Give It Up escrita por Niin


Capítulo 12
The run over


Notas iniciais do capítulo

Heey gente! O Nyah me odeia, to tentando postar ha um tempo já, mas ta dando pal! u.u
Enfiim, o cap tem algumas "emoções" e acho que vai agradar, em parte...
Se tiver algum erro no cap, desculpa, fiquei com preguiça de arrumar pela milésima vez



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Acordei no outro dia morrendo de sono, por que a noite não tem doze horas?
Me arrumei pra escola praticamente me arrastando, como estava brigada com Knox, peguei meu carro e fui pra aula por mim mesma, mas uma das vadias entrou com o carro na minha frente me fazendo quase bater.
Rolei os olhos para aquilo e entrei numa outra vaga qualquer, até porque, o gps dela deve ter decidido estacionar ali, a criatura não deve ter capacidade pra dirigir.

Fui pra aula com a maior dor de cabeça e quando desci do carro ouvi um barulho do inferno, alguém estava gritando bem perto de mim.
– Odeio gente barulhenta. - Grunhi, mas só então percebi o que o grito significava.
– SUA MALUCA! VOCÊ ME ATROPELOU!
Olhei pra Michelle, ou Valary, que estava caída na frente do meu carro com a perna sangrando.
Sem querer querendo, comecei a rir loucamente, a outra clone surgiu das profundezas do inferno, onde elas costumam passar um tempo com os amigos, e veio me xingar.
– Só porque eu peguei a vaga do seu carro não precisa atacar a minha irmã.
Olhei pra ela e pisquei alguns segundos.
– Você pintou o cabelo de branco? - Perguntei confusa - Todo o cabelo de branco?
– Isso é loiro platinado! E você que é uma palhaça de circo que muda a cor do cabelo todos os dias, devia saber disso.
– Palhaços não tem o cabelo todo de uma cor? Normalmente vermelho?
– Essa não é a questão! Não vai ajudar a Michelle?
– Ahh, então você é a Valary, bom saber, a de cabelo branco é você.
– É LOIRO PLATINADO.
Dei as costas a ela e andei até a gêmea que chorava fazendo escândalo por um pequeno corte na perna.
– Você tá bem Mich…? Qual é o problema de vocês? Sua franja é preta? Só a franja? E você está ouvindo isso de uma pessoa que tem mecha azul no cabelo!

Uma garota que estava encostada na árvore perto de Michelle, começou a rir mais ainda.
Olhei-a mas ignorei, as pessoas desse lugar são estranhas.
– Quer que eu te leve pra enfermaria? - Perguntei enquanto Valary vinha pra perto de nós.
– Eu não quero nada de você.
– O que raios está acontecendo aqui? - Matt perguntou se aproximando
– Sua amiguinha idiota atropelou a Chelle.
Matt olhou dela pra mim - Atropelou? Mas ela está bem.
– BEM? BEM MATT? OLHA A MINHA PERNA! - Ela gritou erguendo a perna ensanguentada.
– Ah, mas isso não é muito, não precisa desse…
– VOCÊ É UM INSENSÍVEL IDIOTA! - Valary gritou
– Ajuda ela Matt. - Eu disse - Antes que ela tente convencer alguém de que eu peguei uma serra elétrica pra amputar isso.

Ele sorriu e foi até lá, pegou a vadia no chão e saiu carregando-a para algum lugar, a clone grisalha foi andando atrás dele e tagarelava algumas coisas.
– Matt é um santo. - Comentei sacudindo a cabeça
– Ele é burro isso sim. - A garota da árvore disse se aproximando - Eu teria chutado a perna dela e saído andando.
– Eu teria continuado com o carro por cima dela se tivesse visto.
Ela sorriu e me estendeu a mão. - Fernanda.
– Vampira.
– Oh, o novo pseudo caso do Syn? Devia ter visto pelo cabelo.
Rolei os olhos e fiz cara de nojo - Eu não tenho um caso com aquela coisa.
– Ele é legal, faço química com ele.
– E, deixa eu adivinhar, já deu em cima de você?
– Até que não, Michelle senta atrás de mim, ia ser um escândalo não acha?
– Tenho certeza.
Ela sorriu e olhou pra algum lugar atrás de mim. - E lá vem ele.
Olhei por cima do ombro e vi Gates e Jimmy virem na nossa direção.
– Oi Fer. - Gates disse sorrindo
– Oi Syn. Jimmy.
– Hey. O que estão fazendo aqui? E por que essas pessoas estão te olhando mais estranho que o normal Vamps?
– Eu bati o carro. - Disse sorrindo amarelo
– Na Michelle. - Fernanda completou e eu virei o rosto olhando feio pra ela que deu de ombros
– Por que? - Jimmy perguntou assustado.
– Foi sem querer! Tanto que ela só machucou a perna. Se eu tivesse feito por querer tinha pelo menos quebrado alguma coisa.
– Não tem graça Vampira.
– Qual é Gates, não vem brigar comigo, vai lá ver sua namorada se está tão preocupado com ela.
– Não estou preocupado, só acho que não tem graça ficar falando coisas assim.
– Eu não disse que você tinha que rir, não foi piada.
Ele rolou os olhos e saiu andando, Jimmy deu um soquinho amigável no meu braço e acenou a cabeça pra Fernanda e foi atrás dele.
– Acho que você vai ter uma DR mais tarde.
– Eu não tenho nada com ele!
– Sei…
– Eu tenho um namorado!
– Ok, não disse nada.
– Vou pra aula. - Disse virando as costas - Você vem?
– Por que não?

Fomos andando pra sala, eu fui pra qúimica e ela pra trigonometria. Entrei na sala e encontrei Jimmy conversando com Matt.
– Oi barbeira. - Eles me cumprimentaram
– Vocês ensaiaram isso?
– Você não pode provar.
– Como ela está?
– Fisicamente bem, mentalmente, nem tanto.
– Você namora o clone dela Matt, não acha perigoso? Esse lance de loucura vem no sangue.
– Cala a boca Vampira.
– Quando ela te esfaquear de noite não vem me ligar pedindo ajuda.
– Merda, quer dizer que invés de ligar pra você vou ter que ligar pra, sei lá, a polícia? Que droga einh? Imagina o que policiais armados podem fazer, você é muito melhor.
– Você me entendeu.

A aula não demorou a passar e a próxima era espanhol, me arrastei pelo corredor com Matt me enchendo o saco pra andarmos mais rápido.
– Nós não somos grudados Sanders, você pode andar na velocidade que quiser independente de mim.
Ele bufou e agarrou meu ante braço, me arrastando pelo corredor.
– Troglodita idiota. - Bufei a porta da sala, quando finalmente paramos
– Val? - Perguntou confuso
– Que Val seu estúpido?
A clone grisalha emergiu da sala e se jogou em seu pescoço, fiz cara de nojo e entrei, caminhei até meu lugar e me afundei lá, jogando nyan cat.

Ouvi um pigarro e ergui os olhos para a clone a minha frente.
– Sim?
– Eu planejava sentar com meu namorado. - Ela disse afetada.
Olhei pros lados e vi que Gates estava conversando com um garoto em qualquer lugar, Matt estava com a outra clone conversando com o professor e ela estava, sim minha gente, usando muletas.
– Então fale isso pra ele.
– Ele me disse que senta aqui.
– Que bom.
– Saia.
Sorri irônica - Ah querida, quando foi que você ficou mais burra? Quem ficou mais loira foi sua irmã, se bem que, apesar de ela ter cabelo branco sua cara é mais de velha.
Acho que ofendi a clone, pois ela ficou vermelha - SYN! - Chamou com a voz aguda e eu fiz careta tapando os ouvidos.
O garoto rolou os olhos e andou até nós. - Que foi Michelle?
– Ela não quer me deixar sentar.
– E?
– E? Eu te disse que queria sentar com você.
– E eu te respondi aonde eu sentava, se a Vampira não vai sair, você não vai sentar comigo.
– Mas…
– Não é assim tão complicado Michelle.
Ela parecia ofendida, então seus olhos marejaram e Gates suspirou. - Tudo tem sido tão difícil Syn…
– Ok Michelle, ok. - Ele disse revirando os olhos e passando um braço pelos ombros dela. - Senta aqui. - Ele disse colocando-a na mesa do outro lado dele.
– Mas...
– Você está perto de mim, não é bom o suficiente?
– Não.
– Chelle, nós terminamos. Se quiser continuar minha amiga tem que parar com essas coisas.

A cena era nojenta, rolei os olhos e voltei a jogar, logo senti uma movimentação perto e me virei.
Gates sentou do meu lado e percebi que ele estava com o braço esticado, virei mais a cabeça e percebi que ele estava de mãos dadas com Michelle.
– Voltou pra quarta série? - Perguntei sorrindo sarcástica
– Irônico você dizer isso. - Disse se virando pra mim - De nós dois, quem está jogando um jogo de gatinho pulando no espaço é você.
Fechei a cara e me virei pro jogo.
– Bom dia alunos, guardem suas coisas de outras matérias e abram os respectivos cadernos, hoje vamos fazer um jogo.
Joguei a cabeça pra trás e fiz careta, como odeio jogos escolares.
– Vou ditar uma frase e vocês vão escrever no caderno e identificar a música que estou falando, são todas muito conhecidas.
Ergui a mão e ele me olhou. - Sim?
– As músicas são todas em espanhol originalmente? Ou você vai mudar a frase de uma música em inglês pra espanhol?
– Pergunta inteligente Jadelyn, vão ter as duas.

Ele começou e Gates escrevia as malditas frases, algumas ele já ia fazendo e as outras ele traduzia para eu ajudá-lo.
No final ele assinou nossos nomes e o professor passou pegando as folhas.
Assim que o sinal soou, eu saí da sala quase atropelando Michelle de novo, eu não estava com paciência pras suas idiotices mesmo, então quando ela começou a gritar eu só saí da sala.
Meu humor estava dos piores então eu resolvi matar o terceiro horário, fui pro estacionamento e joguei minhas coisas lá, entrando no banco de trás onde me deitei.
Não muito depois de ter entrado no carro, ouço batidas no vidro, ótimo, minha primeira tentativa de matar aula e já sou pega, costumava ser melhor nisso.
Bufei irritada e me sentei no carro, já pensando em uma desculpa, mas quando olhei pela janela rolei os olhos e destravei as portas, a garota entrou sorrindo e me entregou um café.
– Olá.
– O que está fazendo aqui?
– Sua rabugice é adorável, mas não estou com paciência pra ela agora.
– Você invadiu meu carro, posso ser quão rabugenta quiser.
– Você destravou as portas.
– Por acaso te chamei pra entrar?
– Eu entendi que sim.
Rolei os olhos e ela sorriu dando uma golada no próprio café
– Estamos fazendo o que aqui?
– Você, está me irritando.
– E você?
– Estou matando aula, estou de mau humor.
– Posso ter te conhecido essa manhã Vampira, mas você não me parece uma pessoa que tenha muitos dias de bom humor.
– Você é sempre assim intrometida ou é só comigo que odeio esse tipo de coisa?
Ela deu de ombros e bebeu mais café e olhou pro lado, franziu a testa e apontou pra fora da minha janela. - Aquilo não é o Syn?

Olhei pra onde ela apontava e ele estava vindo em direção ao meu carro, fiquei me perguntando se ele sabia onde estávamos e estava vindo até aqui ou se era só coincidência.
Como o vidro do carro era preto eu não o via bem e não sabia pra onde ele olhava.
Mas descobri que ele veio pra cá propositadamente, sabia onde eu estava.
Gates abriu a porta com violência e me puxou pra fora.
– HEY! - Protestei puxando meu braço - Que foi psicopata?
– Eu… - Começou, mas interrompeu quando Fernanda meteu a cabeça pra fora do carro - O que ela está fazendo aqui?
– Não sei. Ela não vai embora.
A garota saiu do carro e sorriu pra mim - Te disse que ia rolar DR.
– Isso não é… - Comecei, mas um som de carro se aproximou e eu me virei pra olhar o carro de Knox entrar no estacionamento cantando pneu.

Ele provavelmente só estava atrasado, tirando as coisas do carro apressado, mas quando nos viu, andou até mim com a maior cara de poucos amigos, Fernanda encostou na porta aberta do carro com um sorriso.
– Por que sempre que a gente briga você está com esse cara?
– Porque estamos sempre brigando também. - Disse irônica
A cara horrível que Brian fazia pra mim, era mais do que prova do que o que eu dizia era verdade, não que Knox estivesse ligando pra isso.
– Acho que você passa tempo de mais perto desse cara.
– Eu também, ele devia morrer.
A raiva que Brian estava de mim, superou qualquer limite naquele momento e eu quis matá-lo.
– Não reclamou de eu estar vivo em nenhuma das vezes que pulou no meu colo ontem. - Disse irritado
– Como? - Knox perguntou indignado e eu virei pra Brian o olhando mortal
– Você sabe que era por causa do cachorro.
Ele deu de ombros - O Jimmy estava lá, o sofá estava lá… Tinham vários móveis e vários lugares pra você correr.
– Para de mentir Gates! Você sabe que a culpa era toda daquele cachorro e… - Knox agarrou meu braço e me puxou pra longe, vi Gates sorrir irônico e Fernanda rir alegre, aquilo era melhor do que uma ida ao cinema pra ela.

– Você… - Knox começou, mas eu estava tão irritada, que só aquilo já me fez explodir.
– Eu nada! Você sabe que eu tenho medo de cachorro Knox. E quer saber? Cansei dessa sua insegurança, desses seus ataques e de tudo mais. Quer tomar café com a Mary? Agora você pode!
– O que…?
– Nós… - Eu disse apontando de mim para ele - Acabamos. - Disse finalizando os movimentos de mão com um X no ar
Ele piscou algumas vezes, eu sai andando pro meu carro e vi Fernanda e Brian estupefatos com o que viram.

Empurrei Fernanda da porta e ela protestou, mas eu não dei a mínima, bati a porta e vi pelo retrovisor que Knox estava vindo, dei a volta no carro entrando no banco do motorista, ouvi a porta do passageiro se abrir e virei.
– Sai do meu carro.
– Por que?
– Sai!
– Não.
Bufei e engatei a ré, mas era tarde de mais, Knox estava parado atrás do carro.
Travei as portas e desliguei o carro, ele tentou entrar, mas foi em vão.
– Seus dois homens estão bravinhos com você. - Ela disse colocando os pés no painel
– Eles não são meus homens.
– Um já foi e um será.
– Para de dar uma de adivinha idiota.
Ela deu de ombros e abriu a bolsa tirando um ruffles de lá. - Quer?
– Você sempre fica andando com comida?
– Só quando planejo matar aula.
– Planeja? Que tipo de pessoa estranha é você?
– A pessoa que pode destravar as portas e foder com o seu momento de paz.
Olhei pro lado e vi Syn se abaixar atrás do carro, virei pra escola e vi a coordenadora gritar com Knox.
Como os vidros eram pretos, ela teria que vir na frente do carro para nos ver mais ou menos, mas se ela encontrasse Gates, ele com certeza nos entregaria.
Pulei pro banco de trás e abri a porta do lado dele colocando um dedo nos lábios, para que Knox não resolvesse dar a volta e nos entregar também, Gates subiu no carro em silêncio e fechou a porta.

Ouvi a mulher chegar e xingar Knox.
– Estou tentando falar com minha namorada.
– E ela está dentro desse carro?
– Sim.
– Ela obviamente não quer falar com você. Vá pra diretoria.
Knox voltou para o prédio resmungando, mas a mulher nos olhou através do vidro, estava olhando apenas seu reflexo, mas a cara feia dela me fez ficar apreensiva.
Ela começou a circular pelo carro e eu entendi que ela ia procurar um vidro mais claro.
Joguei o copo vazio de café em Fernanda, ela me olhou feio e eu fiz sinal pra ela se abaixar.
Ela tirou os pés do painel jogando o corpo pro lado e ficando o mais pra frente que podia.
Eu entrei atrás do banco do motorista e me afundei lá, Gates fez o melhor que pode pra se esconder também.

Um tempo depois de rodar o carro e bater repetidamente no vidro, a mulher se afastou e nós pudemos nos sentar.
– Droga. Isso foi desconfortável.
– Hey, podem ter a DR de vocês. - Fernanda disse abrindo a porta e descendo do carro abaixada.
– Ela tem que entender que nós não temos um caso.
Ele rolou os olhos - Tanto faz. Só quero saber porque você fez aquilo.
– Terminar com o Knox?
– Não! Isso eu sei, ele é um tosco. Frango que, já te disse, não sabe pegar mulher. Mas não é disso que eu estou falando.
– Olha só, pare de falar que ele não sabe me pegar ok? Diga logo o que você quer, temos que sair daqui.
– Por que? Gosto do seu carro. - Disse se encostando e esticando as pernas entre os bancos da frente
– Gates! Fala logo.
Ele fechou a cara e cruzou os braços - Atropelar a Michelle.
Rolei os olhos - Zoou? Foi sem querer e você sabe.
– Sei? Jimmy disse que viu você ameaçando-a fora da minha casa.
– Além de ser uma vadia que deu em cima do meu namorado e me enche o saco, ela nunca fez nada o suficiente pra eu ferí-la, ameacei sim, mas pra ela ficar longe. Até porque, crimes legais são cometidos a mão.
Ele fechou mais a cara pra mim. - Não tem graça Vampira.
– Pare de achar que as coisas deviam ser engraçadas. Dá o fora do meu carro Fluffy.
Ele ergueu as sobrancelhas, eu passei por cima de seu corpo e abri a porta.
– Vampira, para com…
Apoiei os pés em sua coxa e empulcionei-o pra fora, ele me segurou, mas não a tempo de não cair.

Enfim, acabamos caindo os dois pra fora do carro. Ele com os pés pra dentro do mesmo e deitado no asfalto, eu ajoelhada por cima dele.
– Idiota. - Eu grunhi e me levantei tentando andar pra longe, mas ele ainda segurava minhas pernas.
– Espera ai.
– Por que? Vai me perguntar como eu assassinei Michel Jackson?
Gates ficou de pé e bateu a porta do carro, me arrastou pro meio das árvores e me empurrou sentada na grama.
– Pare de ser uma estranha que ameaça as pessoas.
– Por que? Sua namorada vai ter que ir a um psiquiatra cedo ou tarde, só estou adiantando as coisas.
– Ela não é minha namorada. - Disse irritado.
– Então a ceninha de “eu planejava sentar com meu namorado” foi só pra matar o tempo? E estava segurando a mão dela pra aquecer?
– Isso não é relevante. Estou falando sério, ninguém aqui te conhece, eles podem levar a sério suas ameaças.
– E é pra levarem.
– Só que alguém pode acabar se aproveitando disso pra te ferrar.
– Alguém, imagino quem… Demônio clone um ou demônio clone dois?
Ele bufou e chutou o tronco da árvore do meu lado
– Para de ser idiota garota, você vai se foder desse jeito. Presta atenção não que eu te digo Vampira. Suas ameaças podem não colar comigo ou com os caras, mas se fosse outra pessoa escutando suas ameaças e não o Jimmy, o que você acha que teria acontecido? Podiam te acusar de tentativa de homicídio.
Sorri pra ele e me levantei batendo as mãos sujas com um pouco de terra.
– Fica tranquilo Brian, você não vai ser meu telefonema na delegacia, não precisa desse show ridículo porque nós sabemos que seu problema é com sua namorada e não comigo. - Disse e saí andando antes de ouví-lo.

Não poderia sair da escola porque se não ligariam pro meu papai querido.
Andei errante pela escola e encontrei algo que me fez sorrir.
– Hey você! - Disse engrossando a voz e ele se virou meio assustado, mas depois sorriu.
– Sua vadia, sabe que se me pegarem eu levo suspensão.
– Ué, ninguém mandou ficar matando aula. - Eu disse rindo e me sentando ao seu lado encostada na árvore.
– E você, está fazendo o que?
– Pra todos os efeitos estou com cólica.
– Então, pra todos os efeitos eu estou aqui cuidando de você.
Sorri, mas isso durou pouco, alguém passou do meu lado chutando meu braço de leve, me virei mau encarada só pra ver Gates passar e sentar na minha frente.
– Pronto Rev. Cheguei.
– Jura? Se não tivesse falado acho que ninguém tinha te visto. - Eu disse sorrindo irônica
– Oi Rev, você trocou de sexo?
Rolei os olhos pra ele enquanto Jimmy ria.
– Vocês se amam.
– Tanto quanto eu amo bebês.
– Vai ter muitos filhos então einh?
– Vou, só pra ter o prazer de afogá-los.
Jimmy parou de rir e Gates me encarou, ambos meio assustados - Você não fala sério…
– Não Jimmy, não vou afogar crianças, mas definitivamente não vou tê-las.
– Você é macabra Vamps, por isso eu gosto de você.
Sorri e soquei seu ombro de leve, ele passou o braço por meus ombros e começou a conversar com Gates, eu me perdi por um momento e depois me perdi mais ainda…
Sabe quando finalmente caí a ficha? A minha tinha rolado pra longe agora…

Por muito tempo Knox era a minha ligação com a sociedade, ele era quem me obrigava a sair de casa, socializar e ter amigos.
Ele foi o único que sempre cuidou e se importou comigo…
E pensar que agora acabou fazia eu me sentir estranha, não entendo bem o que é, até porque, meus sentimentos não existem muito.
Para me torturar, meu cérebro começou a pensar coisas estranhas como, solidão e começou a passar flashes de Knox na minha cabeça.

Virei a cabeça pra olhar Jimmy sorrindo e conversando, pisquei algumas vezes e meus olhos arderam…
Que merda, por que meus olhos estão ardendo?
Levei a mão aos olhos para esfregá-los e senti algo molhado.
– Vampira? - Gates chamou com um tom estranho, ele e Jimmy me encaravam enquanto eu olhava horrorizada para minha mão molhada
– Que? - Perguntei levantando o olhar pra ele, mas minha voz saiu estranha e eu levei a mão a garganta. O que está acontecendo comigo?
– Você ta bem? - Jimmy perguntou afagando meu braço.
– Por que não estaria? - Perguntei com a voz ainda estranha e meus olhos arderam mais - Que merda! O que tá acontecendo com minha voz e com meus olhos?
Levei as mãos aos olhos e esfreguei-os mais, borrei toda a maquiagem e molhei as mãos.
Jimmy parecia confuso e Gates surpreso.
– Você… Não sabe? - Perguntou Jimmy
– Não! - Minha voz saiu esganiçada e eu apelei comigo mesma - QUE MERDA!
– Vamps… Você ta chorando.
Me virei confusa pra ele - Claro que não, eu vendi meus canais lacrimais há muito tempo.

Algo escorreu pelo meu rosto e eu percebi que minha visão estava embaçada, me soltei de Jimmy e me arrastei pra trás e pra longe deles.
Toquei meu rosto e vi que estava mesmo molhado e que aquilo saia dos meus olhos.
QUE MERDA É ESSA?
– Quanto tempo faz que você não chora? - Gates perguntou em algo entre confusão e riso
– PARA DE RIR IDIOTA! - Gritei e a voz saiu estranha, me fazendo morder os lábios por dentro.
Jimmy se arrastou até mim e me abraçou - O que aconteceu Vamps?
– Eu não… Sei lá… Acho que a última vez que eu chorei eu ainda era criança…
– Isso é pelo cara? - Gates perguntou ainda de onde estava
– Que cara? - Jimmy perguntou confuso - Você brigou com o Knox?
– T… Terminei com ele. - Gaguejei e fiz careta… Eu não gaguejo! Mas se for pensar bem... Também não choro...
Jimmy me apertou em seus braços e eu senti alguma coisa estranha, que merda é essa?
– Como se faz pra parar de chorar?
– Terminando de chorar.
– Como?
– Chorando o que você precisa.
– Eu não preciso chorar.
– Sua mente não, mas seu coração precisa.
Fiz careta e me recostei em Jimmy, fiquei mais perdida por um tempo e o que me fez voltar ao mundo foi a voz dele.

– Aonde você vai cara?
– Embora daqui, não sou psicólogo de garotinha chorona.
Levantei meus olhos pra ele e me soltei de Jimmy, fiquei de pé e andei até lá.
– A culpa é toda sua seu idiota. - Eu disse entredentes
– Eu sei que você me quer Vampira, mas não precisa chorar por isso. - Disse irônico e apertou minha bochecha, estapeei sua mão e fechei mais ainda a cara pra ele.
– A culpa é sua, você ficou provocando, você tem uma namorada psicopata que mandou fotos pra ele e que contou pra que você estava me segurando naquele dia da praia. A culpa é toda sua e dessa sua vontade de pegar qualquer pessoa com peitos.
– Isso não é…
– Não? Ah, sinto muito se me enganei, os travecos com peitos você não quer né?
– Vampira, você não é ninguém pra vir falar comigo assim.
– Ah, não sou mesmo. Mas se você pensar em se meter na minha vida de novo… Synyster Gates, Brian Haner ou qualquer outro nome que você resolva adotar, estará morto em vários sentidos, antes do literal, mas não se preocupe, o último é o mais divertido e eu vou fazer durar tempo o suficiente pra você se arrepender de ter nascido!
Ele franziu a testa e eu senti mãos me puxarem pra trás.
– Está me ameaçando? Vai me atropelar também?
Fuzilei-o com o olhar, mas Jimmy ainda me arrastava pra longe.


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Notas finais do capítulo

Gostaaram?
Espero que sim... Então, beijos beijos, me digam o que acharam nos reviews!



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