Changed escrita por Shiroyuki


Capítulo 21
Capítulo 21 - A vida cotidiana da garota colegial


Notas iniciais do capítulo

"Ela era tão idiota, por se sentir assim apenas por algo tão pequeno mas não conseguia pensar em mais nada. Quando se tratava de Kukai, ela era sempre irracional, impulsiva, exagerada mas apenas não conseguia fazer nada para evitar isso."



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— Que chato… - era sábado, e a melhor coisa que Utau podia fazer era zapear pelos canais da televisão, virada de ponta-cabeça no sofá, e reclamar de cada um deles. Chiharu estava ali até pouco tempo, e ela podia comentar e falar mal da roupa das pessoas que apareciam de vez em quando, mas a garota rapidamente havia cansado disso e voltou para o quarto para ler um livro, de forma que Utau teve que se contentar em ficar ali assim mesmo.

Uma garota da idade dela, que tinha um namorado e um monte de amigos, deveria fazer algo mais legal no sábado à tarde. Era o que ela pensava. Isso, se o seu namorado não fosse também o seu irmão postiço. E os seus amigos todos não fossem alunos do ginasial. Ah, claro, que vida animada a garota colegial tinha. Podiam filmar e transformar em um seriado de comédia. A vida cotidiana da garota colegial. Ia fazer sucesso. Bem, pelo menos, seria mais interessante que aquele monte de programas sem fundamento que passavam na televisão agora. Aquilo que acabou de passar… era uma galinha verde-limão dançando Macarena?

— Se você continuar assim, todo o seu sangue vai ir pro cérebro… - descendo as escadas, Kukai comentou com tédio. Ele também, não parecia nada animado em fazer alguma coisa. Os dois namoravam há quase um mês, e já pareciam um casal de velhos aposentados. Muito promissor.

— Se isso acontecer, pode ser que eu acabe com sequelas e fique no mesmo nível intelectual que você – ela respondeu, mudando de posição, porém, e voltando a sentar direito. Seu tour pelos canais recomeçara pela terceira vez.

— Como você é má… - Kukai secava os cabelos úmidos com uma toalha, e a camisa estava um pouco molhada. Ele havia acabado de sair do banho. Assim que ele sentou ao lado de Utau, o cheiro do sabonete chegou aos sentidos dela. Covardia, fazer isso com uma pobre e inocente garota colegial. – Quer jogar vídeo game?

— Se você perder, lava a louça amanhã… - ela desafiou, e ele assentiu.

— E se eu ganhar? – ele indagou.

— Há, até parece que eu vou deixar isso acontecer! – ela deu um pulo no sofá, e foi instalar os fios do videogame na tv. Pegou os controles, e os dois se posicionaram. O perfume do garoto voltou a assaltar seu olfato, e ainda, ela podia ver as gotas de água descendo pela nuca bronzeada. O jogo que estava no console era algum de corrida de carros, e ela não fez questão de trocar. Olhava de soslaio para Kukai a todo instante, e esqueceu a aposta. Ele estava incrivelmente atraente hoje. Isso só podia fazer parte de algum plano maior, que queria que ela perdesse o controle da sua mente.  

— Utau, seu carro capotou da ponte e caiu no rio. – Kukai avisou, embora continuasse concentrado em fazer o seu carro passar pelo túnel sem bater muito nas paredes – Utau, você está morrendo afogada…

— Hey, Kukai… - ela sussurrou, e Kukai sentiu um arrepio involuntário ao ouvir seu nome sendo pronunciado por aquela voz baixa e rouca que ele desconhecia. Ele adorava a voz de Utau, e podia ouvi-la o dia inteiro sem se cansar. Mas decididamente, ouvir aquilo por muito tempo faria mal à sua saúde.

— O q-que? – ele gaguejou, e foi a vez do carro dele bater na árvore.

— Onde está o Ikuto? – Utau perguntou, deixando o controle de lado. Ele estranhou a pergunta repentina, mas resolveu responder mesmo assim. Levou algum tempo até que seu raciocínio voltasse a funcionar.

— Trabalhando. Não é? – ele arqueou a sobrancelha, e Utau riu baixo.

— Sim. E a Chi-chan? – ela voltou a erguer os olhos púrpuros, lentamente.

— No quarto… - ele respondeu, dessa vez com quase certeza.

— A mãe…

— Mercado. Ela disse que ia passar ver o Ikuto, também… - ele continuou, e Utau sorriu, tirando o controle da mão de Kukai, e se aproximando dele lentamente.

— Seu pai está no treino de baseball, não é?

— Bem… sim… - Kukai suava frio, temendo pelo que estava por vir.

— Hm… estamos sozinhos aqui, então? – Ela passou a mão pelo braço dele, levemente, e ele estremeceu em resposta. Utau sorriu, satisfeita.

— É. – a resposta dele não foi nada além de um grunhido. Utau passou os dedos pelo rosto corado, e sentiu Kukai paralisado, em dúvida sobre ir mais além ou não. Ele a fitou de soslaio, com o coração de ambos batendo rapidamente, no mesmo ritmo, e quando seus olhos se encontraram, eles se esqueceram imediatamente de todo resto.

Kukai girou o corpo, abraçando Utau, e os dois caíram deitados no sofá. Ela se impeliu para cima, ao mesmo tempo em que ele inclinava a cabeça, e os lábios dos dois encaixaram-se perfeitamente, como se fosse uma coreografia ensaiada. O garoto a segurava pela cintura, ainda hesitante, enquanto a loira enterrava os dedos nos cabelos ruivos e macios, aprofundando o toque tanto quanto podia.

Os dois não possuíam tanto tempo quanto gostariam, mesmo morando juntos. Aquela casa estava sempre tão cheia de gente que era difícil arrumar um lugar sossegado para escapar. Nessas horas, Utau percebia o quanto seria conveniente se sua mãe arrumasse mesmo uma casa maior, então passou a apoiar a ideia.

Nos poucos momentos que tinham a sós, como esse, a tensão de estarem sempre sentindo-se observados ou com medo de que alguém os visse, fazia com que não conseguissem aproveitar por muito tempo. E é claro, como usual, dessa vez não foi diferente.

Um ruído no alto da escada, e Kukai jogou Utau para longe. Ela caiu no chão, e já ia xingá-lo, quando viu Chiharu descendo para aquele andar, com o livro nas mãos. Ela fitou Kukai deitado no sofá, e Utau caída de mal jeito no tapete, e parecia estar tentando processar aquela cena. Logo desistiu, começando a acostumar-se com as situações quase sempre fora do normal que aconteciam ao seu redor naquele lugar, e continuou seu caminho até a cozinha.

Utau olhou para Kukai, dividida entre a irritação por ter sido arremessada longe, e apreensão de ser descoberta.

— Será que ela viu alguma coisa? – Utau sussurrou, temerosa.

— Não… claro que não… - Kukai sorriu, passando a mão pelos cabelos, tentando muito acreditar no que dizia . Estendeu a outra para Utau, ajudando a levantá-la – Quer continuar? – ele indagou, e Utau ofegou, corando furiosamente - O videogame! Continuar a jogar!! – ele se apressou em esclarecer, agitado.

— Ah claro. Vamos lá – ela puxou o controle novamente, e suspirou. Bem, era assim que todos os sábados eram, não é mesmo? Ela já estava acostumada. Colocou as pernas para cima do sofá, e escorou a cabeça no ombro de Kukai, enquanto o jogo recomeçava. Pelo menos isso, ela podia fazer. Não era o suficiente… nunca era, afinal. Mas ela podia se contentar com isso, por enquanto.

~

Hora do almoço, e Utau estava no telhado com as amigas. Nadeshiko não havia vindo, por causa da proximidade de uma competição na qual ela iria participar, ela teria que treinar ainda mais duro. Uma pena, por que Utau estava doidinha para saber mais sobre o “relacionamento” dela com Tadase.

— Ei, Utau-chii! Você não disse que sua prima ia começar a estudar aqui? – Yaya indagou, balançando os hashis com uma salsicha em forma de polvo na ponta – A Yaya tá doida pra conhecer ela!

— Ela já foi matriculada, mas continua sem querer vir para a aula. Minha mãe já tentou conversar com ela, e arrumou as coisas para ela vir hoje, o uniforme, tudo… mas ela não quer… - Utau contou – Cada vez que alguém fala nisso, ela vai pra debaixo dos cobertores, e começa a chorar escondida.

— Ah, deve ser difícil para ela, perdendo os pais dessa maneira e tudo mais, não é? – Amu comentou, solidária.

— Ela tem consultas com a psicóloga da escola, mas não foi em nenhuma até agora. Tem dias que ela conversa, sorri e age normalmente… mas tem outros que ela não quer sair do quarto de maneira nenhuma, e nem mesmo come…

— Talvez nós devêssemos fazer uma visita a ela! – Yaya propôs – Ela vai ser colega da Amu e da Rima, não é? Se ela ficar amiga de todo mundo, então ela vai ter vontade de vir a escola!

— Não seja inoportuna, Yaya. Como raios ela vai ter vontade de vir para a escola depois de conhecer alguém como você? Ela vai é sentir mais medo, isso sim… - Rima afirmou, categoricamente.

— Não, talvez seja uma boa ideia… - Utau ponderou – Ela não quer sair, mas ela gosta de conversar com as pessoas, e tudo mais… acho que ela só precisa de um incentivo a mais! No outro dia, eu levei ela para conhecer a cidade, e quando nos encontramos com o Nagihiko, ela conversou com ele e até riu das coisas que ele falava!

— Você saiu com o Nagihiko? – Amu replicou, surpresa, e Utau engoliu em seco.

Ela não queria revelar sobre o que tinha visto, até por que não sabia até que ponto Tadase estava querendo manter segredo sobre Nadeshiko, e se fosse descuidada, Utau poderia estragar tudo. Ela ainda estava pensando uma resposta boa o bastante para dar, quando ouviu um chamado.

— Utau-nee-san… - da porta da escada, Tadase a esperava. Utau sorriu abertamente, pedindo licença e correndo na direção dele.

— Ufa, você me salvou dessa vez!- Utau bradou ao vê-lo, e acompanhou Tadase, segurando-o pelo braço ara descerem as escadas juntos. – Elas estavam quase descobrindo que… - ela parou de súbito, esquecendo que também não deveria revelar para o garoto que andara o seguindo.

— Nee-san… tem uma coisa que eu queria contar… - Tadase corou, juntando as mãos, e olhando ao redor para garantir que estavam a salvo – Você pode me ouvir?

— É claro!! Conte, conte tudo, não me esconda nada! – ela se empolgou imediatamente, cercando o garoto como uma presa, o que o fez certamente pensar duas vezes antes de continuar.

— E-eu… e a Fujisaki-san… n-nós… - ele gaguejava tanto que nada do que dissesse poderia ser entendido. Parecia que Utau estava falando com um telefone com sinal ruim.

— Tá, vocês começaram a namorar escondido? – ela se adiantou, perdendo a paciência para esperar Tadase desembuchar – Ah, eu sabia! É isso, não é?

— B-b-bem…. – Tadase parecia surpreso por ela ter entendido se que ele precisasse explicar nada – É isso…

— E o que mais? Vocês precisam de alguém para passar os recadinhos de um para o outro? Precisam de álibis, para se encontrarem? Distração para o Nagihiko? Eu estou aqui, entediada e disponível, quando precisarem! – ela se apressou mais uma vez, adivinhando, sem saber, exatamente aquilo o que Tadase iria pedir-lhe.

— Isso seria… seria realmente bom… s-se você pudesse…

— Mas é claro que eu vou poder ajudar! – ela começou a falar, muito alto e muito rápido, deixando o garoto tonto – Tudo pelo amor! Ah, eu estou empolgada agora! Já tem alguma carta para eu mandar para ela? Ah, eu sou tipo, a criada da Julieta, que ajudava ela com o Romeu, não é? Que lindo! Mas, oh, meu Deus, vocês não vão morrer, não é? Porque isso seria horrível! É poético, inspirador, e tudo mais, mas não funciona, sério mesmo…

— Calma, Nee-san… eu só queria contar isso para você, por enquanto, era só isso! – ele disse, exasperado, tentando fazer a garota voltar ao mundo real.

— Mesmo? Ah, me avisa quando tiver qualquer coisa que você quiser que eu faça… - ela parou de falar de repente, e olhou para o alto, como se tivesse percebido algo que somente ela notou. Tadase a fitou com curiosidade – Ouviu isso?

— Ouvi o que? – Tadase olhou ao redor, preocupado.

— Essa voz… parecia… o Kukai… - ela apurou os ouvidos, tentando saber de onde vinha auquele som.

— Esse corredor não tem salas de aula, só tem caminho para o telhado, talvez, ele tenha vindo procura-la… - Tadase sugeriu.

— Eu já volto… -ela nem o ouvia, decidida a seguir aquele som. Por que também ouvia outra voz, junto com a dele. Continuou a andar rapidamente pelo corredor vazio, até que já fosse possível divisar claramente pessoas falando.

— … acho que não tem mais ninguém aqui… - ela sabia que era Kukai, sem nenhuma dúvida. Vinha de uma das salas vazias daquele andar, mas a porta havia sido fechada. Utau ajeitou algumas classes inutilizadas que estavam empilhadas perto da parede, e subiu nelas para espiar pela janela do corredor - …por que você pediu para me encontrar aqui?

— Eu… Souma-senpai… tem algo que eu preciso dizer a você! – quem falava com Kukai era uma garota, obviamente, que usava o uniforme da divisão ginasial, vermelho. Tinha cabelos castanho-claros, na altura dos ombros, e com das mechas amarradas atrás da cabeça com uma fita rosa. Utau podia ver claramente o semblante corado da garota, os olhos brilhantes dela, a maneira como ela retorcia a barra da saia, nervosamente. Aquilo era uma declaração!

Kukai estava de costas para ela, de modo que não era possível enxergar sua expressão. Utau só queria que ele saísse logo dali, aquele idiota. Não precisava fingir que era educado, e ouvir a garota até o final! Apenas, saia correndo daí, seu idiota! Agora! Mas, afinal, por que raios aquela droga de porta estava fechada?!

— Hm… pode falar, então… - Kukai agia tão naturalmente que Utau queria voar até ali e bater com a cabeça dele na parede até que ela quebrasse. Maldito idiota, por que ele ainda estava ali, dando atenção para aquela garota?

— B-be-bem… e-eu c-chamei o senpai até aqui… p-por que não aguentei mais poder v-vê-lo apenas de longe… O senpai está sempre com a sua irmã, e ela é realmente assustadora, então… - O que essa garota pensava que era para falar de Utau assim? Ah, Kami-sama, desse paciência, muita paciência, para ela nesse momento. Ela estava a um passo de cometer um crime – E-eu pensei que agora fosse a chance perfeita, já que ela não estava por perto…

Kukai continuava em silêncio, e Utau podia jurar que ele deveria estar fazendo aquela cara de paisagem, de quem não está entendendo nada. Ele podia pelo menos defender ela, e dizer que ela não era assustadora, poxa!

— Eu… eu realmente quero que o senpai me note!  - a garota se esforçou para dizer, fechando os olhos, e deixando tudo sair de uma vez. – Eu amo o senpai, desde que o vi jogando pela primeira vez, no time! O senpai é sempre tão cheio de energia, sorridente e alegre… eu fiquei emocionada! E antes que percebesse, já não conseguia pensar em mais nada!

— Esper… o quê? – a ficha finalmente caiu, e Kukai recuou um passo, chocado. Utau rangeu os dentes.

— E-eu amo o Souma-senpai! – ela gritou mais uma vez – Por favor, saia comigo!

— Eu … eu… eu não posso, eu… - Kukai olhou para os lados, parecendo procurar uma saída, mas felizmente não detectou Utau em seu posto de observação. Idiota, ele deveria apenas rejeitar ela de uma vez! Por que ele hesitava?

— Senpai já tem uma namorada? – a garota indagou, inocentemente e em meio à lágrimas. Utau queria poder usar a cara dela para apagar o quadro-negro.

— Não, eu não tenho! – ele respondeu, mais do que imediatamente, e Utau resvalou na mesa, mordendo os lábios com força – Eu só… não posso sair com você, assim, desse jeito, quero dizer, eu nem conheço você!

— Nós podemos ir a um encontro! – a garota se empolgou rapidamente, aproximando-se dele – E então, o que você acha, Souma-senpai? Você não precisa aceitar meus sentimentos agora, vamos apenas sair e nos divertir! Por favor, me dê uma chance, senpai…

— Eu não posso sair com você, sinto muito – Kukai disse novamente, dando uns tapinhas amigáveis no ombro dela – Vamos… começar sendo amigos, que tal? – ele sorriu brilhantemente, aquele sorriso que deveria ser exclusivo de Utau. Ela deslizou para baixo da janela, cansada de ver aquilo. Seu coração se apertava, doía.

Antes que percebesse, suas pernas já a levavam para longe dali. Sua vista embaçou, e segundos depois, ela notou. Estava chorando. Isso era algum tipo de piada irônica e sem sentido? Ela não estava gostando nada daquilo. Era injusto, não tinha graça nenhuma. Ela estava tão contente, antes, cheia de planos e ideias… e agora estava correndo e chorando como uma perfeita idiota, sem nem ao certo saber o motivo por isso? por que as palavras de Kukai machucaram tanto? supostamente, eles não deveriam namorar. Ele não havia aceitado os sentimentos da kouhai. Porém, tampouco havia rejeitado-a. e isso deixava Utau angustiada. Ela parou de correr, de repente, aproveitando que uma das portas laterais estava aberta para se esconder na sacada do lado de fora, onde ficavam as escadarias externas. Não queria ver ninguém, e não queria que ninguém a visse naquele estado patético. Abraçou os próprios joelhos, escondendo o rosto entre eles. Ela era tão idiota, por se sentir assim apenas por algo tão pequeno… mas não conseguia pensar em mais nada. Quando se tratava de Kukai, ela era sempre irracional, impulsiva, exagerada… mas apenas não conseguia fazer nada para evitar isso.

— Ah, Kukai… – ela fungou, secando as lágrimas idiotas que insistiam em cair sem seu consentimento. Desde quando ela era tão fraca? Não deveria agir como uma pessoa madura, e ir perguntar diretamente para Kukai o que estava acontecendo? Enquanto ela chorava ali, como uma garotinha deplorável, ele estava com aquela garota, numa sala de aula vazia, fazendo-se sabe-se lá o quê! Mas ela não conseguia encontrar forças para levantar, correr de volta até lá, arrombar a porta e acabar com a farra. Ela só conseguia ficar ali, insegura e pequena, sem querer ver mais nada. Ela era tão tola. Desejava somente, com todas as forças… esquecer-se do que havia visto.


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Notas finais do capítulo

está chovendo muito aqui, vou postar rápido antes que falte luz... esperarei seus comentários nos reviews o/