Sem saída alguma, eu sofria demais por causa disso, eu não consigo superar.

Ele foi, e meio que... levou meu coração junto sabe? Parece que eu não sinto mais nada, eu apenas respiro, e vivo como uma morta viva.

Viu? Garotos fazem isso conosco, eu não posso dizer nada, mas, pense bilhões de vezes antes de se apaixonar por um deles, por que, MINHA FILHA é terrível.

Tu não sabe como tu sofre, pensa nele, dia e noite, hora, minuto, segundo, e milésimo de cada dia, e a cada mais tu pensa nele, mais tu sofre, principalmente quando tu não pode tê-lo em seus braços...

Poético né? Isso é o que acontece quando uma pessoa está morrendo aos poucos por uma paixão.

Óóh vida.

(...)

- Liza, Liza Liza! Me ajuda aaahhh! – chegou Annie gritando com uma voz fininha irritantemente irritante no quarto. DIO MIO!

- o que houve? QUEM MORREU? Me diga que foi a puta 2! Não suporto a voz daquela vadia...

- não... – ela dizia – puta 2?

- nada, é assunto.. privado – eu ri – mas, diga, o que “lhe trás aqui millaidy, não gostaria que a senhora ficasse em aflição por muito tempo, isso me causa um tal distúrbio em minhas tripas”

- LOL! Sério mesmo Liza? – ela dizia se mijando de rir... não... não literalmente calma

- desculpe, mas eu não pude evitar – eu dizia rindo – mas, fala, o que aconteceu de uma vez!

- Tá... hãn, eu preciso muito da tua ajuda – ela dizia.

- tá... continue.

- então... faltam dois dias para o baile, e eu ainda não comprei o meu vestido, e nem terminei os cartazes do baile

- cartazes? Coisa de ... ok, continue

- então, eu ia pedir pra, você ir comigo, hoje terminar os cartazes, e amanhã, comprar o vestido.

- olha, eu acho... – eu fiz pose “like a lord” fingindo segurar uma taça, que sinceramente não existia, mas pra mim... ela era especial, lol – que nada é de graça, quanto tu poderia me pagar?

- Liza! Sério, eu to em desespero!

- tá bom, então, vamos começar pelos cartazes, logo que terminarmos, vamos comprar os vesti... o vestido. – eu disse calmamente

- só um? E você, não vai comprar? – ela disse chateada.

- não sei Annie, eu acho que esse baile, não é pra mim...

- tá... quero ver seu beição de kangoroo quando tu querer usar um dos vestidos da loja... – ela riu

- tá bom, cartazes?

(...)

Chegamos na grande quadra, uma pequena arquibancada, e uma longa quadra, ocupada por muitas coisas enfeitadas, de rosa, azul e branco. Balões e balões pelo lugar, algumas mesas com cadeiras, um palco pequeno, e umas meninas arrumando os últimos detalhes.

- wow – eu disse.

- legal né? – ela dizia contente – trabalhamos dia e noite nisso, durante, duas semanas.

- Duas? E tu foi me avisar anti-ontem?! Bá valeu! Te amo Annie... demais – eu disse irônica

- eu sei, eu sei... – ela disse rindo.

- tá, vamos acabar logo com isso.

(...)

Enquanto pintávamos os cartazes, nos sujamos de tinta... que maravilha!

- Liza... ãhn... o Cody, não me convidou ainda.

- o que, sério?

- sim, eu to preocupada de vir sozinha e parecer uma retardada sem par

Fiz uma cara de sonsa.

- assim que eu não venho mesmo Annie!

- GOD! Me desculpa, me esqueci que tu vai vir sozinha com uma cara de retardada sem par... – nós ríamos.

- calma, ele vai te convidar, eu tenho certeza. – eu disse.

- tomara – Ela dizia olhando pra cima.

(...)

Depois de longas duas horas, terminamos os cartazes.

Pareciam infinitos! Milhões de rolos de cartaz tinha naquela porra?!

Mas é...

Eu e Annie agora vamos até o “shopping” pra comprar os “tais” vestidos.

(...)

- LIZA OLHA ESSE! – Annie gritava feliz

- LINDO! – eu tinha olhado tantos vestidos, tantos, mais tantos, que cara, fingir que era bonito o vestido, tava virando profissão.

- Meu deus! LIZA OLHA AQUELE! – ela olhava cada um... puta que parola.

- Annie!, calma!

- tá, respirei

- Eu escolho, um pra você, certo? Tá bom?... obrigada.

Andávamos pelos vários corredores da loja.

Até que eu vi.

O vestido perfeito pra ela, combinava perfeitamente com ela.

Viu, eu sei fazer alguma coisa sem ele!

E eu achando que não poderia esquecer o Peter!

Merda...

- Olha, aquele – eu disse.

Ela só abriu a boca, com os olhinhos cintilantes de felicidade.

Ela pegou o vestido, e olhou, olhou, só faltava comer o vestido com os olhos!

- Vai ser esse.

- ufa! Pensei que isso nunca ia acabar.- eu disse aliviada

- tá, eu vou experimentar.

Procuramos pelo provador, e logo encontramos, mesma rotina de sempre...

“-quantas peças?” – a mulher de terno (traje espião)

Tã tã tã... cala boca

- como ficou? – Annie disse saindo do provador.

- ficou... simplesmente... PERFEITO! – ela tava espetacularmente linda naquele vestido – sério, Annie tu tá linda.

- Obrigada Liza, vou levar este.

- ok, vamos, pagar e ir... embora.

- Liza, e o seu? – ela perguntava enquanto trocava para a roupa normal.

- eu... não sei Annie, - eu disse enquanto ela tirava o vestido – não sei se quero realmente ir ao baile, por mais lindo que esteja.

- mas Liza! Ele é só um garoto!

- diga isso pra pessoa que nunca tinha se apaixonado na vida!

- desculpe

- não precisa de desculpar, aah, desculpa Annie, é que eu... to muito pilhada com essa história do Peter.

- tudo bem, eu quase.. entendo.

- vamos então garota dos sonhos do Cody?

- vamos.

(...)

Chegamos, e fui subindo as escadas, e Annie vinha devagar atrás.

Sem nenhuma palavra.

Até que escuto, e fico imóvel no escuro.

- Annie! Espera! – Cody falava alto, para chamar atenção dela.

Ela parou, virou para trás e sorriu.

- Oi Cody, fale.

- olha, eu queria.. que você sabe.. – ele coçava a nuca, nervoso, isso era engraçado. – você sabe...

- o que? – ela sorria.

- ãhn.. sabe, ir... ao baile. – ele disse, e logo se imaginou subindo no pódio, pela vitória, de ter conseguido convida-la.

- claro que eu aceito.

Eu pisquei, e no lugar de Annie, era eu, e no lugar de Cody, era Peter.

Coloquei a mão na boca, e sai correndo para o quarto.

(...)

Não não não! Isso não é certo!

Ai meu deus, onde que eu quero chegar com isso?!

DIGA-ME!

- Liza.. o Cody... não Liza!

- Eu não consigo! Isso parece coisa de idiota! Retardado, sei lá, mas , diga-me, todo mundo chora por alguém, pelo menos uma vez... certo? – eu dizia em meio aos soluços.

- sim, agora venha aqui. – ela sentou na cama, e deitei-me do lado dela, ela arrumava meu cabelo para trás. Me consolando – me diga o que sente.

- saudade, é como, simplesmente, eu tivesse perdido por completo, os meus sentimentos, como se... meu mundo, não fizesse mais sentido.