até que ficou razoável. Espero que gostem.
Boa leitura, e como de costume, nos vemos lá em baixo :)



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POV Luna Lovegood

Eu não acredito! Simplesmente isso. Inacreditável. O Harry era a pessoa em que eu mais confiava depois da Cho. Pelo fato de sermos da mesma casa, nos tornamos muito amigas. Agora voltando ao idiota do Harry, eu não vou suportar mais olhar pra cara dele. Quem ele pensa que é pra me usar? E ainda por cima pra fazer ciúmes em outra garota? Ele é um ignorante. Dizem que a ignorância muitas vezes é melhor que o conhecimento, pois anestesia a dor. Acredite, agora eu sei que é verdade.

Sabe como é quando você se sente ignorada pelos seus próprios amigos? Não? Pois bem, eu te explico. Desde que chegamos a Hogwarts, parece que todos fingem que não existo. Todos menos Hermione e Gina. Eu ainda falo com elas, mas é muito pouco. A minha salvação esse ano foi a Cho. Se eu não houvesse conhecido ela, provavelmente já estaria em depressão. Eu me sentia cada vez mais sozinha, com dor, sem esperanças.

Eu tinha vontade de chorar, mas não iria derramar uma lágrima sequer na frente do Harry. Ele não merece isso vindo de mim.

Lembra o que eu disse sobre ignorância? Pois é, nem sempre o conhecimento de algo te torna uma pessoa feliz. E eu sei exatamente do que estou falando, porque dói mais do que se possa imaginar, ver que seus amigos não parecem lembrar-se de você.

– Venha Luna, vamos embora – disse Cho colocando seu braço em volta de meus ombros.

Apenas assenti. Estávamos indo pra fora do castelo. Tudo o que eu queria agora era poder desabafar com alguém. Chegamos aos jardins e sentamos em um banco que havia lá. Cho me olhava com carinho em seus olhos. Eu a abracei e ela retribuiu. Ela afagava meus cabelos enquanto eu soluçava.

– Eu sou uma fraca, Cho – disse ainda abraçada nela.

– Claro que não é Luna, você é uma das pessoas mais fortes que eu conheço.

– Você ainda acha isso? Depois de me ver aqui chorando por um idiota que nem me quer por perto?

– Acho. Acho sim Luna. Todo mundo chora, é como se colocássemos nossas tristezas e frustrações pra fora em forma de lágrimas. Se guardarmos isso por muito tempo dentro de nós, a gente acaba desmoronando. Eu sei como se sente, é muito ruim, eu sei, mas passa. E não é só pelo Harry que você está chorando Luna, é por tudo que está acontecendo. Você se sente no escuro, e é difícil de seguir adiante sem ter certeza de onde está pisando. Mas a vida é assim, cheia de riscos, decepções, tristezas. Mas também é cheia de alegria, felicidade, emoção. Só depende de você, escolher seguir o seu caminho no escuro e encontrar a luz ou ficar parada onde está, sem correr risco algum, e acabar perdida no meio da escuridão.

– Você tem razão – disse me soltando do seu abraço para olhá-la de frente – Eu não posso esperar que soluções caiam em cima da minha cabeça. Eu preciso busca-las. Obrigado Cho. Você é minha melhor amiga – disse a olhando enquanto uma única lágrima ainda escorria pelo meu rosto.

– Você também é Luninha – disse limpando a pequena gota da minha face – Sempre vai ser – e então ela me puxou para mais um abraço. – Vamos à Biblioteca? Preciso pegar um livro para fazer o trabalho que a Professora Mcgonagall pediu.

– Claro – disse já me levantando do banco – Pelo menos lá eu sei que não vou encontrar ninguém com uma cicatriz na testa – comecei a rir

– Ótimo – disse ela rindo também – Mas se ele estiver por lá, se mostre superior. Apenas finja que ele não existe certo?

– Certo – disse sorrindo – Vamos?

– Claro.

Então fomos à Biblioteca. Madame Pince estava mais rabugenta do que sempre, acho que tinha muitos zonzóbulos no cérebro, e acabamos achando o livro de Cho. Ela está totalmente certa. Vou seguir meu caminho sem me importar mais com os outros do que comigo mesma. Tenho que cuidar de mim antes de tudo. Era isso de que eu precisava, um tempo pra pensar em mim, e o que é o melhor pra minha vida. Santa Cho!


POV Hermione

Depois do almoço, fomos para a margem do Lago da Lula Gigante. Passamos a tarde toda lá. Gina e Blaise jogavam água um no outro enquanto Ron andava com Pansy nas costas. Draco e eu estávamos recostados a uma árvore. Conversávamos sobre tudo.

– Eu gosto de cachorros.

– De qual raça? – perguntou ele enquanto brincava com minha mão, mexendo em meus dedos e fazendo cócegas na palma.

– Hum – fiz uma cara estranha enquanto pensava em alguma raça de cachorro bonitinha – Pugs são legais.

– Eles são vesgos – disse Draco contrariando.

– Draco! – falei o repreendendo – Eles são fofos.

– Hermione, eles tem olhos esbugalhados. – disse ele esticando as pálpebras e ficando vesgo ao mesmo tempo.

Então eu comecei a rir, e ele me acompanhava. Nossas risadas foram abafadas por uma voz.

– Olha, a mais nova aberração de Hogwarts – era o Córmaco. Ele estava com um grupinho de garotos atrás dele.

– Aberração? – disse Draco – Aberração? Acho que não olhou pra sua cara hoje McLaggen.

– Precisa de um grupinho de guarda costas pra vir falar com a gente é? – Ron já foi se intrometendo na conversa.

– Ron – disse Pansy o puxando para trás – não vale a pena.

– O que é? Acham mesmo que são normais? – perguntou Córmaco e os garotos atrás deles começaram a rir.

– E por que não seriamos? Algo contra? – Fiz a maior cara de nojo enquanto me colocava um pouco a frente de Draco, para apartar uma possível briga entre os dois.

– Você é normal Hermione – disse ele se aproximando de mim – E você também tá uma gata com esse uniforme apertadinho – falou ele olhando para as minhas pernas.

– Parou com a palhaçada aí – falou Blaise se colocando a minha frente – Se manda cara – disse enfrentando Córmaco e seus amiguinhos soltaram um uuuh.

– Se eu fosse você não deixava barato assim não cara – disse um no meio do grupinho.

– E quem disse que eu vou deixar barato? – falou Córmaco. Ele ia dar um soco em Blaise, mas o mesmo desviou, e devolveu o murro na barriga de Córmaco. Ele caiu pra trás e os capangas dele foram logo ajuda-lo a se erguer.

– Gente, não façam isso – Gina se manifestou – Ele é só um idiota briguento e mimado – falou afastando Blaise de Córmaco.

– Fala isso Weasley, só por que tá afim de mim né? - disse ele sorrindo malicioso e olhando para o decote da Gina.

– Tá querendo apanhar é McLaggen? – disse Ron se colocando na frente da irmã.

– Acho que vocês que estão entendendo errado – disse ele se aproximando novamente de mim – Eu só vim convidar minha gata pra uma festinha lá na Sala Precisa.

– Sua gata é uma ova – disse Draco o empurrando. Eles ficaram frente a frente e se encaravam com muita raiva nos olhos.

– Olha só, o loiro aguado ficou bravinho é? – disse Córmaco empurrando Draco mais uma vez.

– Loiro aguado é o caramba – disse Draco empurrando de novo o Córmaco – Vaza daqui antes que eu te mostre o loiro aguado.

– Ah é? Me mostra então se és homem o suficiente – falou Córmaco desafiando Draco

Então Draco deu um soco na cara do Córmaco, o fazendo cambalear pra trás.

– Já chega – disse puxando Draco pra longe do Córmaco

– Mas o que está acontecendo aqui? – Era a professora Mcgonagall, que chegava perto de nós rapidamente.

– Ele me bateu – disse o Córmaco com cara de inocente.

– Eu nada – disse Draco – Quer dizer, eu bati nele sim, mas ele tentou bater no Blaise – falou apontando pra Córmaco.

– Tentei nada, ele que veio pra cima de mim – disse Córmaco com a mão na bochecha, onde Draco havia lhe acertado o soco.

– Ele está mentindo – disse Ron no meio da multidão – O McLaggen que veio aqui nos perturbar.

– Os três, já na minha sala. Malfoy, Zabini e Weasley. Agora – disse Mcgonagall severa.

– Mas e o McLaggen? – eu disse incrédula. Ele não poderia se livrar dessa sozinho. Afinal, ele foi o motivo de tudo.

– O senhor McLaggen vai para a Ala Hospitalar – falou Mcgonagall como uma ordem - Agora todos para dentro, já vai escurecer e o jantar será servido em poucos minutos.

– Eu não acredito – disse Gina com raiva – O McLaggen é o grande culpado da história – falou apontando para o dito cujo.

– É, claro. Eu só vim aqui pra conversar com eles numa boa e esses três brutamontes já vieram me batendo sem motivo algum – disse ele na cara dura.

– Professora, isso é mentira – disse a olhando.

– Senhorita Granger, eu sei muito bem o que vi. O senhor Malfoy golpeou o senhor McLaggen. Ponto final, papo encerrado. Todos para o castelo.

Todos bufaram enquanto Córmaco fingia estar morrendo de dor.

– E senhorita Granger, acompanhe o senhor McLaggen à Ala Hospitalar.

– Eu? Por que eu? – perguntei indignada.

– Algo contra seu colega de casa senhorita Granger? – perguntou praticamente me desintegrando com aqueles olhos.

– Não professora, nada contra – disse quando na verdade o que eu queria dizer era que sim, que não iria leva-lo por que tinha medo de que aquele pervertido fingido me agarrasse no meio do caminho.

– Estamos entendidos então – falou Mcgonagall, fazendo com que os garotos a seguissem pra sua sala – E moças – disse se dirigindo à Pansy e Gina – Voltem para o castelo. Espero vê-las no Salão Principal – falou antes de ir embora com Draco, Blaise e Ron em seus calcanhares.

Ficamos eu, Gina, Pansy e Córmaco. Aqueles amiguinhos dele fugiram quando Mcgonagall se aproximou de nós.

– Vamos Granger? – disse Córmaco me olhando de cima a baixo.

– Se quiser, vamos com você Hermione – disse Pansy e Gina concordou com a cabeça.

– Ah é? Agora vocês me querem? Hum, bom saber – falou o McLaggen fingindo ressentimento.

– Quem em sã consciência iria querer um trasgo como você? – disse Gina o olhando com nojo.

– Ah, deixa eu pensar – disse colocando a mão no queixo, fazendo um olhar de quem está pensando em algo – só a maioria de Hogwarts?

– Sonhe com isso McLaggen. Talvez você acorde e caia da cama, bata a cabeça e seu crânio rache em pedacinhos – eu disse com raiva.

– Como você é criativa Hermione – disse me secando mais uma vez.

– Granger pra você – retruquei.

– Ok, Granger, agora me leve pra Ala Hospitalar. Mcgonagall não vai gostar de saber que você desobedeceu a uma ordem dela.

– Vamos com você amiga – disse Gina

– Não. Não vão. Mcgonagall mandou a Granger me levar, e vocês precisam ir pro Salão Principal jantar – falou o McLaggen fazendo uma cara de sínico.

– Tudo bem gente, voltem para o castelo – disse às duas – Eu vou leva-lo à Madame Pomfrey e já encontro com vocês.

– Tem certeza? – perguntou Pansy olhando desconfiada pro Córmaco.

– Tenho – disse firme. Afinal, eu sabia me cuidar sozinha. Sou uma bruxa feita, sei me defender.

Elas foram à frente e eu e o McLaggen um pouco atrás. Chegamos ao castelo e elas dobraram um corredor para chegar ao Salão Principal. Agora era só eu e ele. Sozinhos. O caminho todo procurei não falar nada. Ele fazia perguntas às quais eu não respondia.

– O que tem de errado com você hein Granger? – disse ele segurando o meu braço com força.

– O que eu tenho? Eu tenho é nojo de andar do seu lado seu Trasgo Montanhês. De ter que levar o artista aqui pra Ala Hospitalar sem um motivo aparente. Raiva de você se achar o melhor enquanto você não chega nem perto de ser alguém que eu admire. Que mereça o meu respeito. Agora me solta. Você está me machucando – disse puxando meu braço. Me soltei e fui andando na frente. Acho que ele ficou até um pouco pasmo de ouvir tudo aquilo. Mas cai entre nós, ele precisava escutar umas verdades.

– Madame Pomfrey – disse chegando à porta da Enfermaria – O garoto aqui está com problemas.

– O que ele tem filha? – disse fazendo um gesto com a mão para que nós entrássemos.

– Não sei, uma ervilha no lugar de um cérebro, talvez – disse séria.

– Hey – disse Córmaco se deitando em uma das camas.

– Chega. Os dois fiquem quietos. Tem gente aqui que precisa descansar. – disse Madame Pomfrey um pouco irritada.

– Certo. Posso voltar pro Salão Principal? – disse já agoniada de ficar ali.

– Pode – Córmaco já ia se levantando quando Madame Pomfrey o empurrou de leve pra trás, fazendo-o se deitar novamente – Você não – falou olhando pra ele – Acho que você quebrou um dente. Abra a boca.

– Como assim quebrei um dente? – perguntou indignado.

– Não sei o que aconteceu, mas preciso examinar. Abra a boca. Diga “a”.

– É Córmaco, diga “a” – falei rindo da cara de idiota que ele fazia. Ele estava com a boca aberta e tentava falar ao mesmo tempo que Madame Pomfrey o examinava.

– Fique quieto rapaz – disse ela abrindo ainda mais a boca dele. Eu me matei rindo daquela situação – Oh meu Merlin, você perdeu um dente inteiro – Madame Pomfrey parecia surpresa.

– Como assim? – disse ele mais surpreso ainda.

– Significa que você está banguela McLaggen – disse tentando conter o riso.

– Cala a boca Granger.

– Pelo menos eu tenho todos os dentes na minha boca – retruquei.

– Oh Merlin, dai-me forças – implorou Madame Pomfrey – Parem de brigar vocês dois!

– Pode deixar. Já estou indo mesmo. Tenha uma boa noite cérebro de ervilha – disse me dirigindo para a saída.

– Sangue-ruim. Ninguém te quer! – disse ele me olhando.

– Pois fique sabendo que ninguém vai te querer quando souberem que você é banguela. E além do mais, daqui a uns anos, eu ainda vou ter alguém comigo e você vai estar em um apartamento de quinta, sozinho, barrigudo, fedendo e cheio de gatos em volta, e aí sim, ninguém vai te querer. É isso que acontece com gente do seu tipo.

– Que linda troca de gentilezas – disse Madame Pomfrey tentando se divertir com a situação.

– Boa noite – disse farta de tudo aquilo. Ele me olhava espantado. Acho que ele não esperava que eu fosse dizer todas aquelas coisas, ainda mais na frente da Madame Pomfrey – Espero que nasça um canteiro de flores nesse seu buraco aí ao invés de um dente novo. Passar bem! – e então eu saí da Ala Hospitalar e me dirigi para o Salão Principal. Ainda bem, estava morrendo de fome. Credo, desse jeito eu pareço até o Ron.



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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
Espero que tenha ficado bom.
Talvez eu demore um pouquinho mais pra postar o próximo, tenho uma formatura e depois vou dormir na casa da minha prima.
Mas nada que vocês não suportem sem mim né?
Então é isso. O Córmaco tá falando que quer beijinho das minhas leitoras, mas como ele é um galinha e eu sou muito má eu não vou mandar beijo dele pra vocês. Para as garotas, fica um beijo do Draco, e pros meninos um beijo da Hermione. Pro Luan, um beijo da Gina. Satisfeito seu Luan? hunf
hahahahaha.
Nos vemos nos próximo. Não deixem de comentar.
Giulia Guadagnini ♥