Imprevistos Do Amor escrita por DebsHellen


Capítulo 38
Capítulo 35.


Notas iniciais do capítulo

ÚLTIMO CAPÍTULO!!!
Eu revisei esse capítulo ouvindo 'Bem vindo, amor' da Claudia Leitte. Pra quem quer ouvir e/ou gosta dela, sugiro procurar a música no YouTube. ;)
Espero que gostem. Boa leitura.



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CAPÍTULO 35.

“A IMENSIDÃO VISITA A DOR DE UM AMOR DISTANTE, PORÉM NEM MESMO OS CORPOS APARTADOS SEPARAM DOIS CORAÇÕES UNIDOS.” – Reinaldo Ribeiro

PDV Isabella Swan Cullen

Foi uma comoção imensa nosso encontro com a família toda. Todos esperavam por notícias de Alice. Assim que o avião aterrissou ela ligou para Esme e avisou que chegaríamos em alguns minutos. Estavam chorando antes mesmo que nós desembarcássemos do carro.

Nessie chorou tanto que pensei que iria passar mal. Abraçou cada um dos Cullen fortemente como se quisesse mantê-los bem gravados em seu coração e sua memória, como se temesse que tudo se repetisse.

Pediu pelo pai. Eles choraram, mas não disseram nada. Com os olhos verdes suplicantes e chorosos ela me encarou e refez a pergunta. Eu simplesmente disse que ele não estava, mas em breve chegaria. Isso bastou. Distraiu-se com a família e esqueceu Edward por alguns instantes.

Eles abraçaram Anthony. O beijaram, o receberam carinhosamente na família. Chorei ao ver a cena com que tanto sonhei e havia pensado que jamais se concretizaria. Anthony passou de colo em colo até parar nos braços de Rosalie.

Então foi minha vez. Recebi os abraços, os pedidos de desculpas, os sinceros comentários sobre como fizeram o possível para nos encontrar e que todos pagariam pelo que nos fizeram passar. Mas nada desse episódio de sequestro me importava agora, eu só queria saber da minha família. E estavam todos ali. Os abracei, beijei, sussurrei o quanto senti saudades e como estava feliz que não tivessem desistido de nós.

Mas meu coração tinha pressa. Meu corpo ansiava pela pessoa por quem me mantive viva além dos meus filhos. Eu queria ver Edward. E com apenas um encontro de olhares, Alice entendeu o que eu queria. Anunciou para todos que iríamos sair e eles concordaram. Esme avisou que as crianças ficariam ali e que eu poderia voltar para dormir também.

Jasper se ofereceu para ir conosco até o hospital e nós aceitamos. Eu não estava em condições de dirigir e Alice passou por muito também, então Jasper foi dirigindo. Fiz questão de sentar no banco traseiro para que pudessem ter um pouco de privacidade para conversar. Fingi cochilar durante o trajeto até o hospital e isso permitiu que Jasper expressasse como estava orgulhoso de Alice há alguns meses. Ela sorriu e apenas pediu perdão por ter dado a ele bem menos do que ele merecia. O assunto se encerrou e o carro parou.

Fingi acordar e olhei pelas janelas. A visão do hospital me causou um calafrio na espinha. Uma sensação de perda horrorosa me dominou.

- Alice...?

- O que foi, Bella?

Ela e Jasper viraram o rosto para me encarar. Eu deveria estar com uma expressão terrível já que Alice lacrimejou um pouco e Jasper suspirou.

- Me diz que ele vai ficar bem. – pedi.

Eles se encararam antes de dizer qualquer coisa. Foi Jasper quem me deu a resposta que eu precisava.

- Os médicos disseram hoje cedo que ele apresentou um quadro de melhora grande desde que entrou em coma, Bella. Não podemos te prometer nada porque não depende de nós. Mas quer saber no que eu acredito?

- No quê? – pedi num sussurro.

- Eu acredito que Edward esteve em coma para aguentar a distância que existiu entre vocês. Ele já está melhorando e, agora que você voltou, tudo indica que ele irá despertar em breve. Tenha fé, Bella.

- Eu tenho. Só é difícil esperar, meu coração parece que foi partido ao meio e está sangrando interminavelmente. – meus lábios tremeram.

- Então vamos deixar esse coração inteiro outra vez. – Alice disse segurando minha mão – Chega de sangrar. Agora é hora de viver e ser feliz. Vamos logo, seu marido está te esperando.

Descemos do carro e seguimos em silêncio até a recepção do hospital. Todos pareciam conhecer Jasper e Alice e se compadecer da situação pela qual passamos, pois apenas acenaram e nos permitiram seguir pelo corredor branco.

Na UTI do hospital, num quarto privado, encontrei o rosto que tanto amo entregue ao mais profundo sono. Quis chorar, mas me segurei. Jasper e Alice entraram comigo, ficaram afastados de mim, mas estavam bem próximos um do outro.

- Bella, - Alice disse enquanto se aproximava para beijar a bochecha de Edward – nós vamos até a cantina comer alguma coisa enquanto você fica aqui com meu irmão.

- Ok. Obrigada.

- Nos vemos depois. – sorriu e num sussurro ela disse pertinho do ouvido de Edward: - Eu disse que iria trazer ela de volta pra você. Aproveite, você merece.

E saiu com Jasper. O silêncio tomou conta do quarto. O bip do monitor de batimentos cardíacos era o único barulho no quarto além do leve som de nossas respirações. Edward parecia bem. Jasper disse que ele estava com gesso em algumas partes do corpo, mas devido ao seu progresso os médicos resolveram tirar tudo.

Estava limpo de qualquer indício do acidente. O único ponto enervante era o fio com a agulha que perfurava seu braço e um tubo de soro que gotejava vagarosamente. Ele sofreu um acidente de carro, estava em coma, hospitalizado há meses, mas ainda era o homem mais lindo que eu já vi na minha vida.

Meus dedos ganharam vida própria e se infiltraram em seus cabelos que pareciam cortados recentemente. Desceram por seu rosto tocando a pele macia e pálida, os olhos fechados, os lábios esbranquiçados que pareciam não se mover a anos... Até que minha mão encontrou a sua mão.

O toque me fez reviver tudo o que já compartilhamos. Todos os momentos que passamos juntos, todos os sentimentos, todas as palavras ditas e as expressões faciais e as ações que diziam mais do que palavras.

O primeiro encontro...

“Era um homem realmente bonito e jovem também. James era um dos clientes mais jovens, galanteadores, generosos e bonitos que eu tinha, mas aquele homem parecia ainda mais bonito que ele. Sorri imensamente quando o olhei nos olhos.

{...} - É um prazer conhecê-lo, Edward. – eu disse no ouvido dele – Espero que tenha gostado da casa de Carmen, seria um prazer tê-lo aqui mais vezes.

{...} - Quer beber mais um pouco ou podemos subir e nos divertir como James e Angélica? – arqueei a sobrancelha para desafiá-lo um pouco, adorava brincar com os clientes novos.

- Podemos ir, eu acho.

{...} Abri a porta e entrei, dando passagem para que ele entrasse também. Assim que ele entrou, tranquei a porta e sorri maliciosamente.

- Não se preocupe, Edward. Estamos aqui sozinhos, nada de espectadores ou críticas. – soltei os cabelos enquanto falava – Somos adultos e buscamos diversão. Nada aqui está além do que buscamos. – dei de ombros – Esta noite sou sua, estou aqui para fazer o que você quiser.

Ao terminar de dizer isso, me aproximei dele e toquei seu rosto com uma das mãos; ele tinha a pele macia e cheirosa pelo que percebi. Beijei o canto dos seus lábios e depois segui com pequenos beijos até sua orelha.

- Divirta-se. – sussurrei e mordi o lóbulo de sua orelha – Essa noite sou tua, faça o que tiver vontade.

Antes que eu percebesse sua reação, ele agarrou-me em seus braços fortes e decididos e tocou meus cabelos sem desgrudar seus olhos dos meus.

-Anabelle...”

Ele me amou logo na primeira vez. Ele estava na casa de Carmen para se divertir com uma prostituta, mas ele encontrou mais do que isso. Ele encontrou o amor e eu encontrei o mesmo assim que o conheci. Hoje estávamos aqui graças a James. Enfrentamos o mundo, mas James nos aproximou. O amor nos uniu e nos manteve juntos até então.

Lembrei-me de quando comprei a gravata para ele e do modo como fiquei feliz por presenteá-lo com algo que parecia simples, mas que ele gostou tanto...

“- O que é isso? – ele perguntou.

- Pra você.

- Pra mim?

- É. Comprei pra você. – entreguei o pacote e sentei na cama – Espero que goste.

- Obrigado.

Ele observou o pacote tentando decifrar o que era. Eu estava ansiosa pela reação dele. Até que ele abriu a caixa e encontrou a gravata azul marinho com pequenos detalhes em prata. Ele sorriu. Um sorriso lindo e que me fez amá-lo ainda mais.

{...} - Eu fui ao shopping e passei em frente à loja de roupas masculinas. Sou completamente doente por gravatas; se fosse homem, elas seriam minha obsessão. – eu ri envergonhada – Tinha tantas opções, mas acabei escolhendo essa porque adoro o azul. Sei que é estranho te dar presentes, mas não resisti. Gosto do tempo que passamos juntos e queria te dar algo pra que não esqueça as horas que passamos juntos. Já que você é um empresário e usa roupa social a semana toda, achei apropriado te dar uma gravata.

- É linda. – ele disse – Nunca ninguém me deu algo tão simples e com tanto significado. Pode ter certeza de que jamais me esquecerei disso. Muito obrigado.

- Fico feliz que tenha gostado. Se por acaso não quiser nessa cor, você pode trocar por outra na loja.

- Adorei a cor. Gosto muito do azul e especialmente depois que te conheci... A primeira vez que te vi você estava com um vestido azul. Adoro o contraste do azul na sua pele. A gravata azul só me fará lembrar ainda mais de você... – ele soltou a caixinha com a gravata num canto da cama e se aproximou de mim – não que eu precise de uma gravata pra fazer eu me lembrar de você... Já lembro tempo demais de você sem esforço algum...

Então ele me deitou na cama e abriu os botões da camisa dele que eu usava. Depois o prazer nos dominou...”

Encarei o rosto sereno de Edward. Beijei seus lábios brevemente, como se isso fosse me fazer senti-lo vivo, como se nosso futuro dependesse de um único beijo. Lembrei-me da noite em que ele disse que me amava e que não se importava com o que eu fazia para viver...

“Não menospreze o que você fez na sua vida, você estava lutando pra sobreviver e merece elogios por isso. Ninguém tem o direito de acusá-la da vida que levou até agora. {...} Eu te conheço há dois meses, mas sinto como se fossem anos já. Eu nunca senti por alguém o que eu sinto por você. E eu queria algo a mais, eu queria amor, companheirismo, amizade, prazer... Queria tantas coisas e até te conhecer eu não tinha nada disso. – segurou meu rosto – Você pode achar que seja loucura se apaixonar tão rápido, mas Bella, eu tenho certeza que te amo e isso não é algo temporário ou que vá mudar.”

Ele foi tão sincero ao dizer essas palavras que a única coisa que pude fazer foi me entregar aos seus beijos e ao seu pedido. E algum tempo depois, eu era sua namorada e morava com ele. Enfrentamos dificuldades, imprevistos que surgiram pelo caminho. Minha gravidez, a rejeição da família, os jornais... mas nada disso nos abalou, nada disso nos afastou um do outro.

Era do jeito que eu lembrava, do jeitinho que eu pensava. Tudo faz sentido na hora certa. Sofrer te fortalece. Os imprevistos ao longo do caminho te fazem crescer como pessoa, te tornam melhor. E a vida ultrapassa qualquer coisa, viver ultrapassa qualquer entendimento. Nada faz sentido, nada pode ser entendido se você não viver.

Com um choro contido, deitei meu rosto no peito de Edward e inspirei seu cheiro profundamente. Estava misturado com o cheiro de álcool do hospital, mas o cheiro dele ainda estava ali.

- Edward, eu te amo tanto. – falei para ele, mesmo que talvez ele não ouvisse ou entendesse – Quero que saiba disso. Te amei desde que nos conhecemos e vou te amar pelo resto da minha vida. – toquei seu peito fazendo pequenos círculos, mordendo o lábio para não tremer e respirando fundo para não chorar – Nessie está com saudades de você. Eu também estava. Estou, na verdade. Esse tempo longe de você foi horrível, mas aguentei tudo por nossa família, por nossos filhos. – eu sorri – Tenho uma surpresa pra você. Além de uma princesinha, você tem um príncipe agora. Ele se chama Anthony e tem um pouco de nós dois. – apertei minha mão contra seu peito – Eu só quero que você acorde pra estar com a gente, amor. Por favor, acorda logo. Eu já passei tempo demais sem estar com você; não quero ter que ficar sem te olhar nos olhos, te beijar, te tocar por muito mais tempo. Volta pra nossa família, Edward... Volta pra mim...

Então minhas lágrimas reprimidas desabaram. Chorei tanto que fiquei com dor no rosto todo pelo desespero. Eu não saberia viver sem Edward. Como iria tentar viver e ainda criar meus filhos sem ele ao meu lado?

Beijei os lábios imóveis dele e me aconcheguei em seu peito. Adormeci envolvida em seu cheiro, esperançosa de que tudo iria melhorar...

...

Quando acordei, encarei a claridade que adentrava pela janela do quarto branco. Estava um pouco desorientada, mas eu sabia onde estava. Vagarosamente, me movi na cama esticando meu corpo dormente pela posição ruim e senti um braço se mover embaixo de mim. Fiquei petrificada. Um braço se moveu e não era o meu. Uma risada invadiu o quarto e eu rapidamente encarei Edward.

- Você parece ter visto um fantasma. – ele disse devagar.

- Edward! – meus olhos se arregalaram – Você... é mesmo... você está mesmo acordado?

- Estou. – ele sorriu mesmo parecendo cansado.

- Como? Quando? – me ajeitei na cama para ficar sentada de frente para ele – Eu não vi, eu estava tão cansada... eu...

- Calma, não precisa ficar nervosa. – tocou meu rosto – Eu acordei no meio da noite. Alice e Jasper estavam aqui e me explicaram como te encontraram. O médico veio me visitar e fez algumas perguntas, mas garanti que eu estou bem e não tive nenhuma sequela do coma.

- Mas é que isso é tão... eu nem sei o que dizer.

- Não diga nada. – ele sorriu – Eu proibi o médico de te tirar do meu lado, então fiquei a noite toda abraçado a você, velando seu sono.

- Oh.

- Como você está?

- Como eu estou? – perguntei incrédula – Você sofreu um acidente e esteve em coma por meses e quer saber como eu estou? Oh, por favor, esqueça isso. Como você se sente?

- Me sinto um pouco cansado e adormecido por estar deitado há tanto tempo. Mas estou feliz por te ter aqui, por ter sido você a primeira pessoa que vi quando abri os olhos.

- Ah, Edward... eu quis morrer por ter ficado longe de você. Mas eu precisava aguentar tudo por você, por Nessie e por Anthony. – chorei outra vez – Nem acreditei quando vi Alice na minha frente e tudo foi tão rápido... de repente eu estava num avião voltando pra Seattle e aqui no hospital te vendo deitado nessa maca. – beijei os lábios dele demoradamente – Promete que não vai se afastar de mim. Promete que jamais vamos nos separar assim outra vez.

- Eu prometo, Bella. Só eu sei o inferno que vivi durante as horas em que vocês desapareceram. E depois o acidente... a dor... o coma... Não desejo isso pra ninguém. Mas te prometo que jamais me afastarei de você e dos nossos filhos.

- Você sabe sobre Anthony? – perguntei perplexa encarando os amados olhos verdes.

- Sim, ouvi você contar. – ele sorriu – Achei que estava sonhando, mas Alice e Jasper confirmaram depois que acordei do coma. Obrigado por mais esse presente.

- Também preciso te agradecer por ele. Tenho certeza de que Nessie e ele vão querer te ver logo.

- Não tanto quanto eu quero vê-los. Mas antes quero outra coisa...

- O quê?

- Quero um beijo seu. Estou ansioso por te tocar assim desde que acordei do coma na noite passada.

Sem palavras aproximei meus lábios dos dele e o beijei. Uma sensação de plenitude, paraíso, casa, amor, ansiedade, saudade... tudo misturado e representado por um único beijo que pareceu durar mais tempo do que a ciência acredita ser possível.

Eu estava em casa.

Nos braços dele, em seus lábios... eu estava em casa.

Nos afastamos e permanecemos olhando nos olhos um do outro. O tempo que ficamos separados não acabou com o que tínhamos. Eu precisava contar tudo o que passei, ele precisava saber.

- Desculpe por desconfiar. – falei envergonhada.

- Desconfiar do quê?

- De você. De nós. – dei de ombros e escondi o rosto em seu peito firme – Pensei que você iria nos achar logo. O tempo foi passando e eu não tive notícias suas, então cheguei a pensar que você havia desistido de nós.

- Como pensou isso, Bella? – sua voz estava triste, mas reconheci o entendimento e compreensão presentes nela.

- Não sei. Henry era razoável conosco, nos dava o necessário, mas deixou claro que nos mataria se o desobedecêssemos. Tentei fugir uma vez, mas ele me pegou antes que eu pudesse pedir ajuda a alguém. E com Nessie comigo, não pude mais arriscar nossas vidas. Então decidi que era melhor permanecer viva do que morrer e levar a culpa pela morte de Nessie junto comigo por tentar fugir.

- Ah, Bella... – me abraçou chorando – Sinto muito que tenha pensado que abandonei vocês. Eu procurei por vocês logo que cheguei em casa e não as encontrei. Estava indo para a delegacia quando sofri o acidente. E ainda acusei Alice de estar envolvida com o sequestro de vocês. Mas jamais desistiria de procurá-las.

- Eu sei, agora eu sei. Foi um momento de pânico no que pensei que você não nos queria, mas no fundo eu sabia que não era assim... E depois descobri que estava grávida de Anthony e ele e Nessie se tornaram os motivos principais para que eu continuasse firme.

- Você foi muito corajosa. É uma mulher muito guerreira, tenho orgulho de você.

- Obrigada.

- Alice disse que Jenks e um oficial do FBI e da polícia irão vir falar conosco hoje à tarde. Tudo bem pra você?

- Sim, quero me livrar dessa confusão logo.

- É o que eu mais quero também.

Nossos lábios se aproximaram outra vez. O reconhecimento de que ele estava ali era algo surpreendente. Ele era o meu marido, o pai dos meus filhos, ele não desistiu de nós... Aproveitei para provar por meio do beijo o quanto o amo e tudo o que ele significa pra mim.

Uma leve batida na porta interrompeu nosso momento e nos separamos ofegantes. Uma comitiva entrou no quarto. Nossa família... alguns rindo, outros chorando.

Nessie correu e pulou na maca para abraçar Edward.

- Papai! – gritou empolgada e chorando se atirou nos braços dele – Oi, pai.

- Oi, minha princesa. – ele a acolheu em seus braços com lágrimas nos olhos – Como você está?

- Estou bem.

- Que bom. Senti saudades de você.

- Eu também.

- Desculpe não ter ido buscar vocês, o papai sofreu um acidente e ficou dormindo por um longo tempo.

- Tudo bem. Agora você já acordou.

Ela tocou o rosto dele como se quisesse relembrar cada pequeno detalhe dele. Enxugou algumas lágrimas que escorreram pelo rosto dele e beijou-lhe um lado do rosto. Sorrindo encarou os olhos verdes iguais os seus e disse:

- Temos uma surpresa pra você.

- Uma surpresa? O que é? – ele pediu curioso.

- Um presente bem fofinho. – ela se virou para Esme – Vovó, pode trazer.

Esme se aproximou com Anthony em seus braços. Ele estava acordado, mas quietinho. Ela o colocou em meus braços e Anthony moveu a boca pequena e aberta em direção ao meu peito. Todos riram.

- O garotão aí tá querendo leite materno. – Emmett disse rindo.

- Vou fazer isso logo, logo. – eu disse – Mas antes ele precisa conhecer o pai.

Me virando para Edward, aproximei Anthony dele e vi o silencioso reconhecimento em seus olhos. Não havia como negar que Anthony era nosso, era um ‘Swan Cullen’. Edward esticou seus braços e eu coloquei Anthony ali. Com um movimento gentil e de devoção, Edward aproximou o rosto de nosso filho do seu e inspirou seu cheirinho de bebê. Outras lágrimas caíram de seus olhos e não pude me conter, chorei junto com ele.

O momento foi quebrado pelo senhor Jenks que entrou no quarto e pediu para todos se retirarem já que ele e os oficiais precisavam do depoimento de Nessie e do meu. Anthony foi para o colo de Alice e nós ficamos para responder as perguntas deles.

Seria uma longa manhã, mas depois tudo estaria resolvido.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Muitas queriam o Edward acordando quando a Bella chegasse. Achei o meio mais correto de acordá-lo, com Bella em seus braços.
Esse é o capítulo final da fic. Quero muitos comentários e, quem sabe, recomendações?! ;)
Postarei o epílogo na semana que vem. Bjs



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