Give It Up escrita por Niin


Capítulo 23
Call me love


Notas iniciais do capítulo

Eeei gente!
Demorei mais que o normal né?
Mas to sem tempo mesmo, veja, acabei de chegar do cursinho onze horas da noite... pra acordar seis amanhã...
Eu amo muito vocês mesmo pra postar essa bagaça uma hora dessas. kkk'
Espero que gostem!
Beeijo



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Cheguei na escola com um humor negro, mais do que normalmente, e fui direto para a sala de química, encontrando Jimmy e Matt conversando.
- Hey Vamps.
- Olá. - Disse sorrindo e eles me olharam estranho.
- Tudo bem?
- Vocês não tem noção do quanto.
Eles se entreolharam e eu sorri, sentando na mesa atrás da de Matt, tirei o caderno da mochila e comecei a rabiscar, até o professor chegar e eu prestar atenção na aula.

O sinal bateu e eu e Matt fomos para a aula de espanhol, encontrando Gates e a clone… Errada, no colo.
Sentei ao lado deles, puxando o ipod do bolso para não ter que ouví-la chamando-o de amor com aquela voz melosa. Eu estava um pouco confusa, já que a clone grisalha tinha entrado na sala… Michelle estava loira de novo? Como eu reconheceria ela? Mh… Acho que vou ter que ferrar com as duas.

O professor entrou na sala e a clone foi sentar-se em seu lugar, tirei os fones e me ajeitei na cadeira, encarando-o enquanto ele falava da Jennifer Lopez. Gay é foda mesmo.
Gates e Michelle estavam conversando por um papel, o que me fez rir.
- Voltou pro maternal? - Murmurei irônica
- Não diria isso se soubesse o que está escrito nesse papel. - Respondeu divertido, enquanto estendia o papel à ela.
- Nojento.
- Não é nojento, é gostoso e saudável.
- Imagino. - Ele riu de canto e pegou o papel, lendo-o e depois voltando a rabiscá-lo. - Aproveite enquanto pode. Já disse que ela vai morrer.
- Mh… Triste.
- Jura? Achei que “qualquer uma podia fazer do jeito que ela faz”.
- Poder pode, mas sabe… Ela é minha e eu não gosto de perder.
- Você é realmente nojento.
- Não, mas eu estou falando sério… - Disse me encarando - Afinal de contas, ela me ama.
Pisquei confusa - O que quer dizer?
Ele deu de ombros - Acho que já chega de ser tão filho da puta com ela.
O sinal tocou e ele levantou-se sorrindo, deixando-me confusa, não apenas com suas palavras, mas com o sentimento estranho.

Juntei minhas coisas e fui para álgebra e encontrei Jimmy batucando com as canetas na mesa.
- Oi de novo Vamps!
- E ai? - Respondi sem olhá-lo e sentei
- Tudo bem com você?
- Mh? Ótima.
Ele coçou a cabeça e fez careta - Tem certeza?
- Absoluta… Hey Jim, quanto tempo tem que o Gates enrola a Michelle?
- Ah… Muito. Não tenho nem certeza de quanto.
- Mh.
- Por que?
- Nada. Só que eu acho incrível ela ter voltado pra ele depois de sexta.
Ele deu de ombros - O Syn já fez pior pra ela.
- Como assim?
- Ah, você nem quer saber.

A aula passou rápido e logo estávamos no intervalo, eu saí e sentei no banco, coloquei o queixo apoiado em um dos joelhos, enquanto abraçava as pernas.
Resolvi que estava cansada da escola e fui dar uma volta, saí pelos portões enquanto o porteiro estava distraído e virei a primeira rua, que na verdade era um beco.
- Syn. - A voz irritante cortou o ar e eu estaquei, vendo-os com muita dificuldade, encostados no muro do final da rua. - Eu te amo Syn. - Ela disse ofegante.
- Eu também. - e aquelas palavras ecoaram, não sei se na minha cabeça, ou no beco, mas mesmo assim ecoaram.
Eu me virei, saindo pela rua novamente, o porteiro me viu andando meio atônita e me mandou entrar.

Sentei na sala deserta de física, esperando até que ela fosse enchendo aos poucos.
Gates foi um dos últimos a entrar na sala e sentou-se na cadeira ao meu lado, como o de costume.
Era simplesmente impossível para mim olhá-lo, ele estava conversando com alguém atrás de mim, rindo e agindo normalmente.
Assim que o sinal para o início da aula tocou, peguei minha bolsa e saí pela porta, ouvindo algumas pessoas dizerem que aquele não era o sinal de saída, como se eu não soubesse, gente burra.

Entrei no meu carro e me tranquei lá, fechando os olhos e respirando fundo, devo ter pego uma virose, acho que estou passando mal.

Acho que cochilei, pois acordei com o sinal e barulho de vozes, olhei em volta bocejando e encontrei os olhos de Fernanda em mim, mas ignorei e arranquei com o carro, acelerando para fora dos portões da escola.

Cheguei em casa e troquei de roupa, decidida a me afundar na água gelada do mar, mas Jimmy me ligou, enchendo o saco porque eu tinha sumido e eles me queriam no ensaio.
Após negar várias vezes e dizer que estava muito ocupada, ele ficou sem paciência e veio me buscar, literalmente, me colocou no ombro e jogou dentro do carro, do carro de Zacky, devo dizer.
Isso comigo usando um short, uma regata e biquini… O mundo não é justo.

Chegamos em uma casa desconhecida para mim e eu sai do carro xingando Jimmy.
- Relaxa Vamps, vai ser legal! E as clones nem estão aqui.
- Então talvez seja menos pior. Aonde diabos é esse lugar?
- Casa do Zacky. - Ele disse me puxando porta adentro. - Cheguei seus arrombados! E eu trouxe a Vampira!
Zacky e os outros estavam sentados na cozinha, comendo e rindo.
- Porra Vampira! - Matt disse me encarando feio - Você furou comigo na sexta feira!
Sorri - Desculpe Matt! Mas você não ia gostar tanto, sabe, como das outras vezes. Eu estava com muita raiva, era bem capaz de arrancar pedaços de você.
Ele me deu um sorriso sacana - E quem disse que eu não gostaria disso?
Ri e o abracei - Não furo da próxima grandão.
- Bom mesmo.
- Oi assaltante! - Zacky disse alegre abrindo os braços, fui até lá e o abracei.
Esfreguei a cabeça de Johnny “desarrumando” seus cabelos e ele fechou a cara pra mim.
- Menina do inferno. - Reclamou passando a mão pelos cabelos.
- Sou mesmo, seja um bom menino ou quando morrer passará a eternidade comigo!
Ele fez careta e eu sorri, sentando ao lado de Jimmy, que estava batucando a mesa.
Não falei nem um “a” com Brian e ele não pareceu se importar com isso, eles resolveram ir ensaiar e eu os segui até a garagem, onde sentei em um puffe daqueles bola, que você senta e afunda para sempre.

Enquanto eles tocavam, eu senti uma coisa estranha, Brian estava conversando com Zacky e rindo.
Por que ele não fazia caras legais para eu rir e apontar pra cara dele?
Ou será que eu simplesmente não estou achando elas legais mais?

Fui tirada das minhas divagações quando ele acabou o solo e a música acabou, olhei para Matt, que pulou por cima de um amplificador e agarrou um caderno e caneta, começando a rabiscá-lo. Zacky, intrometido nada, foi lá ver.
Jimmy veio sentar a minha frente e conversamos coisas idiotas.
- Tá… Já deu, cansei de ensaio! VAMOS COMER! - Zacky gritou alegre, erguendo as mãos para o alto.
Johnny e Gates, que estavam jogando baralho, se assustaram com o grito, jogando as cartas para todos os lados.
- SEU GORDO FILHO DA PUTA!
- EU IA GANHAR!
- Eu prefiro ir pra casa. - Disse e Jimmy chutou minha perna.
- Deixa de ser chata.
- Jim, eu fui sequestrada pra vir aqui, se não se lembra.
- Você prefere ficar na praia do que com a gente?
- Basicamente isso.
Ele fechou a cara e eu sorri mandando-lhe um beijo.
- Eu estou indo embora também. - Brian comentou ficando de pé - Tenho umas coisas pra fazer.
- Michelle. - Johnny comentou e ele riu.
- Enfim, quer carona Jade?
- Pode ser.
- NÃO! - Jimmy gritou agarrando minhas pernas.
- Solta de mim!
- Promete que não vai me trocar pela praia.
- Vou trocar você pelo meu chuveiro. Anda logo Jim!
Ele me soltou emburrado e eu sorri, levantando-me e me despedindo dos garotos, segui Brian porta afora .

Ficamos em silêncio até ele virar uma rua estranha.
- Aonde é que nós estamos indo?
- Vou pegar a Michelle primeiro. Ela vai la pra casa e eu…
- Para o carro. - Disse o encarando.
- Ah… Não.
- Brian! Para a porra desse carro.
- Não, você está pegando carona e ainda vai encher o meu saco?
- Para o carro! - Disse irritada segurando o freio de mão.
- Você só vai estragar meus freios assim, ferio de mão não trava a roda.
- FODA-SE! Para a porra do seu carro! 
Ele bufou e entrou em uma rua lateral, antes de chegar a casa das clones.
- Vou te levar pra casa primeiro então.
- Não preciso de carona, quer saber, eu ando muito bem até lá.
- Não torra Vampira.
- PARA A PORRA DO CARRO!
- NÃO PARO!
Soltei o cinto e destravei a porta, virando-me para a porta. - Então eu saio dele em movimento.
- Você não é burra assim. Fica quieta ai.
Abri a porta e ele freou com o carro bruscamente, fazendo com que eu fosse jogada contra o painel.
Grunhi de dor e ele me encarou por alguns segundos.
- Obrigada por parar. - Disse entredentes, alcançando a porta, que tinha se fechado.
Ele segurou meu ombro e me puxou para trás. - Anda, fica quieta que eu vou te levar.
- Não, não vai.
Ele acelerou com o carro de novo e eu grunhi, recostando-me no banco e cruzando os braços.

Assim que ele parou em frente a minha casa, desci do carro grunhindo um “obrigada” e bati a porta, andando para dentro o mais rápido que pude.
Fiquei deitada e encarando o teto por longas horas, até que decidi ir caminhar.

A areia era estranhamente reconfortante e eu parei de andar na beira da água, enterrando os dedos lentamente.
Não teria percebido a presença de Brian se o mesmo não tivesse jogado água em mim.
- Se divertiu o suficiente com sua namoradinha ou vai me atacar hoje também? - Perguntei irônica.
- Me diverti o suficiente, e eu já te disse, chega de ser filho da puta.
Ergui uma sobrancelha - Nossa.
- Você não é assim irresistível Vampira. - Ele disse sarcástico.
- De nós dois, quem se acha a última bolacha do pacote é você Brian.
- Pode até ser verdade. Mas eu pelo menos assumo quem eu sou.
- Não totalmente, e sair do armário? Você não fez isso ainda.
Ele riu de canto - Olha que triste, eu não te quero mais e você me chama de gay?
- Eu já tinha chamado antes. E também, o fato de você não me querer mais é muito bom.
- Ótimo! Eu deixo seu caminho livre pra voltar com o magrelo, não tem mais ninguém pra te confundir.
- Confundir? Você acha que eu não volto com ele por sua causa?
- Tenho certeza. - Disse sorrindo de canto
- Ah tá! Sabe, eu me pergunto se existe alguém no mundo com um ego maior que o seu.
- E eu me pergunto se existe alguém tão idiota quanto você. Porque convenhamos Vampira, suas chances foram inúmeras.
Sorri de canto - Não foram chances, foram investidas malsucedidas.
- Nem todas.
- Não quer entrar nesse assunto de novo, quer?
- Tem razão, eu não quero. E por um lado, eu me arrependo de ter tido uma investida bem sucedida, se eu cometesse o mesmo erro do magrelo, eu estaria fudido.
- Qual erro?
- Gostar de uma pessoa como você.
- Não egocêntrica? - Perguntei sarcástica.
- Você se acha muito melhor que todo mundo não é?
- Não todo mundo, só você.
- Você é só uma menininha mimada e arrogante que não liga pros outros e odeia todo mundo. Você deve ter sido a pior namorada da história Vampira, porque deve ser horrível namorar alguém que só gosta de si mesmo.
- Você só diz isso porque queria estar na pele dele, e outra, você não me conhece idiota, não sabe como eu trato as pessoas que eu gosto.
- Simplesmente porque você não gosta de ninguém.
- Gosto sim Brian, só não de você. - Disse irritada e dei as costas a ele, andando pela praia com passos rápidos e duros.

Cheguei em casa e entrei no banho quente, a água era fervente, deixando minha pele vermelha, mas ainda assim, era mais fria que o sangue que estava correndo nas minhas veias.
Maldito, filho da puta, ele merece uma morte lenta e dolorosa, assim como a namorada tosca que ele finge amar.


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Notas finais do capítulo

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Beijo gente!
E pra quem lê a Naive, não tenho nenhuma ideia de quando a Steph vai poder postar, vou falar com ela esse doningo e ver se ela posta semana que vem... É feriado after all...



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